ASSASSINA - Parte I - ESTUPRADA POR UM TARADO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2615 palavras
Data: 26/06/2018 00:51:32
Última revisão: 26/06/2018 13:42:00
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

ASSASSINA - Parte I

A detetive Ava Santacruz estava feliz. Tinha cumprido uma missão em apenas um dia, apesar de ter perdido o irmão por causa disso. Ossos do ofício, até porque ele já se considerava cadáver mesmo! Tinha câncer terminal e ambos já esperavam pelo fim dos seus dias. Por isso, o pobre irmão já não era tão cuidadoso, ao enfrentar o mais perigoso da profissão: lidar com assassinos profissionais.

As coisas poderiam ter terminado melhor se o jovem neto do seu contratante, o rapaz chamado Henrico, tivesse vindo com ela. Tinha ganho um bom dinheiro, que não foi preciso dividir com o irmão falecido, além de duas passagens para os Estados Unidos. Seu passaporte estava okay e ela saiu da pousada onde estava hospedada, no centro do Recife, a procura de um táxi que a levasse ao Aeroporto Internacional dos Guararapes. Carregava apenas uma pequena valise na mão, contendo uns poucos pertences: uma muda de roupas, documentos falsificados e produtos de higiene pessoal. Nenhuma arma, pois sabia que seria difícil passar com ela, se revistassem suas coisas. Se precisasse, compraria uma arma clandestinamente no país de destino. Viu se aproximar um táxi e fez-lhe um sinal com a mão desocupada. O veículo parou uns dez metros adiante, mas voltou de ré para perto da detetive. Um jovem bonitão inclinou-se em direção à janela e disse para ela:

- Boa noite, moça. Estou indo apanhar uma passageira mas, se pretende ir em direção ao bairro de Boa Viagem, posso te dar uma carona. Não precisa pagar.

- Estou indo para o aeroporto, sim - disse a ruiva magra, mas de corpo atlético.

- Incomoda-se que eu pegue uma passageira no caminho? Iremos com ela até o aeroporto, te deixo lá, e depois eu sigo o itinerário que ela me pedir.

- Ela não vai ficar chateada de me ver no carro?

- Ela é um pouco ciumenta, é verdade, mas eu saberei domar a fera.

Ava entrou no táxi e sentou-se ao lado do motorista. Ele era bonito, cheiroso e muito simpático, e foram conversando até que ele estacionou na frente de um hotel de luxo, na orla de Boa Viagem, bairro nobre do Recife. Uma ruiva bonitona e de corpo escultural entrou no carro, portando uma valise parecida com a que Ava carregava, e sentou-se no banco traseiro. Beijou o motorista nos lábios, quando ele esticou-se para trás. Ele perguntou:

- Tudo bem, Rebeka? Como foi o encontro?

- Depois te conto. Quem é a nossa carona?

- Uma jovem que precisa ir para o aeroporto. Depois, eu e você tomamos uns goles nalgum barzinho e conversamos, ok?

- Tudo bem. Mas quero que me deixe primeiro no hotel. Subo e desço logo. É quase caminho do aeroporto, e o conteúdo da valise é muito importante para que eu fique com ela pra lá e pra cá. - Disse a ruiva, sem nem cumprimentar a passageira.

Ava também não lhe deu atenção, mas estava curiosa para saber a que conteúdo tão importante ela se referia. Mania de detetive - admitiu ela para si mesma. Queria chegar logo ao aeroporto, apesar de ainda ter tempo de sobra. Faltavam cerca de duas horas para a saída do seu voo. É que costumava estar no Guararapes sempre antes do horário, para o caso de imprevistos. Quando o taxista deu partida novamente, no carro, Ava percebeu que alguém que estava estacionado no outro lado da rua do hotel encetou a marcha. Ela ficou cismada, mas não disse nada ao casal. Ficou pensando que fora seguida até ali por alguém que estava naquele carro, e que só tinha se dado conta naquele momento. Por isso, disse para o taxista:

- Não tenho pressa em chegar ao aeroporto. Na verdade, estou muito adiantada do horário do voo. É que pretendia tomar umas cervejas, antes de viajar.

- Já sei, tem medo de voar! - Afirmou a ruiva Rebeka, se dirigindo diretamente a Ava.

- É verdade -, mentiu Ava - já que é a minha primeira vez.

- Vai para onde? - Continuou a ruiva gostosona. Ava percebeu um leve sotaque estrangeiro na voz dela.

