Eu e os três, A.B.O. que eu não sabia - pt23-A

Um conto erótico de Hubrow
Categoria: Homossexual
Contém 4160 palavras
Data: 10/09/2018 21:01:24

Otávio estava nervoso, mas não perdeu a linha. De repente, me vi tomado por ele, num beijo saboroso que ele estendia aos braços, que suavemente me mantinham junto ao seu corpo. O cacete ía crescendo até parecer querer atravessar a bermuda e rasgar minha pele. O beijo foi longo, lembrando o primeiro que recebi de Marcelo e que havia mudado a minha vida. Otávio parecia querer compensar naquele todos os outros que havia negado em tantos meses.

Com o rosto sério, mas ameno, me fez deitar no sofá. Em silêncio, reiniciou o beijo, como se fosse o mesmo; como se fosse um único beijo calmo e terno, brevemente interrompido apenas para que ele pudesse deitar-se sobre mim. Vacilei umas duas ou três vezes, mas acabei repousando a mão em sua cabeça. Ele não teve qualquer reação, o que me encorajou a arriscar um leve movimento. Seu cabelo era surpreendentemente macio, apesar dos fios, muito pretos, serem visivelmente grossos. Comecei a acariciá-los, sem que ele estranhasse. Era a primeira vez que eu os tocava, após meses dele fazer sexo comigo.

Seu nervosismo era perceptível, mesmo que sutil. Contrastava com a tranquilidade dos carinhos que fazia com a língua e os lábios. Ao afastar o rosto do meu, foi econômico no movimento, mantendo-o próximo. Encarava-me como se me visse pela primeira vez.

– Puxa... Foi caprichado! – eu disse, quase risonho, tentando amenizar o clima.

Eu não estava entendendo nada. Éramos “parças” ou aquilo era uma declaração de amor? Era para eu agir como? Finalmente, quase num sussurro, falou alguma coisa:

– Era pra eu ter feito da outra vez. Mas vacilei. Era pra eu ter feito isso muitas outras vezes, parça, muitas outras.

– Por que? Por que não...?

– Zeca, meu plano deu todo errado... Foi tudo errado. Não consegui fingir que você era Raquel porra nenhuma.

Olhou-me por alguns segundos.

– Era você, babaca. Era com você que eu tava fudendo.

Fiquei em silêncio.

– Eu posso ser gay, pode ser que eu seja, mas sou muito macho pra fazer as paradas que eu quero fazer.

Pausou novamente. Eu não sabia o que dizer. Otávio não era gay; não havia essa possibilidade. Talvez bi; mas nem isso, eu acho. Refleti que as ideias de Marcelo caíam como uma luva. Talvez ele estivesse mesmo certo.

– Posso demorar, mas eu enfrento minhas paradas.

– Não fica pensando se você é gay ou não. Não tem nada a ver.

Ele bafejou e repousou a cabeça em meu ombro. Parecia mais tranquilo. O cacete, porém, ainda estava bem nervoso dentro da bermuda.

– Eu te dei essa moral; eu não acho que teja corneando a Raquel quando to contigo.

Ficou em silêncio. Achei que seria melhor desviar daquele assunto:

– Você voltou só por minha causa?

– A gente não tem mais como fuder juntos. Nós dois só, quero dizer. E eu...

Parou, como se estivesse avaliando como ordenar as ideias. Não conseguiu:

– Às vezes penso que sou gay, que nem você. Que nem você não, porque não fico galudo por pica. Nem galudo por cara nenhum, Zeca. Sério. A Raquel não sai da minha cabeça. Mas tenho tesão em você; sinto saudade, caralho. Nas férias, lá em casa, me deu saudade; aí a Raquel apareceu, a gente começou a ficar junto e achei que não tinha mais nada a ver eu ficar te comendo. Ela não dá; diz que quer casar virgem. Ela é foda, Zeca; eu to gamadão. Tu vai conhecer ela.

Ele não olhava para mim, falando com a cabeça encostada em meu ombro, onde dava uns beijinhos de vez em quando, afastando o rosto para em seguida novamente descansar nele. Roçava levemente o cacete em meu corpo; suas mãos às vezes acariciando minha cintura, meus cabelos.

– Eu me amarro muito em você, Zeca. Tu é um cara maneiro, muito maneiro, e não quero ser cafa contigo – fez uma pausa. – Você nunca esporrou comigo.

Aquela frase saiu como um pedido de desculpas. Eu sorri:

– Não é contigo. Eu não sou de gozar mesmo nas trepadas.

Levantou o rosto e ía aproximá-lo do meu. Deu uma parada muito breve e retomou o movimento, me dando um selinho. Ficou me olhando.

– Tu é muito estranho.

Eu apenas sorri diante da observação esdrúxula, enquanto simulava arrumar o cabelo que caía sobre sua testa. Se ele o deixasse crescer, certamente ficaria encaracolado, eu acho.

– Tudo é estranho, Zeca.

