O rapaz da guarita - 01

Um conto erótico de BrunnoLemme
Categoria: Homossexual
Contém 1418 palavras
Data: 03/08/2018 22:43:08

Capítulo 1

Trabalho em uma empresa pequena, de importação e exportação. Tenho um cargo de confiança e às vezes trabalho aos Sábados para colocar as coisas em dia. Geralmente, aos Sábados há expediente somente até às 13h, mas eu fico até mais tarde, pois tenho a chave da porta. E a empresa é protegida por uma guarita, com revezamento de seguranças.

Naquele Sábado, estava ainda em horário de expediente quando Seu Lucas, um dos seguranças me procurou.

- Com licença, seu Bruno. Quero te apresentar o Daniel, ele é novo aqui e vai revezar com a gente.

- Prazer, Daniel. Bem vindo.

- Obrigado.

E saíram para conhecer outras pessoas do escritório.

Foi impossível não notar o tal Daniel... Moreno jambo, quase mulato, com ao menos 1,85 de altura e corpo proporcional, pernas grossas apertadas em um jeans justo, barba cerrada, cabelo máquina um...

"Volta pra terra, Bruno... muita coisa pra fazer!"

O expediente se acabou, as pessoas se foram e fiquei sozinho, terminando o que tinha ido fazer. Tranquei a porta e fiquei digitando alguns documentos e organizando minhas coisas. Não queria correria na Segundona... Por volta das 14h30 me dei por satisfeito e resolvi sair. Desliguei tudo e me dirigi a portaria e para minha surpresa, não havia ninguém lá. Nem Seu Lucas, nem o rapaz novo. Apertei o interfone e aguardei.

Foi aí que ouvi a descarga no banheiro anexo a guarita. A porta se abriu e Daniel saiu, meio esbaforido ainda ajeitando o cinto e a camisa com alguns botões ainda abertos.

- Desculpe, seu Bruno. Fui dar uma aliviada, sabe como é.

E piscou pra mim com aquela cara de safado que a gente reconhece de longe.

- Tudo bem. Você pode abrir pra mim?

- Claro. Já vai?

- Já... Cansado!

- Sei...

Ele deu aquela tradicional apertada no pai e foi impossível não vislumbrar o tamanho da mala guardada ali. Tive que me controlar para não botar aquilo pra fora e cair de boca, mas minha reputação estava em jogo. Era o primeiro dia do rapaz e eu já pensando sacanagem... Tinha que me controlar. Apesar da minha orientação sexual não ser segredo na empresa, nunca tinha dado motivo para brincadeiras, fofocas ou qualquer especulação que colocasse em dúvida minha moral e discrição. Não seria agora...

- Bom - ele emendou - a gente ainda vai se ver bastante, né? Saiba que estarei sempre às ordens, seu Bruno. Precisando, só chamar...

E de novo, aquele olhar...

- Obrigado, Daniel. Pode contar comigo também.

- Bom saber, seu Bruno.

- Sem formalidades, ok? Bruno, ok?

- Valeu, Bruno. Bom descanso, então.

Saí e entrei no carro, com ele me olhando, um olhar investigativo e penetrante. Abri o vidro.

- Você fica aqui até que horas, Daniel?

- Até às dez.

- Deve ser duro ficar sozinho, né? Nada pra fazer...

- Não é fácil, sabe... Mas é o que tenho pra hoje. Tem um rádio na guarita, uma TV pequena. A tarde tem futebol, ao menos...a gente se distrai como pode.

- E a noite, vai se divertir?

- Não, vou pra casa mesmo. Tô meio sem grana, começando agora. Moro não muito longe daqui, casa simples mas ajeitadinha. Vou procurar um filme ou série e ficar por lá...

- Legal!

- E o Senhor... Opa, você?

- Nada de mais também.

- Qualquer coisa cola aí. A gente racha uma breja, se conhece e assiste alguma coisa...

- Valeu!

Saí assustado. Quanta camaradagem. E quanta audácia, de certa forma. Nem me conhecia, sabia que eu era "superior" mas me chamava para uma cerveja em sua casa assim, na boa. E foi de uma forma tão natural, que apesar de absurdo aquela ideia não me saia da cabeça já em casa, tomando banho, pensando naquele corpo, aquele jeito safaxo e carente, aquele volume... Será?

Terminei meu banho pensando nele e de pau duro. Deitei na cama e dormi. Quando acordasse eu decidiria.

Quando percebi já estava dirigindo, a caminho da empresa. Quando estacionei o carro ele já estava saindo da guarita, com um sorriso aberto revelando dentes lindos e um gingado delicioso.

- Seu Bruno! Só de passagem ou aceitou meu convite?

- Se me chamar de "Seu" de novo com meia volta...

- Foi mal. É o costume.

- Ok, então. Estou aqui. Bora lá, estou de boa, e nada como um papo novo.

- Legal, em dez minutos eu saio! Pode me esperar no carro se quiser.

- Beleza.

