Amor de filha (Parte III)

Um conto erótico de Sara
Categoria: Heterossexual
Contém 3109 palavras
Data: 18/08/2018 01:05:04

Praticamente não dormi naquela noite e tenho certeza que papai também não conseguiu dormir mais. Contava as horas no relógio até o amanhecer, temendo pelo fatídico momento em que teria que encarar meu pai após o ocorrido.

Apesar do medo e da sensação de culpa, o tesão dominava meu corpo: me masturbei inúmeras vezes pensando no que ocorrera. Eu tinha me deitado nua com meu pai! Por alguns instantes, segurei seu membro quente em minhas mãos! Meu lençol ficou empapado de suor e o cheiro da minha buceta tomava o quarto após tantas gozadas.

Mas o sol não tardou a aparecer e eu teria que enfrentar as consequências do que havia feito.

Me levantei assim que o despertador tocou, pois não adiantaria protelar a conversa que teríamos. Tomei um banho para lavar o suor do meu corpo e acalmar os ânimos e fui para a cozinha tomar café da manhã e encarar meu pai.

Seu Mauro já estava pronto para sair quando cheguei na cozinha; vestia uma calça jeans de corte reto, tênis e uma camiseta bem básica. Sua bolsa já estava sobre a bancada, mostrando que estava de saída.

— Bom dia, pai. — disse com a voz e o olhar baixos.

— Bom dia, Sara. — a resposta foi seca, mas ele não parecia irritado.

— Dormiu bem? — recebi um breve “uhum” como resposta — Que bom… — eu estava fazendo rodeios, mas precisava tocar naquela ferida — Pai! Sobre ontem…

— Agora não, filha. — me interrompeu, sem nunca olhar no meu rosto — A noite a gente conversa, tá?

— Sim, senhor…

O assunto morreu ali! Meu pai terminou de tomar café e saiu sem se despedir de mim. Eu realmente tinha estragado tudo! Estava com um misto de alívio e arrependimento pela minha impulsividade e sabia que nossa relação nunca mais seria a mesma depois daquele incidente. De qualquer forma, não havia como desfazer o que já estava feito.

Terminei de me arrumar e saí para a escola. Aquele seria um longo dia…

Passei a manhã no colégio e a tarde fui para o cursinho. Não conseguia me concentrar nas aulas, apenas pensava no meu pai e no que aconteceria mais tarde. Volta e meia, quando lembrava da visão de seu corpo nu, um arrepio percorria minha espinha e fazia os pelos da minha nuca se eriçarem.

Durante todo aquele dia, evitei falar com Gustavo. Inventei alguma desculpa qualquer e disse que ele não precisaria me buscar após a aula. Não estava com cabeça para lidar com ele aquele dia, mas sabia que precisava terminar aquela relação infrutífera.

Assim que a aula acabou, mal me despedi das minhas colegas e corri para casa. Ainda com a cabeça nas nuvens, tomei um banho rápido e preparei o jantar. Fazia menos calor que o dia anterior, mas o ar ainda estava abafado; vesti um short largo e uma camiseta de basquete de tecido fino e deixei o cabelo preso num coque, mas nada disso ajudava a arrefecer o suor.

Já tinha roído todas as unhas quando papai chegou em casa. Tinha um aspecto tenso e cansado e a camiseta colada no peito pelo suor. Me cumprimentou com um breve “oi”, virou meia garrafa de água gelada e foi direto para o banho. Minhas mãos tremiam de nervosismo.

Jantamos em silêncio aquela noite; o constrangimento de ambos era palpável no ar. Após comermos, meu pai tirou a mesa e lavou a louça. Não me levantei, pois sabia que iríamos conversar naquele momento.

— Bom… — meu pai começou, após se sentar novamente — Acho que não dá pra fugir mais dessa conversa, né?

— Não mesmo… Quer começar?