Reacomodou o corpo, encaixando-se melhor entre minhas pernas. O cacete havia amolecido. Estava apenas a meia-bomba, mas, dada a natureza de suas formas, sua presença não tinha como ser ignorada.

– Agora, por exemplo. Eu não sei se você é... Bro, é um bagulho muito doido, isso. Eu sei que tu é homem, eu te vejo como homem. Gay, mas um cara, um homem, que nem eu; só não é que nem eu porque você é gay e tal. Mas eu mesmo tempo, bro, porra, eu não falo assim com nenhum homem, tá entendendo?

Ficou meio que pensativo. Eu aguardei.

– É uma parada estranha. É cueca, mas, ao mesmo tempo, eu te vejo como garota.

– Garota?

– É, uma mina.

– Otávio, eu não sou...

– Não, não é. Por isso que é bagulho doido. Eu sei que não é. Como to dizendo, tá ligado? Tem gay que a gente vê, lá mesmo na facul tem uns dois assim, numa aula que eu faço, que a gente olha e não vê como homem, não consegue ver como homem. Não vê como garota, mas não vê como homem, tá ligado?

Afastou o tronco um pouco, e aproveitei para testá-lo: acariciei seu tórax por sobre a camiseta. Ele se afastou mas, para minha nova surpresa, desnudou o tronco. Largou a camiseta no chão, ao lado, e se reaproximou. Dada a permissão, acariciei o caminho de pelos que dividia seu peito, tão juvenil. Quantas vezes pensei nisso, e agora o fazia sem que ele repudiasse.

– Saca travesti?

– Travesti?

– Tem travesti, mano, que eu olho e vejo como mulher. Não me dá tesão não, porque tem um piru ali no meio das pernas, e não curto mulher com tromba não. Mas travesti eu vejo como mulher; a maioria delas mesmo.

– E daí? Eu não...

– Com você é confuso, Zeca. Não é que nem os vi... Não é que nem os gays que falei da facul, não é que nem travesti, não é que nem a mulherada. Tá captando?

– Não.

E não mesmo. Ele me via como uma garota, como uma mulher? Eu havia demorado um pouco a entender claramente o que significava o “minha mulher” que algumas vezes Marcelo usava para se referir a mim. Tentou substituir por “meu maridinho”, mas a distração falava mais alto e, no meio de uma conversa, do nada, usava o “minha mulher”. Ele havia explicado; eu até tinha entendido. Racionalmente, estava claro. Mas eu não havia sentido o significado, digamos assim. Aquela expressão me incomodava.

Foi com o tempo que percebi o porquê de falar daquela forma. Não usava durante o sexo; não usava para me caracterizar como mulher, embora eu fosse quem desempenhava a função de fêmea durante o coito, e isso era claro entre nós, sem rodeios. Mas seus atos me valorizavam como homem, como o homem que era dele, e não como um homem que ele via como uma mulher, como um cu disfarçado de buceta.

Não tinha nada a ver com sexo, com identidade sexual. Ou, pelo menos, não diretamente. Eu era a “minha mulher” porque era o homem-não-homem a quem ele amava e, como havia dito, com quem queria “construir as coisas juntos”. E, na evidente hierarquia que havia entre nós, a expressão “minha mulher” era, no fim das contas, a menos ofensiva, a mais delicada, a mais respeitosa que ele havia encontrado para me caracterizar. Melhor do que “café-com-leite”.

Ele era o homem da relação, e eu o não-homem. No contexto dessa nossa relação, “minha mulher” não significava o sexo oposto ao de homem, mas sinônimo de passivo, nos termos da passividade que eu tinha e que ele queria de mim. Tal como ele já havia dito: como marido e “mulher”. Significava “companheiro”, numa relação entre dois homens que faziam sexo e compartilhavam uma conexão amorosa e consensualmente hierarquizada. Esse era o ponto: a demarcação da hierarquia entre nós, a do homem e a do não-homem. E que não era uma questão para discussão. Nem para ele nem para mim. Gostávamos assim.

Enfim, a distração de Marcelo, que provavelmente não era tão distraída assim, não indicava um homem ativo que queria substituir uma mulher por um passivo. Era de um homem ativo, um fudedor, que queria um outro homem, totalmente passivo, um fudido, para ter eternamente como seu companheiro. Mas o confuso universo de Otávio não me parecia ser o mesmo, e ele próprio não parecia ter a menor ideia de qual universo era esse.

Riu brevemente da franqueza do meu “não”. Ía aproximando o rosto, mas parou. E confirmou o que eu acabara de concluir.

– Nem eu to entendendo... Tá vendo, agora? Tu é cueca; eu sei que to conversando com um cara, com macho. Você não come, só dá, mas é macho igual eu. Mas ao mesmo tempo eu agora ia te dar um beijo, tá ligado? Tantas vezes, bro, tantas vezes quis te dar um beijo...!

