Eu e os três, A.B.O. que eu não sabia - pt17-B

Um conto erótico de Hubrow
Categoria: Homossexual
Contém 5654 palavras
Data: 22/08/2018 23:35:03
Última revisão: 25/08/2018 02:38:25

Não queria estar com Marcelo; voltar ao apê. Lamber seus restos pelo chão podia ter sido, tinha sido mesmo, humilhante, vergonhoso, ultrajante, talvez o fim da linha. Mas ninguém saberia. Tinha valido à pena. Pelo menos, eu tinha podido, pelo menos uma vez na vida, tê-lo dentro de mim, sua porra, seu DNA. Havia tomado da porra do cara mais encantador que já havia conhecido; um macho superior a mim e superior a qualquer outro que passara pela minha vida. Mas, ao menos por enquanto, não queria voltar a vê-lo. Precisava terminar o trabalho, para entregá-lo no dia seguinte.

Decidi que almoçaria no campus, terminaria tudo em meu notebook na biblioteca e só voltaria para o apê à noitinha. Não era nada do outro mundo, mas com as explicações do professor eu teria de refazer uma parte e ainda escrever a conclusão do trabalho. Em casa, a presença de Marcelo acabaria por me desconcentrar. Tinham sido quatro dias seguidos de tensão, e mais ainda a que passara pela manhã, mais forte do que tudo. Não estava arrependido; faria de novo. Mas tinha que pôr a cabeça no lugar.

Precisava de um descanso, algum tempo sozinho, entretido em outra coisa que não o desejo por ele. Às três da tarde, passei uma mensagem para Otávio avisando que não poderia estar para o encontro que ele havia marcado, pois ficaria preso numa reunião de um grupo de estudos. Não era uma desculpa tão esfarrapada, porque entrávamos em outubro, vésperas das avaliações do meio do semestre. Ele respondeu com um “sacanagem”, seguido por um “caralho”. Depois, ligou, mas não atendi. Mandei outra: “Desculpe, estou na reunião. Não dá pra falar”. Ele respondeu enviando um emoji tristinho.

Enquanto esperava a impressão e a encadernação do trabalho, na mesma copiadora onde, quase dois anos antes, vira o anúncio da vaga no apê, apareceu César, colega de turma. Naquele semestre, só fazíamos uma disciplina juntos, e ele não era propriamente um estudante assíduo. Esperei para que saíssemos juntos, pois tinha me chamado para um chope com outros colegas. Há um bom tempo eu não saía mais, e só falava com os amigos quando estava na facul. Além do mais, seria bom para fazer hora. Não era só Marcelo; também não queria ser feito de Raquel por Otávio, ainda que fosse forte a tentação de ter seus carinhos.

Elias já estava na mesa, quando chegamos ao bar. Eu o havia eleito como o meu “amigo gay”, embora, como eu havia me assumido na facul, tivesse outros também gays. Mas nosso grupo era heterogêneo; não havia dessas divisões. Sentei ao lado dele e, lá pelas tantas, confidenciei que estava apaixonado. Ele, claro, quis saber detalhes, mas não dei muitos.

Já havia comentado sobre Rodrigo e Otávio, omitindo que moravam comigo e, também, que se conheciam. Mesmo sem saber daquela pouca-vergonha toda, Elias passou a me chamar de “putinha dos héteros”. Mas me deu força, disse que eu aproveitasse, e se fez de invejoso quando abri um pouco mais o jogo e contei que ambos eram bem dotados.

Nunca falei de Marcelo, e quando mencionei a paixão, achou que era por um dos dois. Acabei enrolando e deixei que acreditasse que era por Otávio, para quem eu inventara outro nome e ele chamava de “moreno caralhudo”, para diferenciar de Rodrigo, que também passara a ter um nome falso e a ele se referia como “o ogro que mete porrada”. Eu contava a Elias o que achava que podia contar, porque queria preservar os três. As paredes têm ouvidos, o mundo é pequeno e não seria eu quem faria qualquer dos três ficar com fama de “comedor de viado”. Eles não gostariam. E sou leal.

Assim que entrei em casa, Rodrigo me lançou um olhar sugestivo e fomos para a cozinha. Marcelo estava em seu quarto, estudando. Mandou que eu fosse para o quarto deles às onze horas, quando certamente Marcelo já teria deitado. Não era o ideal, mas aliviaria meu tesão represado. Nenhum passivo, em sã consciência, dispensaria dois caras como eles, ainda mais na penosa situação na qual me encontrava. Precisava de pica, de um macho me socando, nem que fosse usando meu cu pensando numa buceta.

Quando cheguei ao quarto, Rodrigo estava sozinho. Otávio tomava uma chuveirada e ele não quis esperar para começar. Mandou logo que eu lambesse seus culhões, mostrando-os daquela maneira orgulhosa, prendendo a base do saco com a mão. Obedeci, pondo-me de quatro, e não demorou para que eu sentisse a mão de Otávio entrando vagarosamente em meu short e bolinando meu cuzinho. Arrebitei a bunda, quase automaticamente. Eles riram, e um comentou com o outro que a noite ía ser boa, pois eu estava afogueado.

E foi mesmo. Rodrigo me comeu de frente, me enchendo de chupões enquanto Otávio ficou todo o tempo mantendo minha cabeça inclinada para trás e me fudendo pela boca. Eles devem ter trocado algum sinal e Otávio se afastou enquanto Rodrigo me puxava um pouco pelas pernas e fazia com que eu me pusesse de quatro na cama. Colocava-me na posição para que o “parça” assumisse o posto, já que nunca me comia de frente. Otávio não me olhava quando seu cacete saboreava meu canal.

