VICIADA EM SEXO - Parte I

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2357 palavras
Data: 28/08/2018 00:44:07
Última revisão: 30/08/2018 00:03:03
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

VICIADA EM SEXO - Parte I

- Vai uma chupadinha aí, cara?

A princípio, Daniel não entendeu o que a jovem morena, aparentando uns vinte e cinco anos, falou. Olhou para ela e achou que era uma pedinte, pois ela se vestia mal, com um vestido surrado. Respondeu:

- Desculpe, não tenho nenhum trocado.

Ela riu um riso jovial. Depois, disse:

- Aceito dinheiro pegado. Só não tenho troco. Mas te dou um bônus.

- Desculpe, mas eu não entendi. O que você perguntou primeiro?

- Perguntei se queria uma chupadinha. Sai barato. Mas vou logo avisando que não deve gozar na boca.

Ele fez uma cara de desdém. Nem se dignou a responder. Continuou seu caminho, sem lhe dar atenção. Ela veio atrás. Pegou em seu braço. Ele parou, irritado:

- Largue meu braço, por favor. Não tenho interesse em sexo com prostitutas. Tenho amor ao meu caralho. Não quero contrair doença venérea.

Ela, no entanto, insistiu:

- Então, me dá uns trocados?

- Já disse que não tenho.

- Certo, certo. Paga um lanche para mim?

Ele demorou-se olhando para ela. Achou-a bonita, apesar de maltrapilha. Não era um mulherão, mas ele gostava do seu tipo delicado, aparentemente sem muitas carnes. Ela também não parecia ser uma prostituta. Se não o tivesse cantado, ele não a teria percebido.

- Vá lá, cara. Estou com fome. E tenho uma irmã deficiente para alimentar.

- Isso não seria motivo para estar se prostituindo.

- Nego, tu não sabe da minha vida um terço. Então, não me julgue sem me conhecer. Se não quiser me pagar um sanduíche, tudo bem. A amizade é a mesma.

- Eu estava indo tomar umas cervejas no bar mais próximo. Pode ir comigo e te pago um rango. Mas não te quero sentada junto de mim, okay?

- Como quiser. Não quero te incomodar mais do que já incomodei. Mas tô com fome mesmo, cara. Ainda não comi hoje. Nem minha irmãzinha.

- Cadê ela?

- Deixei-a numa marquise lá embaixo. O tempo está nublado e eu não a quero levando chuva.

- Estarei bebendo ali. Vá busca-la. Pagarei um lanche para ela, também.

Ela agarrou-se de repente com ele e lhe deu um beijo rápido na boca. Exclamou:

- Obrigada, cara. Desde já, te agradecemos. Vou chamar Aninha. Volto já.

Daniel foi até o bar que viu do outro lado da rua, sentou-se numa mesa desocupada e esperou o garçom. Veio uma garçonete boazuda lhe atender. A minissaia curtíssima que ela vestia demonstrava bem a sua intenção de agradar a clientela, composta de maioria masculina. Ele pediu:

- Me dá uma cerva geladíssima e traz também o cardápio.

Pouco depois, saboreava a bebida refrescante. A cerveja viera geladíssima, como ele pediu. A garçonete entregou-lhe um cardápio bem sortido e ele deu uma olhada nos preços. Não eram tão caros. Depois, enquanto sorvia uns goles da bebida, passeou a vista pelo bar. Viu apenas três mulheres, sentadas em mesas distintas. Uma delas, uma loira muito bonita, não tirava os olhos dele.

Daniel tinha quase trinta anos, era bonito e bem vestido. Trabalhava como designer publicitário e tinha um bom salário. Era solteiro, morava sozinho e, atualmente, estava sem namorada. A última o tinha traído com um cara que ela conheceu na Internet. Desde então, ele quis dar um tempo nos relacionamentos. Bem apessoado e bem sucedido, sabia que não teria dificuldades em conseguir alguém. Mas não tinha pressa de entrar num novo namoro.

- Oi. Podemos nos sentar naquela mesa ali?

