Eu e os três, A.B.O. que eu não sabia - pt18

Um conto erótico de Hubrow
Categoria: Homossexual
Contém 5209 palavras
Data: 27/08/2018 22:02:08
Última revisão: 28/08/2018 06:51:53

Não é uma coisa qualquer receber a visita sorridente e inesperada do macho que você adora e que você nem sabe se queria te ver no dia seguinte à primeira foda. Mais ainda quando o cara te comeu sucessivas vezes, meteu três esporradas em você e ainda te fez ter três orgasmos exclusivamente por sentir o cacete dele dentro de você. Fosse pelo coração ou pelo tesão, nada mais me importava depois que vi Marcelo pela janela da sala de aula.

Não sabia se era apenas uma passagem rápida ou se ele viera me pegar para voltarmos juntos para o apê. Em ambos os casos, seria a primeira vez: ele nunca tinha me procurado na universidade. Na dúvida, joguei o caderno e tudo o mais de qualquer maneira na mochila, sorri encabulado para o professor ao sair da sala e fui ao encontro de Marcelo.

Abriu um sorriso largo, coisa rara, quando me viu passar pela porta. Disse que ele poderia esperar, e lhe expliquei que o professor estava praticamente repetindo o que abordara na semana anterior, devido à baixa frequência decorrente da greve dos ônibus. Era mesmo verdade, e eu não perderia muita coisa saindo assim, antes do fim da aula. Mas, mesmo que não fosse, eu sairia do mesmo jeito.

Fomos tomando um caminho meio tortuoso, que nos faria andar além do necessário para deixarmos o campus. Ele deu aquela piscadela charmosa dele e sorriu. Entendi o que tinha em mente quando me puxou para uma reentrância de um dos prédios, que formava quase um beco.

Encostou-me contra a parede, com o corpo colado ao meu, e me deu um daqueles beijos saborosos que eu havia conhecido na noite anterior. Eu correspondi ao seu tom amoroso, inclinando a cabeça como ele havia me ensinado e deixando que me abraçasse pelos quadris como se não houvesse mais ninguém no mundo. Sua língua tomou minha boca e nunca foi tão claro para mim como um beijo pode ser tão explicitamente a representação do macho que domina sua fêmea.

Não que eu me sentisse fêmea, no sentido de “mulher”. Mas, agora (ou talvez desde sempre, e eu que não tinha atinado para tal), Marcelo parecia a cada minuto se afirmar como macho perante mim. Não só macho, mas como o único macho da relação de nós dois. Era assim mesmo sendo eu um homem e tendo as características de um homem, coisas que, não demoraria muito, eu viria a saber o quanto o atraía em mim, ainda que por vias meio tortas. E, se ele era o único macho ali, o lugar que me cabia era o do complemento do macho: fêmea, passivo, fudido, submisso, seja que nome se queira dar.

Marcelo era romântico; sempre foi, desde o início. Como ele mesmo rememorou várias vezes àquela tarde, em pequenos comentários que citavam nossos momentos juntos, estávamos namorando há meses. Apenas não tínhamos transformado esse namoro “em beijos e fodas”, como ele mesmo disse.

A crueza do linguajar dele sobre sexo, não tanto pelos palavrões mas sobretudo pela ausência de rodeios e atenuantes, não havia sido uma exceção daquela conversa sobre o filme. Eu só não a conhecia porque jamais havíamos falado desses assuntos. E, se tivéssemos falado antes de nos aproximarmos tanto, seu caráter reservado não a usaria comigo. Eu me assustava um pouco com essa crueza, mas ela também me excitava. E, graças a ela, fui compreendendo ao longo do tempo o que éramos verdadeiramente um para o outro, e como eu gostava que fôssemos assim.

– Eu te trato como meu desde que te conheci. E você não estranhou, mas gostou. Eu ainda não tinha te marcado, mas você é meu desde que te conheci, Zeca. Agora, te marquei com minha porra onde era mais importante – fez uma pausa. – Você lavou?

Enrubesci. Nem precisei responder. Ele apenas sorriu, muito terno mesmo. Não havia me mandado conservar seu esperma, com o qual havia untado meu pau e meu saco. Eu que não quis tirar, apesar de ter sido meio trabalhoso sair limpinho de casa sem tomar propriamente um banho. Mas a marca dele estava ainda em mim; ali, sob as minhas roupas, com nós dois.

– Você sabe que é meu desde a primeira vez que me viu, que nos vimos.

– Não, eu...

– Sabe. Sempre soube. Soube intuitivamente, como é próprio de você. Não racionalmente, porque você ainda não tem plena consciência do que você é e do que eu sou; de como nos atraímos, de como essa atração é da nossa própria natureza.

Seu tom era excessivamente seguro, até imperial, mas não autoritário. Era como de uma declaração de amor. Não me lembro de alguma vez ter sido tratado com tamanho carinho por um cara após uma primeira transa. Nem mesmo por Rai, em nosso clima de grande amor adolescente.

– Natureza?

Eu ouviria aquela palavra ainda muitas vezes, embora em algumas ele fizesse certas ressalvas.

– Natureza. Na minha natureza querer você pra mim e na tua natureza você querer ser meu. Só não aconteceria se não nos encontrássemos nunca; se vivêssemos em lugares diferentes, em épocas diferentes. Então, você buscaria incessantemente um macho como eu. E eu, um homem como você.

– Eu não to entendendo.

