Os Verões Roubados de Nós/CAPÍTULO 6

Um conto erótico de D. Marks
Categoria: Homossexual
Contém 2221 palavras
Data: 22/07/2018 15:19:58

Oi pessoal. Tudo bem com vocês?

Juro que gostaria de ter postado durante a semana, mas não rolou. Tive uma semana bem pesada no trabalho.

Mas deixa mais um capítulo para vocês.

Gostaria de agradecer aos comentários e as leituras. Foram muitas mesmo! Obrigado por apreciarem.

Quero dividir com vocês uma informação: http://instinctmagazine.com/post/watch-released-call-me-your-name-trailer

Esse link mostra o casal no qual me inspirei para escrever esse conto: Elio e Oliver (personagens do filme - Me Chame Pelo Seu Nome). Filme que simplesmente amo.

O Enzo pode ser todo sensível, infantil, as vezes bem chatinho, mas ele passará por uma transformação.

Boa leitura e muitos beijos e abraços.

Obrigado

Os Verões Roubados de Nós

CAPÍTULO 6

Narrado por Gabriel.

Sabe quando você acorda com a sensação de estar no paraíso? Abri os olhos e o que vejo? Meu Eno devorando meu pau.

- Aaahhh... – ele me olha – Enooo...

- Bom dia, vida! – ele não para de me olhar nem por um segundo e muda de posição indo para o vão das minhas pernas e ficando de quatro.

- Bom dia... Aaahhh – gemi – puta que pariu amor... Que boca é essa? Caralho...

E ele continua chupando com vontade e eu não percebo quando ele levanta minhas pernas. Estou tão louco de tesão que só consigo sentir a sensação da sua boca em mim. De repente sinto que sua boca deixa o meu pau e se concentra nas minhas bolas.

- Aii... Porraaa – gemi – mais amorrr... Maisss...

- Quer mais, amor? – ele pergunta.

Estou tão excitado que meu pensamento está nublado. Ele fez isso apenas algumas vezes durante nossos amassos, mas agora sinto que posso gozar sem ser tocado. É muito tesão acumulado.

- Quero...

- Vou te dar mais então. – diz com voz safada.

Somente quando sinto sua língua em meu cu, só então percebo minhas pernas elevadas.

- Nossaaa... Caralho...

- Está gostoso, amor? – ele pergunta entre uma lambida e outra. De repente sinto sua língua me tentar me penetrar.

Não consigo responder. É algo surreal e indescritível. E assim me entreguei às sensações. Já não conseguia raciocinar e me deixei levar apenas querendo gozar.

- Eno... – chamei quando senti seu dedo me invadindo – amor...

- Oi bebê...

- Eu quero... – ao mesmo tempo que queria senti-lo tive receio da penetração. Tantos pensamentos vinham e resolvi excluí-los. – Quero...

- Quer o quê, amor? Pede... – agora são dois dedos dentro de mim e eu fico louco.

- Quero você dentro de mim... Agora... Vem, me come!

Eno pegou o lubrificante do seu lado. Lado? Meu olhar é questionador e ele ri dando de ombros. Ele planejou tudo. Senti algo gelado escorrendo pela minha bunda e seus dedos espalhando por toda área e logo em seguida sinto seu pau pincelar minha entrada.

- Vai Eno, me come...

Com isso ele coloca minhas pernas em seus ombros e começa a me penetrar.

- Olha pra mim, Gabe. – abro meus olhos. Dói um pouco. Um pouco não... Caralho dói muito. O pau dele é grosso e me sinto arrombado.

Quando dou por mim ele já está todo dentro e Enzo está parado me observando. É involuntário, mas meu corpo começa a se mexer.

- Vai...

- Tem certeza? – ele pergunta.

- Sim, amor... Agora sou seu.

Enzo começa lentamente e aos poucos vai aumentando as estocadas. Meu pau está duro. Seu pau é maior e mais grosso e atinge minha próstata de modo que meu tesão vai as alturas.