Fez uma pausa. Eu nunca percebera que ele havia tido aquela vontade. Por alguns segundos, havia suspeitado durante a transa em que achei estar sendo Raquel, mas não levei muito a sério. Seu rosto se iluminou.

– Teve uma vez... Muito tempo, muito tempo, isso... Lá no teu quarto. Eu cheguei da night com uma vontade de te beijar, te abraçar, tá ligado? Trepar com você direito, na moral mesmo. Te abraçar, te ter como minha garota. Você tava dormindo; eu sentei do teu lado e...

– Eu sei do que você tá falando. Você ficou um tempão brincando com meu...

Interrompeu:

– E ainda tem isso. O Rodrigo mesmo me falou que eu ainda não conheço cu; que eu ainda não comi cu.

– Porra, imagina se conhecesse...

– Não é isso; deixa eu te falar. Ele diz... Ele entende disso; já comeu muito cu. Ele diz que to mal acostumado, que quando eu comer um cu de verdade eu vou estranhar – riu. – Ele diz que o teu não é cu.

– Como é que é isso?

– Não, fui eu quem disse – e riu. – Uma vez que você saiu do quarto; eu tinha esporrado pra caralho... Daí falei que você tinha buceta. A gente riu e então ele falou isso.

– Otávio, não viaja. Eu não te...

– Eu sei que não tem. Não to dizendo isso. Não sou maluco. Mas, sei lá, cara, não sei se é porque você deixa lisinho, tá sempre cheirosinho; é úmido, sabe, macio que nem buceta. É que nem você, tá ligado?

– Meu cu é que nem eu?

– É... Assim... Eu sei que é cu, mas eu sinto como buceta. Sei que não é buceta, nem é igual de verdade. Um e outro... Você já comeu buceta?

Fiz que não com a cabeça.

– É, nem cu também, né? Mas se você tivesse comido ía saber; não é igual. E olha que pelo que Rodrigo disse o teu é muito igual; diz que é parecido. Mas não é igual. Mas eu sinto, bro, eu sinto como se fosse ao mesmo tempo que sei que não é. É que nem você. Eu não sinto você como mulher, mas ao mesmo tempo eu sinto.

Fez uma apusa.

– Eu devo ser gay.

– Acho que não.

– Não, Zeca, não tem dessas paradas. Eu não tenho preconceito com gay; tu sabe disso. Não tenho amigo gay, não fico de papo com gays porque pode queimar meu filme com a mulherada, mas não tenho dessas babaquices. Então, se eu for gay, porra, vai virar minha cabeça, mas que eu posso fazer? Sou macho; enfrento. Mas ao mesmo tempo acho que não sou, porque eu quero a Raquel. Não fica puto de eu falar isso, brother.

– Não fico não.

– É que é diferente, tá ligado? Ela eu vejo como mulher, você não. É uma trepada gostosa, te curto pra cacete, mas não te vejo como mulher ao mesmo tempo que vejo. Eu fico pensando... O fim do ano tá chegando, a gente vai se separar. A galera toda. Vou sentir falta do Rodrigo, até do Marcelo mesmo, aqui do apê e tals. Mas vou sentir mais falta de você, sabe, desse teu lance de ser todo cueca e minha garota na mesma parada.

Ficou me olhando, de novo.

– Não sei o que é isso, porque, papo reto, Zeca, um dia desses até pensei: “levo o Zeca daqui também e fico com ele como minha amante”. Mas não é isso. Não fica puto. Vou sentir saudade de ti; das trepadas, mas da tua pessoa também. Mas não penso em você como eu penso na Raquel. Ela é minha mulher.

Ficou me encarando.

– Te deixei puto com isso.

– Não, não deixou não. Eu to entendendo.

– Você mesmo me disse que tá paradão num cara, que vão ficar juntos aqui...

– É.

– Então, tu entende.

– Entendo. Disse que entendo. Eu também te quero pra cacete – ri. – Não só o cacete, quis dizer. Eu gosto muito de você, mas como parça, como você diz. E eu não ía querer ser teu amante.

– Po, não fica bolado com...

– Não to bolado, Otávio... Deixa disso. To sendo franco. Eu te vejo como homem, como fudedor. Isso não tem a ver com ser gay ou com ser hétero.

Seu olhar foi interrogativo.

– Você não pensa em mim porque é gay. Você pensa em mim porque gosta de me comer. Percebeu que eu olhava pro teu short e...

– Me dava tesão ver como você ficava me secando.

– Porque você é fudedor. Tanto fez se eu era uma garota ou um cara; te dava tesão porque você se sentia macho, confirmava que era macho quando meu olhar reconhecia em você um macho. Podia ser uma mulher, um cara ou um elefante, o fato é que você reconheceu um fudido te reconhecendo como macho, como fudedor. E daí quis fuder o fudido. Tanto faz se era um cara. E gay gosta de caras, de homem.

Sorriu, e acho que não entendeu coisa alguma. Deu um selinho, que emendou num beijo de língua breve. Depois, parou um pouco, pensativo.