Mentira. Estava sim. Ou melhor, achava que estava. Ele dizia que havíamos nascido um para o outro, a ideia mais romântica do mundo, e igualmente falsa e desgastada. Mas era bonito de ouvir, e eu disse que não entendia apenas para que ele a pronunciasse com todas as letras; para que eu ouvisse. Mas ele não disse, porque, embora fosse isso mesmo, não era bem isso.

– Eu sei que não. Mas aos poucos você vai entender .

Continuou em nosso passo leve, mas fez uma pausa. Completou:

– Alguma vez você quis tanto, com tanto prazer, adoçar o café com leite para um cara que identificou como macho?

Eu baixei os olhos num sorriso tímido. Apenas uma vez ele havia mencionado minhas gentilezas com ele, meses atrás, para me reconfortar após a briga de Rodrigo comigo, muito antes das putarias todas. E Rodrigo tinha ficado revoltado justamente por ter percebido aqueles agrados. Nunca Marcelo falava nisso; apenas esperava que eu o servisse.

– Não, não é?

– Não.

– Quantos machos você já teve?

– Ah, Marcelo... Não vou contar essas coisas...

– Não estou falando das fodas todas. Aí devem ter sido muitos, claro. Estou falando de teus machos, dos homens que tiveram você em relações fixas.

– Dois – dessa vez, fui eu quem pausei. – Bom, hoje nem sei se posso dizer que foram machos.

– Porque não foram. E não foi culpa deles. Talvez até tenham te fudido bem; talvez até você tenha adoçado o café deles. Mas não funcionou. Não é questão de pica; não é questão dessa tua xota gostosa. É de alma. Você buscou neles o que reconheceu em mim. Não sabe bem como fazer, como encontrar; dá tiro n’água. É normal. Vocês são assim. Meio tontos – e sorriu, até de forma carinhosa, mesmo me chamando de tonto.

Continuava estranho para mim conversar com Marcelo nestes termos. Eu não sabia de nada, ainda. Foi o tempo que me fez habituar àquela linguagem dele, aos seus pontos de vista surpreendentes. A conversa durante o filme, assim como a dureza com que dissertou sobre minha vida nos nossos dez dias juntos nas férias, haviam sido apenas aperitivos.

E eu me acostumaria também a essa dualidade dele: o homem mais romântico que eu já havia conhecido e, ao mesmo tempo, o mais frio entre eles. Marcelo era um príncipe. E tinha as duas faces de um príncipe: a do homem distinto que sabe encantar os que o rodeiam e a do senhor da guerra, implacável no exercício da autoridade. Era fascinante. Fascinante conviver com ele, receber o amor dele, ser subjugado por ele, ter sido o escolhido por ele.

Eu veria com o passar do tempo que essa dualidade era perfeitamente equilibrada. Ele sabia administrá-la e, principalmente, sabia como administrar os que estavam em torno para que convivessem com ela a seu favor. E que ela estava presente até mesmo nos momentos mais significativos da nossa relação, e de qualquer relação amorosa que seja sincera: as trepadas.

Como naquela primeira noite, eu veria que Marcelo me tratava na cama como a coisa mais querida que ele tinha no mundo, como a que mais exigia cuidados, como a que ele mais queria agradar, fazer feliz. Mas, quando se deixava tomar pelo torpor do próprio prazer, quando o orgasmo vinha se aproximando, quando ele sentia mais profundamente o deleite que podia arrancar do meu corpo, ele se transformava, e esperava que eu suportasse essa transformação, pois esse era meu dever. Virava um animal.

– Eu estou completamente apaixonado por você – me disse, quando a noite já tinha caído.

Segurava minha mão, discretamente mas sobre a mesa do bar para onde me levou. Só estávamos nós e dois garçons que conversavam entre si, lá junto ao balcão. Eles não tinham como ver nossas mãos, exceto se fossem muito xeretas. Pouco depois, começariam a chegar mais clientes. Continuou:

– E sei que você também está apaixonado por mim. Não há nada melhor, pra nós dois, do que estarmos juntos, do que o prazer de estar um com o outro. Não é assim?

– Claro que é. Eu nem estou acreditando.

– Pois acredite. Mas é diferente.

– O que é diferente?

– O que é isso pra você e o que é isso pra mim. Ou o que vai ser. Hoje, Zeca, e ninguém no mundo pode ser mais sincero do que eu estou sendo agora, hoje o que eu quero é ter esses momentos juntos contigo até a minha morte. Pra sempre.

Eu me enterneci, claro.

– Mas não vai ser assim. Não vou querer isso toda a vida. Um dia vai acabar. Pra mim, mas não pra você.

– Eu...

Nem sei o que eu pensei em dizer. Talvez nem tenha pensado nada, depois daquele balde de água fria.

– Pode ser que eu me sinta assim com você um ano, dois anos, cinco, dez, não sei. Hoje, é pra vida inteira. Mas não vai ser. Você vai perder o encanto. Um dia, não vou ter mais tesão por você, mesmo sentindo muito amor por você. Porque vou querer algo novo; vou querer desafios; vou querer conquistar. E vou te deixar.

Ele estava sendo cruel. Como alguém podia estar sendo tão romântico e ao mesmo tempo tão cruel? E não desistiu:

– Mas isso não vai acontecer com você. Ou talvez até aconteça; nada é impossível nesse mundo. Mas provavelmente não. E você vai sofrer; vai sofrer muito. E eu vou saber que você vai estar sofrendo. Vou sofrer pelo teu sofrimento; vou lamentar, porque sei que vou continuar te amando. Mas não vou trair o meu destino, e vou te abandonar.

– Por que você está me dizendo isso, Marcelo? Poxa, a gente...

