Rei do trafíco - cap. 1 piloto

Um conto erótico de Michel Ress
Categoria: Homossexual
Contém 2042 palavras
Data: 17/09/2018 13:33:00
Última revisão: 17/09/2018 14:06:32

Capítulo 1 – piloto

Como eu estava cansado desse último plantão, não via a hora de chegar na minha cama e dormir muito.

Ser médico era a profissão que amava, mas muito cansativa.

Podia ser advogado igual minha mãe ou empresário como meu pai. Só que sempre gostei da área de saúde e cheguei a onde eu estou com muito esforço.

Me chamo Michel Ress, tenho 25 anos, sou médico, residente do primeiro ano. Sou moreno claro, com os olhos castanhos quase verde, 1,73 de altura e 70 Kg bem distribuído em anos de academia. Não me achava lindo, mas devido os comentários que recebia, não era considerado feio.

Sempre fui tímido e exigente comigo mesmo. Não sou assumido mas também não de escondo. Meus pais tiveram um pequeno surto quando contei a eles, minha mãe chorou, meu pai queria me expulsar de casa. Nada diferente do que acontece das maioria das vezes. Mas no final tiveram que aceitar. Só que me devido a superproteção deles, quando me formei resolvi morar na capital de São Paulo e sair do interior.

Comecei a residência e to colhendo os frutos das minhas escolhas.

Peguei meu carro e fui em direção ao meu apê, nessa altura do cansaço, acho que meu carro já sabe o caminho sozinho.

Entrei no prédio, cumprimentei o porteiro.

-Bom dia seu Antonio.

-Bom dia doutor Michel, mas um plantão daqueles? – seu Antônio era muito simpático e fiz amizade com ele no mesmo dia da mudança, era um senhor de 60 anos.

-Nem me fala, só quero minha cama.

Apertei o botão do elevador e quando abre, estava meu amigo Alex.

-Viado, que cara de segunda guerra mundial. – Alex era meu vizinho, tinha uns 32 anos, alto e um pouco afeminado.

-Obrigado, isso é cara de trabalhador. -Minha voz e minha postura já indicava que ia dormir ali mesmo.

-Bom descanso amigo. – Ele pegou e saiu do elevador, a roupa dele era muito extravagante, parecia de festa e nem era 10 da manhã ainda.

-Obrigado Ale.

Subi e podia contar os passos até chegar na minha cama, faltava algum passos, me despir coloquei meu pijama e o telefone toca.

-Alô! – Atendi com grosseria. Quem era a criatura que ligava nesse momento tão crucial do meu descanso.

-Nossa, é assim que você trata seus pacientes também? – pela voz já sabia quem era.

-Bicha, nesse momento to olhando para minha cama e ela tá me olhando de volta, seja rápido, não quero deixar ela esperando.

Ele deu risada, se tratava de Cláudio, um amigo meu do colegial, decidimos juntos ir do interior para a capital. Tentei morar com eles uns 3 meses, mas devido a personalidade forte dele e a minha também. Não deu certo e antes de estragar a amizade, resolvemos cada um seguir seu rumo.

-Ta, vou ser rápido. -Sentir que ele revirou os olhos. - As dez, esteja pronto, vou passar para te buscar e vamos na Good luck, se veste para arrasar.

Era uma balada aqui do meu bairro e ia muito quando estava solteiro, depois do término do meu último namoro que fazia 2 meses, ainda não tinha indo e nem vontade me dava.

-Querido, obrigado pelo convite, as 22 horas eu estarei roncando, bom falar com você, beijos. -Ia desligar o telefone e ele gritou.

-Você tem duas escolhas Michel Ress Goranti. Ou você vai por bem, arrumado e cheiroso, ou vou te pegar de pijama e te colocar no carro, acho que você não vai gostar de beijar um boy com trajes de dormir.

Era minha vez de revirar os olhos, aí como eu só queria só dormir.

-Michel -A voz dele era seria agora- você não pode parar sua vida por causa daquele idiota, bola para frente amigo. A vida não é só trabalhar e ficar em casa. Sua bolas já tem teias de aranhas.

Ex, que bom lembrar disso, deixa eu conta a maior decepção amorosa da minha vida, por enquanto.

