Eu tô aqui caramba! Penúltimo Capitulo - Um nova esperança

Um conto erótico de Pedro Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 1468 palavras
Data: 07/08/2018 01:46:55
Última revisão: 08/08/2018 00:33:28

Depois daquela noite inesquecível de amor que tivemos, dormimos feitos anjinhos. Acordei cedo, me arrumei pra ir pro escritório, Edu dormia tão bonito que não tive coragem de acordar aquele anjo esculpido que estava deitado em minha cama. Escrevi um bilhete e deixei na cabeceira.

Segui rumo ao escritório me preparando pra uma semana cheia de reuniões e novos negócios, ainda estava tentando recuperar a empresa do rombo feito pelo Vítor nos últimos meses e confesso que o desgraçado fez bem feito porque ele quase conseguiu quebrar a transportadora. Mas algo estava me incomodando, talvez fosse paranóia minha afinal os últimos meses tinham sido bem loucos, mas eu tinha a sensação de estar sendo seguido. Mudei minha rota habitual, quebrei algumas esquinas e notei que o mesmo carro continuava atrás de mim, meu coração acelerou, comecei a ter flashbacks de tudo que tinha acontecido. Respirei fundo e resolvi ligar para o Rafa.

Eu: Rafa eu tô sendo seguido cara, me ajuda!

Rafa: Calma Pedro, tem certeza disso?

Eu: Tenho sim cara, já mudei minha rota e o carro continua atrás de mim. Eu não sei o que fazer.

Rafa: Me diz a tua localização que eu vou ver se consigo uma viatura pra te escoltar.

Passei minha localização e continuei na ligação com o Rafa, em menos de 5 minutos andando uma viatura se aproximou do meu carro o que fez com o que carro que eu seguia parasse de me seguir, respirei aliviado.

Eu: Rafa ele dobrou a esquina, acho que percebeu que a viatura veio me escoltar. O Vitor ainda tá preso né!?

Rafa: Eu não recebi nenhuma informação de soltura dele, mas tu sabe muito bem que o fato de ele estar preso não impede de ele tentar algo contra ti ou o Dudu, tens que ficar ligado mano, porque tu dispensou teus seguranças?

Eu: Ah cara, achei que não tinha mais necessidade, afinal ele tá preso.

Rafa: A gente tá no Brasil cara, nenhum preso tá isolado no sistema carcerário brasileiro.

Fui para o escritório e já solicitei a Luana que providenciasse um segurança pra mim e outro pro Edu. Depois de toda aquela confusão com o Vitor eu cancelei todos os contratos com a empresa do Seu Carlos. Eu não ia dar mais nenhum centavo, além do mais seu Carlos seguiu defendendo o filho mesmo depois de tudo que ele fez. Pelo que soube eles entraram em apuros, porque o Vitor tinha feito alguns rolos na concessionária também.

Meu dia foi do início ao fim só de reuniões e a última delas era com um amigo dos tempos da faculdade que por sinal era um competente consultor especialista em recuperação de empresas com dificuldades financeiras. O João era um cara da minha idade, sempre foi muito bonito, tinha por volta de 1,90m um peitoral bem avantajado, uma barriguinha quase saliente era um legítimo ursão. Ele tinha o rosto com traços fortes, uma sobrancelha grossa, só tinha cara de bravo, porque era um verdadeiro palhaço. Como era a última reunião do dia acabamos por nos estendermos mais que o horário, conversamos muito sobre a adolescência, ele me contou como foi ter se identificado como gay muito tarde e o quanto foi difícil lidar com a família e com a sociedade. Já passava das 19hs quando a Luana bateu na porta.

Luana: Pedro eu já estou indo, o seu segurança já está lhe esperando na ante sala. O nome dele é Roberto.

Eu: Tudo bem Lu, daqui a pouco já estamos indo. Obrigado sua linda!

Luana: Deixa de ser bobo menino. Qualquer coisa me liga hein! Beijos

Luana se despediu e saiu da sala.

João: Tais tendo que usar segurança particular, tá xique assim é.

Eu: Quem me dera fosse um luxo. É necessidade mesmo.

Contei por cima a história pra ele, sem os detalhes sórdidos.

João: Tá tu falando do Vitor, filho do seu Carlos?

Eu: Sim esse desgraçado mesmo!

João: Cara aquele guri sempre me deu arrepios. Eu lembro dele da faculdade, ele tinha os quatro pneus arriados pelo Rafa. Eu lembro que quando ele descobriu que o Rafa dispensou ele pra ficar contigo ele ficou furioso.

Eu: Perai João, como assim? Eu não lembro disso cara. O Rafa ficava com ele antes de a gente ter nosso rolinho? PUTAQUEOPARIU cara.

João: Que foi cara, o que eu falei?

Eu: Agora tudo faz sentido velho! Tudo isso foi um plano daquele retardado pra se vingar por eu ter “tirado" o Rafa dele.

João: Mas tu nem sabia da existência dele man, como que ele iria querer se vingar de ti. Não faz sentido!

