Rei do trafíco cap. 2 - O hospital

Um conto erótico de Michel Ress
Categoria: Homossexual
Contém 2080 palavras
Data: 17/09/2018 17:33:31

Ele tentou não cair e revidou me dando outro soco no meu olho, nessa hora a briga já estava feita, eu fui para cima dele e no meio da confusão de soco, chegou os segurança, meu amigo, os amigos do cara. E nisso cair e sinto algo me corta no abdômen. A dor era muita. Olhei para baixo e vi sangue nas mãos onde apertava o local da dor.

Capítulo 2 – hospital

Ótimo, me cortei com uma garrafa quebrada que estava no chão. Parabéns Michel, conseguiu estragar a noite e ainda sair ferido.

A briga já estava controlada. O idiota viu que eu estava sangrando e achou que alguém me cortou e fugiu da cena do crime.

Os seguranças expulsava os restantes dos caras e meu amigo veio até mim, gritou para uns dos segurança e me ajudaram a levantar.

A dor era forte, a garrafa tinha ficado pendurada e com a ajuda do segurança, conseguir tirar ela e dei um grito de dor.

Tirei minha camiseta que estava agora toda rasgada enrolei e conseguir apertar em cima do corte para tentar controlar o sangramento.

Meu amigo estava desesperado não sabia o que fazer, os seguranças me levaram para fora da boate e perguntaram se eu queria uma ambulância. O corte já tinha parado um pouco de sangrar, não via necessidade de ficar esperando uma ambulância.

Pedi para o Cláudio buscar o carro dele e rapidamente ele voltou. Com todo cuidado ele e segurança me colocaram no banco de passageiro.

-Amigo, você tá bem? Por que você foi arrumar briga com aquele cara? Meu Deus, olha sua situação! -Cláudio estava realmente desesperado, fiquei preocupado se ele tinha condição de dirigir.

-Cláudio olha a rua, eu to bem! O corte não foi tão fundo, me leva para o São Luiz, por favor. -falei tentando não me mexer muito, cada respirada, sentia dor.

Cláudio parou de falar e se concentrou na rua, passando uns 5 minutos ele bateu a mão no volante.

-Merda, você sabe em quem você bateu hoje? – ele falou com uma voz trêmula.

-Em um idiota? – falei em tom de lógica.

-Esse idiota é filho de um traficante muito poderoso na cidade conhecido como o rei de tráfico, e o idiota em quem você bateu é o príncipe das drogas.

Fiquei olhando para meu amigo, como ele sabia de tudo isso. Será que ele estava usando droga? Fiquei preocupado e disse.

-Amigo, você tá usando drogas? Como você sabe de tudo isso?

-Não Michel, não uso drogas, é que fiquei com um cara que faz parte desse bando e me contou essas histórias, só que você não imagina o que eles são capazes de fazer.

-Cláudio, quero que eles e as drogas, tráfico, vão para o inferno. Não ligo e nem me preocupo. Só queria me divertir e não tenho culpa se o cara é um idiota, que nem pediu desculpa e ficou me tirando.

Resolvi ficar quieto. Não tinha medo de pessoas, aprendi cedo a me defender, a escola era foi um ótimo treinamento, meus pais me colocaram junto ao meu irmão no karatê, uma forma de controlar minhas raiva. Mas Estava feito, e espero nunca mais ver a cara dele de novo.

Chegando no hospital e ter que voltar na minha folga não era legal. Cláudio me ajudou a sair do carro e fui até a recepção com ele.

Sentei numa cadeira e meu amigo foi falar com a recepcionista, a dona Vera.

-Moça preciso de um médico urgente! Onde consigo um? -Meu Deus, o que o Cláudio estava fazendo. Duro que ele pegou a dona Vera, nem queria ouvir o que ela ia falar.

Ela Olhou para ele bem seria e falou.

-Rapaz, aqui não é loja de calçado para você pedir alguma coisa, toma essa ficha e preencha e quando chegar sua vez te chamamos.

A dona Vera não perdoava mesmo, apesar desse humor negro que ela tinha, eu gostava dela, ficávamos muito tempo conversando quando não tínhamos nada para fazer.

Meu amigo ia rebater alguma coisa, de longe via que ele estava vermelho.

Antes de prolongar isso, eu vi que meu ferimento estava sangrando de novo e resolvi para com essa cena. Me levantei e fui em direção deles.