Ele ficou surpreso. Já tinha esquecido da pedinte. Agora, ela lhe aparecia com a irmã sentada numa cadeira de rodas. O espanto, no entanto, tinha sido porque a irmã da garota era muito bonita. Parecia uma atriz de cinema. O rapaz mudou de ideia:

- Oh, podem se sentar aqui mesmo. Já pedi o cardápio. Deem uma olhada e peçam o que quiserem.

- Como é teu nome? - Perguntou a paraplégica, olhando-o bem dentro dos olhos.

- Daniel Stenio. E você?

- Sou Ana Karina. Minha irmã se chama Aretha. Obrigada por nos oferecer algo para comer, Daniel. Estou morrendo de fome.

- Vocês moram na rua?

- Não. Temos nossa casa. Foi tudo o que nosso pai nos deixou. Ele nos abandonou quando tínhamos quinze anos, para morar com uma mulher que não queria ter filhos e nos detestava.

- Detestava vocês por quê?

- Não diga, Aninha. Não conhecemos esse cara direito. - Advertiu Aretha.

- Eu gostei dele.

- Você gosta de todos.

- Ei, ei, ei... não vão arengar agora, não é? Melhor pedirem o que comer. - Disse Daniel.

- Melhor, mesmo. O que podemos pedir, moço?

- Já disse: peçam o que quiserem.

Aretha, que tinha feito a pergunta, deu uma olhada no cardápio. Perguntou para a paraplégica:

- Você vai querer um sanduíche, ou quer alguma coisa mais substanciosa?

A bela jovem deu uma olhada no menu. Escolheu um fígado acebolado. A irmã queria uma maminha completa. Levariam as sobras para casa. A paraplégica concordou. Mas, antes, perguntou a Daniel:

- Pode pagar, moço? Estou vendo que é muito caro.

- Sem problemas. Repito que podem pedir o que quiserem. Se preferirem, peguem os dois pratos.

- Podemos?

- Não me faça repetir o que digo, por favor.

Aretha deu-lhe outro beijo na boca. O rapaz quis se esquivar, lembrando-se que ela lhe ofereceu uma chupada. Decerto, costumava chupar qualquer um. Ele quase sentiu o gosto de rola na boca. Tomou imediatamente um gole de cerveja. Depois, chamou a garçonete. Ambas fizeram o pedido. Quando a atendente saiu rebolando, as duas ficaram cochichando entre si. A mais bonita não tirava os olhos de Daniel, mas ele não conseguia ouvir o que diziam. A paraplégica pediu:

- Posso tomar um gole da tua cerveja? Eu adoro beber.

- Não, Karina. Você fica logo bêbada e fazendo besteiras.

- Se ela quer, deixe-a beber. - Incentivou o jovem.

- Está bem. Mas depois não reclame, viu? - Disse ela, se dirigindo a Daniel.

Demorou a ser servido os dois pratos. Karina ficou visivelmente embriagada logo. Não parava de rir e de dizer palavrões bem alto. Chamava a atenção dos clientes. Aí, o dono do bar, que ficava atendendo lá dentro, veio reclamar:

- Este é um ambiente familiar. Não tolero escândalos aqui. O senhor, pague as cervejas e vão embora. Não serviremos mais vocês.

- Você é um cuzão, caralho. Agora, diga que estou errada, pra eu te dar uns tapas! - Afoitou-se a deficiente.

- Pare, Ana Karina! Você já passou dos limites. Eu bem que avisei. Agora, ficaremos com fome. Vamos embora.

Daniel pagou ao homem, visivelmente chateado. Mas não reclamou. Quando se levantaram para ir embora, ele disse a Aretha:

- Vamos para outro restaurante. Vocês comem lá.

- Agora ela está bêbada. Vou ter que leva-la em casa, pois não quero passar vergonha de novo. Mas você não sabia como ela age. Não tem culpa de ter incentivado ela beber.

- Desculpe-me. Devia ter escutado você. Onde vocês moram? Perto? Posso ir para outro bar, pegar a comida e levar até vocês.