Senti o caralho privilegiado entrando, com o cuzinho mais aberto pelas estocadas fortes de Rodrigo. Ele me manteve firme segurando pelas ancas, como sempre, mas, surpreendentemente, foi repousando o corpo sobre minhas costas. Parecia muito calmo, e o toque de seu corpo no meu surtiu como um carinho. Eu só o sentira assim uma única vez, há meses, numa das vezes que havia chegado bêbado da night e estava todo dengoso comigo. E então lembrei-me que, naquela noite mesmo, há tanto tempo, ele já havia me chamado de “minha garota”, como repetia agora a propósito da maluquice toda por causa de Raquel.

Então, quando percebi que aos poucos começava a encostar os lábios nos meus ombros, entendi para o que ele caminhava. Não demorou muito para, supremo assombro de minha parte, virar-me de frente num movimento ágil ao qual se seguiu um novo encaixe da pica acompanhado por beijos, chupadas, chupões e lambidas em meus mamilos, meu tórax, braços, e perigosamente aproximando-se de meu pescoço e do queixo.

Nova surpresa, e suas mãos alcançaram minhas orelhas. Eu arfava, sem perder a atenção em seus movimentos mas também sem resistir àqueles carinhos que por tanto tempo ansiava e que agora tanto precisava. As mãos nas orelhas logo se transmutaram em apenas dois dedos, um de cada mão, um em cada orelha, e um em cada ouvido, até selar ambos.

Então, ao longe, bem ao longe, eu ouvia algo como um murmúrio, que me pareceu realmente cochichado. Eu não conseguia entender palavra alguma, mas deduzi que ele se remetia a Raquel, embora nem mesmo o nome dela eu conseguisse compreender.

Escondia-se talvez de mim, mas certamente também de Rodrigo. Por isso, o bloqueio de meus tímpanos não era suficiente: ele tinha que sussurrar para não ser ouvido pelo “parça”. Sua boca era macia, os lábios levemente úmidos, e a delicadeza com que ía percorrendo meu corpo com eles, confesso, me enterneceu. Embaixo, o caralho vigoroso entrava e saía macio, não apenas pela lubrificação que eu aplicara, pela amaciada do frasco plástico e pelo trabalho feito por Rodrigo, mas porque ele mesmo queria imprimir uma foda doce, suave.

A boca, que retornara ao meu tronco, novamente tomava o arriscado caminho pelo pescoço, e dessa vez chegou mesmo ao meu queixo. Eu sentia seu hálito, a umidade de sua face que roçava audaciosamente na minha. Começou a me dar beijinhos no rosto. Sim, beijinhos em meu rosto. Graciosos, ternos, delicados mesmo, enquanto embaixo prosseguia sem alvoroço em sua tarefa de metedor. Não parecia nada incomodado que, inevitavelmente, o abdome moreno tivesse contato com meu pau que, mesmo flácido, era, afinal, o pau de outro homem. E que, pelos movimentos dos quadris, roçava nele.

Então, sem quê nem por que, a pressão de seus dedos diminuiu em meus ouvidos e eles vagarosamente os abandonaram. Os beijinhos continuaram, e agora uma das mãos parecia querer acariciar-me o rosto, enquanto a outra afagava meu cabelo. Não me contive e suspirei forte. Ele me beijou em um olho, depois em outro, e entendi que queria que eu os mantivesse fechados, e foi o que fiz. Prosseguiu nos beijinhos, incansável, enquanto o cacete mantinha o ritmo cuidadoso. Estava dedicado a percorrer todo o meu rosto.

Abri meus olhos e, para meu espanto, ele não estava com os dele fechados. Beijava meu rosto com os seus muito abertos, olhando com atenção. Ele percebeu que eu o observava, parou um pouco e me encarou; nossos rostos a dois, três centímetros. Eu sorri, sem saber bem o que fazer, mas demonstrando que estava gostando, que estava tudo bem.

Ele não retribuiu; apenas continuou olhando, e o fez mesmo quando seus lábios tocaram os meus. Abri a boca, prevendo que receberia sua língua, mas logo a fechei, pois ele não entrou. Voltou aos beijinhos, nos lábios, nas bochechas, na minha testa, e agora era claro que seus olhos como que analisavam meu rosto. Estudava com uma expressão entre serena e atenta, e, em seguida a cada detalhe que focava, cobria-o com um beijinho.

Eu fechava os meus, tentando imaginar que era Marcelo quem me tratava assim tão amorosamente, porque se ele fingia que eu era Raquel, então eu poderia sem pudor fingir que ele era Marcelo. Mas como era possível ele me imaginar a garota olhando meu rosto tão atentamente, se eu mesmo, de olhos fechados, não conseguia realizar minha fantasia de que ele era Marcelo? Talvez se eu estivesse com um estranho, se estivéssemos no escuro, talvez nesse caso eu daria um jeito. Na sauna, em alguns momentos, eu havia conseguido, com os dois caras que haviam me pegado. Mas com ele, não. Era o homem que me comia há meses, que me excitava do jeito que era, com o corpo que tinha, com o caralho do qual se orgulhava. Não era Marcelo. E eu não era Raquel. Não era nem poderia ser estando de frente para ele. Não poderia ser com ele sentindo os pelinhos que já despontavam desde o barbear da manhã. Não poderia ser de modo algum com seu rosto tão próximo, seus lábios tão meigos, de olhos abertos assim.

– Porra, não vai acabar não, Otávio?