- Estados Unidos. Conhecer o País das Oportunidades.

- Oh, vai para os States? Mas não acredite em tudo que ouve, sister. A vida para turista, lá, não é fácil. Principalmente agora, com o governo Trump.

- É, estou sabendo. Mas tenho família lá. Talvez fique mais fácil para mim.

A ruiva gostosona mais uma vez não deu atenção às palavras dela. Dirigiu-se ao taxista:

- Okay, amor. Acho que não será demais a gente dar uma parada e tomar umas doses. Estou de garganta seca. Aproveito para examinar a mercadoria.

Enquanto a mulher falava, Ava olhava discretamente para trás. O carro que os seguia passou pelo táxi e continuou em maior velocidade que eles. Tinha os vidros fumês e, no escuro da noite, não deu para a detetive saber quem estava dentro. Mas relaxou, quando ele dobrou uma esquina, entrando numa rua. O táxi passou direto.

Pouco depois, o trio estava sentado a uma mesa de bar, bem próximo ao aeroporto. Ava pediu uma cerveja, Rebeka preferiu um uísque dos mais caros. O jovem taxista quis dividir a cerveja com a ruiva detetive. Chamaram o garçom, um sujeito alto, forte e careca, mas com cara de bonachão. Ele recebeu o casal com alegria, como se já os conhecesse há tempos, e também cumprimentou Ava. Enquanto o garçom não trazia as bebidas, Rebeka pediu licença para ir à toilette e carregou consigo a valise. Voltou pouco depois, frustrada.

- Não consegui abri-la, amor. Teremos que esperar Cassandra. Ele saberá dar um jeito, espero.

- Ele? Cassandra é homem ou mulher? - Perguntou Ava.

- Ele é um homenina - respondeu Rebeka, visivelmente incomodada com a detetive. Parecia que fazia questão de trata-la mal.

- Deixe-me ver - pediu o taxista.

A ruiva Ava achou interessante a mulher, que parecia bem desenrolada, confiar a valise ao taxista. Ficou na expectativa, torcendo para que ele conseguisse abrir o objeto. A magra estava curiosa para saber o que tinha dentro. Ao cabo de uns dez minutos tentando, o jovem conseguiu seu objetivo.

- Pronto, está aberta.

- Uau, você é fera, amor - exultou a gostosona. Beijou efusivamente o jovem nos lábios. Aí, soltou uma imprecação:

- Son of a birch! Está vazia. Nada da mercadoria dentro. Fomos enganados. Vamos voltar. Precisamos resgatar o conteúdo.

O jovem taxista levantou-se rápido, tirou algum dinheiro do bolso e jogou sobre a mesa. Disse para Ava:

- Desculpe-nos, mas precisamos ir. Dê o troco ao garçom, por favor. Foi um prazer conhece-la, senhorita...?

- Adriana - escondeu seu nome a detetive, sem saber por quê o fazia. - O prazer foi meu. E obrigada pela carona.

- De nada. Então, boa viagem e boa sorte lá nos States, Adriana.

A outra foi embora apressada, sem nem falar com ela. Ava terminou de tomar sua cerveja e pagou tudo ao garçom, explicando que o casal teve que sair às pressas. Percebeu que o grandalhão careca ficou olhando para a rua, preocupado. Ela pegou sua valise e caminhou a pé para o aeroporto. Enfrentou uma pequena fila para obter os vistos das passagens e ficou aguardando o seu avião, sentada nas cadeiras de espera. Ele chegou com quinze minutos de atraso, depois dela esperar por mais de uma hora.

Quando se acomodou a uma das poltronas do avião, um senhor aparentando uns oitenta anos de idade se sentou ao lado dela. Cumprimentou-a educadamente, mas não puxou conversa. Ela fechou os olhos, com a valise no colo, e ficou pensando em Henrico, o jovem que havia conhecido no dia anterior. Achava que estava apaixonada por ele. Ele transava muito bem, do jeito que ela apreciava. Não era escandaloso na cama, nem dizia palavrões na hora do coito. E ela gozara muito fodendo com ele. De repente, sentiu uma dor na cintura, como se alguém lhe houvesse enfiado uma agulha fina ali. Olhou para o senhor ao seu lado. Ele tinha barbas tão longas quanto os cabelos e um sorriso nos lábios. A jovem detetive sentiu-se em perigo. Quis reagir, mas perdeu imediatamente a consciência.