– Porque você é a pessoa que mais amo na vida, Zeca. E isso não é entusiasmo por uma noite maravilhosa, por um passeio gostoso num fim de tarde. É um sentimento forte, o mais forte que já tive, e que já tem tanto tempo quanto o que você também tem por mim. E é porque tenho esse amor profundo por você que estou dizendo. E porque sei que posso dizer, e dizer agora, inclusive. Porque sei que não vou te perder por causa disso. Você vai insistir, mesmo eu te avisando, mesmo sabendo que vai sofrer no final. Você não tem escapatória. É meu; não consegue viver mais sem mim. Assim como eu, você precisa de mim.

Eu estava cabisbaixo. Não sou de frescuras, não sou mesmo, mas não é fácil ouvir uma coisa assim de quem se adora sem que os olhos não fiquem úmidos. O certo, na verdade, era olhar para o alto. É a forma mais correta de evitar cenas dramáticas. Mas contive, mesmo olhando para baixo. Nenhuma caiu.

– Eu te amo, cara. – sua voz era tão serena quanto antes. – Eu adoro você; quero você comigo. Meu companheiro. Nunca tive tanta certeza de ter encontrado a pessoa certa. Em tudo; em tudo. Olha pra mim.

Obedeci.

– Eu sou o Marcelo. Teu homem. Teu amor – e sorriu.

No campus, quando terminou aquele beijo roubado na reentrância do prédio, me mostrando sem palavras que nada se resumira a uma noite, ele se afastou um pouco, não muito, e ficou me olhando por um tempo. Os olhos no fundo dos meus olhos, lá na minha alma, como sabia fazer tão bem.

– Você é perfeito.

Foi quase um sussurro, como se falasse para si mesmo. Era um elogio, claro, e dirigido a mim, mas seu tom foi como se deslumbrado consigo mesmo por ter em mãos algo que parecia julgar precioso. Sorriu, com uma evidente expressão de satisfação e, mantendo a mão em minha cintura, me orientou para que retomássemos o caminho.

A mão dele na minha cintura. Já havia feito aquele gesto uma vez antes, talvez por lapso, na cozinha, e faria muitas vezes mais. A sós, mas em público também, como algo muito natural. Por vezes, acho que eu chegava a corar, tal o constrangimento que causava a exposição daquela intimidade comigo. Cheguei a esboçar meu descontentamento, mas ele o ignorou completamente. Sabia que meu embaraço era mais por reflexo do que por qualquer outra razão, porque também sabia que eu me sentia seguro com ele. E que, no fundo, ao sentir sua mão em minha cintura, ele reafirmava que eu estava seguro. Eu era dele; ele realmente pensava desta forma. Não era força de expressão; nunca foi.

Quando saíamos do campus, ele sugeriu que fôssemos àquele bar. Era um pouco distante, mas daria para irmos a pé. Teríamos uma vista bonita, de frente para a baía, e provavelmente estaria vazio. Perguntei pela bicicleta e ele contou tê-la deixado travada num canto do prédio da sua faculdade. Já fizera isso outras vezes, disse; não tinha problema.

Fomos andando sem pressa, olhando o mar e conversando. Era de uma delicadeza e de uma atenção infinitas comigo, como sempre havia sido e continuaria a ser, mesmo quando, depois de ter me tomado, não parecia estar sendo. Como as metidas dolorosas que tinha me infringido na véspera: agressivas, mas, diferentemente do tom de Rodrigo ou de qualquer outro, na mais profunda conexão comigo.

Foi um passeio muito, muito gostoso, de dois caras que, no fundo, estavam revisando a cumplicidade que haviam construído sem falar muito. Mesmo naquela tarde, em todo o percurso, ele não falou tanto assim. Entremeava as conversas com os silêncios que faziam parte dele, seus semi-sorrisos. Eu gostava disso; me fazia sentir tranquilo.

Era essa sua serenidade que o tornava assustador quando ele era tomado pela fúria, como eu constataria na terrível manhã na cozinha, não muito tempo depois. Mas, mesmo nesse estado, mantinha-se paradoxalmente sóbrio, objetivo. Era a gravidade dos atos que impunha para externá-la que denunciava a intensidade da sua ira, não gritos ou bravatas.

Mesmo nestes momentos, eu não me senti desamparado, inseguro diante dele. Marcelo tinha a capacidade de me reconfortar, de me fazer sentir protegido até quando talvez eu devesse me sentir ameaçado. “Nós combinamos”, repetia volta e meia, e depois que os momentos tensos se desvaneciam, eu pensava justamente nessa constatação: é porque combinamos que eu tinha certeza de que ele jamais descuidaria de mim, porque estaria se descuidando de si mesmo.

O dia estava bonito. Dali a pouco veríamos o poente por trás das montanhas e o esmaecimento da luz refletido na água. Eu caminhava ao lado do cara que mais admirava na minha vida, e que fazia questão de demonstrar como eu era importante para ele. Eu não podia estar mais feliz. E sabia que ele também não, e essa convicção, que guardo até hoje, não estava em suas palavras, mas no olhar, nos gestos, naquela sensação que partilhávamos de que qualquer coisa era bacana, pela simples razão de que eu estava com ele. Pela simples razão de que eu pertencia a ele, e que essa posse, antes calada, havia se tornado patente na véspera.

Ao chegarmos ao bar, ele nos conduziu tal como fizera naquele jantar.

– Zeca, nenhum homem convida outro para um jantar e janta como eu jantei com você, exceto se o outro não for o homem e aceitar que não é o homem – disse, sorrindo para mim, durante nosso trajeto.