Conheci Augusto, um contador, admirável, lindo, companheiro, romântico e simpático. Sabe aqueles príncipes encantado que você nunca imaginou que iria ser seu namorado? Pois é, assim começa a história de Augusto. Nos conhecemos na rede social, marcamos encontro. Ele foi super querido e fofo comigo. Eu como nunca tinha me apaixonado (só uma vez, por uma menina, que com que perdi minha virgindade, mas depois da transa, vi que gostava de mesmo era de rola. Hehe). Me apaixonei pelo meu príncipe, vivemos momentos super românico (na minha imaginação era) tudo que sonhava vivi com eles, mas fui com muita no pote e com 8 meses de namoro, fiz um jantar especial.

Com uma decoração linda e ajuda dos meus amigos bichas, tinha até vela e no final ia ter banheira de hidromassagem (que comprei e instalei, só para ter esse momento) e sais de banhos. Bom tudo estava perfeito. Ele chegou, ficou supresso, fizemos todo esse teatro romântico e no final do jantar, me abaixo, fico de joelhos, pego as alianças que estavam no bolso do meu terno caríssimo, que também comprei para essa noite. Ele me olha, se levanta e revela.

-Mick, não posso aceitar, estou ficando com outro cara e não quero te iludir.

Bom vocês já deve imaginar, mandei ele sumir da minha vida. Só que acontece que a minha vingança (que nem mesmo planejei) aconteceu no mesmo dia.

Ele chegou na casa do “amante” e estava na cama com outro.

É claro que veio rastejando para voltar para mim e é claro que rir muito da cara dele.

Bom voltando ao Cláudio.

Tive que aceitar o convite para poder dormir um pouco, de noite talvez ia cair fora do compromisso, fingir doença, quem sabe.

Até que fim me deitei, aí como era boa minha cama, macia e quentinha. Mas se enganam que dormir, fiquei me revirando, pensando em tudo que aconteceu, até que o cansaço me venceu, dormir feito uma pedra, tive vários sonhos e pesadelos, normal acontecer.

Até que acordei com o barulho da companhia. Ótimo, outro estraga sono.

Fui rastejado até a porta. Peguei a maçaneta e girei.

Meus olhos estavam semi aberto, ainda via vultos na minha frente. Só que o vi me fez acordar.

Era Augusto parado na minha porta, com um buquê de flores. Ainda era de dia, devia ser umas 17 horas.

-Oi amor, trouxe para você. -Me entregou o buquê de rosas vermelhos, era até bonitinhas.

Olhei para aquela cena e bati à porta na cara dele.

Sei que pode parecer grosseria isso, mas eu já estava superando o cara, fazia 2 meses que ele tinha feito merda e ainda tem a cara de pau de bater na minha porta.

Escuto ele gritar meu nome lá fora e tocar a campanha de novo. Tinha que ter uma conversar séria com seu Antônio, não deixar mais meu ex subir até meu apê, mas o porteiro não tinha culpa. O Augusto praticamente era um morador do prédio, quando éramos namorado. Deve que ele não sabia do término ou desconfiava de alguma coisa.

Abri a porta de novo, só para ele parar de gritar.

-Augusto, pela milésima vez, não quero saber de desculpas, perdão é muito menos formas para reatar nosso namoro. Acabou, supera e me deixa em paz. -Nessa hora já estava bem acordado e essa forma de tratamento era a única que ele merecia. Sim, eu amava essa criatura ainda, mas nunca mais voltaria com ele.

-Amor, só me ouve, eu mudei, vi o quanto você é importante, minha vida não tem sentido sem você.... bla bla bla. Quando a pessoa faz merda e tenta voltar sempre é a mesma cena, então vamos pular e dizer que mandei ele embora de novo e ainda peguei uma caixa de coisas dele e devolvi tudo. Tchau despacho.

Bom já estava sem sono, nervoso com toda essa cena e resolvi, tá na hora de superar né.

Era as 20:30 quando comecei a me arrumar, as 22:00 já estava pronto, com uma camisa branca, linda e nova e uma calça bem justa, que chegava a me deixar sem ar (assim era melhor, caso tivesse que tirar ela, ia demorar muito e cairia na real que não podia fazer aquilo e ia embora hehe) passei perfume e o Cláudio avisa que estava lá embaixo me esperando.

-Nossa doutor, quem viu você chegar, não ia acreditar em como tá agora. -disse o porteiro Antônio.

Dei risada e pedir para ele proibir a subida do Augusto para sempre. Ele entendeu que não estávamos mais juntos e falou um discreto “sinto muito” e dei uma piscada para ele.