-Dona Vera! -chamei a senhora e quando me viu ficou branca.

-Doutor Michel, o que aconteceu? E você rapaz? Por que não falou que era o doutor que estava machucado, saia da minha frente – ela disse empurrando meu amigo e vindo até mim.

-Se a senhora fosse mais educada eu ia explicar. – Meu amigo falou, mas ela nem deu ouvido.

Ela chamou uma enfermeira que logo trouxe uma cadeira de rodas e me colocou sentando. Ela ia chamar um médico e eu falei.

-Dona Vera, não precisa, a Fernanda está aí? Ela dar corta desse cortinho.

A senhora estava menos branca, mas ainda preocupada, assentiu e mandou a enfermeira me levar para o consultório da Doutora Fernanda. E eu chamei meu amigo.

-Cláudio, obrigado por ter me trazer aqui, eu vou ficar bem, não se preocupa. Vai para casa ou para seu boy, que sei que ele ficou lá e pelo modo assanhado dele, já vai arrumar outro e vc vai ficar chupando os dedos.

Meu amigo falou que ia me esperar, que precisava ficar comigo, mas de tanto insistir, falando que ia liga quando chegasse em casa, ele aceitou e foi embora.

Me levaram até a Fernanda, que levou um susto ao me ver sem camisa e cheio de sangue no abdômen.

Tentei manter ela calma, falando que estava tudo bem, que cair em cima numa garrafa quebrada.

Ela correu e começou a trabalhar, conseguiu parar o sangue, que na hora já não estava mais saindo. Mediu minha pressão, fez toda anamnese, sendo que não era necessário, mas a preocupação dela era de entender.

E começou a limpar meu corte.

-Aí, você não sabe que isso dói. – falei com uma cara enorme de dor, enquanto ela tentava limpar meu corte.

-E você como médico não sabe que é necessário fazer isso, se não infecciona e você morre? – ela usou o tom de ironia para mim.

-Só termina! – falei e ela apertou mais ainda, se ela tinha alguma raiva de mim, aquele era o momento dela descontar.

-Bom, para sua sorte, foi somente até o músculos e não pegou nenhuma vísceras ou órgão. Realmente foi muito barulho para pouca coisa. Ela já foi pegando a agulha e a fio de linha de sutura.

-Não foi pouca coisa, por que não é em você. -fiz cara de dor quando ela aplicou lidocaína (anestésico local).

-Agora você virou brigador de balada? Sempre achei que você era mais passivo. – revidei os olhos para aquele comentário sem necessidade.

-Não sou brigador, o cara que era muito abusado. E também não sou mais passivo e sim versátil.

Falei com um pouco de raiva, devido a dor e a esses comentários idiotas.

-Calma Mick, se não vou suturar coisas a mais aqui. – ela me ameaçou, fazendo sinal que ia ser minha língua a próxima a ser suturada.

-Me conta, ele é gatinho? O cara que te bateu ? -ela fez cara de safada, dei um meio sorriso para ela, mas na hora nem reparei nisso direito no rosto dele.

-Não sei, não lembro direito no rosto dele, estava cego de raiva. – disse me levantando, ela tinha feito um bom trabalho, passei a mão de leve nos fios pretos dos pontos já cortados.

-Agora vou ter uma cicatriz de briga, só falta deixar crescer o cabelo e a barba, usar jaqueta de couro e ter uma moto. -minha amiga deu risada.

-Quero analgésico, vários, por favor Fernanda. -fiz cara de cachorro pidão, eu podia ter pego eu mesmo, ma queria um mais forte e aquele era com receita e não ia falsificar uma, sendo que tenho minha amigona aqui.

-Vou te dar somente um. É uma caixa desse para você levar para casa. -ela disse me dando um comprimido na mão e uma caixa de um bem fraco.

-Você quer que eu fique com dor para sempre? Não, me dar mais um. -fui bem dramático dessa vez.

Ela acabou cedendo.

-O Bernardo sente sua falta Michel. Ela me falou enquanto arrumava a bagunça que tínhamos feito, eu olhei triste para ela.

Bernardo era o filho de Fernanda, ela ficou grávida no começo da residência, o pai da criança não quis assumir e foi embora e para ajudar o hospital não queria aceitar.

Eu nem conhecia direito a Fernanda, mas fiquei indignado com isso, rodei a baiana, até o conselho de medicina eu coloquei no meio, odiava injustiça.