– Viu? – disse, com os olhos muito vivos.

Eu tentava, mas não conseguia perceber o fluxo dos pensamentos dele. Sem saber, eu havia posto Otávio numa barafunda sem tamanho. Não tinham sido à toa aquelas semanas todas de instabilidade.

– Tá captando? Eu te beijei. Olho pra tua boca há uma porrada de tempo e tenho vontade de te beijar. Não vou mentir não. Desde logo no início, Zeca, te peguei de costas porque nem pensei, era por acaso, sei lá. Mas depois pensei mesmo; foi na moral. “Não vou olhar pra esse gay senão vou perder as rédeas e vou acabar beijando ele”. Porque nessa hora você não é cueca, você é o Zeca, um parça que eu tenho vontade de beijar como uma garota, porque pra mim você é uma garota.

Ele falava muito sério; talvez sério em demasia, e isso estava me assustando um pouco.

– Você tá muito confuso, Otávio.

– Tô.

– Talvez fosse melhor a gente parar.

– Parar o que?

– Nós dois. Esse lance todo.

– Não.

Ficou em silêncio.

– Eu queria que fosse como antes. Só nós dois. Pelo menos a gente ter umas fodas só nós dois, sem o Rodrigo. Com ele perto, sei lá... Não to gostando mais de te dividir não, Zeca. Não assim, na frente, fudendo junto. Ele te fuder, agora o Marcelo te fuder também, isso tá limpo... É tudo parça, morre tudo aqui no apê. Mas eu queria mesmo era de vez em quando poder ficar contigo sozinho. Mas eu não posso ficar assim, matando aula. E fim de semana fico com a Raquel; quero ficar com ela porque durante a semana é difícil. Tá foda.

Fez uma pausa longa, bem longa. Eu continuei passeando com os dedos por seu peito, tão moreno, tão bonito. Ele olhou e sorriu, acompanhando os movimentos.

– Isso é bom, brother.

Apertou muito de leve um mamilo meu. Depois, reacomodou o corpo e aproximou os lábios do meu peito. Lambeu, rodeou com a língua, como se experimentasse um prato novo. Afastou-se um pouco; deu uns beijinhos.

– Empinou... – deu um sorriso. – Tá de farol alto.

Fez como se sugasse, sem propriamente sugar, apenas simulando o movimento com os lábios. Eu estava todo arrepiado.

– Como você gosta... – sussurrou, continuando a explorar o mamilo.

Eu mesmo estava surpreso. Era uma sensação nova. Nem o próprio Marcelo havia me despertado ali; ele, que vivia querendo me excitar procurando novos cantos e usos em meu corpo. Fez isso algum tempo depois, talvez até mesmo naquela semana, e nem pensei em comentar que aquela era uma novidade também para mim, mas descoberta por Otávio. Marcelo não gostaria.

Passou para outro mamilo, enquanto forçava os braços sob mim, enlaçando-me pela cintura e puxando-me contra si. O caralho estava inchado de novo; muito rígido, grosso e volumoso. Deduzi que estava prestes a me fuder ali mesmo, no sofá, e nem sei como ele faria com meu short e a própria bermuda que ainda vestia.

– Otávio... Melhor não aqui... A janela...

– Caralho, nem me liguei...

Conferiu, assustado, antes de se levantar. O cacete estufado no tactel, quase arrebentando tudo como O Incrível Hulck. Na hora, lembrei da precaução de Marcelo, que usava um tamanho menor de cueca para deter o bicho quando em ereção. Fiquei imaginando se conseguia mesmo, porque eu ainda não o tinha presenciado nessa situação. No apê, ele havia passado a dispensar as cuecas desde que passou a me pegar, só a vestindo quando os meninos estavam em casa. O pau de Otávio, também acima da média, gritava contra o tecido. O de Marcelo, tentava visualizar agora, dificilmente ficaria discreto, mesmo represado pelo tecido justo. Sei não, mas acho que aquelas cuequinhas dele não adiantavam de muita coisa para conter seu monstro.

Otávio me levou para o seu quarto. Antes de deitarmos, enquanto libertava o cacete e em seguida apalpava minha bunda, perguntou a que horas Marcelo voltaria. Não sabia ao certo, mas citei o horário de costume, dali a umas três horas. Agora não ía ao campus para aulas, mas apenas dar prosseguimento à pesquisa que justificava sua bolsa. Ficava bem menos tempo, e só não chegava mais cedo porque não abria mão de suas corridas no parque.

– Então tem tempo pra eu te fazer com calma.

Cumpriu o prometido, segurando o gozo muitas vezes. Tirava e, enquanto aguardava a chegada da ejaculação amainar, me dava beijinhos, enfiava a língua na minha boca, agora sem medo. Mais de uma vez, olhou para o meu rosto, como se o estudasse, como fizera na noite que pareceu estar trepando com Raquel. Tinha sido pouco antes de Marcelo me pegar pela primeira vez. Numa dessas olhadas muito compenetradas, quis me elogiar:

– Tu é foda, Zeca... Bonito pra cacete... Ah, eu com uma cara dessa...