- Faria mesmo isso, moço?

- Meu nome é Daniel.

- É mesmo. Esqueci. Mas levaria mesmo a comida, não nos faria ficar esperando em vão?

- Não me faça repetir o que digo. Detesto. Onde vocês moram?

- Se quer mesmo pagar pra gente, lá perto de casa tem outro restaurante, mas é mais caro do que esse. No entanto, todos conhecem minha irmã lá e já nem ligam quando ela fica bêbada.

- Então, vamos para lá.

Pouco depois, estavam num restaurante bem maior do que o de antes. Foram empurrando a cadeira de rodas, até lá. No meio do caminho, Karina adormeceu. Sentaram-se a uma mesa e um garçom jovem veio atender. Refizeram o pedido e o rapaz foi bem solícito. Mas cochichou algo ao ouvido de Aretha. Ela também cochichou-lhe. O garçom olhou para Daniel, como se estivesse rindo dele. O rapaz continuou tomando sua cerveja sem dar-lhe atenção. Karina continuava dormindo. Quando o garçom afastou-se, Daniel perguntou:

- Vocês estavam falando de mim?

- Desculpe, mas estávamos, sim. O garçom é apaixonado por minha irmã. Eu disse pra ele que ela está afim de você. É que ele acha que estamos te explorando.

- E tua irmã ficou afim de mim?

Ela demorou a responder. Disse, depois de alguns minutos:

- Sim. Lá no bar ela me disse que te achou lindo. Eu disse a ela que você não gostava de putas. Por isso ela ficou logo bêbada.

- Não devia ter-lhe dito isso. Eu também a achei muito bonita. Eu transaria sim, com ela.

- Por que não disse logo? Eu não te ofereci uma chupadinha?

- Sim, mas você me abordou de forma muito agressiva. Eu não transaria com você. Mas ela parece muito diferente de você. Com ela, eu transaria, sim.

A morena ficou triste. Seus olhos brilharam, como se fosse chorar. Respirou fundo, para dizer:

- Então, vamos lá pra casa. Ela vai ficar contente. E eu aproveito para descansar. O dia hoje foi puxado, ainda mais com fome.

- Moram perto?

- Ali, naquela casa de grade, do outro lado da rua. Se quiser, quando vierem as comidas, peço para embrulhar para viagem. Aí, vamos para lá.

- Você vai acordá-la? E se ela começar a dar escândalo de novo?

- Mas você não quer fodê-la?

- A essa altura, desisto. Mas que, de repente, me deu vontade de transar, deu sim. Talvez porque ela seja muito bonita. Isso me causou tesão.

- Posso te aliviar. Você tem sido legal com a gente.

- já sei: mas nada de gozar na boca, não é?

- Isso é com minha irmã. Ela detesta que lhe gozem na boca. Eu não me importo.

- Como é que é? Não foi você que andou me oferecendo uma chupada?

- Sim. Mas se você topasse, quem iria te chupar era Aninha. Ela é viciada em sexo. Mas quem tem que procurar parceiros para ela sou eu, pois ela quando está sóbria tem vergonha.

- Taí, por essa eu não esperava. Mas você também aproveita para dar umas e ganhar alguma grana, não é?

- Não. Ainda sou virgem.

- Ah, sem essa. Não acredito que nunca deu o cabacinho pra alguém.

- Quer que eu prove? Vamos lá pra casa!

- Só porque eu estou te pagando um jantar, Aretha?

- Também por isso. Mas eu sempre quis dar meu cabacinho. Porém, minha irmã toma todos os meus namorados. Ela é revoltada porque eu posso andar e ela não. Mas a coitada é muito rejeitada por causa da sua deficiência. Os homens a fodem e depois deixam a pobrezinha. Ela chora muito por causa disso.

- Aí fica pegando qualquer cara? Ora, é isso que faz com que os homens a deixem. Homem não gosta de mulher que trepe com qualquer um. Isso a torna vulgar.

- Você acha?