Ele ignorou a reclamação de Rodrigo, que certamente se punhetava à espera. Era a primeira vez que Otávio deixava de lado o jogo erótico entre eles para, sem estar a sós comigo, agir como se estivesse. Aquilo nunca acontecera; eu era sempre uma parte de um todo maior, ainda que a parte que unia os dois e dava sentido ao jogo. E, nos últimos dois meses, era também a primeira vez que Rodrigo tinha que esperar para dar a última foda e gozar, pois Otávio vinha me comendo pouco, preferindo as mamadas, e quando metia alcançava o orgasmo muito rapidamente. E Rodrigo ainda esperava sem ter qualquer acesso a mim, já que o “parça”, com seu corpo, tomara todo o meu. Não havia como me pôr pra mamar.

– Caralho, Otávio, anda com isso... Quero esporrar nesse cu, porra... – repetiu, impaciente.

Otávio atendeu o amigo, sem responder nem sequer olhar para ele. Gradativamente, foi aumentando o ritmo, mas sem descolar o corpo do meu. E também sem descolar seus olhos dos meus. E, quando gozou, apenas os franziu, soltando a respiração: não deixou por sequer um segundo de me encarar. Devia estar em transe, imaginando ter sua Raquel, estar injetando seu esperma em Raquel.

Levantou-se silencioso, como silencioso costumava mesmo ser nas transas, dando lugar a Rodrigo. Eu estava confuso; não entendia a mim mesmo, porque aquela simulação de garota havia sido totalmente diferente, e muito melhor, do que eu havia suposto. Não me senti uma garota, nem mesmo me senti estar sendo usado, embora obviamente estivesse. Seria assim dali para a frente? Otávio conseguia ser tão convincente assim a ponto de eu inevitavelmente chegar a duvidar do que ele fizera? A ponto de eu chegar a pensar que ele havia transado efetivamente comigo, e não com Raquel?

Eu me perdi na foda com Rodrigo; em alguns momentos, foi um pouco como se não estivesse ali. Ele foi carinhoso, não no mesmo grau que Rodrigo, mas também surpreendentemente carinhoso. Não era novidade seu contato com meu corpo, seus toques, suas carícias, porque ele não tinha os escrúpulos que Otávio mantinha até aquela noite. Mas foi terno quase no mesmo nível, e atribuí esses seus modos comigo à competição com o “parça”. Talvez quisesse mostrar para Otávio que podia ser um amante tão atencioso como o outro acabara de demonstrar.

Mas, quando o tesão foi lhe dominando, o touro aflorou e as metidas foram se tornando agressivas, violentas, no tom que ele gostava. A gala de Otávio foi espirrando em minhas coxas, transbordando pela virulência das penetrações de Rodrigo. Eu parecia lotado de esperma. Aquele moreno que se mostrara tão doce comigo não caprichara apenas nas carícias, mas também na quantidade de porra com a qual havia me presenteado.

Rodrigo deu um urro abafado quando despejou mais porra. Em seguida, se manteve sobre mim, relaxando. Acomodou-se na reentrância de meu pescoço, e tive que tornar minha cabeça para o lado. Involuntariamente, meu olhar recaiu sobre Otávio. Estava deitado de barriga para cima, os olhos mirando o teto. Não parecia tenso, não parecia relaxado; nem feliz nem preocupado; não sei o que parecia.

O corpo de touro pendeu para o lado. Sorriu para mim. Retribui, fiz um carinho nos pelos de seu peito. Peguei o short jogado no chão, mas não o vesti, embolando-o numa mão. Eu estava todo melado entre as pernas e não queria perder outro, como ocorrera tempos atrás. Otávio, em voz baixa, num tom tranquilo, pediu que eu apagasse a luz. Obedeci e saí, sem deixar de verificar se o apê, às escuras, estava mesmo livre para aquele percurso que faria, todo esporrado e pelado. A porta do quarto de Marcelo estava fechada, como esperado.

Quando cruzava a sala, um susto, um ligeiro grito que pude abafar. Tendo por trás a tênue luz das janelas dos demais apartamentos, que passava pela área de serviço, uma silueta se mantinha encostada ao portal da cozinha. A altura era inconfundível. Era Marcelo.

Fiquei sem ação. Ele, nenhum movimento súbito. Nada que demonstrasse surpresa. Desencostou-se, com calma, e veio a meu encontro. O movimento, lento, me fez notar que algo balançou, pendente entre suas pernas. Ele também estava nu. Eu não acreditava no que estava acontecendo.

Ficou bem próximo a mim, quase colado; nossos corpos quase se encostando. Na penumbra, percebi que sorria, mas não tinha como saber o que significava. Talvez uma reação contida de raiva; talvez um decepção que ele procurava disfarçar, triste mas cordato comigo, como sempre era. Quando, como num passe de mágica, ele afastou-se um tanto, inclinou o corpo em minha direção e agarrou minhas coxas por trás, temi que fosse me bater. Um peso roçou muito rapidamente uma de minhas coxas. Foi tudo muito rápido, e as mãos me sustentaram pela bunda. Por reflexo, enlacei sua cintura com as pernas e, sem perda de tempo, ele me levou contra uma parede.

– Zeca... – disse, em sua voz serena, aproximando os lábios.

E então, me arrepio todo quando lembro disso, sua língua foi pedindo passagem com cuidado e entrou em mim. Marcelo me beijava.

Caralho, Marcelo me beijava!