— Que seja. — respirou fundo e acendeu um cigarro, algo raro dele fazer dentro de casa e que mostrava seu stress — Eu pensei muito durante o dia, sabe? Desde ontem, na verdade. Eu realmente tô tentando entender o motivo… daquilo. Eu fiquei muito bravo, a principio, Sara. Foi tudo muito errado… Mas agora que refleti bastante, eu tô realmente preocupado. O que diabos você tinha na cabeça pra fazer aquilo, filha?!

— Pai… Desculpa, tá?! Eu realmente me precipitei… Eu não tava pensando direito quando… — era difícil olhar nos seus olhos enquanto me explicava — Só não conseguia mais guardar isso pra mim… esse… esse sentimento…

— Mas que sentimento, pelo amor de deus?! — o cigarro tremia entre seus dedos — Sara, eu sou seu pai!

— Eu sei, ok?! Eu sei que foi errado! — sentia as lágrimas brincarem na borda dos olhos — Mas a gente não pode escolher essas coisas, pai! Você acha que eu escolhi isso?! Amar você desse jeito?!

— Sara… Eu sei que essa fase da vida é difícil… Você tá confusa com todas as mudanças e…

— Não começa com esse papo, tá legal?! — o interrompi enquanto as lágrimas quentes já rolavam livremente pelo meu rosto — Eu não tô confusa em relação a nada! Você acha que eu não pensei um milhão de vezes a respeito?! Eu sempre te amei, pai! Eu nunca consegui ficar muito tempo com ninguém justamente porque sabia que o único homem da minha vida era você!

— Não, Sara! Não! — meu pai balançava a cabela em negação com a mão na testa — Isso é errado de tantas formas…

— Errado por que? — eu estava me exaltando já — Porque a sociedade diz que é errado? Não é você que sempre diz pra gente questionar aquilo que é imposto pras nossas vidas?!

— Isso é diferente, filha!

— DIFERENTE POR QUE?!

— PORQUE EU SOU SEU PAI! — esbravejou e esmurrou a mesa fazendo as cinzas do cigarro se espalharem — A GENTE NÃO PODE ULTRAPASSAR ESSA LINHA!

Me assustei com a alteração no tom de meu pai. Ele nunca tinha gritado comigo daquele jeito. Ficamos em silêncio durante vários minutos até que ele se manifestou:

— Desculpa por ter gritado assim… — respirou fundo novamente, recobrando a calma — Sara, eu não sei como vamos resolver essa situação… Mas eu não posso permitir que isso aconteça. Você é minha filha e, não importa o quanto a gente conteste aquilo que a sociedade impõe pra gente, esse fato não vai mudar.

— Eu sei, pai… Mas…

— Não tem “mas”. Aquilo que aconteceu ontem não vai se repetir, está me entendendo?

— Sim, senhor. — disse com o rosto baixo.

— Eu conversei com uma amiga minha hoje… Ela é psicologa…

— Não, pai! — comecei a chorar novamente — Por favor, isso não!

— Sara, me ouve!

— Pai, eu não sou louca! — segurei suas mãos entre as minhas num gesto de suplica — Eu juro que não vai mais acontecer! Mas isso não!

— Filha, é para o seu bem! Essa situação não é saudável! — ele apertou as minhas mãos em resposta — Eu sei que pode parecer cruel, mas isso é o melhor a se fazer.

Mesmo sob protestos meus, papai estava inflexível quanto àquela decisão. Após encerrada a conversa, fui mandada para o quarto. Minutos depois, ouvi meu pai entrar no próprio quarto e trancar a porta (algo que jamais fizera).

Naquela noite chorei muito até finalmente pegar no sono; aquela conversa me deixara exausta em todos os sentidos.

Os dias que se sucederam foram um verdadeiro pesadelo: papai mal falava comigo, tive que começar a frequentar o consultório da tal psicóloga e, ainda por cima, tinha que resolver aquela questão com Gustavo. Tentei enrolar ele durante alguns dias dizendo que não estava muito bem e que precisava de um tempo para mim, mas sabia que aquilo não duraria para sempre e que logo eu precisaria falar com ele.