Mais uma vez, ele me deixou encabulado pelo carinho com que dizia e desconfiado pelo que efetivamente dizia.

– Você me atrai porque é homem. E me enfeitiça porque não é.

– Não sou?

– Você alguma vez se sentiu um homem quando estava comigo? Um homem como eu sou?

Eu não soube o que responder. Estávamos ainda no meio do caminho para o bar.

– Você então é bi, Marcelo?

Ele sorriu de novo. Fez uma pausa. Não assumiu um tom impaciente, mas compreensivo:

– É difícil pra você entender o que eu disse sobre isso, né? Entender o modo como eu penso... O modo como alguém como eu pensa. Se você quer usar estes termos, ok, eu sou bi; se bem que acho que estou mais para homo do que para bi, porque eu tenho mais prazer com os homens do que com as mulheres.

Eu me assustei quando ele fez essa revelação. Ele percebeu, mas não comentou.

– Homens como você me excitam, justamente porque são homens como eu. Ou melhor, deveriam ser. Mulheres também me excitam. Eu gosto de buceta. Gosto de peitos. Gosto de como elas se arrepiam com um simples toque bem dado. Mas elas são mulheres. Tudo está ali exatamente pra isso. Em vocês não.

– Vocês quem? Passivos?

– Um certo tipo de passivos, digamos assim.

– Que tipo?

– O teu tipo.

– Qual o meu tipo?

– Esse que você é.

– Mas sou como?

– Um não-homem. Um homem com esse rosto lindo de homem, com esse corpo de homem, essa voz de homem, esse jeito de homem, esse modo de se pôr no mundo como homem. Mas que é incapaz de ser pôr.

Silenciei.

– É esse tipo.

Impressionante foi a sobriedade com que completou o raciocínio:

– Um homem que é um fracasso como homem, como macho. Homens assim, que homens como eu fazem se sentir realizados quando nós cravamos o cacete em vocês. Quando nos impomos, quando mandamos, quando lhes damos nossa porra.

Não fiquei propriamente paralisado, porque continuávamos andando. Mas foi como se ficasse.

– São poucos os homens como você. Como você, bem poucos. Por isso te quis pra mim desde que te vi, e sabia que você seria meu; que eu não precisava ter pressa. Estava enrolado na época, depois mais ainda, mas tranquilo porque sabia que o que era meu estava guardado. E é por isso, enfim, que homens, homens como você, me atraem mais do que a mais gostosa das mulheres.

– Enrolado como?

– Estava fudendo um outro passivo.

Jamais imaginaria Marcelo falando dessa forma. E, embora fosse quase o oposto daquele Marcelo comedido que eu conhecia, eu estava gostando. Era um homem completo; era essa a sensação que eu tinha, embora não tão clara ainda na minha cabeça.

– Ele era muito bom. Foi uma relação bem profunda.

– Você namorava com ele?

– É. Pode ser.

– Como assim, “pode ser”?

– Não namorava. Eu era dono dele, assim como sou dono de você. Mas com você eu namoro. Com ele, não. É diferente.

– Nós estamos namorando? – disse, e, dessa vez, dei uma rápida paradinha, mas retomei o passo assim que percebi.

– Desde que nos conhecemos. Desde o momento em que você fez aquele ar assustado ao ter de levantar a cabeça pra conseguir me olhar.

Tocou levemente na minha cintura.

– Desde que se sentiu desconfortável na primeira vez que te encarei. Desde que te observei enquanto você entrava tímido na sala, e desde que teu rosto não conseguiu esconder a satisfação quando sugeri você ficar comigo, oferecendo o quarto de empregada. Você não quis o apartamento, ou não quis somente o apartamento. Você quis a mim.

Eu engoli em seco. Aquele bruxo sabia de mim desde o início. Mais até do que eu.

Não sei se as coisas foram bem assim. Não senti assim naquela época. Mas era verdade que me senti atraído por ele, que fiquei exultante quando surgiu a oportunidade de ficar no apê mesmo com as duas vagas ocupadas por Otávio e Rodrigo. E que fiquei exultante não porque teria onde morar. Ter onde morar me deixou tranquilo; resolveu um problema, e resolveu bem. Mas fiquei exultante porque, sim, porque conviveria com aquele cara grandão, simpático, gentil comigo como se eu fosse menor do que ele não só na altura. A empatia foi imediata, e logo nos primeiros dias eu quis me aproximar dele, o que era difícil pelo seu jeito reservado. Eu não sabia era que eu tinha sido tão óbvio. Jurava que nem tinha me dado muito bola. Era observador comigo como era com tudo; era o que parecia para mim.

– Começamos a namorar ali, Zeca. Depois, nas férias, tivemos nossa lua de mel.

– Lua de mel? – falei meio alto.

A coincidência de termos me impressionou. Era assim que eu chamava aqueles dez dias, para mim mesmo. Foi assim também que me referi aos dias que inventei ter passado na casa de um sujeito qualquer, quando não resisti e quis falar sobre o assunto com Elias, num intervalo de aulas.

– Deixa de se fazer de bobo, Zeca. Dois caras não ficam enclausurados se curtindo um ao outro durante tantos dias, como nós ficamos. Casais ficam.

Eu sorri. Marcelo era tão... sei lá, tão tudo.

– Você viu mesmo como uma lua de mel?

Ele sorriu com minha pergunta, que expressei, confesso, com uma satisfação quase infantil.