Eu sorri, pelo exagero dele. Era delicado. Estava querendo me agradar; preocupado em me valorizar, como se, naquela altura do campeonato, isso ainda fosse necessário. Quantos meses eu não tinha esperado por algo tão simples quanto o que estava vivendo?

Iniciado o coito, tinha passado a falar pouco, como sempre fizera. Otávio era de trepar em silêncio. A novidade é que estava se deixando ser carinhoso. Muito carinhoso; até dengoso. Porque ele era mesmo dengoso. Enquanto Marcelo me transmitia proteção, segurança, descobria que Otávio revelava uma delicadeza, diria até fragilidade, que era cativante. Em alguns momentos, apesar do cacetão que me forçava as entranhas, eu tinha a sensação de estar com um menino entre meus braços.

Previdente como tinha sido desde o início, deixou-me meia-hora antes do horário que eu dissera ser o habitual da chegada de Marcelo. Argumentei que ele não precisava mais de tanta preocupação, já que não era mais segredo para ninguém o que fazíamos. Retrucou que achava melhor, para não virar tudo uma putaria só.

Marcelo chegou um pouco mais cedo, e não sei como ele e Otávio não se cruzaram. Eu estava no banheirinho, expelindo o esperma que Otávio havia me posto e fazendo a higiene. Normalmente, eu fazia de tudo para manter o sêmen dentro de mim. No início, quando era apenas de Otávio e Rodrigo, era apenas por fetiche meu. Com Marcelo, manter-me galado pelo máximo de tempo possível, ou mesmo até meu organismo absorver tudo, foi por ordem dele.

Houve até umas vezes que, tempos depois de me pôr a carga, ele usava um abraço carinhoso para disfarçar uma dedadinha, a fim de conferir se eu ainda o mantinha dentro de mim. Também era mais ou menos frequente que, sem avisar, pusesse a mão dentro de meu short e desse uma dedada, ou mesmo pegasse meus genitais com a mão, para conferir se eu estava perfumado, cheiroso, como o havia habituado e agora ele fazia questão que eu sempre estivesse, a qualquer hora. Não era agressivo quando fazia essas coisas. Apenas conferia o que era dele, e com o cuidado que sempre tinha com o que era dele.

Esses exames não me cerceavam; muito ao contrário: me deixavam extremamente excitado, doido para que me pegasse em seguida e me mostrasse mesmo como eu era dele. Umas duas vezes, dessas em que quis confirmar que eu me mantinha galado, emendou a dedadinha e supriu meu tesão com novas estocadas, me deixando todo melado de tanta porra que transbordava, fosse a anterior ou a nova. E nem me lavei, jogando depois o short fora, todo colado.

No entanto, por alguma razão que não compreendia, me senti mal com a possibilidade de receber Marcelo tendo o esperma de Otávio em mim. Não porque ele iria me fuder ao chegar; independia disso. Naquela manhã, a simples ideia de que o receberia em casa tendo o esperma de outro me pareceu de mau gosto. Não estava à altura dele.

Hoje, penso que, sem me dar conta, talvez eu mesmo estivesse hierarquizando, obedecendo a lógica que ele me ensinaria tempos depois, com todas as palavras, mas que já devia estar absorvendo: a gala de Otávio, por mais carinho que eu tivesse por ele, não estava à altura da gala de Marcelo. Havia uma diferença clara entre eles que fazia com que eu não sentisse mais o desejo de que ela ficasse mantida em meu corpo.

Naquele momento, eu agia assim mas, mais uma vez, não compreendia qual o sentido. Afinal, Marcelo vivia me comendo todo galado por eles. Ultimamente, muito mais a gala de Rodrigo do que a de Otávio, mas ele não perguntava de quem era ou não. Apenas metia e deixava o caralho deslizar pelo meu canal molhado, e parecia muito satisfeito com isso. Com os movimentos, o leite dos dois acabava escorrendo, e na maior parte das vezes eu trocava o lençol para que ele não tivesse que dormir com aquela melação. Quando eu me deitava na cama, preferia imaginar que era a porra dele, e só a dele, que estava comigo.

Assim que Otávio saiu, a sensação de estar inseminado por ele me incomodou, mesmo estando assim como fruto daqueles momentos tão gostosos que havíamos passado juntos. Quis tirá-la, mesmo sem compreender bem o porquê. Quando a campainha tocou, eu havia acabado de tirar o excesso da gordura vegetal com que tinha me untado e já me perfumava. Abri a porta e ele me mostrava seu semi-sorriso.

Enlaçou-me pela cintura e me abraçou, fazendo um cafuné para guiar minha cabeça para seu ombro.

– Sente. Como você gosta.

Invadiu delicadamente meu short e logo me dedava com cuidado, com carinho.