Quando voltou a si, Ava estava fortemente amarrada a uma cadeira, dentro de um galpão imundo, fedendo a gasolina. Estava tudo às escuras e ela só conseguia enxergar algo quando passava algum carro distante, com os faróis acesos. Sentiu uma espécie de desconforto no rosto, mas não sentia nenhuma dor. Um dos seus olhos estava tapado, como se estivesse muito inchado. Gritou:

- Tem alguém aí?

Imediatamente, ouviu sons de pisadas no chão de cerâmica em mau estado de conservação que revestia o galpão. Os passos se aproximavam dela, mas sem pressa. O velho que se sentara ao seu lado, no avião, postou-se diante dela. Apoiava-se numa bengala e mancava um pouco. Ela perguntou:

- O que significa isso, senhor? Por que fui aprisionada?

- Você sente alguma dor no rosto?

Ela demorou um pouco a responder:

- Não, apesar de sentir-me como se minha cara estivesse inchada.

- Ótimo. É um sinal de que a fórmula funciona, mesmo. Só precisa de uns ajustes, mas farei isso logo.

- Do que, diabos, está falando?

- Eu te dopei e te trouxe para cá, desde o avião. Confesso que me deu trabalho, mas o importante é que consegui, sem levantar suspeitas. Disse que você tinha pavor a voos aéreos, chegando a desmaiar, e consegui cancelar tua viagem depois de te levarem para uma enfermaria. Assinei com identidade falsa alguns documentos, fiquei responsável por ti e te tirei de lá.

- Com que objetivo?

- Na verdade, três objetivos: o primeiro é testar os efeitos de uma fórmula milagrosa, inventada por um pernambucano. Ela vai revolucionar o uso da anestesia.

- Como assim?

Ele foi até uma mesinha próxima, aonde ela estava amarrada e sentada à uma cadeira, e pegou um espelho retangular. Trouxe-o até ela, tirou uma pequena lanterna do bolso e iluminou a face dela. Ava se viu no espelho. Seu rosto estava todo deformado, parecendo que havia apanhado muito nele. Tentou se soltar das cordas, mas estavam muito apertadas. Ele disse:

- Tomei a liberdade de te espancar um pouco, você me desculpe. Queria comprovar o efeito milagroso do composto.

- Pelo visto, não deu certo. Meu rosto está uma lástima.

- Por pouco tempo. O primeiro teste foi para saber se você iria sentir dor. Apanhou por mais de meia hora seguida, estando desacordada, e não deu um piu. Então, a primeira fase deu certo.

- Vai continuar me batendo?

- Oh, não. Claro que não. Vamos ao segundo teste: fazer uma cirurgia reparadora neste rosto, que antes era lindo, sem anestesia.

- Você deve ser louco!

- E você está muito tranquila, para quem foi torturada e está deformada.

- É porque vou mata-lo, assim que tiver uma chance, por menor que seja.

- Você não vai fazer isso. E ainda vai me agradecer, depois.

- Como assim?

- Vai ganhar dinheiro. Muito dinheiro. Em dólares americanos.

Ava esteve calada. Analisava o sujeito. Ele não parecia estar mentindo.

- Explique isso.

- Mmmmmmmmmmmm, agora não. Primeiro, façamos o teste - disse ele, sacando do bolso uma seringa cheia de um líquido rosa. Retirou a proteção da agulha e fez espirrar um pouquinho do conteúdo. Ava aperreou-se.

- Você disse que não iria ser preciso anestesia. Detesto anestesias - mentiu ela.

- Não vai sentir nada mais doloroso do que a picada que te dei, lá no avião.

Por mais que se esquivasse para evitar a picada, Ava foi dominada. Sentiu a dor fina na costela, perto do rim, como sentira no avião. Imediatamente, perdeu os sentidos.

Quando acordou, viu que estava num luxuoso quarto de hotel. Olhou em volta. Nunca havia se hospedado em um lugar tão chique. Percebeu que estava livre das amarras. Deixaram-na deitada, nua na cama. Levantou-se rápido e levou as mãos ao rosto. Nenhum sinal do inchaço. Correu para diante do primeiro espelho que encontrou no aposento. Não havia o mínimo vestígio das marcas de espancamento. Nem no rosto, nem em nenhum lugar do corpo. Ainda estava espantada, quando abriram a porta do quarto. O velho de barbas e cabelos grandes e grisalhos entrou, sorrindo satisfeito. Perguntou:

- Que tal? Alguma reclamação a fazer?