– Claro, Zeca. Eu só não te comi porque ainda não era a hora. Mas foi nossa lua de mel. Eu retardei minha viagem não foi só porque não queria ficar tanto tempo com meu pai. Foi porque queria estar com você. Sentir você, ver como você se comportava comigo a sós, poder te avaliar.

– Me avaliar?

– Sim. Zeca...! Acorda.

Fiz uma expressão interrogativa, mas ele não olhou para mim. Continuou, após apreciar um pouco a vista da orla.

– Que você é você eu sei desde que te vi. Mas também vi que você não sabia que você era você.

– Como assim?

Ele ignorou:

– Então, pra que as coisas corressem bem como correram, eu tinha que ir te moldando, te fazendo acostumar com quem você é. Do contrário, você não estaria pronto, e acabaria tudo sendo mais complicado.

– E eu fiquei pronto? Estou pronto, é isso?

– Não. Pronto ainda não está. Mas ficou no ponto pra que eu pudesse tomar você. Antes, seria precipitado. Mas depois de ontem de manhã, vi que era chegada a hora. Finalmente.

Gelei. Não perguntei ao que se referia ao citar a manhã.

– Salivei, Zeca. É que tenho a cabeça no lugar; sou determinado. Tinha que deixar você ir até o fim. E, bom, não estávamos sozinhos. Mas tive que me concentrar muito pra não te montar e te rasgar naquela hora mesmo, de quatro no chão.

Senti uma tontura, mas não demonstrei. Apenas dei uma paradinha junto à mureta frente ao mar. Ele me acompanhou na pausa.

– Pelo chão limpinho que eu encontrei, acho que gostou muito da minha porra, não foi?

– Você...?

– Você se saiu muito bem. Fez o certo – passou a mão na minha cabeça, num carinho contido, talvez porque, embora não viesse ninguém pela calçada, estávamos em público. – Você agiu certo. Fez o que tua natureza mandou fazer. Não se traiu. Era mesmo o que eu esperava. Você não me decepcionou.

À noite, depois que chegamos e sem nem mesmo conferir se Otávio e Rodrigo estavam no apê, ele decidiu que pediríamos uma pizza para comermos juntos no quarto dele. A comida do bar não era boa, ele avisou, e só comemos uns bregueteszinhos sem graça. E, ali no seu quarto, eu não o decepcionei de novo.

– Pronto. Vem pro que você mais gosta – disse, sacando o pau com a braguilha escancarada.

Eu ainda não havia visto seu pau, só sentido. Era maior do que o de Otávio, mais bruto, embora também bonito. Começava com uma cabeça bem avermelhada, que lembrava ligeiramente uma ponta, e ía gradualmente engrossando até o talo. Muito grosso na base; grosso mesmo.

Não era branquelo como eu havia temido; mais claro do que o de Otávio, bem mais do que o de Rodrigo, mas ainda moreno, mais do que o de Rai, por exemplo. Tinha veias saltadas, não em exagero, mas o suficiente para lhe dar um aspecto animalesco: de um macho, não de um homem.

Quando vi aquela ferramenta, entendi mais claramente as sensações que me causara ao me penetrar. Era um pau perfeito para penetrar um cu, como ele mesmo comentou mais tarde: começando menos grosso e crescendo à medida em que o canal ía se abrindo. Mas, se era perfeito para penetrar, também o era para arregaçar: comprido e provavelmente incapaz de ser suportado por alguém menos experiente, de tão maciço.

Sem saber que era exatamente o que ele esperava, eu me pus de joelhos. Comecei a cobrir de beijos aquele membro imponente. Só não o senti como ameaçador porque já o tinha contido dentro de mim. “Nenhum sangue, nada”, o próprio Marcelo tinha comprovado, depois de me meter feito um cavalo.

Daquele ângulo, ajoelhado, pude então entender algo que sentia diferente em cada metida que ele me dava, quando entrava bem e com força. Era seu saco. Não era nem tão grande assim, se comparado às proporções do membro. Mas era como que pendurado, com dois culhões grandes embaixo. A pele que pendia os desenhava perfeitamente, diferente de como era com Rodrigo, que também os tinha delineados, mas porque meio que estufavam num saco menor do que deveria ser.

Em Marcelo, era na medida certa: o suficiente para revelá-los perfeitamente, mas mantendo-os suspensos no ar. Era aquele saco, que nascia estreito e se avolumava com o peso dos bagos, que batiam em mim, no meu períneo, na minha bunda e mesmo nas minhas coxas, quando ele mandou que eu as fechasse ao me comer na cama. Eu não me lembrava de já ter sentido aquilo alguma vez. Talvez tivesse acontecido, mas, numa foda com um desconhecido, muitos detalhes passam despercebidos; até os notamos, mas são tantas as informações novas que não atentamos para todos eles. Marcelo me fudia com o cacete e com seus culhões. Um por dentro, outro por fora.

Ouvi sua voz, serena, mas impositiva:

– Lambe. Eles vão te dar muito do que você precisa.

Obedeci. E então tive a primeira visão de uma propriedade anatômica que só conhecia por vídeos pornôs: o caralho de Marcelo parecia nascer antes do próprio saco. Sua forma era perceptível já no períneo, não sei se pelo tamanho, pela grossura ou pela forma como o saco nascia. Ou, talvez, pela junção das três coisas. Aquilo excitou-me tremendamente: pau e saco não formavam um todo único, como habitualmente eu percebia nos homens, e em mim mesmo. Em ereção, a aparência era a de dois órgãos independentes que trabalhavam em conjunto: um que estimulava as gônadas por meio da penetração e o outro que as continha enquanto produziam o esperma, estimuladas pelo coito. Era um animal diante de mim; seus genitais expunham claramente.

