Quando Me vejo em teus olhos ㅡ Cap 13

Um conto erótico de LuCley.
Categoria: Homossexual
Contém 5196 palavras
Data: 03/06/2018 15:53:39
Última revisão: 03/06/2018 15:58:51

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Eu estava esperançoso, de verdade. Vi o irmão do Matteo e a esposa virem em nossa direção e fomos recebidos em um abraço seguido de boas notícias.

Não havia dúvidas, o menino voltaria a andar com a ajuda de algumas sessões de fisioterapia. Ele estava respondendo muito bem aos estímulos e isso era muito bom.

Conversamos e eu sempre passando positividade aos dois e eu sabia que eles ainda teriam que passar por mais um momento crítico. Não digo isso pelo menino, que já estava melhorando, mas pela real situação do Roberto em estar se relacionando com outra pessoa mesmo estando casado.

Depois que recebemos a notícia de que o menino estava bem e que voltaria a andar, ficamos por mais algumas horas e antes de nos despedirmos de todos para retornarmos a Capital, o Roberto discretamente me chamou até a capela do hospital.

ㅡ Vini, eu queria te agradecer por ter trazido o Matteo e me desculpar de verdade pelas coisas que te disse.

ㅡ esquece isso, são águas passadas. Agora você precisa focar em seu filho, na situação com a sua esposa, mas faça uma coisa de cada vez. Você sabe que vai ser um choque pra ela saber que você é...bem...

ㅡ um puta viado?! É, eu sei!

ㅡ rsrs, é! Mas seja honesto com ela. Ah, filhos são pra sempre, nunca se esqueça disso. Seu divorcio é com a Mellina, não com eles.

ㅡ eu sei disso. Bom, de qualquer forma, vou esperar meu filho se recuperar melhor e ter uma conversa com a Mellina.

ㅡ relaxa, vai dar tudo certo. Se precisar conversa, me liga...ou liga pro Matteo, ele vai adorar falar contigo.

Nos despedimos da Mellina e o médico deixou o Matteo ir até a UTI ver o menino, que estava dormindo.

Passamos no hotel pegar nossas coisas e perguntei ao Matteo se queria descansar um pouco antes de pegar estrada.

Ele veio até mim, segurou minha mão e me pediu um abraço.

ㅡ oxi, te dou abraço, beijo e te faço um carinho gostoso... ㅡ disse e ele começou a rir.

ㅡ rsrs, você é um príncipe!

ㅡ kkkkk, bobo. Teo, acho melhor a gente ir...

ㅡ claro. Deixa eu arrumar minha mala e já descemos. Se quiser ir fechando a conta do hotel...

ㅡ vou fazer isso, mas primeiro...

Fiz ele se deitar na cama comigo e ficamos em um sarro gostoso. Minha mão passeava pelo seu corpo todo e sua boca estava na minha. Um beijo selvagem me foi dado e gemi por ele.

Pulei da cama ou íamos acabar nos atrasando. Ele ficou puto, mas nada que um bom beijo na nuca pra deixar ele mansinho de novo, ele adora.

Fechei a conta no hotel e pegamos estrada depois do almoço.

Chegamos na Capital era mais de meia-noite. Eu estava destruido e o Matteo com as pernas doloridas. Ele praticamente se jogou na cama caindo de cara no colchão. Me deitei sobre ele devagar e assim permanecemos por uns quinze minutos. Eu estava cochilando sobre ele quando senti ele me ajeitando na cama.

ㅡ Vini, sei que está cansado, mas vamos tomar banho? Eu te ajudo, você me ajuda e a gente deita nessa cama e só acordamos em 2050, o quê acha?

ㅡ kkkkk, melhor ideia até hoje.

ㅡ rsrs, besta. Vem, me leva!

ㅡ não posso te dar muito moral que já abusa, nossa! Teo, você acha que seu irmão vai ter coragem de resolver toda aquela situação com a Mellina?

ㅡ eu não sei, mas vindo dele...pode ser que sim. Ele vai pensar no menino agora, mas assim que a poeira baixar, ele vai dar um jeito. Sabe a lição que eu tiro disso tudo?

ㅡ não, me fala!

ㅡ que ter te mandado aquela mensagem foi a melhor coisa que já fiz na vida. Tive medo? Tive, mas estamos juntos agora e poxa, eu não poderia estar mais feliz...

