VIRA-LATA - Parte III - A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA LÉSBICA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2083 palavras
Data: 12/07/2018 00:38:42
Última revisão: 12/07/2018 00:44:28
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

VIRA-LATA - Parte III

O padre acordou assustado. Nunca houvera tido um sonho tão real quanto aquele. Ainda podia sentir na rola o aperto de cu gostoso da jornalista. Estava suado e o coração batia tão forte que parecia que ia explodir em seu peito. Rezou de joelhos por alguns minutos, mas levantou-se agoniado. Estava só de calção. Arriou a peça de roupa e tocou uma punheta com urgência de gozar. Não conseguiu seu intento. Então, pegou um molho de chaves e desceu umas escadas, depois abriu uma porta pesada de madeira e enfurnou-se por um corredor subterrâneo.

Já Badhia Lourenço, acabava de avistar a base militar que o padre lhe havia falado. Era enorme. Ocupava uma área desértica a perder de vistas. A jornalista percebeu movimento perto da entrada, e viu uns poucos carros estacionados. Todos automóveis potentes, daqueles usados para enfrentar todo tipo de obstáculos no terreno inóspito. Suspirou aliviada. Gente para conversar, iniciar sua reportagem. No entanto, continuava esquecida do que a tinha levado ali. Havia uma outra incumbência que lhe foi passada por sua editora do jornal. Resolveu-se a ligar, finalmente, para ela:

- Oi, chefa. É Badhia. Cheguei ao local da reportagem, mas me deu um branco. O que devo, mesmo, procurar aqui?

- Oi, Badhia. Fico feliz que não se perdeu pelo caminho. Ainda mais que conseguiu se comunicar comigo. Já há algum tempo que ligo pra ti, sem conseguir sinal. Você tem que encontrar a jornalista que antes enviei para fazer essa matéria, esqueceu? Ela sumiu o ano passado, enquanto cobria o rally. Procure o irmão dela, o jovem Alberto. Alberto Rico. Ele já deve estar aí, pois me ligou dizendo que ainda não tinha te localizado. O objetivo principal de você estar aí é ajuda-lo a encontrar a irmã. Eu me sinto responsável pelo desaparecimento dela, pois fui eu que a mandei praí.

- Eu me perdi, sim, mas já estou na base. Estou vendo umas pessoas acampadas na entrada. Talvez seja o irmão dela. Vou até lá.

- Tenha cuidado. O desaparecimento da jornalista está envolvido em mistério. Dizem que foi trucidada por alguma criatura feroz. Foi o que o irmão apurou, recentemente.

- Okay, chefe. Terei cuidado. Deixa comigo. Depois, te dou notícias. Tchau.

Quando a jovem desligou, esteve pensativa. Lembrou-se do rapaz que a tinha achado desacordada. Seus dentes afiados lhe tinham chamado à atenção. Não seria o rapaz responsável pelo desaparecimento da jornalista que a antecedeu? Parou na frente da base e alguém lhe abriu o grande portão de tela, como se fosse um campo de prisioneiros. Era um jovem de cerca de trinta anos. Estava de barba rala, sinal de que não se barbeava havia algum tempo. Ele a saudou:

- Boa tarde, senhorita. Deve ser a jornalista que eu estou esperando já há dias...

- Badhia Lourenço. O senhor deve ser Alberto rico. - Disse ela, estendendo-lhe a mão.

- Isso mesmo. Já estava preocupado. Achei que havia se perdido nessa imensidão de sertão.

- Sim, eu me perdi. Mas encontrei uma igreja no meio do nada e o padre me orientou a vir para cá.

- Igreja? Não há nenhuma igreja num raio de muitos quilômetros.

- Não, existe sim pequena, a uma hora e meia daqui. Com uma antena enorme, bem perto. Acabo de vir de lá.

O jovem estranhou as palavras dela, mas não a contestou. Apresentou:

- Estes são Jorge e Nina, ambos de Caruaru. Estiveram aqui no rally do ano passado e vão nos ajudar a encontrar a minha irmã.

A jornalista cumprimentou o casal, que deveria ter cerca de quarenta anos. Ela parecia mais velha que ele. Olhava fixamente para Badhia, como se a estivesse comendo com os olhos. Era uma morena bonita e de corpo volumoso, sem ser gorda. Uma cavalona, como os homens costumavam classificar as mulheres desse porte. Reteve a mão da jornalista, quando a apertou. A jovem sentiu um arrepio imediato com aquele toque. Devia ser um sinal para que ficasse em alerta contra a mulher. Mas não comentou nada.

- Não tem mais ninguém conosco, além dessas três pessoas que também vejo aqui com vocês? - Perguntou a jornalista.

