Uma geração de mulheres alfa através da História. Parte 9: Bartira

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Heterossexual
Contém 1798 palavras
Data: 18/07/2018 09:56:27
Última revisão: 18/07/2018 17:25:30

Bartira aprendeu a fazer acarajé e outras delicias da culinária baiana. Vendia de porta em porta o resultado de seu talento na cozinha, que sua mãe tanto tinha. Nessas andanças, conheceu um capoeirista, Mestre Vagalume. Passou a morar com ele, e logo engravidou. Um ano depois que ela chegou a nova moradia, já paria Jurema.

Mas capoeirista naquela época era considerado vagabundo, e vadiagem era crime. Só vivia preso. Mesmo com filha pequena, Bartira levava a menina num cesto e rodava a cidade.

Se estabeleceu numa feira, na região de Água de Meninos e se tornou uma feirante assídua. A pequena Jurema sempre com ela.

Até que chegou um circo e se fixou próximo à feira. O circo era grande. Tinha até um leão, raquítico que só, coitado. Bartira fez amizade com os artistas ao roubar carne da feira para alimentar o felino.

Jurema enchia o saco da mãe para assistir aos espetáculos. Num fim de tarde, resolveu ir.

- Rrrrrrrrrrrrrrespeitavel público! Vai começar as atrações do Circo Las Vegas!

E assim iniciava o espetáculo. Domador, trapezista, palhaço, magico. O circo agradou a todos.

Bartira se aproximou de Domingos, o palhaço. Conversava sempre com ele, pois era o mesmo que comprava na mão dela boa parte do que comiam no café da manhã. Em uma noite que estavam de folga, ela apareceu pra conversarem. Papo vai, papo vem até que Bartira pergunta

- Você é casado?

- Não, que nada! Não dá, nossa vida é mambembe

- Mas não sente falta de mulher?

- Sentir, eu sinto, mas fazer o que?!

- Porque eu sinto muita falta de homem

Domingos olhou arregalado pra mulher. Ela se levantou e olhando dissimuladamente pra ele, foi andando para dentro do circo.

Logo Bartira estava deitada com as pernas arreganhadas pra o palhaço chupar com vontade sua buça. Ela rebolava e suspirava de tesão. Não perdeu tempo e avançou sobre o pau do comediante e chupou com gula, com saudade de mamar um belo cacete. Ela adorava ver o fio de baba entre seus lábios e a cabeça da rola.

O palhaço teve que controlar aquela mulher com fome de sexo se jogando em cima de sua pica. Pedia calma, mas a mulher olhava pra ele e atirava a buceta com fervor no cacete dele. Ela rumava os peitos no rosto dele, que se deitou para não ir a um “nocaute peitudo”.

Deitada no imenso caixote onde o leão ficava ao ser chicoteado, ela era socada pelo palhaço, que resolveu não bancar o fracote e meteu bala! Batia sua virilha nas pernas da mulher faminta de pica, ecoando o barulho pelo espaço coberto de lona. Depois ela ficou de quatro nas “escadarias” de onde o publico assistia pra receber ferro com alegria. O palhaço deu um gemido longo e gozou na bunda de Bartira, que estava satisfeita. Ainda treparam no chão, bem no centro do picadeiro.

Bartira e Domingos se apaixonaram. E Jurema se tornou uma espécie de mascote dos artistas. Uma acrobata ensinava a ela algumas piruetas. Quando o circo levantou a lona para se mudar, Bartira não pensou duas vezes: iria acompanhar. Era um desafio.

Mas ela queria participar dos espetáculos. Então teve uma ideia. Como aprendeu a lutar com o marido e pai de Jurema, ela juntou todos e falou.

- Bem, eu posso desafiar algum lutador em cada cidade que passarmos.

Uns acharam um absurdo, outros riram. Domingos chamou ela de maluca

- Você é doida, mulher! Vão acabar com você!

- Não duvide de meu potencial. Já consegui dominar meu ex-companheiro

- Ahahahahaha...ele deve ter deixado.

E então Bartira lançou o novo número. Quando o circo chegou a Santo Amaro, ela falou no megafone, depois de chamarem o povo pra assistir as atrações.