- Sim. Eu não demoraria muito com tua irmã, se descobrisse que ela vive trepando adoidada. Comeria uma única vez e tiraria meu corpo fora.

- Você não gostou de mim?

- Você não é de se jogar fora. Mas tenho que te confessar que ela é mais bonita.

Mais uma vez, Daniel percebeu os olhos dela brilharem, como se fosse chorar. Mas ela se conteve. Aí, a irmã acordou. Perguntou o que tinha acontecido para terem mudado de bar. Aretha disse:

- Você ficou bêbada e, mais uma vez, me fez vergonha. Fez vergonha a Daniel, também. Mas ele ficou afim de ti. Quer foder contigo.

- Falou das minhas condições a ele?

- Ele te acha muito linda. Não creio que vá se chatear, se não gozar na tua boca.

- Pergunte a ele.

- Pergunte você. Chega de ser tua intérprete. Você sabe falar, caralho.

- Agora quem está fazendo vergonha é você, com essa boca suja. - Disse Karina.

- Ah, vai te foder! O garçom vem aí. Fale para ele colocar nossas comidas numas quentinhas. Eu vou-me embora. Peça para Daniel te levar em casa. Pra mim, chega por hoje!

Dessa vez, o rapaz não se meteu na discussão. Antes de ir, no entanto, a morena deu-lhe mais um beijo na boca, dessa feita mais demorado. Daniel não se esquivou. Despediu-se dela e disse que levaria Karina em casa. Ela não respondeu. Foi-se embora, emburrada. O garçom trouxe as marmitas com comida e depois cochichou ao ouvido da paraplégica. Esta pediu licença a Daniel. O garçom conduziu-lhe a cadeira de rodas em direção ao interior do bar. O designer esperou um tempo, depois foi ao W.C. Para a sua surpresa, quando entrou no gabinete, encontrou a moça chupando o garçom. Este ficou todo empulhado. Daniel disse:

- Vou pagar minha conta e irei embora. Deixo a grana com o outro garçom, então vocês podem acabar aí tranquilos. Depois, a leve em casa, okay?

- Mas... você não disse que me levava? Por isso, achei que podia dar uma rapidinha com ele. Depois, te chupo também, tá?

- Não é preciso, Karina. Também cansei de você, por hoje. Farei como tua irmã: vou-me embora.

- Vai para casa?

- Não. Ainda é cedo. Tomarei mais umas por aí, até dar onze da noite. Depois, sim, irei para casa.

Pouco depois, Daniel sentava-se à mesa de um outro bar. Não andou muito. Ficou nas redondezas do que estava. Mas este era mais bem frequentado. Viu que tinha mais mulheres do que homens no local. No entanto, o pequeno porém simpático barzinho de subúrbio, não estava muito cheio. Pediu uma cerveja e ficou olhando algumas jovens da sua idade. Pareciam patricinhas, a maioria com namorado ou bebendo com amigos. Estava entretido quando ouviu a voz perto de si:

- Posso sentar aqui?

Quase não reconheceu Aretha. Ela estava linda, de cabelos molhados e com maquiagem leve. Vestia uma calça comprida jeans, bem colada ao corpo, e uma jaqueta sobre uma blusa preta. Antes, estava com um vestido surrado, parecendo uma puta pobre. Daniel puxou cavalheirescamente a cadeira. Ela sentou-se, muito elegante. Ele perguntou:

- A que devo a honra de você vir vestida para matar?

- Você é o primeiro a rejeitar minha irmã. Ela me ligou, dizendo que você iria continuar bebendo. Vesti-me rápido e corri para cá. Achei que seria o primeiro bar a encontrar, depois daquele. Ainda bem que acertei.

- O que quer tomar?

- Pode ser um suco? Não quero ficar bêbada como ela.

- Se ficar, tudo bem. Te levo em casa.

- Não cumpriu com a tua palavra. Não confio mais em você.

- É justo. O que posso fazer para ter tua confiança de volta?

- Não muito. Apenas, me beije.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

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Comentários

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muito bom, parece ser uma história boa

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