– Sabe que eu gosto... – concordei, fungando para sentir o aroma suave do suor que agora ele sempre trazia da corrida.

– E eu também desse aqui – retrucou, me mostrando que levava o dedo às narinas. – Esse tua xotinha é uma flor; cheira como uma flor...

Eu sorri e juro que nem pensei na coincidência de ter feito a higiene e me perfumado.

– Tenho uma surpresa – disse, meio num rompante.

Afastou-se, me mostrando um sorriso, daqueles muito abertos, que não eram habituais.

– Surpresa?

– É. Quero dizer, não tenho uma surpresa, mas quero te fazer essa surpresa. Passar o dia com você.

Eu sorri.

– Mas você já passa o dia comigo. E eu gosto muito.

– Não, não aqui. Quero te levar pra passear. De carro. E a gente almoçar num lugar bacana, bonito. Nós dois.

– De carro? Mas você não gosta de...

– Hoje eu quero. Além do mais, aquele carro daqui a pouco se desfaz lá parado na garagem. Anda, vamos, que quero passar o dia com minha mulher. A vida é curta e quero te aproveitar; aproveitar tudo o que posso. Hoje jogo tudo pro alto, só porque te quero, e porque você é o meu tudo. É o tudo que me interessa. Anda, vai se vestir.

...

[continua]

[PS: Abaixo, pus umas respostas aos comentários que os leitores fizeram às partes imediatamente anteriores da história]

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Comentários

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Gente difícil a situação de zeca, marcelo realmente quer algo, mas fica humilhando e com papos para rebaixar zeca, ótavio quer zeca mas não larga tudo por ele, rodrigo é neutro, todos têm seus pontos positivos e negativos, queria Ótavio com Zeca, eu tenho medo da personalidade do Marcelo, acho maquiavélico mas gosta do Zeca é um misto de luz e treva

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Esse Zeca tem que pular pela janela!!! Só dá maluco nesse apartamento!

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Marcelo ou Otávio buscando uma relação fia com o Zeca?

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Uau, que transa dos sonhos!!! O Otávio é realmente um fofo, além de muito gostoso... Particularmente, até o esboçado aqui, não concordo com as ideias de Marcelo, mesmo assim ainda estou muito curioso pra entender tudo... Valeu pela resposta!!!

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Acho que sei o que significa ABO. Inicialmente, eu havia pensado que seria uma sigla do inglês que significa Aids By Osmose, pelo fato do Zeca curtir sexo bareback e transar com todos sem camisinha. Mas após ler até essa parte, e de acordo com o completamente dos personagens, conclui que seja uma sigla relacionada com 3 palavras gregas. De qualquer forma, estou adorando o texto e já estou me preparando pra sentir falta qnd vc terminar a estória. É a primeira coisa que faço quando abro o site toda noite, procurar pela continuação. Parabéns!!

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Já fui e já voltei no seu perfil. Confesso que fiquei na última vez porque comecei a ler o texto e gostei (por sinal, é muito bem escrito hein pessoa), mas principalmente por causa dos seus comentários. Aliás, esse último dá até um 23 A/2, né? Kkkkk

E esse título? Primeiro pensei "por que estão escrevendo conto sobre tipo sanguíneo"? Kkkkk... Mas depois fui NÃO entender, o que me prendeu mais ainda na leitura.

Como disse, estou preso na história (trama), mas realmente não gosto dos personagens. O pisciano/trouxa em mim não está deixando. Não gosto de traição (fale o que quiser Otávio, está corneando sim!), então o Zeca também é culpado por associação.E outra, onde já se viu ter uma genética dessas? E eu sofrendo com minhas tentativas de reeducações alimentares – plural. O Marcelo com o discurso vamos ficar juntos para sempre, comprar um apartamento e construir uma vida, mas esteja preparado porque vou te deixar (e ainda garante que o tapado do Zeca vai sofrer minha gente)?????????? Sei lá o que ele (Marcelo) quer da vida, mas vamos ver nos próximos capítulos. E por último, mas não menos importante, o Rodrigo. Mentira, menos importante sim. Não gosto dele por não gostar, acho. O santo não bateu.

Acho que é isso. Anos de CDC e no primeiro comentário faço textão (pelo menos no smart parece) kkkkkkkkkk... Quem chegou até o final curte aí, deixa um like, implora por mais detalhes pelo menos no comentário do capítulo que vem, porque mais 6 é barra hein!

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Kkkkk rapaz, Zeca é o famoso "se faz de besta para passar melhor" kkkkk. Essa checagem de Marcelo no cú de Zeca é o quê? Um teste do Inmetro? Se aprovar ganha um selo de qualidade e vai para venda com garantia? Marcelo depois daquela conversa não vai trocar Zeca no futuro!? Vai fazer o quê? Me parece que ele vai pegar outros Zecas por aí? Hubrow eu gosto muito do modo como escreve, minhas oposições ao texto é uma resposta natural ao que penso, e também porquê você sabe passar a ideia e o conteúdo muito bem, que consegue atingir isso nos leitores, tu escreve muito. Também acho muito lindo quando você está digitando os próximos capítulos, fica tão sexy e quando posta o conto atual vira uma perdição, um pedaço de mau caminho 😋😎.