Resolvi ir de carro com o Cláudio e não dirigir hoje, vai que eu bebesse e odeio quem dirigi alcoolizado. O Cláudio Graça a Deus não vai para balada beber e sim arrumar algum corpo.

-Nossa senhora do caramujo, que pedaço de homem. -Cláudio tinha saído do carro e esperou eu chegar, ele me puxou para um abraço e passou a mão na minha bunda.

-Doutorzinho, se você não fosse meu amigo e eu não tivesse um boy me esperando na balada hoje, eu te traçava. -deu risada e ele passou a barba no meu pescoço, me arrepiei.

Ele sempre tinha essas graças comigo, Cláudio era um cara bem bonito, tinha barba grande, cabelos arrepiado é um corpo sarado, fazíamos academia junto e gente, se ele também não fosse como uma “irmã” para mim eu o pegava.

Tirei a cabeça dele no meu pescoço e apertei o saco dele. Ele gritou de dor e falou.

-Mor, isso só depois do nosso encontro. – Ele voltou a ri e formos para a balada.

A balada Good era muito boa, era mista, hétero e gay. Dava de tudo lá dentro.

Nunca fui de balada, mas eu gostava do ambiente mais tranquilo dessa.

-Se você se atrever a me deixar sozinho como costumava fazer, vou espalhar para tudo mundo que você tem algum tipo de DST. -falei em tom de ameaça. Ele riu e olhava para a pista de dança.

-Que tal sífilis? Ou gonorreia? – falei ainda olhando para ele.

-Meu querido amigo, serei seu fiel escudeiro hoje. Nada vai me separar de ti. – quando terminou de falar chegar um viadinho bem afeminado do lado dele e já agarra ele pela cintura e o leva para longe. Ele olhou para mim, gritou pedindo desculpa e falou que já voltava. Revirei os olhos e fui para o bar.

Bom era só eu agora.

Vou aproveitar essa noite então e me divertir, fiquei animado, peguei um copo de vodka com algum suco, bebi e fui para pista e me joguei, soltei a franga.

Tinha vários gatinhos e alguns me olhava. Mas essa noite era minha e ninguém ia atrapalhar isso... Até que sinto um muro de tijolos me empurrar e derrubar bebida na minha camisa. Na minha camisa nova e linda gente.

Fiquei puto e olhei para cima, sim era bem alto o muro, mas não de tijolos e sim de músculos.

-Olha o que você fez cara? Tá louco? -dei uma de machão, aquilo não ia ficar assim, não estava bebo e também não gostava de briga, mas o cara ia ouvir.

-Tadinha da florzinha branca, derrubei bebida na roupinha dela. -ele falou em deboche, me deixando mais nervoso.

Nessa hora meu amigo surgiu, perguntando se tinha acontecido alguma coisa, ele viu minha camisa e viu o cara.

-Michel vamos, não tem por que se estressar com isso. -Disse meu amigo calmamente.

-A florzinha tem namoradinho também? – A não, essa não ia escapar, cerrei os pulsos o mais forte que consegui e dei um soco na cara daquele idiota, ouvir ossos trincar, não sabia se era o nariz dele ou era minha mão.

Ele tentou não cair e revidou me dando outro soco no meu olho, nessa hora a briga já estava feita, eu fui para cima dele e no meio da confusão de soco, chegou os segurança, meu amigo, os amigos do cara. E nisso cair e sinto algo me corta no abdômen. A dor era muita. Olhei para baixo e vi sangue nas mãos onde apertava o local da dor.

Oi meus queridos, faz tempo que não apareço aqui, to enferrujado, desculpas os erros, e ainda to no celular. Espero que gostem. Bjs meus anjos

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Comentários

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Acho interessante a forma como é vista os homossexuais que são um pouco mais afeminados nesses contos. É como se eles fossem inferiores. Não sei se é essa idéia que você quer passar, acho que não, mas me pareceu um pouco. Eu não reparava muito nisso antes, sei lá, não sei se é pq eu dou algumas muitas pintas e fico pensando se as pessoas até mesmo os gays mais másculos pensam isso de mim, ou se estou apenas caducando e ficando mais ranzinza mesmo...

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Achei q seria outro clichê: o médico atende na favela, conhece o traficante macho e se apaixonam. Tá interessante

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