Há tanto tempo eu não era beijado... No bar, com Elias, pensava o porquê de não buscar um namorado ali na faculdade; ter um relacionamento mais gratificante, com beijos, toques, carícias. O próprio Elias, por que não? Eu não sentia tesão por ele, por nenhum deles; não me atraíam em nada, mas tinha chances de conseguir alguém. Com gays, mesmo que versáteis, não haveria tanta frescura; me beijariam, me dariam carinho. Elias, uma vez, havia dito que eu era bonito e, não satisfeito, falou muito seriamente que eu era lindo. Como não sou e estávamos a sós no apartamento dele, obviamente falava aquilo com segundas intenções. Ele era legal; podia ter alguma coisa com ele. Mas meu mundo se restringira a Otávio e Rodrigo, sem beijos. E, principalmente, ao príncipe, também sem beijos.

Mas o príncipe agora me beijava. E não era qualquer beijo. Molhado, cuidadoso, terno, másculo no tesão que percorria os braços rijos até as mãos que firmemente me sustentavam pela bunda, amparadas pela pressão contra a parede. Meu saco e o pau molinho, meio esmagados, encostavam em seu abdome, mas ele parecia ignorá-los; como se não desse qualquer importância àquele contato entre dois homens.

Foi um beijo longo. E que ele procurou prolongar enquanto, sem tirar-me daquela posição, levou-me até a mesa, onde me pôs cuidadosamente, de costas para ele. Cobriu-me com seu corpo, silencioso, enquanto tocava o meu com as mãos, as pernas que afastavam as minhas, os lábios que afagavam meu cangote, a língua que invadia uma orelha. Beijava minhas costas, os ombros. Tanto tempo sem carinhos e agora, numa só noite, aqueles tão sinceros de uma simulação delicada e agora estes, tão apaixonados, do homem mais inatingível do universo.

Ele entrou vagarosamente em mim e se acomodou. Sorri para mim mesmo. Mas não foi só pela felicidade de me sentir desejado, de descobrir que havia um tesão recíproco, por mais inverossímil que aquilo me parecesse minutos antes. Ria também de meu temor de que Marcelo fosse pequeno. Não, não era. Repousado dentro de mim, como se estivesse se familiarizando com o canal que, se ele desejasse, seria seu quantas vezes mais quisesse, eu o sentia me tomando por inteiro. Acomodava-se como uma luva, sem tirar nem por.

Mas, então, senti que vagarosamente ele impunha mais o membro contra mim. Empurrava mais pica. Não havia terminado; apenas interrompido a entrada. Foi entrando mais, e as paredes iam se esgarçando, numa dor lenta que foi se intensificando e acabou chegando ao fundo de mim. Parecia que o cacete havia batido numa parede inexistente e a forçava. Não eram dores fortes, apenas dores que marcavam a presença de Marcelo. Indubitavelmente, ele devia ser grande.

Começou a trabalhar em meu cu, ainda silencioso e meigo com as mãos e os lábios. Parecia mesmo que lidava com algo muito frágil e por isso muito valioso; como se temesse que um arroubo pudesse me quebrar. Por dentro, parecia que ía me tateando; os movimentos suaves de entra-e-sai eram alternados com outros, talvez circulares, talvez empunhando o cacete em ângulos ligeiramente diferentes. Como se estivesse mesmo reconhecendo o terreno, palmeando, procurando algo, buscando entender como eu era por dentro.

Eu arfava, gemia, mesmo atento para que os ruídos não atraíssem os rapazes, mesmo que estivessem em outro cômodo. Ainda sentia meu corpo forçado pelas dimensões de Marcelo, mas não tão dolorido, não tão incômodo. Ele roçava minhas entranhas, diria quase que analítico, e era delicioso o modo como o fazia. Um gemido meu mais doce, que soltei sem querer, prolongou-se um pouco além da conta. Marcelo parou dentro de mim. Manteve-se ali, enquanto continuava a cobrir-me de beijos, pausados entre si, macios, aveludados.

– Zeca – murmurou, numa expressão de quem parecia acabar de me encontrar.

Voltou a movimentar-se. Eu estava adorando aquilo. Passou a explorar aquele ponto com um roçar mais firme da pica maciça. Foi aumentando a pressão, e agora arfava junto comigo. Eu não entendia bem o que se passava, mas algo se passava. Quantas boas fodas eu não tinha tido com Otávio, com Rodrigo, mas aquilo que se passava era outra coisa, uma outra coisa que eu não entendia bem.

Então, me veio vindo uma vertigem que não acontecia, uma fraqueza que não se completava, uma dilatação que não impedia de sentir seu volume, uma falta de ar que me enchia, e uma explosão que parecia implodir-se. Eu fraquejei o corpo e ele sentiu, aumentando a força e me fazendo gemer ainda mais, fazendo prolongar ainda mais aquela sensação. Não parecia mais acabar, e eu me entregava a ela extasiado e ao mesmo tempo receoso. Murmurei, muito baixinho, “pára, por favor”, porque aquele prazer estranho se tornava insuportável, e ele me atendeu, voltando à pressão de antes, ao ritmo de antes, mas sem parar de roçar.

Quando percebeu que minha respiração se normalizava, fez-me virar de frente para ele e me puxou, mantendo-se entre minhas pernas. Desta vez, enfiou tudo de uma vez só e eu senti novamente aquela pontada no fundo de mim, as bordas forçadas, meu corpo escancarado pela potência dele. Marcelo me encarava, tal como fizera Otávio, mas com uma expressão mais dura. Mantinha nossos rostos muito próximos, minhas costas erguidas do tampo da mesa por seu braço que me enlaçava pela nuca.

Cheguei a ficar com medo. Aquele olhar firme, quase desafiador, era agora acompanhado por metidas cada vez mais fortes, e ele quase me lanhava com os dentes ao percorrer meu corpo. Parecia querer me devorar, não comer. Eu não reconhecia Marcelo naquele animal que me excitava daquele jeito, que me copulava dos pés à cabeça, com uma intimidade com meu corpo como se pertencesse a ele, não mais a mim.