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Olá, Hubrow, fico feliz por me notar! Haha Estou polindo o discurso para estabelecer uma análise, contudo, não poderia deixar de avaliar sua obra, e como não posso fazê-lo sem comentar (devido a exigências do site), contento-me com exclamações. Ainda não fui parar na UTI, todavia fiquei extremamente contente ao saber que a estória irá se prolongar. Meu psicólogo terá o que escutar na minha próxima sessão haha De certa forma, me identifico com teu conto, ele explana muito bem sobre conflitos identitários pelos quais passo... Enfim, não vou me prolongar. Você está indo muito bem, aguardo pelos próximos capítulos. Beijos e abraços de sxx admiradorx!

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"E gay gosta de caras, de homem." kkkkkk me definiu nessa frase, quem é assim sofre viu migo kkkkk. Mais uma vez ótimo texto, você criou um jeito todo seu de escrever e isso é muito, muito bom.

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Céus! Que delícia de parte. Agora, além de um Marcelo, quero um Otávio assim pra mim, kkk. Muitas das vezes me esqueço que o conto é narrado sob a perspectiva do Zeca e, de certo modo, sem ofensas, ele é meio tapadinho. Por isso não percebi (porque o Zeca não deu a dica) dessa possibilidade toda de o Otávio sentir (com medo de demonstrar) esse carinho todo pelo Zeca. Coisa que o Rodrigo já expressara, numa fase anterior, quando também começou a evitar o Zeca. Sobre decifrar o título, desisti faz tempo, kkkk. Obrigado pela atenção que dá aos comentários. É legal dialogar contigo. Abraços. Até a próxima.

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AINDA BEM QUE NÃO É MARCELO DANDO LIÇÕES FILOSÓFICAS PRA ZECA. MAS NÃO EXISSTE SUJEITO MAIS FDP QUE OTÁVIO. PENSOU EM ZECA COMO AMANTE. QUE BABAQUICE É ESSA DE QUE BI NÃO É GAY? CLARO QUE É. SE SE SENTE ATRAÍDO POR HOMEM E TRANSA COM HOMEM MESMO SENDO ATIVO, É GAY SIM. POR FAVOR ZECA PARA DE JUSTIFICAR ESSAS FANTASIAS LOUCAS DESSES CARAS. SE VALORIZE POR AMOR A VOCÊ MESMO. MUITO EGOÍSMO DA PARTE DE OTÁVIO, QUER RAQUEL, QUER ZECA, QUER TRAVESTIS, QUER GAYS. MISERICÓRDIA.

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Um pouquinho só, mas eu adoro o Otávio, é como o Zeca citou, ele me parece tão másculo, mas ao mesmo tempo frágil que da vontade de abraçar! Hahahahahjaja quero ele pra mim! Tá tudo ótimo como sempre