ㅡ sou feliz contigo também. E foi sua melhor escolha...eu sou maravilhoso kkkkk.

ㅡ kkkkk, convencido! Mas é verdade. Agora me dê banho, por favor. Me sinto destruido e sei que você está mais que eu. Veio dirigindo o tempo todo...

Eu literalmente não sentia minhas pernas. Era como se meu corpo fisesse parte do carro enquanto eu dirigia.

Dei banho no Matteo, tomei meu banho e caímos pelados na cama. Não sei ao certo, mas dorminos tão rápido que nem nos demos boa noite.

Os dias foram passando e seguíamos nossa rotina como sempre.

Recebi notícias do filho do Roberto e o garoto já fazia fisioterapia em casa e estava se recuperando muito bem.

Fiquei feliz, de verdade. Apesar de tudo estar correndo bem com a recuperação do garoto, ainda tinha a situação toda do Roberto. Eu sabia que o Matteo estava preocupado e de uma forma ou de outra, eu procurava levá-lo em lugares que ele gostava de ir ao invés de ficarmos só em casa preocupados com problemas alheios.

As férias de julho chegou e concordamos em deixar nossa viajem para o final de ano. Eu percebia o Matteo meio desanimado e ele queria ficar por perto.

Era inicio de setembro e estávamos em casa. Eu tinha preparado uma lazanha pro jantar enquanto o Matteo conversava com o Valter pelo celular. A conversa estava animada, eu ouvia os risos, as brincadeiras e de repente, um breve silêncio tomou conta da sala. Saí meio que apressado, pensei que o Matteo estava tendo uma crise, mas ele já tinha desligado e assitia ao filme.

Ele percebeu que eu estava perto e perguntou o quê eu queria.

ㅡ nada, vim ver se estava bem. Te ouvi rindo e de repente você ficou em silêncio...pensei que estava tendo uma crise.

ㅡ não, senta aqui comigo um pouco...

Quando me sentei, ele me abraçou e disse que estava pensando em marcar a data do nosso casamento civil. Quase surtei. Me levantei e fiquei igual barata tonta andando pra lá e pra cá, imaginando uma data perfeita. Ele começou a rir e pediu para eu ficar calmo, porque eu estava deixando ele nervoso.

ㅡ caralho, senta aqui! Não da pra me concentrar em você andando desse jeito.

ㅡ kkkkk, é que eu estou feliz demais.

ㅡ kkkkk, bestão. Eu vou deixar você organizar tudo a teu gosto. Deixa que do cartório eu cuido, pode ser?

ㅡ pode ser. Poxa, eu nem sei o quê te dizer...

ㅡ diz que me ama! Porque eu te amo e quero construir uma vida contigo...

ㅡ poxa cara, você me faz feliz demais.

Nunca me senti tão animado, nervoso e feliz, tudo ao mesmo tempo. Liguei pro meu pai avisando que marcaríamos a data no cartório e claro, ele estava feliz por mim.

Tive a ajuda da Laura e da Penny. Fizemos uma lista de amigos e familiares mais próximos. Minha irmã queria fazer do meu casamento, em evento social e por Deus, eu só queria estar com pessoas importantes pra mim e o Matteo.

ㅡ você não sabe fazer festa. ㅡ ela disse e comecei a rir.

ㅡ mas não é pra ser uma festa. Só quero comemorar com pessoas queridas. Um almoço é muito bem-vindo, só isso. Contrata aquele buffet que você adora e deixa suas noivas todas inchadas de tanto comer.

ㅡ kkkkk, vou entrar em contato com eles, mas eu ainda preferia uma festona.

ㅡ kkkkkk, casa de novo e faz sua festona.

ㅡ chato! Quantas pessoas?

ㅡ poucas. O pessoal daqui de casa, os irmãos do Matteo, mas não tenho certeza de que o Roberto venha, por causa do menino. Minhas amigas da escola e alguns amigos do Matteo. Aquelas nossas primas bonitas, o tio, a tia e acho que só. Umas 35 pessoas.

ㅡ tudo bem. Já mandei fazer o bolo, aquele que era o favorito da mamãe.

ㅡ rsrs, obrigado. Você é uma irmã maravilhosa.