Eu gemia cada vez mais, porque agora parecia que o cacete descobrira o segredo, parecia que se acomodava por si mesmo de maneira a me fazer sentir novamente aquelas sensações. Eu notava que Marcelo em breve chegaria a seu gozo se antes não me partisse em dois, e notava também que eu era embalado em direção àquilo tudo de novo. E, quando a implosão voltou, senti uma primeira golfada na pele lisa de meu púbis, seguida de outra, e em breve se formava uma pequenina poça próxima a meu pau flácido. Marcelo como que escondia o rosto em meu ombro e ouvi um curto e baixo rosnado. Junto, o movimento agudo de seus quadris em minha direção não deixava dúvida: ele jorrava dentro de mim. Marcelo me dava seu esperma, se saciara comigo, e me presenteara com a primeira ejaculação que eu mesmo havia tido numa foda.

Ele permaneceu arfando em meu ombro. O macho comedor, que há poucos dias não escondera de mim sua condição, agora descansava do gozo enquanto eu estava extasiado, nas nuvens, no céu. Era difícil acreditar no que estava vivendo. Era muita coisa de uma vez só, e tudo muito. Não sabia o que seria daquilo; só sabia que finalmente alguém estava me fudendo, realmente estava fudendo o Zeca, queria fuder o Zeca, queria fazer carinho no Zeca. Marcelo me desejava, me queria. Talvez só àquela noite, mas queria a mim naquela noite. Não um cu, não um corpo, mas o Zeca.

Ele soergueu e me deu seu sorriso contido. Eu sorri de ponta a ponta. Olhou para meu púbis e depois para mim, surpreendentemente meio molequinho. Foi com o dedo até lá e ficou brincando com minha pocinha de esperma. Era meio ralo, não em muita quantidade, mas o suficiente para que ele simulasse alguns desenhos sinuosos em meu abdome. Beijou-me. Um beijo suave e tesudo como o primeiro, mas que foi se tomando de ardor. Agarrou-me com os dois braços, percorrendo toda a minha boca com a língua.

Sem interromper, me fez sair da mesa, mas me manteve erguido, sem os pés no chão, com um braço muito firme em torno da minha cintura. A grossura do caralho me espantou sem que eu o visse, no contato com minha coxa.

– Vou te ensinar.

Eu o olhei, sem entender.

– Você não precisa ficar na ponta dos pés.

Segurou meu queixo e foi me guiando com delicadeza, enquanto explicava:

– Basta inclinar a cabeça, esticar um pouco o pescocinho. Está vendo? O importante é você manter o ângulo. Não é tanto a sua altura, mas o ângulo, pra que eu possa entrar em você.

Pôs meus pés no chão, diante dele. Inclinou a cabeça em direção à minha e fiz como ele havia me ensinado. O beijo foi gostoso. Ele voltou a me abraçar muito forte e aos poucos uma mão foi até minha bunda.

– Xota gostosa... Muito, muito gostosa... – sussurrou.

– Eu não tenho xota. Tenho cu. Quem tem xota é mulher, e eu não sou uma mulher.

Eu não fui agressivo. Ao contrário, tentei não demonstrar contrariedade na voz. Mas tive medo que, se o outro quis me fazer de Raquel, ele estivesse me usando como a casada. Queria saber logo, mesmo que a fantasia terminasse ali. Podíamos continuar, tudo bem, mas que fosse honesto.

– Você não tem cu. Eu tenho cu, Otávio tem cu, a maioria dos homens, e das mulheres também, tem cu – seu tom era quase didático, baixinho como o meu. – Mas isso aqui que você tem não é um cu. E as mulheres não tem xota, tem xoxota, que a gente chama de buceta. Você tem xota.

Fiquei meio sem graça; não sabia se estava gostando daquilo.

– É pra você se orgulhar, não pra fazer essa cara. Todo passivo quer ter uma xota, quer ficar gostoso assim. Quer que eu chame de cuceta? A maioria dos machos chama de cuceta. Mas acho bruto. Uso, mas não pra você. Quando o passivo é assim, quando está no ponto, como você, é xota. Você não acha xota mais bonito?

Eu sorri, porque ele estava sendo atencioso.

– Xota. A melhor que eu já provei. Tua xotinha – repetiu, enquanto acariciava meu botão. Beijou minha testa e ofereceu a boca para um novo beijo. Eu me ergui como ele ensinara e aceitei.

– Não vou te largar nunca mais. Vamos morrer os dois aqui, nessa sala – disse, enquanto dava beijinhos na minha orelha e me abraçava muito, mas muito forte.

Puxou-me pelo braço, e enquanto andávamos foi se pondo por trás de mim. Colocou-me contra a parede e encostou o corpo de novo no meu. Senti a grandeza do cacete, já endurecendo novamente, comprimindo minha bunda.

– Meu.

Fez uma pausa.

– E quero de novo.

Arqueou o corpo para trás, para encaixar-se novamente dentro de mim. Forçou algumas vezes, sem segurá-lo, para que encontrasse o caminho sozinho. O cacete já estava plenamente pronto para o novo coito. Duro, firme. Após algumas tentativas, entrou por si mesmo, sem que ele o tocasse. Pôs tudo, novamente me provocando aquela pontada lá dentro, como se tivesse alcançado meu fim, e quisesse ultrapassá-lo.