Por um momento me perguntei se não estava arranjando encrenca. Podia inventar um telefonema, uma desculpa e me mandar. Ou simplesmente aproveitar o momento, sem expectativas. Poderia ser simplesmente o início de uma nova amizade, ele me parecia gente boa.

Dez horas e ele veio, todo feliz. Entrou no carro e me ditou o caminho. Era realmente perto, uma casinha pequena mas como ele tinha dito, arrumadinha e aconchegante. Uma sala bem decorada mas com poucos móveis, um quarto grande, cozinha pequena, uma área externa que podia ser melhor aproveitada.

- Fica a vontade, Bruno. Vou tomar um banho rápido e já volto. Pode ligar a TV.

- ok. Vai lá que me viro.

- Ou melhor, enquanto eu tomo um banho, dá um pulo no posto da esquina e pega cerveja pra gente.

- Boa, vou sim. Preferência?

- Não, pode trazer a sua preferida. A porta vai estar aberta.

Ele me ofereceu a grana, que recusei. Mas gostei da atitude. Voei ao posto e peguei a cerveja e Alguns salgados. Deixei tudo na cozinha e me joguei no sofá. Dava pra ouvir o barulho do chuveiro. Eu, claro, curioso... Cinco minutos e ele passou pela sala enrolado na toalha e foi impossível não corar. Ombros largos, um peitoral definido com poucos pelos descendo naquele caminho da perdição. As coxas, agora mais reveladas, eram torneadas e lisas, uma bunda redonda e aquele volume...tentei me fixar na TV.

- Tá vendo o quê?

Eu nem sabia mais...

- Tava procurando algo...

Aquele sorriso...

- Vou me vestir e já venho.

Quase sugeri para que ele não se desse ao trabalho, mas resolvi ir devagar. Não sabia ao certo até onde iam as pretensões dele ou até onde aquilo era ingenuidade ou camaradagem, mesmo. Já estava ficando confuso. Ele voltou usando uma regata justa, bermuda folgada. Passou direto e já veio da cozinha com duas cervejas abertas e se jogou ao meu lado no sofá.

- Toma. Meu, que legal você ter vindo...

- Que isso, eu que agradeço pelo convite.

- Estou há pouco em São Paulo, não tenho amigos ainda. É foda...

- Eu imagino. De onde você é?

- Sou de Ribeirão. Toda minha família está lá. Decidi vir pra cá para tentar uma vida melhor é minha tia tinha essa casa desocupada. Ela mora duas ruas para baixo. Tá me dando uma força! Ela que me indicou na empresa, viu a plaquinha da vaga.

- Legal. É perto pra você, né?

- Perto, e não parece ruim. Já arrumei um camarada.

Ele bateu com a mão cerrada em meu peito. Sorrindo daquele jeito...

- E aí... O que vamos ver?

- Vamos dar uma zapeada.

- Casado, Bruno?

- Não. Solteiro, e você?

- Também. Tenho uma mina em Ribeirão, mas não dava pra trazer ela...

- Sei... Quanto tempo juntos?

- Um ano..

- Que tal esse filme?

Ele parou no X-Man. "Caralho!", Pensei. Assistir ao Hugh Jackman na pele do Volwerine com aquele macho delicioso ao meu lado ia exigir toda a concentração do mundo. Ele largou o controle e se acomodou, chegando mais perto. Na medida que as cenas se sucediam a gente comentava alguma coisa é ia se aproximando. A cerveja já fazia efeito. Seus joelhos já encostados na minha perna, dava pra sentir o calor.

- Essa mina é uma gata, né? Resolvi jogar uma isca...

- É... Mas ele também é um homem da porra, heimPode crer. Ele olhou pra mim e ficou o olhar.

- Você curte?

- O que você acha?

- Acho isso...

Sem falar, ele se deitou sobre mim e encostou seus lábios no meu. Era um beijo quente e molhado que foi ficando mais intenso na medida em que ele segurava minha nuca com suas mãos grandes e firmes. Retribuí sem pensar. Fomos nos aproximando e enroscando nossos corpos, nos explorando com pressa e vontade. Eu passava as mãos em seu peito, seu pescoço, sem parar de beija-lo. Ele passava as mãos em minhas costas, meu cabelo, minhas pernas, me puxando para si...

- Caralho! Que Tesão...

- Velho, pensei em você o dia todo, desde que te vi...

- Me beija...

Desci com minha boca pelo seu pescoço, levantei sua regata e agasalhei seu mamilo com a língua molhada. Ele gemeu e se esticou gostosamente...

- Ah, não para...

E aí a campainha tocouCONTINUA

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Comentários

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Pessoal, valeu por seguir. Estava repostando o conto, mas o site não libera. Quem tiver a curiosidade para seguir nossa história, procura por mim no menu, em autores. Se buscarem "BrunnoLemme" vcs encontrarão o conto todo.

Abraços

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UAUUU. MUITO SAFADO O DANIEL. TEM NAMORADA E CURTE RAPAZES TB. FOI RÁPIDO DEMAIS. MEIO SEM CLIMA DE ROMANCE, DE SEDUÇÃO. MAS GOSTEI. INTERESSANTE. CONTINUE.

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