ㅡ eu sei. Você me ajuda ser melhor em muitas coisas, sabe disso.

ㅡ acho que está na hora de desligar...

ㅡ kkkkk, está chorando? Você é uma bixona mesmo!

ㅡ kkkkk, cala a boca! É só um cisco que caiu no meu olho.

ㅡ eu te amo, e nós sempre tivemos essa conexão boa desde sempre. Tudo de bom e ruim que acontece contigo me afeta e se você está feliz, eu também estou.

ㅡ eu também te amo e eu não poderia ter uma irmã melhor. Exceto pelos seus gritos kkkkk.

ㅡ ah, pare...eu só grito quando fico nervosa...

ㅡ kkkkk, você sempre está nervosa.

Ficamos um bom tempo conversando, discutindo e reclamando de tudo, mas conseguimos entrar em um acordo.

Era sexta-feira e a aula tinha acabado. Fui buscar o Matteo e quando chegamos em casa, ele disse que faria uma consulta no neurologista.

Fiquei pensativo, não imaginava que ele estaria sentindo alguma coisa e ele percebeu que eu estava preocupado.

ㅡ está sentindo algo, Teo?

ㅡ não, é uma consulta de rotina. Só que sempre da um certo medo.

ㅡ medo? Mas você sempre faz...

ㅡ rsrs, faz uns três anos que não faço e meu médico me ligou essa semana.

ㅡ poxa amor, como que você...?

ㅡ pois é! Já marquei com ele de pegar o pedido da minha ressonância, mas ele já deixou marcado pra mim. Eu só preciso levar os papeis.

ㅡ pra quando?

ㅡ dia 27 de novembro. Faço o exame e levo pra ele ver.

ㅡ dia 25 a gente casa...

ㅡ sim, mas a data mais próxima era só essa...

ㅡ rsrs, não estou reclamando. Só me lembrei.

ㅡ eu sei que você planejava uns dias de folga pra gente...

ㅡ ei, esquece isso. Além do mais, eu tenho minha licença-prêmio pra pegar ano que vem. Vou ficar três meses em casa. Vai coincidir com suas férias e podemos viajar. Sua saúde é mais importante. Você é mais importante, agora.

ㅡ te ouço falar e morro de amores por você. Sério, nunca pensei que minha vida seria ao lado de um homem e que por ele sinto tudo de melhor que existe em mim. E outra coisa, você me fez entender que sexo realmente não é tudo em uma relação e isso nunca imaginei ser possível antes de te conhecer. Amo foder, trepar e gozar contigo...porra, é gostoso demais. Só que amo quando chegamos em casa e nos arrumamos no sofá pra ver filmes e ficar namorando sem aquela pegação doida. Gosto de encaixar seu corpo no meu e sei que tenho teu amor mesmo não estando com minha pica dentro de você. Talvez é isso que faz nossa relação mais gostosa, mais perfeita. Sem cobranças sexuais...

ㅡ te falei que eu ia mudar tua vida pra sempre, não falei? Que comigo ia saber o quê é ser macho, amigo, amante e companheiro...só que Matteo, pra que tudo isso não se perca pelo caminho, quero que continue com suas consultas anuais. Entendeu? Estou falando sério, amor.

ㅡ entendido. Me perdoe, te omitir certas coisas...é que por mais que o tempo tenha passado, fica guardado sentimentos que me fez sofrer muito. Acha que não fiquei com medo de ninguém me amar por minha cegueira? Mulher nenhuma nunca soube que ainda tenho um pedaço da minha dor, bem aqui...dentro da minha cabeça. Só fui capaz de me abrir contigo pois sinto que nosso amor é verdadeiro e honesto. Contigo não tenho medo de ser quem sou...contigo enchergo longe e o futuro é nós dois juntos.

Nunca me emocionei tanto como nesse dia. Só eu sei o quanto minha vida era aquele homem e sua vida era o amor que eu sentia por ele.

Eu entendia seus medos, suas agonias, mas sempre lhe mostrava que meu amor por ele era maior que qualquer obstáculo em nossas vidas.

Depois desse dia nada mais foi omitido. Eu estava a par de seu real estado de saúde e ele estava bem, fortão como um touro e reclamão como sempre. Sempre adorei o modo como ele agia quando ficava puto comigo por alguma coisa. Fechava a cara e eu poderia perguntar umas quinhentas vezes que não respondia. Eu ia na onda dele e ele sabia que eu sabia que ele estava doido pra cair em meus braços logo e no final de tudo, ele me arrastava pra cama e me amava como doido.