- Mais... Assim... Mais forte Enoooo! – eu pedia entre gemidos. Sentia seu saco bater na minha bunda com mais força e seu corpo esfregando no meu pau, então eu nem precisava me tocar. – Puta que pariu... Que delícia!!!

Com isso Enzo aumenta o ritmo e sinto meu orgasmo próximo.

- Nossaaa... Puta que pariu... Mais... Ta vindooo... Aaahhhh...

E gozei entre nossos corpos se me tocar. Senti o pau dele inchar dentro de mim devido as minhas contrações e ele gozou com um grunhido alto. Fui inundado por sua porra.

- Gabe... – ele diz arfante quando desaba por cima de mim – Que delícia!

Acaricio seus cabelos e beijo seu pescoço. Estamos suados e gozados e cheirando a pós sexo, que eu adoro.

- Te amo, Eno... Amo você pra sempre!

- E eu te amo pra toda eternidade, Gabe. – sinto sua emoção ao falar isso e nossos olhos lacrimejam. Choramos e sorrimos. Nossa sintonia é perfeita.

- Eu vou tirar, ok? – ele avisa e faço um gesto afirmativo com a cabeça. Ele é tão preocupado comigo. Conosco.

Enzo tira sue pau delicadamente de mim e se afasta para olhar.

- E aí? Como está? – pergunto porque seu olhar é estranho. Será que sangrou?

O safado me dá uma olhada divertido e responde:

- Não sangrou, mas sinto lhe informar que você foi arrombado. – termina rindo e saindo rapidamente de cima de mim. – vou preparar um banho de assento pra você!

E sai em disparada para o banheiro rindo.

- Banho de assento é você que vai tomar quando eu te pegar de jeito, se safado! – e me levanto o mais ‘rápido’ que consigo para ir atrás dele quando sinto algo escorrer – Porra...

Sigo para o banheiro rindo.

******************

Nosso dia foi de passeio de escuna até a praia Vermelha. Crianças correndo pra lá e pra cá, famílias fazendo piquenique, casais em lua de mel (como nós em termos). Meu pensamento viajou para daqui a alguns anos quando poderíamos repetir esse passeio com nossa família. Tanto Enzo quanto eu adoramos crianças e queremos ter pelo menos dois. Observo ele brincar com algumas crianças quando noto um homem fotografando em minha direção. Não estranhei pois essa praia é magnifica, porém quando meu olhar vai em direção oposta vejo que Enzo está parado observando o homem. Percebo seu rosto contraído mesmo com óculos de sol e boné.

“Será ciúmes?” eu me pergunto enquanto observo o homem mais um pouco e ele parece inofensivo. Na verdade, acho que ele deve ser algum profissional do tipo que fotografa para a National Geographic, sei lá. Estou perdido em pensamentos e não percebo a aproximação de Enzo.

- Gabriel? – ele me chama. “Opaaa... Gabriel?” e olho pra ele confuso. – vamos embora?

- Ah amor... Por quê? – pergunto confuso – Você estava se divertindo até agora...

- Gabriel, não me chama de amor... – ele está pra lá de sério e seu tom de voz não admite brincadeiras. – Vamos embora. Agora.

Após dizer isso, ele aponta para o bote que já tem algumas pessoas.

- Enzo... Que porra! O que está acontecendo?

- Agora não. – ele responde sério – Vamos para casa e ‘lá’ eu explico. Por favor

Notei que ele deu ênfase ao ‘lá’. E seu olhar. O mesmo tipo de olhar que tia Alice tem, o que não admite ser contrariado. Dou um suspiro e concordo, porém quando vou toca-lo ele se afasta discretamente.

- Não.

- Enzooo... – minha paciência começa a diminuir.

- Depois Gabe. – agora tom de súplica – Por favor...

Suspiro. Juntamos nossas coisas e vamos para casa.