Ele me puxou pelos cabelos, ainda que delicadamente , dirigindo-me à cabeça da pica. Abocanhei, com alguma dificuldade, mas com certo traquejo, pela prática com Otávio. Ele riu quando percebeu meu desespero em tentar engolir tudo e constatar que praticamente não passava de pouco mais de dois terços.

– Calma. Roma não se fez num dia...

Era tão gostoso de chupar... Tão grande, tão majestoso, tão duro e, tal como o de Otávio, tão macio ao mesmo tempo... A textura quase aveludada me lembrou, olha que má lembrança, o macho de Rai, Rômulo, que pelo excesso de pele também tinha um pau muito gostoso de sentir na boca. Marcelo não tinha aquela pele toda, e até ficaria meio estranho se tivesse, dada a grossura do seu cacete. Mas o efeito era o mesmo.

Eu fazia um movimento de entra e sai, guiado por suas mãos em torno da minha cabeça, cada vez mais vigoroso, até que senti um gostinho de porra. Ele rapidamente, até agressivamente, tirou e desviou minha cabeça, sem se importar se eu iria cair ou não. Segurou o caralho e não precisou muito para que um primeiro jato alcançasse quase a parede, tal como eu deduzira que havia acontecido na véspera. Rosnava, baixo. Depois vieram outros; não sei quantos. Os dois ou três seguintes assim, mais ou menos na mesma força. Depois, intercalavam uns mais fortes e outros mais próximos de nós. O chão ficou empapado, até talvez um pouco mais do que eu encontrara da outra vez.

Fui até ele, ávido pelo restinho de gala que deveria ainda escorrer pela uretra, mas ele me desviou imediatamente.

– Lambe.

Eu não entendi, ou não quis entender.

– Mandei lamber – ele disse, num tom sério, mas sem alterar o volume da voz.

Olhei para a poça de porra. Ajoelhado, fui vagarosamente me pondo de quatro, sem entender bem o que fazia e o que se passava.

– Se você fez escondido, pode fazer na frente do teu macho. Não tem que ter segredo nem vergonha comigo. Sou teu macho. Lambe até deixar limpo de novo.

Obedeci, a princípio timidamente. Ele não interferiu. Não tinha coragem de olhá-lo, mas sabia que ele acompanhava tudo, ali de pé, com o cacete provavelmente ainda rígido, apesar da gozada. Aos poucos, a excitação foi tomando conta de mim, e fui lambendo cada vez com maior satisfação, com maior avidez.

Como antes, senti sua gala levemente adocicada; não era amarga como as que eu estava acostumado. Esse sabor talvez tenha me estimulado também, mas não era por isso meu cuidado em não deixar uma gota, em catar tudo, em limpar todo o chão com a língua para absorver todo o DNA do meu dono. Não era só porque seu sêmen era, de certa forma, gostoso. Era porque parecia estar encontrando o meu lugar; uma excitação misturada a conforto; um tesão tão forte, mas uma tranquilidade que me dava leveza.

Fui me sentindo tão acolhido que passei a, de quando em vez, olhar para ele. Buscava aprovação e queria dividir a satisfação que sentia. Ele se mantinha impassível, de braços cruzados. Não sorria; mantinha-se sério. Mas não parecia arrogante; sua expressão não era grave, não era hostil. Como a de alguém que, embora atento, apenas observa algo esperado. Nada mais do que isso.

Quando terminei, o encarei quase que sorridente, mostrando satisfação por ter cumprido a tarefa. Ele me deu um olhar amistoso, de aprovação, como eu tanto desejava. Não precisou mandar para que eu fosse rapidamente de quatro até seu cacete e usasse a língua para lavá-lo com todo cuidado. Ainda tinha mesmo um restinho de porra na uretra, que eu suguei todo contente, e não sei como ele não reclamou de tanta gana que tive ao fazê-lo.

Engoli tudo, tudo mesmo, passando a língua pela boca toda, e depois também nos lábios. Então ofereci-me a ele para um beijo. Ele me abraçou, acariciou minha cabeça, acomodou o caralho entre nós e me deu um daqueles beijos mais amorosos e aconchegantes do mundo.

...

[continua]

[PS: Abaixo, pus umas respostas aos comentários que os leitores fizeram às partes anteriores da história]

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Comentários

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Marcelo é bem louco e o Zeca mais ainda por querer ficar com um cara que já assinou o fim do relação. É também surreal a forma como o Marcelo enxerga Zeca, não é só dominação, vai além

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Marcelo foi tão sacana como os outros dois que tratavam o Zeca como um objeto sexual,o pior de tudo é que o Marcelo é o mais maquiavélico no quesito sadomaso-psicólogico-sexual-atrevimento sobre a forma como enxerga o Zeca.

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Amado, continuo amando o conto mas queria o Zeca mais eloquente, ele não se expressa, está muito submissa na estória, mas continua maravilhoso,

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Cara..... Desculpa.... Achei esse Marcelo um babaca total! E esse Zeca precisa urgente de uma Junta Psiquiátrica pra resolver o caso dele. O cara é uma doméstica do apartamento e agora é usado como pano de chão pra lamber porra? Cadê a auto estima desse cara!!!!?? Esquece... Vou continuar acompanhando mas só um pentecostes nas cabeça desse Zeca pra acordar esse Zeca!