Desta vez, não começou com cuidados. Meteu mesmo o cacete, me fazendo carícias como para aplacar o efeito da fúria. Eu gemia sem me dar conta, e talvez estivesse aumentando o volume, pois logo ele tapou minha boca com a mão espalmada. Aquilo me deu mais tesão ainda. Aquele homem enorme de tão alto me dominava inteiro, me calava a boca e me socava com tal força que parecia querer me levantar do chão com a pica.

Gozou novamente, para meu espanto, e sem demorar tanto. Talvez o tenha feito voluntariamente, para não me machucar. Não tinha tido limites em usar-me do jeito que queria, sem se importar com o estrago que pudesse estar fazendo em mim. Se fez propositadamente, foi mesmo melhor que não tivesse se alongado. Eu mesmo havia perdido os limites e não me importava; que ele me rasgasse.

Doía, mas não doía. Podia estar sendo cruel, mas o efeito em mim não era esse. Ao contrário, eu tinha tido aquele gozo novamente sendo enrabado daquele jeito, e acho que por ter sido mesmo daquele jeito. Eu me sentia pequenininho em volta dele, do caralho dele, da força dele dentro de mim. Não cheguei a ejacular. Foi um orgasmo semelhante àquele que, agora eu sabia, tinha sido o meu primeiro. Nunca havia experimentado um orgasmo quando penetrado, e Marcelo havia me dado três.

Ele acendeu a pequena luminária que ficava na cômoda ao lado da qual estávamos. Pôs a mão em meu botão, sem se afastar muito de mim, mantendo-me preso pelo abdômen.

– Segura, ok? Vou pôr os dedos, só pra tirar um pouco, mas não deixa sair. Consegue?

Fiz que sim com a cabeça, embora não tivesse a menor prática no que me pedia.

Levou os dedos à luz e vi que os examinava. Abraçou-me forte, agora com os dois braços, prendendo-me por completo. Era bom estar assim com ele.

– Limpinho. Nenhum sangue, nada – disse, sorrindo, e me tascou um beijo meio barulhento no pescoço.

Temi por Otávio e Rodrigo, mas ele não parecia muito preocupado. Enfiou uma das mãos entre nós e voltou a pôr os dedos em meu cuzinho, entrando um pouco mais.

– Agora tenta soltar um pouquinho pra mim. Se perceber que vai sair muito, prende. É só um pouco. Tudo bem?

Novamente assenti. Demorei um pouco, temeroso que não acertasse, mas consegui que não expelisse muito, só um pouco mesmo. Ele tirou cuidadosamente, afastou-se para que os dedos não encostassem em nenhum de nós e os levou até meus lábios. Eu os abri, e ele cuidadosamente os foi untando com a porra.

– Não vou deixar você sem o que gosta tanto.

Sua voz foi carinhosa. Quando percebeu que eu havia saboreado tudo, voltou a enfiar o braço entre nós.

– Quer mais, né, seu bezerrinho? Adora um leite... – murmurou, muito amoroso mesmo, enquanto coletava mais um pouco para mim.

Eu estava intrigado com o que dizia, mas não demonstrei. Como ele podia saber do fascínio que eu tinha por esperma? Provavelmente, havia ali misturada um pouco da gala de Rodrigo, talvez um pouquinho da de Otávio, porque boa parte da que tinha me posto transbordara quando o primeiro me fudeu pela segunda vez. Ou, talvez, só restasse mesmo a do próprio Marcelo, já que suas metidas, tanto na primeira quanto na sua segunda gozada, haviam sido também muito fortes. Talvez tivessem expulsado as duas. Havia me escorrido muito esperma durante suas marretadas; minhas pernas tinham rastros úmidos, melados. Mas como ele sabia que eu gostava de beber, a ponto de tirá-la de mim para que eu sentisse seu gosto?

Mandou que eu me certificasse que tinha engolido tudo, que eu limpasse bem os lábios com a língua.

– Você gosta de porra, mas eu não.

Apagou a luminária e pôs-me de frente a ele. Entendi que ía se despedir; o que fez, com um novo beijo.

– Amanhã a gente se fala.

Deu alguns passos, mas parou. Virou ligeiramente o pescoço, voltando o rosto para mim.

– Você entendeu que agora você é meu, não é? – e fez uma pausa, sem que ele pudesse perceber que eu concordava com um sorriso, na quase escuridão que havia novamente tomado a sala. – Era o que você queria. E agora você é. Você é meu.

Deitei entre excitado, extasiado. Mas o cansaço falou mais alto, após ser fudido por três, e especialmente pelo vigor de Marcelo. Sentia meu corpo como que triturado. E haviam sido emoções tão fortes que nem minha cabeça parecia estar funcionando mais.

Não sei se foi por pouco ou muito tempo que consegui descansar. Marcelo novamente estava sobre mim. Sem permissão, porque há muito sabia que não precisava. Tomava novamente meu corpo e me cravava o caralho. Não foi tão selvagem quanto da última vez, mas mesmo assim a cama rangia. Temi pelos vizinhos e, com um pouco de paranoia, até mesmo por Otávio e Rodrigo.

Parecia não ter qualquer pressa em gozar, mas logo despejou mais porra. Depois, ficou mais um pouco deitado sobre mim e, apesar da mera penumbra, volta e meia levantava a cabeça e me olhava. Sorria, algumas vezes mais relaxado do que com a discrição habitual, e eu correspondia. Não sabia se ele iria querer mais ou não. Eu estava extenuado, mas até torcia para que ele partisse para mais um round. Eu estava muito feliz.

– Ah, Zeca... – falou, enquanto se erguia um pouco de mim, repentinamente.

Pôs a mão entre minhas pernas.