Eu: João, eu nunca fiz nada pra ele cara, e tu me contando essa história, da de ligar os pontos. Ainda tem algumas pontas soltas, mas mesmo. Vou ligar pro Rafa!

Liguei pro Rafael e contei todas as novas informações, ele realmente confirmou que o envolvimento dele com o Vitor tinha acontecido antes de termos nossa amizade colorida. Porém ele achou estranho o fato porque a gente nunca assumiu nada, nossos encontros eram sempre discretos, pouquíssimos amigos sabiam da gente, não teria como o Vitor ter descoberto algo. Mas já tínhamos pelo menos pistas das motivações do Vitor. Voltei a conversa com o João.

Conversamos mais um pouco sobre os ocorridos, fechamos um acordo de consultoria e ele iniciaria dentro de 2 dias . Aproveitei o reencontro pra convida-lo pra um jantar. Assim ele já conheceria o Dudu e também comemoriamos o reencontro e os negócios (Sim eu adoro comemorações, culpa da minha mãe, dona Marília adora estourar um champanhe). Combinamos de fazer algo no fim de semana lá em casa mesmo.

Como de costume a semana passou voando, o episódio da perseguição não aconteceu novamente, talvez por perceber que agora eu andava com segurança particular, ou por ter desistido mesmo. Ainda assim me mantinha alerta caso algo de suspeito viesse a acontecer. A equipe do João vinha se mostrando realmente eficiente e em menos de 3 dias de trabalho já tinham conseguido fazer um levantamento completo dos rombos na empresa e na semana seguinte entrariam na fase de elaboração de um plano de recuperação. O dinheiro que conseguimos localizar dos desvios estava bloqueado pela justiça e não tínhamos previsão de que ele voltasse para nossas mãos tão cedo, então teríamos que nos virar pra não ter que entrar em processo de recuperação judicial. Burocracias a parte eu confiava no trabalho e no know how da equipe do João, saíriamos dessa.

Já era sexta feira, encontrei com João na sala de reuniões. Combinamos o jantar para as 20hs no sábado, não poderia esquecer de avisar o Dudu sobre esse jantar.

Eduardo falando:

O Pedro chegou na sexta muito cansado porém bastante empolgado me falando sobre um jantar no sábado aqui em casa. Achei um pouco estranho pois seria a primeira ocasião do tipo desde que eu passei morar no apartamento com ele. Mas achei ótimo conhecer um pouco mais da vida dele através de outras pessoas. O sábado chegou sem cerimônias, decidimos de última hora fazer um jantar bem espontâneo e pedirmos pizza e tomarmos um bom vinho. Eram aproximadamente umas 20:10 e o interfone toca, seu Altamir me avisa que o amigo do Pedro estava pedindo pra subir, autorizei a entrada. Pedro estava no banho fui avisá-lo que o amigo já estava subindo, nesse meio tempo a campainha toca. Abro a porta e um homem de aproximadamente 1,90, ombros largos, peitoral e braços fortes com pelos saindo pela gola da camisa pólo, que denotam um peito bem peludo. Ele está parado na minha frente com uma garrafa de vinho nas mãos, eu ali completamente travado sem saber como reagir:

João: Você deve ser o Eduardo né!

Uma voz grave condizente com aquele corpo másculo me tirou do estado de transe em que eu me encontrava.

Eu: Si sim, eu mesmo, pode entrar fique a vontade.

-

Galera infelizmente o atual momento que eu me encontro não está permitindo que eu consiga escrever, as coisas estão um pouco complicadas no meu relacionamento e já fiquei várias vezes tentando e tentando escrever mas simplesmente acaba por não sair nada. Então como eu acho uma puta falta de sacanagem começar uma história e simplesmente sumir sem dar explicações esse será o penúltimo capítulo e assim que possível postarei o desfecho dessa tour maravilhosa do amor e da superação. Terminarei de contar a história do Pedro e do Eduardo até o ponto em que a calmaria chega. Será de uma forma mais resumida provavelmente sem diálogos, mas com um desfecho e o que eu posso adiantar é que tem uma surpresa bem boa e grandona pro desfecho da tour.

Agradeço a compreensão de vocês e espero do fundo do meu coração que todos sejamos felizes vivendo e sendo nós mesmos! Beijocas grandes

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Pedgro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Apesar de só ter lido o conto por agora te digo que estou curtindo demais.... É uma pena que você não vá continuar com a paixão que estava sendo escrito mas entendo o seu momento e imagino o quanto deva ser duro tentar escrever passando por problemas no seu relacionamento... Espero que vocês consigam solucionar este problema da melhor maneira e desejo a você toda a felicidade deste mundo... Aguardo ansiosamente pelo final... Abraço forte!!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Lari12 que bom que tenha gostado! Pode deixar que volto sim.

0 0
Foto de perfil genérica

Obrigado pelos votos VALTERSÓ! Assim que possível voltarei.

0 0
Foto de perfil genérica

COMPREENDO A SITUAÇÃO ESPERO QUE SE RESOLVA O QUANTO ANTES DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL PRA VC E LAMENTO NÃO CONTINUAR LENDO O CONTO. MAS TUDO BEM. VOLTE LOGO.

0 0