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curtindo muito o conto, pela narrativa, escrita perfeita que me fez gostar desde o conto anterior, mas observei que o Zeca comentou em um dos capitulos sobre o Marcelo no tempo passado, como se fosse uma lembrança...

curtindo tudo e aguardando ansioso os proximos capitulos!!!

abraçao.

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Prosseguindo com o comentário (sempre cortam meus comentários originais, acabo tendo que reescrever o que não foi postado haha): não me recordo de como finalizei a mensagem original, mas aqui lhe deixo minha admiração por um trabalho majestoso. Abraços!

(Por favor, não me deixe esperando tanto pela continuação, tive crise se ansiedade e quase quebrei a casa hahahaha Uma hipérbole de minha parte, mas que transmite bem o que se passa dentro de mim. Seu conto me rendeu discussões psicanalíticas na universidade, estou fazendo um merchandising de seu conto. Mas fique tranquilo, referencio sempre o autor, você é 10!)

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Tua hermenêutica fez-se coerente ao meu discurso, em partes. Não condeno Marcelo em si, acho interessantíssimas suas perspectivas, apesar de chauvinistas. Embora ele seja muito realista, não se constrange a um invólucro limitado, sua amálgama é expansiva, delimitada porém expansiva. É eloquente, persuasivo por 'natureza' (já que gosta de estabelecer ordens comportamentais e traços de personalidade como algo de ordem natural), contudo, não devo omitir que um pouco me incomoda a ausência de filtro, a cautela no uso de palavras e no que falar para Zeca, em momentos que seu realismo é inconsequente e inadequado. Mas entendo que tal desconforto faz parte da narrativa, e me cativa em certa medida. Pois bem, volto a repetir que teu brilhantismo é capaz de prosseguir com esta trama, do ponto em que está é possível tornar a estória ainda melhor (se caso possível, pois é extraordinariamente maravilhosa, apenas uma outra sequência de contos aqui da Casa se sobressai à sua), plot twists, ciúmes, etc

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Zeca é bem esperto se fingindo de burro para colher melhor, kkkk será que vai fazer um supletivo para assimilar tudo que Marcelo disse?! Menino, aquelas palavras que Marcelo falou no bar para Zeca, PQP, é bom deixar claro tudo antes de engajar o namoro, mas foi tenso aquilo. Eu gentilmente e com elegância diria logo, vá se fuder seu filho da puta! Tá plantando terreno para cair fora ou abrir espaço para me chifrar? Seu puto, se me trair tá fudido, tá dado o recado". Kkkk, mas Zeca é Zeca, ele é brasileiro e não desiste nunca. Também não diria essas palavras de Marcelo ao meu companheiro. Quando pensamos que Zeca não pode piorar, ele se supera kkkkk. Que curta enquanto pode. Cara na cena da gozada na parede e a situação patética de Zeca, eu ri kkkkk, acho que estou sendo muito mauzinho, mas quantos germes ele engoliu lambendo a parede e o chão? Dá para pegar lombrigas? Kkkkk hubrow eu achei muito legal sua explicação sobre a chuca e saber que a flora intestinal de Zeca está bem, mas confesso que também achei fofo kkkk percebi com isso o quanto é sério 😘. Não precisa me responder sobre os germes e lombrigas viu, é brincadeira meu lindo. Sim, sobre a "cantada" na verdade era uma tentativa de me redimir por ter dado spoiler do conto, mas como tu apagou o meu comentário, então automaticamente anulou a redenção kkkk. Outra coisa, estou curtindo teu senso de humor. Um abraço 🤗.

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LAMENTÁVEL. MAIOR DECEPÇÃO REALMENTE COM MARCELO. É IGUAL A TODOS. APENAS USANDO ZECA. POBRE ZECA. CEGO BABACA PRA PODER PERCEBER ISSO. QUE AMOR, QUE NAMORADO FAZ O OUTRO LAMBER A PORRA EJACULADO NO CHÃO? QUE AMOR OU NAMORADO LOGO NUM ENCONTRO ROMÂNTICO DIZ QUE O AMOR VAI ACABAR, QUE VAI ABANDONAR? ME POUPE. MAIOR DECEPÇÃO DA MINHA VIDA. IMAGINEI UM MARCELO DIFERENTE. MAS DE DIFERENTE TALVEZ SÓ TENHA O TAMANHO DA PICA. POIS É TÃO CANALHA QUANTO OTÁVIO E RODRIGO TALVEZ ATÉ PIOR. PERDI O ENCANTO NA RELAÇÃO DE ZECA E MARCELO. FODA ISSO. QUE PENA.

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Dizer o que? Que está sensacional? Que Marcelo é exatamente aquilo que eu esperava que ele fosse? Que eu quero um Marcelo pra mim? kkkk. Muito bom, mesmo. Estou curioso para a sequência, principalmente pela reação de Rodrigo e Otávio.