Cristina (a terapeuta) era extremamente paciente comigo e com a minha clara indisposição para participar daquelas sessões, então logo comecei a me abrir mais. Falei bem pouco da minha relação com meu pai (a qual, ambas sabíamos, era o real motivo de eu estar ali), mas conversar com ela me ajudou a colocar os pensamentos em ordem; o vestibular estava batendo à porta e aquele transtorno todo me fizera perder o foco de coisas importantes.

Foi em uma terça-feira que eu finalmente liguei para Gustavo e pedi para que me buscasse no cursinho após a aula. Encontrei-me com ele no local de sempre; ele parecia muito triste e abatido (o que me deixou com um baita peso na consciência), mas abriu um sorriso enorme ao me ver. Beijei seus lábios a contragosto enquanto ele repetia o quanto sentira minha falta.

— Eu também senti, Gu… — menti — Escuta, a gente precisa conversar.

— Claro, amor! — fez uma expressão de preocupação — Quer ir pra algum lugar pra gente conversar melhor?

— Não precisa. — queria que aquilo acabasse o mais rápido possível — Não quero tomar o seu tempo mais do que o necessário… Olha, eu curti muito todo esse tempo que passamos juntos… — vi em seus olhos que ele já sabia o que viria a seguir — Mas eu tô num momento complexo da minha vida e não quero te envolver nisso.

— Mas… Eu fiz alguma coisa de errado?! Porque se foi…

— Não! Não, Gustavo! — segurei suas mãos entre as minhas, mal conseguindo encará-lo — Eu só preciso focar em mim agora, resolver algumas coisas… Não precisa se preocupar comigo, só quero que você fique bem e, no momento, eu não posso te dar isso.

— Tá certo, Sara. — seu rosto estava impassível, mas estava claramente magoado. Me sentia um monstro naquele momento, mas era a única coisa certa a se fazer; eu não podia continuar em um relacionamento em que não estava satisfeita nem prender ele a uma pessoa que não o amava.

Dei um beijo de despedida em seu rosto e, sem me prolongar naquela situação constrangedora, dei as costas e parti para o metrô. Estava me sentindo mal, mas tinha um problema a menos para resolver a partir dali.

Cheguei em casa um pouco mais tarde que o normal e meu pai já estava na cozinha preparando o jantar. Estava claro na minha expressão o quanto eu estava mal.

— Tá tudo bem? — papai perguntou com olhar preocupado.

Sequer respondi a pergunta, apenas avancei em sua direção e abracei seu tronco com toda a minha força. Meu pai não insistiu em perguntar e me envolveu em seus braços grossos acariciando meu cabelo. Não estava com vontade de chorar, mas a sensação de ter perdido o controle de toda a minha vida estava me arrasando.

Fiquei agarrada a meu pai por alguns minutos até conseguir me recompor. Respirei fundo e finalmente sorri.

— Ainda não tá tudo bem, mas vai ficar! — disse com todo o entusiasmo que consegui.

Aproveitei que papai cozinharia aquela noite e tomei um banho bem demorado e relaxante para espantar a negatividade. Vesti uma roupa larga e confortável e fui para a cozinha jantar. Aquele homem realmente sabia como agradar a filha! Jantamos meu prato favorito (espaguete com molho de gorgonzola e brócolis) e conversamos normalmente (na medida do possível) enquanto comíamos.

Papai ainda parecia tenso com todo o ocorrido, mas estava tentando lidar da melhor forma possível. Aquele jantar era uma declaração de paz implícita e pra mim aquilo bastava. Pensaria em algo bacana para ele depois do jantar.

Não comentei sobre Gustavo com ele aquela noite. Embora tivéssemos abertura para aquilo, papai sabia exatamente o motivo do término. Não queria sobrecarregá-lo com meus problemas.

Após comermos, papai foi para seu quarto (disse que tinha algumas provas para terminar de corrigir) e eu fiquei na sala vendo TV. Já passava das 23 h quando meu celular vibrou.

Gustavo havia me mandado uma mensagem que me pegou de surpresa: “Podemos conversar? Estou aqui na sua rua.”. Não estava preparada para aquilo, mas não fiquei irritada: Gustavo era um cara legal, apesar de tudo, e gostava de verdade de mim. Era de se esperar que não fosse desistir tão fácil.