*****

‘Coincidência’ ou não, o cara/fotografo também embarcou. Eu observo Enzo e eu semblante está sério, muito distante do meu namorado bem humorado, brincalhão e com riso fácil de mais cedo. Algo estava estranho e esse ‘algo estranho’ tinha a ver com o fotografo. Tento chamar sua atenção, mas ele responde secamente. Estou no limite da paciência e ele percebe.

- Gabriel... – ele começa – apenas aja como meu primo, ok? Estou com mau pressentimento e pra ajudar estou tendo calafrios constantes. – e aponta o olhar para o fotografo.

- Ok. – respondo simplesmente

Coloco meus óculos e começo a observar o fotografo discretamente. Ele está sentado próximo a algumas crianças e sorri fotografando-as e as demais pessoas na escuna. As vezes seu olhar percorre todo barco observando as pessoas se divertirem. Num certo momento seu olhar encontra o meu e ele acena levemente com a cabeça. Devolvo. Ele sorri e se aproxima. “Caralho” penso e nem olho para o lado. Enzo se remexe inquieto ao perceber a aproximação.

- Oi. Boa tarde. – diz ele.

- Olá. Boa tarde. – cumprimento e olho par Enzo. Ele simplesmente sai de perto da gente. “Filho da mãe!” e fico irritado.

- Acho que não sou bem vindo. – diz o fotografo – Seu amigo não foi com a minha cara.

O modo como ele pronunciou a palavra ‘amigo’ acionou um alarme em minha cabeça e me lembrei do que Enzo me falou minuto atrás.

- Ah... É meu primo. O mau humor é porque está com fome e dor de cabeça. Releve.

- Ok... Pode deixar – diz ele – Prazer, me chamo Diego.

- Gabriel. Prazer. – e damos as mãos – Fotografo? – aponto para sua câmera.

Ele sorri amplamente. Diego é bonito. Cabelos encaracolados escuros, alto, olhos castanhos. Um tipo interessante. Mas não era gay. Com certeza não.

- Sou sim, gosto de paisagens. Trabalho esporadicamente para National Geographic.

- Legal cara! Deve conhecer o mundo, netão? – não sei como encerrar o assunto. Sou educado demais para isso. Merda.

- Um pouco, confesso que gosto de fotografar mais no Brasil, nossa gente e nossas praias. Temos o litoral mais lindo do mundo.

- Ah... Nisso eu concordo. Passei 18 meses na Europa, mas nada se compara ao Brasil.

- Pois é, concordo plenamente...

- Pessoal estamos chegando. Já vamos atracar – avisa o comandante através do microfone.

Ele simplesmente se senta ao meu lado e jogamos conversa fora até a escuna atracar de vez. Enzo não está no meu campo de visão e começo a me preocupar.

A escuna atraca e o pessoal começa a descer em ordem: mulheres e crianças e depois os homens.

Enzo materializa-se ao meu lado e pega sua mochila.

- Vamos Gabriel?

- Vamos...

- Tati e o pessoal já devem ter chegado. – ele me interrompe. “O quê? Que porra é essa de Tati e o pessoal?”. Olho para ele confuso, mas não me atrevo a desmenti-lo.

- Verdade primo! Vamos então. – viro para me despedir de Diego – Foi um prazer, cara, aproveite sua estadia por aqui. Paraty é linda!

- Valeu Gabriel! Vou aproveitar. – nos cumprimentamos – Tchau, Enzo.

Enzo ergue as sobrancelhas. Ele não gostou de Diego.

- Tchau. – ele simplesmente vira as costas e sai.

- Desculpa pelo mau humor...

- Gabriel... Vamos cara! – ele fala mais alto.

E saio atrás dele envergonhado. E muito, mas muito irritado mesmo.

Saímos da escuna em direção ao carro em silencio. Passo por ele abrindo o porta malas e jogo nossas coisas lá de qualquer jeito. Sento-me no banco do motorista e solto:

- Em casa vamos conversar seriamente, Enzo Mancinni.