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Não vem não... Eu vinha avisando que o Marcelo não era o príncipe encantado que muita gente andava imaginando... Ele é um príncipe, como o próprio Zeca o chama, mas seu encanto é muito particular, hehehe. ► ► ► E garanto que causou muito tesão encubado aí, huahuahuahua ► ► ► tio passivo: Zeca não entende, pode ser, mas ele sente. Marcelo diz que é porque ele não se conhece ainda. Pode ser. Mas burro ele não é não; talvez incrédulo. Vc há de convir que não é tão fácil acreditar que Marcelo aja da forma que efetivamente age, né... Obrigadíssimo pelos seus elogios à parte anterior. Vc é um leitor muito atento; dá gosto ler o que comenta. ► ► ► LunoMarinho: desculpe por ter atrasado a postagem do segmento B da parte anterior. Imagino que vc tenha ido dormir me xingando... É que ía só revisar, mas aí fui acrescentando, cortando... E não consegui cumprir o prazo de uma hora que eu mesmo havia estabelecido. Legal vc ter aparecido por aqui. Tb uso o termo “massa”, embora não seja baiano. Vc é baiano? ► ► ► Peludodf: Êta leitori mpaciente, rs... Sei não, mas acho que não foi só o Zeca que o Marcelo fez entrar em desespero não, kkkk. ► ► ► Geomateus: vc é o leitor que pensa alto; fala sozinho. É gostoso ver como vc vai estabelecendo as conclusões e publicando. Fico imaginando seu rosto com as expressões embatucadas. ► ► ► Alex curte peludo: rapaz, acho que você vai ter uma baita surpresa com o que vai acontecer com Otávio e Rodrigo com relação a essa virada da história... Espera mais um pouco. Valeu por estar acompanhando! ► ► ► Bryan Smith: que bom que vc curtiu a parte 16, que muita gente achou chatinha. Eu Tb gosto; o objetivo foi mesmo esse, as sensações que ela passou pra vc. Mas eu podia ter fundido alguns parágrafos, reduzido umas frases; dava pra ser menor sem ter que cortar nada, apenas sendo mais sintético, eu acho. Seu comentário me encheu de alegria, pq acho que vc “pegou” exatamente o que eu estava tentando jogar pros leitores. Obrigado. ► ► ► VALTERSÓ: Caramba, imagino sua decepção com o Marcelo, pq acho que vc estava meio enamorado por ele e não imaginava o que viria... Mas note que Zeca fala em dualidade; enfatiza muito isso. E quem não quer um beijo como este que ele descreve na última frase? ► ► ► VictorNerd: não estou nem conseguindo dar conta direito de publicar nesse ritmo, ainda mais se quisesse diminuir os intervalos, como gostaria... Mas, tem uma vantagem nisso, hehehe: meu lado diabinho fica aqui bem satisfeito quando vem um comentário tipo o seu, de expectativa pela parte que virá. Estimula muito pra escrever. ► ► ► Healer: vc é muito doido, hehehe. Mas, olha, o que eu sei de prejudicial nas chucas (que Zeca prefere chamar de “higiene íntima”) é que elas podem acabar provocando fissuras no reto (por causa da perda da lubrificação dos tecidos, pelos jatos d’água) e infecções, em função dos microorganismos que podem estar na água utilizada. Bom, no segundo caso não tem muito jeito, mas para o primeiro, lembre-se que Zeca usa a gordura vegetal, lubrificante que diminui em muito o efeito do ressecamento. Agora, prejudicar a flora intestinal acho meio difícil, hein... O intestino grosso tem cerca de um metro e meio, e cheio de curvas. Teria de ter uma lavagem intestinal para perder a flora, eu acho, e não a chuça. Talvez o pessoal do fisting chegue a esse ponto, mas não creio que seja o caso do Zeca (embora ele mesmo diga que faz uma higiene beeeem cuidadosa; também, com tanto jegue comendo ele...!). Que bom que voltou; estava sentindo a sua falta! Mas me diz uma coisa: aqueilo no seu comentário foi uma cantada? Olha que sou um homem sério... ► ► ► Bryan Smith: ô Bryan... abrupto? O predador está cercando a presa esse tempo todo, teve gente aqui que até xingou o homem, e vc vem dizer que ele foi abrupto? Nada... Não foi não; acho eu. Viu que era a hora e simplesmente se pôs de pau em riste à espera do cuzinho do Zeca, do Zeca inteiro, hehehe. Talvez esta parte agora, a 18, tenha te mostrado que ele não foi nada abrupto. Vamos ver. ► ► ► Gabriel.floripa: pois é, muita espera mas, que bom, a reviravolta acho que compensou... E o Healer é maluquinho mesmo, rs. ► ► ► Mellie: prazer, Mellie! Olha, acho que vc vai continuar sedada mais um pouquinho, mas muito em breve (acho que na parte 20) vc vai ver qual a lógica da coisa. Mais do que isso não falo, hehehe. ► ► ► Vitor1021: calma, rapaz, não mitifique tanto o Marcelo não, hein... Concordo que, como diria o Zeca, ele é encantador, até mesmo quando repete toda a hora que o Zeca é dele. Mas... ► ► ► Yeezuss: poxa, fiquei hipersupermega lisonjeado em receber um dos únicos dois comentários que vc fez aqui na CDC. E que comentário! Confesso que achei meio Rosa Weber: metade me pareceu vc adorar o jogo de Marcelo e na outra metade, condenar (na verdade, a ordem foi ao contrário). Mas acho que vc está entenbdendo muito bem do que a história está tratando, não? E, olha, minha previsão de finalizar na parte 23 ou 24 não é porque vá cortar alguma coisa não; é porque o previsto para o desenvolvimento da trama vai dar isso mesmo (embora esta parte aqui acabou não incluindo coisas que já era para entrar; acabo escrevendo demais e Zeca pensando muito...). Olha, seu comentário, e sua iniciativa de comentar, me impressionaram muito, viu? Obrigado por este presente. ► ► ► Não revisei este comentário; dêem um desconto ► ► ► Pessoal que fica na moita acompanhando, obrigado também!!! Parte 19 sai na quarta à noite. Abraços a todos!

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Próximo capítulo... Próximo capítulo, por favor!

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