Eu havia tomado a minha decisão, então precisava deixar aquilo o mais claro possível para ele também.

Acendi a luz do quintal e fui para o portão onde Gustavo me esperava encostado na moto. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, parecia ter chorado muito. Fui até ele e dei um beijo em seu rosto e ele me abraçou longamente.

— Oi, Gu… Cê tá bem? — era uma pergunta bem estúpida, tendo em vista a aparência dele.

— Não, Sara… Ainda não caiu a ficha, sabe? — ele parecia estar a ponto de chorar novamente. Não pude evitar sentir pena dele — Eu fico tentando entender o que aconteceu! A gente parecia tão bem até outro dia!

— Olha, isso foi culpa minha, tá? Não aconteceu do nada; eu já não estava bem fazia um tempo… Me desculpa! Eu não devia ter escondido isso, mas eu não queria te magoar!

— Isso não faz sentido, Sara… — ele balançava a cabeça em negação constantemente — Fala a verdade! O que tá rolando? — ele começou a alterar o tom de voz.

— Eu já te expliquei, Gustavo. — disse num tom sério — Você devia ir pra casa agora. Segue a sua vida, meu! Vai ser feliz.

— Você conheceu outro cara, não é? Não mente pra mim, Sara! Pode dizer a verdade, eu vou entender!

— Na boa? Eu não tô mais a fim de falar contigo, Gustavo. Boa noite! — dei as costas pra ele e comecei a caminhar em direção ao portão. De repente senti seus dedos envolverem meu braço e um tranco me puxando para trás — Gustavo, cê tá louco?! Me solta! Eu já disse que a gente não vai conversar mais!

— Volta aqui que a gente ainda não terminou esse papo, Sara! Eu quero saber a verdade!

— Me larga, porra! — eu tentava soltar seus dedos com a mão livre, mas ele era (para a minha surpresa) muito forte — Você tá me machucando, Gustavo.

— Eu só quero conver…

O que aconteceu a seguir foi tudo muito rápido, só lembro em flashes; no meio da frase, Gustavo foi interrompido por um punho direto no nariz e caiu em cima da moto que bambeou no apoio e quase tombou. Eu fui jogada pra trás no meio daquilo, mas quando recuperei o equilíbrio, vi meu pai em cima de Gustavo esbravejando alguma coisa que eu não consegui entender.

— PEGA ESSA PORRA DESSA MOTO E DESAPARECE DA MINHA FRENTE, MOLEQUE! — lembro de papai gritar e atirar o capacete na direção dele — E SE EU TE VIR DE NOVO ATRÁS DA MINHA FILHA, VOCÊ TÁ FODIDO!

Gustava sequer conseguiu reagir àquela fúria. Eu nunca tinha visto meu pai daquele jeito. Sequer imaginava que alguém sereno como Seu Mauro poderia ficar naquele estado de raiva. Eu assisti àquilo sem reação; papai passou a mão em torno dos meus ombros e me conduziu para dentro de casa.

Após trancar as portas, meu pai serviu um copo de conhaque e acendeu um cigarro. Andava de um lado para o outro na cozinha enquanto eu o observava sentada no sofá. Eu não estava em choque nem nada do tipo, mas queria esperar até ele se acalmar. Papai virou o copo em um gole só, terminou de fumar o cigarro e veio até mim na sala.

— Deixa eu ver, filha… — disse enquanto se agachava na minha frente, inspecionando meu braço; a pele ficara roxa onde ele havia me apertado, mas não era nada grave — Filho da puta! Eu vou matar aquele bostinha!

— Pai. — serenamente, segurei seu rosto entre minhas mãos — Tá tudo bem, ok? Sério.

— Tem certeza? Ele não te machucou?

— Não, pai. Se acalma, tá? Eu tô bem… — acariciei sua barba com o polegar — Obrigado… — passei os dois braços em torno do seu pescoço e o abracei com força — Obrigado por me proteger.