- Aqui quem fala é Mestre Bartira. O circo vai pagar mil réis ao homem que vencer a mestre em uma luta.

O dono do circo ficou uma fera.

- Você é uma irresponsável!! Eu não vou pagar esse dinheiro a ninguém que mate você de surra!

- Eu confio em mim! Eu gingava todos os dias! Desde que conheci a capoeira eu não parei de treinar um dia sequer! Mesmo gravida! Eu vou lhe enriquecer! Depois me agradeça!

- Se você morrer, não lhe enterrarei!

Domingos tentava persuadir a mulher a desistir, mas não conseguia. À noite apareceu “Mario Grandalhão”, um homem de quase dois metros para enfrentar Bartira. Ele se parecia muito com Zangief, do game "Street Figther"

- Eu já bati em tanta gente, que eu tenho medo até de minha imagem. Não acredito que uma ervilha com seios vai me desafiar, ahahahahahaha

Todos estavam tensos. O circo estava lotado para ver aquele desafio inusitado. O dono do circo estava tão irritado que saiu sem querer ver nada. “Mario Grandalhão” se postou no picadeiro em frente a Bartira. Os artistas estavam nervosos. Jurema tremia vendo a mãe diminuta diante daquele gigante.

Ouviu se um assovio e a luta começou. Quando o grandalhão avançou, levou um rabo de arraia potente no rim.

- ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.....

Era o publico surpreso. Ele se levantou, ela passou por baixo dele e desferiu uma voadora que estalou no rosto do grandalhão que cambaleou. E então ela deu outra voadora impressionante, rodou no ar e encheu a cara do homem, que desabou desacordado. Silencio no local. Todos sem acreditar no que acabaram de assistir. Bartira levou um minuto pra mandar um homem enorme a lona.

O circo subia a Bahia. Cachoeira, Feira de Santana, Serrinha, Alagoinhas, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim, Juazeiro. Em todo lugar havia um marmanjo que apanhava vergonhosamente de Bartira. O circo ganhou tanto dinheiro que o dono comprou uma fazenda em Juazeiro e lá ficou. O circo agora era chamado “Circo Bartira”.

Atravessaram o Rio São Francisco e foram para Petrolina. Subiram Pernambuco. Cada local, Bartira derrubava alguém. Era sucesso absoluto. Jurema também se tornou uma grande atração. Era uma trapezista espetacular. Bailava no ar, arrancando suspiros da multidão que lotava aquele espaço.

Domingos ainda continuava dormindo com ela. No entanto, em uma noite, Bartira contava dinheiro com o mágico. Até que ele falou.

- Tenho uma mágica nova. Quer ver?

- Mostra aí.

O mágico tirou o chapéu, girou e depois retornou pra Bartira. Estava com o chapéu cobrindo o pau.

- Eis aqui o novo número: o chapéu flutuante.

E então tirou o chapéu e os olhos de Bartira bateram certo em um pau imenso! Era muito grande, quase trinta centímetros.

- Você é um excelente mágico!! Como conseguiu esconder isso tudo esse tempo todo??? Ele agora vai voltar a sumir... Na minha boca!

E Bartira tentou enfiar aquela imensidão até a garganta, mas mal dava a cabeça. Ela então mamou pra valer.

- Nossa! Minha mão mal fecha!! Coitado do Domingos, o pau dele é um filhotinho recém-nascido perto disso aqui.

E se acabava de chupar o que podia.

- Espanca meu rosto, macho!!! Bate esse caralho na minha cara!

E o mágico encheu o rosto de lapadas pesadas. Bartira não suportou. Tirou a roupa, estava escorrendo pelas pernas.

- Eu quero foder como nunca. Mostra o poder desse ferro na minha buceta!

O mágico demorou pra colocar. Era muito grande.

- Enfia logo, porra! Tá com medo?

Ele então desferiu um tapão e foi enfiando sem pena. As veias do pescoço de Bartira se dilataram e ela ficou com dificuldade de respirar. O mágico bravamente foi ocupando cada espaço daquela xota que enlastecia devido ao tamanho abissal do membro. Quando bateu lá no fundo, deixou ela se adaptar. Depois foi indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando... Até que ele passou a se movimentar com mais vontade, arrebentando as paredes da vagina.