Nossa data especial estava chegando e encomendei os ternos sob medida com um excelente alfaiate da Capital. Levei o Matteo para fazer a primeira prova e quase não me cabia em mim de tanta felicidade. Ele provou primeiro e o alfaiate perguntou se estava bom.

ㅡ perfeito! Só queria a calça mais justa um pouco, pode ser?

ㅡ mais justo? Só se ele colar o terno em você. ㅡ disse e ele fez uma careta.

ㅡ você trouxe pra eu provar e quer discutir comigo meu gosto? Não quero mais casar contigo!

ㅡ kkkkkk, mas é besta. O que tem de errado com a calça?

ㅡ está estranho na bunda... ㅡ olhei mais de perto e ele não estava errado. Estava meio fofo, sobrando tecido.

Enquanto o alfaiate foi até uma salinha pegar mais alfineites, cheguei perto dele e lhe dei um beijo na boca. Ele corresponder e me sorriu perguntando se ele estava bonito.

ㅡ está lindão. Tua bunda vai ficar marcada nessa calça...que nossa! Vou querer trepar contigo de terno as vezes. Vou te puxar pela gravata e fazer você me amar bem gostoso.

ㅡ kkkk, safado! Adorei o tecido, o caimento e não vejo a hora de assinar aqueles papeis e ser teu marido.

ㅡ te amo. Agora fica reto pro Seu Antônio apertar essa calça direito. Acho bom subir um pouco essa barra também. Ou está bom assim?

ㅡ pode subir. Me deixa bem bonito pra você.

Ele nem precisava de muito esforço pra ser bonito.

Fizemos os ajustes dos ternos e em seguida fomos até o shopping. Compramos os sapatos e aproveitei pra comprar umas camisetas novas.

Sempre gostei de ficar mais largadão. O estilo social era mais a cara do Matteo, que já estava acostumado por causa do trabalho. Ele adorava quando me via de camiseta e short curto de futebol pela casa. Sempre fui muito garotão e não mudei muito, mesmo morando com ele.

Desde que comecei a lecionar, botei na cabeça que meus alunos teria que ver em mim um amigo a quem confiar e me vendo vestido igual a eles, eu conseguia passar mais confiaça e acho que meus jeans nunca foram tão bem recebidos. Sei lá, era como se eu passasse uma linguagem mais amigável com o modo despojado de se vestir. Acho que deu certo. Foram raras minhas discusões com alunos pois eu sabia compreender e ouvir o que me tinham a dizer e sempre fui ouvido sem muita dificuldade. Nos entendíamos sem fui esforço. Isso era bom.

Comprei o quê eu queria e esperei o Matteo terminar de provar uma camisa que ficou linda demais nele.

Ele pagava tudo e pedi que fóssemos comer alguma coisa.

Imediatamente me levou em um restaurante e olhando bem pra cara dele, comecei a rir. Parei o carro e perguntei se estávamos no lugar certo.

ㅡ hahaha, caralho amor, você é muito chic. Te chamei pra comer, mas poderia ser um cachorro quente lá na esquina.

ㅡ kkkkk, você não especificou o que queria comer. Pensei que queria comida de verdade. Vou pedir um vinho que vai me custar um mês de salário.

ㅡ kkkkk, então essa a gente racha. Sério, nem vem encher o saco.

ㅡ vou aceitar, porque essa conta vai doer até ano que vem, mas porra, a gente merece. Não acha?

ㅡ acho! E com você de bom humor, é melhor ainda.

ㅡ kkkkk, só fico de mal humor quando você fica me incomodando pra tomar remédio...isso e aquilo. Nossa, não tenho mais dez anos...mas eu adoro você cuidando de mim.

ㅡ rsrs, sei que sim. Você adora ser mimando...cara de pau. Te ouço resmungando, mas você sorri toda vez que finge estar rabugento kkkk.

Jantamos em um dos restaurantes mais caros da Capital e eu parecia um adolescente sentado a mesa. Eu estava de jeans e todos de social, mas quem liga?