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Esta parte não era para ser dividida em duas, porque creio que justamente a sequência das cenas é que dá sentido a ela. Mas ficou tão, mas tão grande, que não teve jeito e tive de dividir, pondo o encontro com Otávio em uma postagem e a tarde com Marcelo em outra. Se eu cortasse, ou seria insuficiente ou teria de suprimir detalhes que, a meu ver, dão mais graça e verossimilhança à narrativa. Espero não ter decidido errado. ► ► ► Yeezuss: Lá na parte 19, vc escreveu que estava se corroendo em dúvidas. Hehehe, depois vieram tantos pontos de exclamação nos comentários seguintes que, a essa altura, creio que vc esteja na UTI. Rsrsrs. Obrigado por estar acompanhando de maneira tão atenta! ► ► ► Geomateus: Continuo seguindo suas dúvidas, ansiedades e conclusões conforme o andamento da trama. É muito engraçado de ler. Legal, legal mesmo. ► ► ► tiopassivo: Dos leitores que comentam, acho que você é o mais sereno e o que mais parece ter “pegado” o fio condutor da história. Sei não, mas acho que vc já decifrou o título e (ainda bem) está na encolha com isso. De qualquer forma, mais umas duas partes e, chegando ao final, fica tudo desvendado. Bom, confesso que tem uns comentários teus que me dão até tesão, hehehe, pelo modo meio Marcelo com que vc põe algumas observações. E seu último comentário, muito elogioso, foi superhipermega gratificante pra mim. Obrigado. ► ► ► LunoMarinho: Bem vindo aos comentários! Poxa, finalmente alguém falou no Rodrigo com atenção especial. Ninguém parece dar muita bola pra ele... Falam, reclamam, xingam, mas ninguém nota que, de todos, ele foi o primeiro a se preocupar em efetivamente ser carinhoso com o Zeca nas transas, mesmo que perca as estribeiras e dê uns supapos e esculachadas. ► ► ► VALTERSÓ: Eu já tinha previsto e lamento mesmo sua profunda decepção com o Marcelo. Mas, que fazer, ele é desse jeito mesmo. Acho um personagem muito charmoso, de um magnetismo só, apesar das difamações que uns e outros têm feito por aqui, hehehe. Mas o Zeca adora ele, e quem mais entende dos três é ele, que é o comido na história, né? Kkkkkk Que feio isso que escrevi... Mas, olha, não entendi sua repulsa ao Marcelo dizer que gosta de pau. Você conhece alguém que goste de homem que não gosta de pau???? Se não gostasse, não gostaria de homem, não é? Note que, linhas depois, Marcelo mostra, por suas ações, como é esse seu gosto por pau. Mas gostar, todo mundo gosta, creio eu. ► ► ► ierezende: Opa, mas um leitor novo nos comentários. Vc e muita gente sente isso por Marcelo, e a ideia é essa mesmo. Como eu disse logo aí em cima, pro VALTERSÓ, acho Marcelo de um magnetismo muito forte. ► ► ► Alex curte peludo: Seu comentário na parte 21-B, aquela que é muito discursiva, sobre o pau do Zeca, me deixou muito aliviado aqui. Foi um sopro de estímulo e otimismo. Às vezes, duas ou três palavras bastam pra dar uma força. E eu estava precisando mesmo. Ah, e sobre seu comentário da última parte: os fios estão emaranhados, mas está tudo sob controle, ok? Vc vai ver que há uma coerência nessas reviravoltas que vão aparecendo (bom, pelo menos eu acho que há...) ► ► ► Healer: Deixa de ser maldoso... Não tem nada de “sissy” na história do Marcelo com o Zeca. Se há dominação, ela é de outra forma... E de onde vc tirou que “Marcelo vai passar Zeca adiante está claro”? Nãnãnã-nãni-nãnã. Ninguém disse isso não.. ► ► ► Vitor1021: Ah, falei do LunoMarinho, mas tem vc Tb! Mais um solitário que presta atenção no Rodrigo. Bom, vou adiantando que ele vai ter um papel decisivo na história, para o bem ou para o mal. Disse isso antes num comentário, mas repito agora porque vai acontecer daqui a duas partes. Está bem pertinho e integra o desfecho dessa confusão toda. E obrigado por seu elogio. ► ► ► gabriel.floripa: Vc curte bem esse lance D/S, né? Seus comentários servem um pouco pra mim como termômetro do tom que estou indo. E, bom, claro que vc adora o Marcelo! ► ► ► FCOBRA: Pelo que previu no seu comentário, não creio que vá ler esse aqui, mas, de qualquer forma, queria registrar aqui o quanto fiquei feliz (e aliviado) com sua reação ao fato de eu ter aproveitado teu texto para fazer a parte 21-B. Muito legal mesmo vc ter compreendido e ainda se dado ao trabalho de expor isso. Obrigado! ► ► ► Yan700: Poxa, acho que essa parte causou decepção em vc, né...? Vi pelo seu comentário como ficou feliz com essa revelação do Otávio. Mas, enfim, a história é essa... Desculpe ter decepcionado. :( ► ► ► Bryan Smith: Como assim, “acabar como novela mexicana”? Eu nunca vi novela mexicana; não entendi. Tipo “final feliz”? Ou todos se matando? Não entendi. Mas legal saber que vc ainda está acompanhando. Vc some, e aí não sei mais. Bom, já estamos chegando meio que no final. Acho que mais umas cinco ou seis partes. ► ► ► Lissam: Vc Tb comentou antes e andou sumido. Que bom que ainda está conosco. Juro que não previ que ia ficar tão longo; s´perio mesmo. No fim, vai ficar com o dobro do que eu tinha imaginado quando “fechei” a trama toda, lá pela terceira parte. ► ► ► Digsgay: Bem vindo! Já já o Marcelo vai explicar ponto por ponto a teoria toda. Já está bem esboçada; só falta amarrar as pontas. Acho que vc vai gostar, mesmo não concordando (eu mesmo não sei se concordo tanto...) ► ► ► anjinholibriano: Bemvindo também! Que bom ter conseguido criar sua conta, depois de tantas tentativas. E que bom Tb que está curtindo a história independentemente do julgamento que faz do comportamento dos personagens. Esse é o espírito da coisa mesmo. Vou ler teu conto, ok? ► ► ► O segundo segmento desta parte, a 23-B, sai amanhã à noite, ok? Está pronto, mas não quis postar hj para não cansar, pq está tão grande quanto essa. Hehehe, vcs vão ter uma surpresinha com o perfil do Marcelo (e mais não digo!) ► ► ► Até amanhã e obrigado pela leitura, inclusive dos cladões que não comentam aqui! ► ► ► OS: Tô cansado; não revisei esse comentário. Dá um descontinho. :)

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