E não nos falamos durante todo trajeto de volta. Antes de dar a partida olho pelo retrovisor e vejo Diego nos olhando com a câmera nas mãos e a mesma está com a lente aberta. O mesmo calafrio que Enzo sentiu mais cedo me percorre também.

************************************************************************************

Narrado por Enzo.

Meu sexto sentido está em alerta desde que saímos de casa. Não sei o motivo disso, mas estou em alerta total.

Amei ter amado o Gabe. Foi o melhor orgasmo da minha vida. Foi intenso e único. Fazer amor com ele me levou a outro nível no paraíso. Apenas com ele é assim e sempre será. Somos almas gêmeas e eu creio nisso.

Mas agora estou em alerta total. Na verdade já estava desde que saímos de SP. Agora ali na praia com aquele individuo fotografando tudo e todos tive um calafrio descomunal. No mesmo instante quis vir embora. Chamei Gabriel que todo confuso e irritado me seguiu. E o tal fotografo também. Diego é seu nome. Ele me irritou desde o primeiro momento em que o vi e mais ainda quando se aproximou de nós. Eu não aguentei e sai de perto deixando Gabriel socializar com ele. Espero que não tenho dito nada que comprometa. Não que eu não quisesse ficar junto dele, mas enquanto esse dia não chega não quero arriscar.

Agora ao meu lado no carro tenho um namorado com cara de poucos amigos e muito mal humorado e irritado que só está faltando me esganar. Tenho que arranjar um jeito de amansar a fera e contar tudo.

- Seja o que Deus quiser... – sussurro.

- O quê? – ele pergunta.

- Seja o que Deus quiser. – repito em voz alta – Eu preciso explicar...

- Em casa, Enzo. – ele me interrompe seco.

Eu me calo.

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Narrado por Antunes.

Minha primeira impressão foi a de que eles eram um casal e um casal muito apaixonado, visto o sorriso bobo com que Gabriel olhava para Enzo. Fotografei os dois em situações normais, nada que pudesse levantar suspeitas.

Conversei um pouco com Gabriel e ele disse que o primo estava com dor de cabeça, por isso o motivo de seu mau humor. Fingi que acreditei. Enzo não gostou de mim e isso ficou claro em suas atitudes. Tanto que ele saiu de perto quando me aproximei.

Quando recebi as anotações sobre Gabriel Maia, entre elas havia fotos de Enzo e a explicação de que eles são melhores amigos, então por tabela ele também entra na investigação. O que quer que a pessoa queira de informações sobre Gabriel também envolve Enzo. Será que são drogas? Prostituição? Roubo? Contrabando? Vai saber... Esses playboys riquinhos se metem em situações barra pesadas que eles consideravam ‘aventura’.

O que Enzo tem de desconfiado Gabriel tem de espontâneo, tanto que ele nem se tocou da minha falha ao chamar Enzo pelo nome. Afinal ele nem disse o nome do primo.

- Em que vocês estão metidos, hein rapazes? – meditei olhando a paisagem do meu quarto – Não o que vocês aprontaram ou estão aprontando, mas vou descobrir.

Seu celular toca e o nome no visor o faz sorrir.

- Julia... – e atende sua filhota.

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Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Puta merda como o Gabriel e lerdo ele infelizmente não sacou, na hora que o Enzo viu que tinha algo muito ruim acontecendo.

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E a trama começa a se formar... Enzo realmente tem um sexto sentido apurado mas Gabriel é muito leso com essas coisas. Antunes realmente entrou numa furada mas já percebeu a relação dos dois... Eles agora não podem vacilar...

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REALMENTE SEXTO SENTIDO NÃO FALHA. QUANDO É ASSIM, MELHOR É EVITAR SITUAÇÕES COMPROMETEDORAS. MAS SEMPRE TEM UM QUE É INOCENTE E SE DEIXA LEVAR. TODO CUIDADO É POUCO. MELHOR COISA É OS DOIS CONVERSAREM A RESPEITO. DIÁLOGO É SEMPRE A MELHOR SOLUÇÃO.

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