– Solta mais um pouco. Assim – aprovou, mas não tirou os dedos após eu ter lhe dado o que pedia. – De novo, mais um pouquinho. Com cuidado.

Imaginei que me daria mais leite para beber, mas não. Os dedos foram para o meu pau. Eu estremeci ao sentir que tocava ali, mas ele fingiu ignorar. Nenhum homem me tocava naquela parte. Nunca. Mesmo que desejassem, percebiam que não me agradava mesmo sem eu dizê-lo. Os poucos que tentaram afastaram-se logo, fosse por desinteresse ou respeito a mim.

Espalmou a mão e, com agilidade, untou o membro e meu saco com sua porra. Conteve tudo numa mão só, como se com a pressão a gala impregnasse minha pele com maior eficácia. Foi ágil, mas não propriamente apressado. Agora um pouco de lado, pôs-se mais afastado. Começou a soprar, com cuidado. Conservava uma boa distância, ainda que inclinasse a cabeça para que os sopros pudessem surtir efeito.

– Vamos deixar secar um pouco.

Mesmo sem poder enxergar direito o meu rosto, deve ter percebido minha estranheza.

– Marcando você. Você é meu. Já era, desde que te vi. Mas agora está marcado como meu.

Marcelo dormiu ali mesmo, em meu quarto, sobre mim. Não foi incômodo; era pesado, mas me protegia. Quando notei que estava adormecendo, quis avisar-lhe, para que os rapazes não descobrissem sua presença pela manhã.

– Eles que se fodam. Eu to com o que é meu, e gosto do que é meu – murmurou, sem dar muita trela.

Quando despertei, já dia claro, ele não estava mais no quarto. Lembrei vagamente de alguma movimentação durante o sono; imaginei que tivesse sido ele, ao me deixar. Não o vi naquela manhã. Permaneceu com a porta de seu quarto fechada, e achei que era mesmo melhor assim. Talvez tudo fosse apenas uma aventura noturna, e tivesse se dissipado com o amanhecer. Eu estava temeroso, antevendo uma decepção, e preferia retardá-la.

Na faculdade, entreguei o trabalho e assisti as demais aulas. No fim da tarde, quando estava no meio da última, uma colega com quem mal falava me cutucou e apontou para a janela. Era Marcelo, que me olhava sob o sol, a uma certa distância, de fora da sala.

...

[continua]

[Abaixo, pus um comentário sobre esta parte e o prosseguimento das publicações da história]

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Comentários

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Hubrow achei engraçado nos contos anteriores tu chamando o povo de Zeca kkkkk.

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Eu sou do tipo que irei adoro Marcelo possessivo que deseja o zeca só para ele Kk

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Prosseguindo com a mensagem: Seria decepcionante ter esperado por 17 capítulos, acumulando expectativas e ansiedade, para que agora que a trama tem a possibilidade de desenvolver conflitos, ciúmes, amores e peculiares, você a finalize com a adição de apenas mais 6 ou 7. Se o teorema o qual quer executar faz-se contundente à essa extensão textual, então o faça. Porém, creio eu que seu brilhantismo é capaz de incluir novos teoremas, plot twists e extemporaneidades para que a série seja postergada, alongada. Abraços de umx admiradorx!

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Ou hubrow que maldade! Kkkk, só porquê eu acertei os três A. B. O. Eu tinha pensado nisso antes, mas aguardei o momento para afirmar kkkk. Está certo, se é para manter esse mistério dessas letras, eu "deixo" kkkk, mas quem leu meu comentário antes de ser apagado vai saber do que era kkkk. Eu ia até me redimir pelo spoiler que dei, sentando no seu colo, enquanto desabotoava sua camisa e dando um cheiro e beijos no seu pescoço, mas apagou, então apagou kkkk. Até o próximo conto.

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Olá, Hubrow! Desde que comecei a ler teus contos, me sinto hipnotizadx e extasiadx pela forma como tu descreves e arquitetas tão bem tramas que engendram a dominação e a submissão, os esteriótipos, a feminilização e o subconsciente masculino concernente ao olhar sexual hétero diante da manifestação do desejo homoafetivo. As destoantes feitas pelo 'macho' para que possa encarar-se ainda como tal mesmo vivenciando desta experiência, como preza por sua posição impositivo e imperiosa, e que, para mantê-la, deslegitima e negligencia o passivo como homem. É uma abordagem escandalosa e, em partes, factual, visto que, o 'macho' tende a inferiorizar tudo aquilo que, assim feito, vanglorize seu ego. Sou umx leitxr assídux e li praticamente todos os seus contos. Em minha trajetória pela casa, este é o segundo comentário que ouso fazer, teu conto, dentre muitos que li, é o segundo no qual me sinto lisonjeadx e feliz por comentar, posto que o fiz por tê-lo apreciado enormemente. Dito isto, faço-lhe um apelo: não o finalize no capítulo 23 ou 24 como previu, prolongue a estória