Comemos, bebemos e parei o carro na orla. Caminhamos pela praia quase vazia e estávamos de mãos dadas quando vi que logo a frente vinha uma moça sorrindo pra gente de forma íntima, pelo menos da parte dela.

Era a Vanessa, a sujeita que o Matteo esfregou na minha cara tempos atrás lá no ginásio. Ela veio até nós e claro, me vendo de mãos dadas com ele vi sua expressão confusa se aproximando e tudo pra ela ficou mais evidente, quando viu o Matteo selando seus lábios no meu pescoço. Fiquei sem graça e disse a ele que a Vanessa estava vindo.

Nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras sem muita demora. Perguntou se estávamos bem e que nunca mais aparecemos na pista pra correr.

Fiquei meio sem saber o quê dizer quando o Matteo disse que estávamos ocupados com a papelada do nosso casamento civil. Vi a moça ficar branca como papel e percebi que ela ainda gostava dele. Tive a impressão que ela estava sentindo o mesmo nó na garganta que senti quando ela me foi apresentada naquela época.

Olhei o relógio e disse que já estava tarde. Ela sorriu, nos desejando felicidades e continuou a corrida.

ㅡ ela ainda gosta de você. ㅡ disse e ele fez um carinho no meu rosto.

ㅡ mas ela disse que estava namorando e que estava feliz. Tudo bem que isso foi naquela época que estávamos afastados. Encontrei com ela no mesmo dia que te vi no banco.

ㅡ eu sei. Encontrei com ela no estacionamento e me falou a mesma coisa, mas talvez eles nem estajam mais juntos.

ㅡ eu não queria magoar ninguém, mas também não quero ficar pensando nisso. É você quem eu amo e não fiquei com ela por causa disso. Bora virar essa página.

ㅡ Vamos pra casa? Quero dormir e acordar só meio-dia.

ㅡ dormir? Poxa...eu estava planejando terminar a noite subindo e descendo na tua pica.

ㅡ mudança de planos! Quero chegar em casa, trepar contigo e dormir até meio-dia kkkkkk.

ㅡ kkkkk, descarado...nossa!

Assim que chegamos fui surpreendido por ele. Tirou minha calça com boxer e tudo e recebi uma mamada bem no meio da sala.

Eu estava com minhas calças até os joelhos e ele cravava as unhas na minha bunda. Senti seu nariz na minha virilha e tive a certeza que ele estava com meu cacete todo na boca e me puxava querendo mais.

Eu o amei da forma mais carinhosa e safada possível. De frente pra mim, ele subia e descia na minha pica que desejava estar dura pra ele.

Depois de um gozo maravilhoso, nos deitamos no sofá e juntamos nossas mãos. Era a união perfeita de dois homens que se amavam.

Durante a semana conversei com minhas amigas da escola sobre meu casamento com o Matteo, avisei o dia e hora. Liguei também para os irmãos do Matteo e como era previsto, o Roberto disse que não iria por causa do menino, mas nos desejou felicidades e senti que foi de coração. Conversamos um pouco, me pediu conselhos e claro, disse que conversasse com a Mellina em um lugar que não fosse em casa. Perguntei como ela estava e me disse que desde o dia da alta do filho, ela não tocou mais no assunto "da tal amante" e que ele estaria dormindo no quarto de hosperdes. Eles estavam mantendo uma relação amigável, apesar de tudo.

Eu arrumava algumas coisas no nosso quarto e chamei o Matteo para mostrar onde estavam suas coisas. Separei algumas roupas que ele pouco usava e dei espaço as roupas novas. Me pediu pra separar algumas roupas antigas para doação e aproveitei pra fazer o mesmo com algumas das minhas que eu já nem usava mais, assim como os calçados.

ㅡ está bom pra você assim? ㅡ perguntei e ele estava sentado na cama.

ㅡ está ótimo. Tinha roupa que eu nem usava mais. Tem mais espaço agora. Ah, vou comprar um cabideiro pra gente pendurar as roupas. Pelo menos não ficam jogadas naquela poltrona no canto.

ㅡ kkkkk, sempre deixo roupa ali e sei que você guarda.

ㅡ rsrs, guardo.

ㅡ eu sei que você não gosta, mas esqueço.