- Ainda não. Esses três são madrugadores. - Disse, se referindo a dois sujeitos barbudos e uma mulher loira, todos com cara de motoqueiros - Chegaram antes de nós à base. Querem ser os primeiros a se inscrever no rally. Dizem que isso dá sorte. Mas já colhemos informações com gente daqui, sobre minha irmã. Quer uma bebida? Então, conversaremos.

Badhia aceitou uma cerveja. O jovem Rico a tirou de um recipiente com gelo do porta-malas do carro, uma Toyota robusta. Depois de um gole, ela perguntou:

- O que estão sabendo do desaparecimento da tua irmã?

- A última vez que a viram, estava em companhia de três participantes da corrida, todos jovens como ela.

- Já tentou localizar esses caras?

- Sim, até já os achamos. Eles estão mortos. Foram estraçalhados por algum animal feroz. Seus corpos foram encontrados com mordidas atrozes, como se quisessem devorá-los.

Imediatamente, Badhia voltou a se lembrar do jovem com dentes caninos que a socorreu na caatinga. Disse:

- Encontrei um jovem estranho a caminho daqui. Ele tinha dentes afiados.

A mulher bonitona disse para ela:

- Ah, deve ter visto Cholo. É um rapaz doido que vive mendigando comida por aí. Ele é inofensivo. Todos o conhecem.

- Ele tem parentes? - Perguntou Badhia.

- Não tem mais. Sua mãe era solteira, e não se sabe como engravidou dele, já que vivia solitária nessa imensidão desértica. Tinha como companhia um cão feroz, tipo pastor alemão, que caçava para ela. - Respondeu Nina.

- Não podia ter emprenhado de algum viajante?

- Ela detestava gente. Fugia do contato com pessoas. Eu a vi apenas uma vez. Era uma coroa bonita mas muito pobre e maltrapilha.

- E que fim levou ela?

- Foi encontrada morta. Acreditam que por causa da radiação que fez com que todos fossem embora daqui, quando o Exército fechou a base.

- Essa radiação não nos fará mal?

- Só se ficarmos muito tempo expostos a ela. Mas só permaneceremos aqui enquanto durar o rally.

- Qual o interesse de vocês participarem dele?

Dessa vez foi Jorge quem respondeu:

- O prêmio: dois milhões de reais divididos entre os três primeiros colocados.

- Quem paga esse prêmio?

- Não sabemos. Nossa primeira vez foi no rally do ano retrasado. Nunca soubemos de reclamação de quem participou e ganhou a competição. Tanto que não voltam a competir, já que enchem o rabo de dinheiro...

- Não é isso. É que existe uma restrição: quem ganha o prêmio não pode competir de novo - disse o irmão da jornalista desaparecida.

- Tua irmã foi uma das contempladas?

- Sim. E desapareceu logo em seguida.

- E dois dos chacinados também tinham ganho com ela. A irmã de Alberto ficou em terceiro - afirmou a morena gostosona.

- Não acham estranho essa coincidência: os ganhadores morrerem logo em seguida?

- Foi a primeira vez que aconteceu isso, em mais de dez anos de rally. - Informou o irmão da desaparecida.

- Entendo - disse a jornalista, tomando outro gole da garrafinha de cerveja. Estava pensativa.

- Você quer tomar um banho? Encontramos água na base, por isso estamos acampados aqui. - Perguntou a cavalona.

Badhia foi com ela até as dependências da base, onde ficavam os banheiros. Jorge ficou bebendo com Alberto. Quando entraram no vestuário onde estavam instalados os chuveiros e mictórios masculinos, a morena pegou na mão da jornalista. Olhava para ela com tesão. Disse:

- Fiquei afim de ti, assim que te vi.

Badhia soltou-se da sua mão, delicada mas firmemente.

- Não curto mulheres, sinto muito.

- Já transou com mulher?

- Não, nunca. Nem gosto, nem pretendo.

- Como pode dizer que não gosta, se nunca experimentou?

- Sinto nojo só de imaginar uma boceta na minha boca.

- Você é homofóbica?

- Só quando tentam me assediar.

- Relaxe. Não quero que me chupe. Mas fiquei tarada por essa tua bocetinha miúda. Quero dar uma lambidinha nela. Mas só faço isso se você permitir...

- Não vai querer que eu te faça o mesmo?

- Querer, eu quero. Mas não vou te forçar.

- E o cara que está contigo?

- É o meu marido. Ele sabe que eu gosto de homem e de mulher. Jorge também aprecia os dois sexos. Mas gosta mais de mulher. E não liga que eu foda com quem quiser. Ele também tem liberdade para isso.