No final tiveram que engolir eu e a Fernanda, e acabei virando padrinho da criança.

O menino mais lindo do mundo, tinha feito recém 1 ano, no aniversário dele eu ainda estava com Augusto, e o Bernardo sempre ficava alguns finais de semana com a gente. Mas com o término eu me afastei de todos até do meu afilhado lindo. Me sentir mal por isso.

-Eu vou pegar ele no próximo final de semana, será a noite dos machos. -falei mostrando meu muque para Fernanda, ela deu risada.

-Bom, assim espero, você sabe que é como um pai para ele e ele te ama muito. E por favor, vá colocar uma camisa, andando pelado desse jeito alguém vai te atacar. -falou me indicando que estava sem minha camisa. Ótimo, teria que ir no meu armaria pegar uma de reserva que sempre deixo.

Roubei um jaleco da Fer e fui até os armários. Chegando lá tinha dois médicos, a Clara e o Eduardo. Eles me olharam assustados, parecia que... hum. Estavam se pegando, já tinha ouvido comentários sobre isso.

-Boa madrugada meus colegas, só vim pegar uma camisa minha. -falei passando por eles e indo até meu armário, a Clara estava vermelha, ela era da neuro, e o Eduardo ortopedista. Éramos amigos, mas não tanto.

-Mas você não tá de folga hoje? – Clara disse arrumando no espelho uns fios de cabelo solto.

-Estou, mas tive uma emergência e precisei voltar. – falei já pegando minha camisa e vestindo ali mesmo.

-Nossa, a emergência era você então? – Ele disse apontando para a recém ferida que a Fernanda suturou.

-O que aconteceu Michel? -Clara chegou mais perto para ver.

-Não foi nada, cair em casa e me cortei. -Não gostava de ficar falando na minha vida pessoal para pessoas não tão íntimas assim.

Me despedir dos dois e fui até a recepção para ir embora.

Chegando lá, vejo um tumulto. Sim, mais uma emergência.

Havia duas macas, parecia um casal, meus colegas tentavam estabilizar os pacientes. Parecia que tinha sido feio, infelizmente acidentes assim acontece a toda hora, era rotina.

Chegou uma terceira maca, nela estava um cara, pelo visto estava embriagado, já tinha entendido como aconteceu esse acidente.

Não entendo como esses idiotas tem a coragem de dirigir alcoolizado e ainda provocar acidentes e até morte de pessoas inocentes. Que o único erro foi ter cruzado no caminhos desses otários.

Fui em direção à porta, a enfermeira novata estava cuidado do bêbado, vi que ela estava com dificuldades e o cara estava ameaçando e gritando com ela.

Bom isso não ia acontecer na minha presença. Me aproximei deles, não tinha nenhum médico perto, estavam todos com o casal, a enfermeira, devia ser Rose, estava apavorada. Acho que era o primeiro acidente dela. Decidi assumir o caso, meu chefe ia me dar uma bronca, em trabalhar na minha folga, mas ele ia entender.

-Rose, pega meu jaleco no consultório, deixa que cuido desse aí. -falei com tom de voz grosso. Não para ela, mas para o cara ver que comigo não tinha frescura.

A Rose me olhou, seus olhos estavam cheio de lágrima, ela ia acabar chorando na frente do paciente. Correu para pegar meu jaleco e passou por mim e agradeceu com os olhos.

Fui até a maca, peguei a ficha, conferir o nome -Gabriel Sabatin Goss, olhei para a figura deitada e bebâda na máquina, seus olhos estavam grudado em mim. Sentir um arrepio que começou na perna e foi até minha espia.

Tinha cabelos loiros, olhos azuis, uma pele bem branca, um nariz quase perfeito, mas estava quebrado e uma boca bem vermelha e lábios fartos. Na hora reconheci, era o cara da balada. Gabriel o príncipe das drogas, estava de novo na minha frente.

Gente, mais um na urgência, como o primeiro ficou curto, poderia ter postado somente um, mas os próximos irei fazer isso. Bjs

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Comentários

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Ótimo conto, nota 10. Leia a minha série: "EU, MINHA ESPOSA E MEU AMIGO DA ADOLESCÊNCIA"

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O rei do tráfico é o pai do Gabriel. Finalmente um relacionamento com diferença de idades, espero q o rei seja um ursao kkk

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Ele fugiu mas foi parar no mesmo lugar que o Michel....

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