ㅡ é, não gosto de roupas espalhadas, mas eu gosto mais de você. Além do mais, você faz muito aqui em casa e eu reconheço isso. Faz coisas que eu teria que pagar pra alguém fazer, se eu estivesse sozinho. Então...eu não me importo...de verdade. Nunca que eu brigaria contigo por uma bobagem. Você cuida de mim e sei que faz porque gosta, não é sua obrigação.

Me sentei em seu colo de frente pra ele e ele me abraçou. Disse que me amava e que eu era a pessoa mais importante pra ele. Seus braços protetores me apertavam, seus lábios quentes beijavam meu pescoço e sua barba por fazer roçava em meu rosto e eu amava suas mãos passeando em minhas costas.

ㅡ meu garotão...

ㅡ rsrs, passei da fase de garotão faz tempo...

ㅡ passou nada. Acredita que falta só dez dias pro nosso casamento?

ㅡ acredito. Só não vai se arrepender kkkk.

ㅡ rsrs, claro que não vou, né?! Queria todos meus irmãos aqui, mas eu entendo o Roberto. Você tem falado com ele?

ㅡ falei, mas não precisa ficar preocupado com ele, está tudo bem. Só que ele e a Mellina não dormem mais juntos.

ㅡ eu imaginei. Caramba, vai ser tão difícil pra eles essa separação...

ㅡ melhor separar do que viver se magoando, não acha?

ㅡ você está certo. Quero me distrair, vamos sair?

ㅡ agora? Eu ia fazer o jantar...

ㅡ quero ir à praia. A gente come qualquer coisa lá, o que acha?

ㅡ amei. Eu estou cansado e com preguiça.

ㅡ se arruma então, eu te deixo ir dirigindo dessa vez!

ㅡ kkkkkk, mas é besta! Eu sempre dirijo.

*

*

*

Faltava dois dias pro Matteo e eu oficializarmos nossa união e eu estava com uma ansiedade absurda.

Minha irmã me ligou dizendo que estava tudo certo com o buffet e que eu precisava levar uma parcela do dinheiro pra ela.

Fiquei de fazer isso final do dia e assim que a aula acabou, busquei o Matteo no trabalho e fui direto pra casa da Penny.

Assim que chegamos, entregrei a ela parte do dinheiro e o Valter descia a escada com as crianças que imediatamente correram até mim.

Fazia alguns dias que eu não os via e como senti saudades dos pirralhos.

Brinquei um pouco com eles e o Matteo me esperava pacientemente enquanto as crianças me faziam de cavalinho.

O Valter abriu uma garrafa de vinho e convidou o Matteo a beber e ficaram conversando na varanda.

Me recompus e pedi as crianças que fossem brincar na sala. Chamei a Penny e conversamos um pouco sobre os últimos detalhes do almoço. Ela ficou me olhando e começou a rir. Perguntei o motivo da graça e sorrindo disse que eu estava uma pilha de nervos.

ㅡ mas eu estou mesmo. Você não ficou?

ㅡ não, foi bem de boa.

ㅡ ah, claro! É que você tem uma pedra de gelo no lugar do coração.

ㅡ que horror kkkk. É que eu nunca idealizei o casamento do jeito que você idealiza. Só isso.

ㅡ eu sou romântico mesmo. Só que você também é, as vezes...

ㅡ depende da ocasião kkkk. Está com medo?

ㅡ medo? De casar? Claro que não! Eu tenho medo de não ser tudo aquilo que o Matteo diz que sou. Tenho medo de não corresponder suas expectativas...sei lá. Vai que ele enjoa de mim?

ㅡ bobo, vocês já estão morando juntos e foi ele quem te pediu. Ele não te pediria em casamento se não tivesse certeza do amor que sente por você. Você fiz cada coisa...

ㅡ isso é verdade. Você precisa ver quando ele diz que me ama, seus olhos brilham e é tão sincero. Amo ele demais, como nunca amei ninguém na vida. Vou viver o resto da minha vida ao lado desse cara e vamos ser muito felizes.

Ela me abraçou e o Matteo estava vindo pra cozinha com o Valter. Perguntei se já queria ir pra casa e me disse que o Valter queria que ficássemos para o jantar e minha irmã vibrou de alegria.

Se tem uma coisa que a Penny adora é ter a família toda reunida e tive a ideia de chamar o papai e a Laura. A Penny adorou.