A jornalista estava tensa com aquela conversa, mas admitia para si mesma que tinha curiosidade em saber como seria o sexo com outra mulher. Nunca houvera tido um relacionamento lésbico, mas às vezes pensava nisso. Houve um tempo que fantasiava estar com uma amante que lhe fizesse gozar bem muito, principalmente quando estava a praticar sexo solitário. Resolveu-se:

- Está bem, eu deixo você me chupar. Mas se eu não gostar, quero que pare imediatamente.

- Então, tome um banho. Não precisa ser demorado. Aí, iremos para uma cama. Esse banheiro não está limpo e o chão é muito duro para ficarmos confortáveis.

Pouco depois, ambas estavam num dos catres da base. Deixaram a porta aberta. Nina explicou que se sentia mais excitada com a possibilidade de serem flagradas pelos dois machos. Badhia concordou. Também tinha curiosidade em saber como reagiria se fosse vista em pleno ato.

Nem bem se deitaram na cama, Nina tentou beijá-la na boca. Como a jornalista a repreendeu, ela mudou de tática. Porém, antes de desistir, disse:

- Não sabe o que está perdendo. Aliás, os homens não sabem o que perdem quando param de beijar suas parceiras em pleno ato. Não sabem o quanto isso pode ser provocador. Os beijos ajudam a "chegar lá". Deveriam começar com beijos suaves, mas provocantes, e aos poucos ir colocando mais ritmo e profundidade conforme o sexo for se desenvolvendo. Porém, não deveriam sincronizar os movimentos da língua com o pênis enfiando-se na parceira. Elas odeiam isso.

Em seguida, Nina lubrificou dois dedos na própria seiva de Badhia e meteu-os devagar e bem profundo na boceta dela, até encontrar o ponto G. Quando o encontrou, ficou abrindo e fechando os dois dedos, como uma tesoura. Com isso, estimulou junto os pontos X e Y que ficam ao lado do G. O sarro estava gostoso. A jornalista observou que os homens com quem havia transado apenas escorregavam o seu dedo para dentro e fora da vagina e isso não era um grande estímulo para ela. Tal ato nem lhe fazia cócegas. Do jeito que Nina estava fazendo, enfiando-os bem profundo, até chegar a uns dois centímetros do umbigo, e abrindo-os e fechando-os como tesoura, lhe dava a gostosa sensação de que precisava urinar. Pressentiu que logo chegaria ao orgasmo.

Aí, a morena começou a estimular seu clitóris com a língua, enquanto mantinha os dedos dentro dela. Lambia a cabecinha do pinguelo, que é como uma glande. Aumentou a ansiedade que Badhia estava sentindo para gozar. A jornalista ficou frustrada quando a outra retirou os dedos de dentro dela e passou estimular mais o pinguelo. Nina movia circularmente os dedos, como se a vagina fosse um relógio e o clitóris fosse o centro. Começou com um dedo "às nove" e outro "às três", girando-os e pressionando um pouco quando chegava às onze e à uma. Badhia notou que, quando ela própria se masturbava, usava esse movimento para chegar logo ao clímax. Certa vez, ouvira dizer que era o movimento favorito das lésbicas. Sentiu que o primeiro gozo não tardaria a chegar.

Mais uma vez a lésbica a surpreendeu, ao usar a mão livre para massagear o espaço entre os seios da jornalista, utilizando as costas das mãos. Badhia certa vez lera que os taoístas antigos acreditavam que massagear essa área elevava a libido da mulher. No entanto, pesquisas científicas recentes explicam que massagear a área entre os seios ajuda a produzir o hormônio oxitocina. Faz a fêmea relaxar na hora do orgasmo, ao mesmo tempo em que a faz se sentir mais íntima do parceiro. Nina passava a mão para cima e para baixo entre seus peitos antes de lhe tocar os mamilos. Fazia os movimentos gentilmente. Aumentava em Badhia a sensação de aproximação do gozo. Mas, mais uma vez, a morena cavalona mudou de técnica. Subiu um pouco na cama e encostou seu osso púbico de encontro ao clitóris da jornalista. Ficou pressionando-o em movimentos contínuos, girando os quadris durante o sexo, fazendo o símbolo do infinito (a forma do oito). A parte mais sensível da vagina é logo em volta da abertura. O giro do infinito pressionava contra todas as terminações nervosas sexuais dela. Badhia complementava o estímulo fantasiando um enorme pênis adentrando a sua vulva.

Finalmente, explodiu num orgasmo fenomenal, daqueles nunca tidos por ela.

FIM DA TERCEIRA PARTE

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