— Você é o que eu tenho de mais precioso nessa vida, Sara. — senti seus braços me apertarem com força — Eu sempre vou te proteger.

Soltei seu pescoço e olhei no fundo dos seus olhos. Eram da mesma cor que os meus, uma das poucas coisas que não puxei da minha mãe. Me aproximei lentamente do seu rosto e pressionei meus lábios contra os dele.

Dei um selinho delicado na sua boca fina, umedecendo seus lábios e deslisei os dedos por entre seus cabelos curtos. Papai não tentou resistir, permanecendo imóvel. Não se ouvia nenhum som, apenas nossas respirações. Investi novamente com a boca entreaberta e senti seu beijo envolver meu lábio inferior delicadamente.

Sua boca era quente e macia e seu beijo não era afobado; sugou carinhosamente minha língua e introduziu a sua na minha boca bem devagar.

Não sei dizer quanto tempo ficamos naquele beijo, mas por mim poderia ter durado a eternidade. Eu poderia morrer naquele momento e partiria feliz.

Papai me olhou incrédulo por um momento, sua expressão era uma mistura de profunda culpa, surpresa e medo. Era o olhar de quem se arrependeria daquilo depois de alguns minutos.

— Eu sei que vai dizer que foi errado. — disse com uma voz verdadeiramente serena e um sorriso no rosto — Mas eu tô imensamente feliz! E eu te amo!

Me aproximei novamente do seu rosto e ele fez um breve movimento tentando se esquivar, mas apenas dei um beijo na sua bochecha, me ergui e fui para o meu quarto. Parecia que andava em nuvens. Apaguei a luz e, mesmo sem sono, me deitei sob uma manta fina. Não conseguia conter o sorriso e a alegria extrema que queimava dentro de mim.

Após pouco mais de uma hora, ouvi uma batida na porta.

— Sara? Tá acordada ainda?

— Tô sim, pode entrar. — sem acender a luz, ouvi meu pai caminhando até a beira da minha cama e se sentando ao meu lado.

— Você sabe que eu não devia ter deixado aquilo acontecer. — não era uma pergunta.

— Mas deixou.

— Deixei…

— Você queria. Você gostou. — também não eram perguntas. Ambos sabíamos que era verdade.

— Sim… — ouvi um suspiro profundo no escuro — Não sei o que eu devo fazer agora. Não sei o que nós dois devemos fazer.

— Bom, eu sei o que eu vou fazer. — segurei sua mão — Eu vou continuar te amando com todas as minhas forças. — dei uma risadinha — E torcendo pra que um dia você seja meu.

— Isso é loucura… — deu uma risada amarga ao dizer aquilo — Mas eu sei que não posso te convencer do contrário. Apenas tente se comportar… e não tornar tudo mais dificil pra mim, ok?

— Tudo bem… Mas eu não quero mais fazer terapia.

— Tá certo… Não vou insistir nisso… — daquela vez deu uma risadinha verdadeira — Afinal, eu que tô pagando atoa né? Enfim… Tenta dormir. Boa noite.

Papai se curvou para dar um beijo na minha testa, mas desviei o rosto e beijei seus lábios novamente. Ele não tentou resistir, mas não prolongou aquilo e se preparou para levantar.

— Pai… — chamei novamente — Será que algum dia as coisas vão mudar entre nós? Algum dia eu vou poder ser mais que a sua filha?

— Eu não sei… É isso que você deseja? — seu tom parecia muito cansado — Não quer mais ser minha filha?

— Não. — respondi sem pensar duas vezes — Eu quero ser a sua mulher.

Ele virou as costas e saiu do quarto.

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Comentários

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Sua narrativa é linda! Obrigado por compartilhar essa história conosco trasmite o que vc sente sem transparecer qualquer traço de fantasia ou de abuso por qualquer das partes, além de envolver um sentimento lindo.

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Novamente, sensacional, muito bom mesmo, a tempos não lia um conto com tamanha profundidade na história, o único defeito é a demora para as continuações haha, mas pra se ter algo de qualidade leva tempo...Parabéns e continue por favor!

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