- Uhque cacetaço!!!Arromba essa vagabunda!

Passado alguns minutos ele já atolava aquele jumento, fazendo Bartira delirar.

- Ahhhhhhhhhh, vou gozaaaaaaaaaaarrrr....Seu monstro cacetudo, bota essa vadia pra berrar! Pica foi feita pra fuder, porra, manda esse jumento pra dentro, ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh, toraaaaaaaaaaaaaaaa, vou gozaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar.

Como os outros estavam dormindo em pousadas, não ouviam os urros daquela mulher

- Sua biscate! Nenhuma mulher aguentou tanto minha jeba!! Tô fudendo de verdade!! Eu sabia que você era mulher pra aguentar esse fumo! Toma!!

- Me derrota!!! Nenhum homem foi capaz de me vencer!! Me vence, destrua essa mulher!!

Num frango assado veloz, o mágico afundava seu imenso caralho naquela xota já anestesiada de tanta metida. Bartira estava desfalecida, ela mal estava aproveitando tanto martírio

O mágico tirou o cacete e jorrou um tiro de esperma que acertou o rosto de Bartira em cheio. Os outros jatos bateram nos peitos e barriga. Bartira estava exaurida. Perdeu a primeira luta embaixo daquela lona.

E o circo continuava seu périplo. Até que antes de uma apresentação no interior da Paraíba, o domador tossia muito. Chamado pra entrar no picadeiro, deu uma tosse que quando olhou a mão, estava com sangue. Ele se apressou a entrar, e quando foi chicotear, deu uma longa tossida e a ponta do chicote pegou no olho do leão. O felino rugiu de dor e partiu pra cima dele. Várias crianças viram aquele animal dilacerar a garganta do homem. Depois de tiros, o leão foi abatido e uma correria entre as pessoas fez com que uma adolescente quebrasse uma perna.

A partir daí, tudo virou cinzas. Um contorcionista também contraiu a tuberculose, que foi se espalhando. Domingos fugiu e o mágico foi internado com a doença. Jurema passou a usar mascara quando seu colega contorcionista faleceu e ela passou a cuidar da mãe. Bartira tossia sangue sem parar. Embaixo de um sol forte, Jurema viu a mãe dar os últimos suspiros. Um tuberculoso precisa de um local arejado. O clima árido do sertão piorava a enfermidade.

Jurema, chorando muito, se viu sozinha. Resolveu por um fim naquilo, após enterrar a mãe, incendiou o circo. De longe, as lagrimas atrapalhavam a visão das chamas a consumir aquele espaço onde ela cresceu.

No dia seguinte, acordou com uma gritaria daquelas.

- O bando de Ciriaca chegou! Fujam!

Ela saiu para a rua e viu muita gente correndo e muitos cavalos se aproximando. Pararam ao lado dela. Uma mulher magra com cabeça chata, rosto largo, e olhos grandes olhava pra ela.

- Quem é tu, mocinha? Não tem medo de morrer não?

- Medo do que?

- Cuidado quando fala com Ciriaca, menina!

Até que um dos homens reconheceu ela.

- Ei, conheço essa cabra! Vi ela se apresentando num trapézio em um circo lá em Caruaru!

- Você é de circo?

- Era. O circo acabou. Estou a toa no mundo.

Ciriaca via que aquela menina tinha brio. Olhou de cima abaixo. Parecia desconhecer o pavor.

- Quer vir com a gente? Tá precisando de umas muié nesse grupo... Não é macharada?

Os homens gritaram

- Vou sim. Eu sempre corri mundo

- Então roube um cavalo e venha com a gente

Jurema pegou um animal que estava preso e partiu com o bando. Seria a mais nova cangaceira a desbravar as selvas nordestinas.

(continua)

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Comentários

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Muito bom, meu amigo! Apenas torci para Bartira ter maior sorte do que teve mas a estória ficou muito boa de ler.

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Atrasei-me um pouco na leitura, mas estou acompanhando a série e gostando muito.

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