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MEU DEUS DO CÉU! O QUE QUE FOI ISSO??? TRÊS FODAS UMA APÓS A OUTRA NUMA ÚNICA NOITE. E TUDO O QUE ZECA MAIS QUERIA ACONTECEU. MARCELO FINALMENTE CEDEU AOS IMPULSOS E REALIZOU OS DESEJOS DE ZECA. SÓ ESPERO DE FATO QUE ISSO NÃO TENHA SIDO UM SONHO DE ZECA. QUE TENHA SIDO REAL. TORCI DEMAIS PARA QUE ISSO ACONTECESSE. MAS CREIO QUE FOI REPENTINO DEMAIS, DIGO, DO NADA MARCELO PEGOU ZECA. UAUUUU. TB NÃO HOUVE MUITO DIÁLOGO ENTRE ELES NA HORA DA TRANSA. NENHUMA DECLARAÇÃO DE AMOR. TB NEM SEI SE PRCISAVA. RSSSSSSSSSSSSSSSSS MARCELO É DE FATO UM FOFO, LINDO DEMAIS. SUPER CORRETO E CREIO QUE NÃO VAI MAGOAR ZECA COMO OTÁVIO E RODRIGO FAZEM. MARCELO NÃO TEVE PUDOR EM PEGAR NO PAU DE ZECA, NEM TEVE NOJO DE BEIJÁ-LO. AMEI. MAS AINDA DIGO QUE FALTOU DIÁLOGO ANTES DURANTE E DEPOIS DO ATO. RSSSSSSSSSSSSSSSS ZECA FICOU COM CARA DE TAXO. ISSO PRECISA SER ESCLARECIDO. OS DOIS PRECISAM DIALOGAR URGENTE. GOSTEI DAS POUCAS FALAS DE MARCELO TIPO, 'DEMARCAR TERRENO', 'VOCÊ É MEU', 'NÃO TE LARGO MAIS'. FOI SENSACIONAL ESTE CAPÍTULO.

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A B O tem a ver com alfa, Beta e ômega? No caso, o Marcelo seria o alfa?

Eu tô meio sedada com esse capítulo, não sei bem o que pensar. Gosto do jeito dominador do Marcelo, mas ainda não tá fazendo sentido pra mim ele vir todo possessivo pra cima do Zeca, e ter permitido e/ou premeditado que a relação do Zeca com os outros.

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Acabei de postar a versão revisada, ok? (pra quem leu a anterior e quiser se dar ao trabalho de conferir)

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Healer, seu spoillento, vou matar vc. Já que não posso, apaguei seu comentário, kkkkk.

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amei essa reviravolta incrível. pirei no comentário do (a) Healer kkkkkkkkkkkk

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Não gostei, comparado com o quanto gostei dos outros capítulos. Talvez eu ache o jogo de sensualidade a parte mais excitante que o ato, mas foi super abrupto do nada Marcelo aparecer pelado. Talvez fosse esse o objetivo, como um predador que caça veloz e a presa só se vê na hora do abate, mas não me agradou. Quebrou um pouco do clima pra mim. Eu teria gostado se tivesse Teorema no título, combina com Marcelo o ar de inteligência que passa, não? Rsrs Espero que a dominação dele continue subentendido, me lembrei de pai, homem e carrasco e o quanto eu odiava aquele relacionamento kkkkkkkkk sem ofenças. No mais, amo sua escrita.

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Voltei, menino esse Zeca ainda é... Marcelo estava treinando Zeca para virar uma Sissy sem vestir roupa feminina? Esse Otávio quer bancar de uma descoladão bacana e chifra a namorada, parece estar com ela só porquê Raquel é virgem, ele é mau caráter sim, só não quer assumir. Rodrigo só compete com Otávio. Será que Marcelo arquitetou até quem ia morar no apartamento dele, feito peças de xadrez, até enlaçar e moldar "um Zeca" para ele? Será que com esses excessos de chucas que Zeca faz, não acabou com a própria flora intestinal? Kkkk.

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mudança totalmente imprevisível do Marcelo sobre o Zeca.

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Só segunda é foda depois dessa bomba

Mas é melhor do q nada kkk

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Confesso que perdi o fôlego em alguns momentos da história! Realmente, embora já soubesse que era isso que ia acontecer, nunca poderia imaginar que seria dessa forma. Fantástico. Você cumpriu a promessa de me surpreender. Obrigado. Diz um provérbio alemão que "o diabo mora nos detalhes". Você cuidou muito bem dos detalhes. Parabéns!

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Porra..... tesao cara..... Finalmente esse Marcelo se revelou! Agora manda os outros 2 pra puta que pariu!!!!

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Bom, finalmente, a decisão tão esperada, hehehe. ► ► ► Creio que há quem diga que Marcelo enrolou muito o Zeca para pegá-lo. Bom, só vou dar uma pista: quando o significado da sigla do título ficar mais claro, o que não deve demorar mais muito, também ficará mais claro (creio eu) a razão do longo processo de Marcelo junto a Zeca, para aqueles que ainda o estão estranhando. Não foi gratuito nem enrolação não, ok? A história, bem, não sei muito o que dizer sem dar um spoiller, mas digamos assim: a história, no todo, é a representação de um teorema (e, aliás, pensei mesmo nessa palavra como título, em vez dessa solução meio esdrúxula que saiu, rs). O processo conduzido por Marcelo é componente do teorema, que se tornaria falso sem ele (o processo). Bom, falei bonito e não disse nada, mas não era pra dizer muito mesmo, kkkkk. . ► ► ► Com essa parte, chegamos à grande virada da história. Os acontecimentos agora vão se suceder numa certa espiral, e talvez assustem alguns. Vem uma viradinha também daqui a umas três partes. Creio que a história se completará em 23 ou 24 partes (ou seja, faltam seis ou sete). ► ► ► A coisa está bem barba aqui de tempo. Infelizmente, alguém tem que cuidar do leite das crianças... As férias terminaram, e então não posso me dedicar como gostaria. Enfim: só garanto publicar a próxima parte, a 18, na segunda-feira. Desculpem, de coração mesmo, pelo intervalo tão longo, mas se marcasse para antes provavelmente não cumpriria a promessa. ► ► ► Obrigado a todo mundo que está acompanhando! Eu esperava completar tudo em dez partes, e agora falo em mais de vinte... :( Obrigado pela atenção!

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