- É incrível. E não estou sentindo dor em nenhuma parte do corpo.

- Graças ao teu conterrâneo. Invenção maravilhosa dele.

- Cadê o inventor? Onde está ele?

- Infelizmente, não quis colaborar com o meu projeto de distribuir essa droga para o mundo inteiro. Ganharíamos muito dinheiro com isso. Mas ele queria patentear e vender aqui mesmo, no Brasil, e logo seria enganado por empresários sem escrúpulos, que se aproveitariam dele e o deixariam morrer na miséria.

- O que fez com ele?

- Matei-o, claro. Não queria que ele passasse pela decepção de ser enganado. - Disse cinicamente o ancião.

- Muy amigo, você. O que pretende fazer comigo? E mais importante: por quê me escolheu como cobaia?

Ele esteve um instante pensativo, depois disse:

- Primeiro, pretendo continuar testando a droga. Descobri que ela tem outras utilidades, pricipalmente afrodisíaca. Vou aplicá-la em mim e depois nós iremos comprovar o resultado.

- E se eu não estiver disposta a continuar sendo teu camundongo de testes?

- Bem, eu não estou sozinho. Tenho alguns colaboradores do lado de fora deste quarto. Eles te obrigariam.

- Eu posso gritar.

- Você pode tentar. Ninguém te acudiria. Este hotel é meu e eu dei ordens para que não me incomodassem. Quem ousar, será morto como você, se tentar esculhambar com o que planejei.

- Você disse que tinha dinheiro a me oferecer.

- E é verdade. Mas tudo tem seu tempo. Agora, estou querendo averiguar os efeitos da fórmula.

Ava avaliou a situação. Não valia a pena se rebelar contra o velho. Já cedera ao assédio de gente pior: menos delicada e mais imunda, para poder cumprir uma missão. Por outro lado, tinha imensa curiosidade em saber se a fórmula iria dar mesmo tesão ao cara. E ela estava de novo doida para foder. Deitou-se na cama, enquanto o velho se aplicava com a seringa. Pensou que ele iria desmaiar, como ela, quando teve o líquido injetado, mas o cara apenas respirou fundo. Seu pau ficou ereto, quase que imediatamente. Era um caralho grande, quase tão enorme quanto o do rapaz Henrico, que conhecera havia pouco. Ela abriu mais as pernas.

O velho deitou-se sobre ela com uma fome de bicho. Não fedia, como ela imaginava, mas foi violento, empurrando seu enorme cacete na boceta dela, sem nenhuma preliminar. Ela sentiu uma dor atroz ao ser invadida por ele. Achou que já havia passado o efeito da fórmula nela, já que sentia a violência do quase estupro. Só não o era porque ela havia consentido o ato. Chorou de dor. As lágrimas escorreram pelas suas faces. Mas isso só lhe aumentou o desejo de matar o cara. Portanto, relaxou.

Não satisfeito de foder-lhe a xana, o velho a virou de costas. Ela quis protestar, mas ele parecia uma besta tarada. Tinha a força de um homem jovem. Dominou-a com facilidade. E Ava sentiu a invasão do seu cuzinho da forma mais dolorosa. Percebeu as pregas se romperem e o sangue escorrer entre as coxas, pois estava de rabo para cima. Ele só lhe saiu de trás quando ejaculou forte no ânus dela. Ficou roncando, lhe fungando a nuca, até que resvalou da cama e caiu no chão atapetado do quarto. Ela ficou resfolegando, sentindo dores no reto. Pediu:

- Aplique-me de novo o composto, pois quero que essa dor lacerante desapareça.

- Ele riu. Depois, disse:

- O ser humano só pode tomar duas doses dessa fórmula, por dia. E você já consumiu sua parte. Aguente a dor no rabo, e descanse pensando em mim - ele rosnou, levantando-se do chão. Ainda mantinha a energia que o fazia parecer um jovem e não um ancião.

- Então, traga-me umas gazes e pomada, para que eu faça uns curativos no reto. Está sangrando muito.

- Mandarei alguém para cuidar de você. Logo estarei de volta.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

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Comentários

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Cara, a maneira como você entrelaça suas séries é muito interessante. Ava continuou a dar o ar da graça e até Cassandra promete aparecer. Muito bom, Ehros. Você é um grande escritor erótico-policial.

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Obrigado, Gutão. Já deve ter percebido que esta é uma continuação da série anterior: Doméstico.

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