Liguei pro meu pai e ele ficou feliz quando ouviu minha voz.

Na sala o Matteo assistia o jornal. O Valter tinha subido pra tomar banho e me sentei ao seu lado.

ㅡ quer beber alguma coisa?

ㅡ leite de pica. ㅡ ele disse baixinho no meu ouvido e senti um arrepio na minha espinha.

ㅡ rsrs, safado. Estou falando sério...

ㅡ não, obrigado. Eu estou tão animado com nosso casamento.

ㅡ que bom, porque eu estou uma pilha de nervos.

ㅡ eu sei...está arrependido kkkk?

ㅡ claro que não! Só estou ansioso. Quero que o dia chegue logo. Já peguei os ternos no alfaiate. Me lembra de tirar do carro quando chegarmos em casa.

ㅡ lembro sim, meu marido.

ㅡ kkkkk, chamou o Rogério?

ㅡ claro, ele vai ser meu padrinho junto com o André e o Claudio.

ㅡ queria que minha mãe estivesse aqui.

ㅡ eu sei...você era muito apegado a ela.

ㅡ eu era. Mas ela está feliz de qualquer jeito.

ㅡ está sim. Fica chateado não...

ㅡ rsrs, eu não estou. Vou ajudar a Penny e fica esperto, porque estou de olho em você...já bebeu três taças de vinho.

ㅡ caramba, como sabe? Você estava conversando com sua irmã lá na cozinha...

ㅡ eu nunca me distraio de você...fique sabendo!

ㅡ kkkkk, pois é...e eu ouço muito bem. Você é tudo que eu quero e preciso. Nunca vou me enjoar de você. Você tem cada ideia!

ㅡ rsrs, você ouve demais!

ㅡ e você vê demais kkkk.

Me levantei rindo e ouvi meu pai estacionar na calçada. A Laura desceu do carro, linda como sempre, e fui recebe-los. Ela me abraçou, me deu um beijo no rosto e disse estar feliz por mim.

Senti seu carinho materno explodir por alguns segundos e meu pai veio tirando onda, todo enciumado e tomou ela dos meus braços. Ele me abraçou e me dando um beijo na testa, convidou a Laura para um abraço entre nós.

ㅡ minha família é a coisa mais importante que tenho. ㅡ ele disse e a Penny veio já de braços abertos e nos agarrou.

ㅡ agora que esse chorão vai casar, o carinho fica só pra ele? ㅡ ela disse a e a Laura a envolveu em seus braços e meu pai a beijou no rosto.

Ficamos os quatro grudados um no outro e naquele abraço, eu me sentia o homem mais feliz do mundo por ter uma família que me amava acima de qualquer coisa e saber que na sala, estava o homem a quem entreguei meu coração, era bom demais.

Entramos e o Valter tinha ligado a churrasqueira elétrica. A Penny teve a brilhante ideia de fazer uns espetinhos e o Matteo me chamou.

Pedi licença e fui ver o quê ele queria.

ㅡ quer alguma coisa amor?

ㅡ rsrs, quero! Mas só se não for te incomodar muito.

ㅡ diga!

ㅡ serve a última taça de vinho pra mim?

ㅡ rsrs, sirvo. Impressão minha ou você está meio alto já?

ㅡ beeeeeem pouquinho...mas estou bem consciente. Fica tranquilo.

ㅡ aham...sei! Vou servir a última e ja chega.

ㅡ sim senhor, meu marido!

ㅡ mereçou, viu?! kkkk

E lá foi eu servir mais uma taça de vinho ao bebum. Primeira vez que vejo o Matteo meio alterado pela bebida e acabei relevando por talvez ser a forma que ele encontrou de não se sentir tão preocupado com o nosso casamento. Comecei a rir e entreguei a taça a ele e me sentei ao seu lado.

ㅡ está tão nervoso quanto eu. ㅡ disse e ele me olhou tirando os óculos.

ㅡ hahaha, acha que estou bebendo de nervoso por me casar contigo? Eu estou feliz!

ㅡ ah, que bom! Já estava ficando com medo de ser deixado no altar.

ㅡ kkķkkkk. Eu casaria contigo em todas as vidas.

ㅡ e em todas elas eu diria Sim! Agora chega de beber! É a última e acabou por hoje!

ㅡ poxa.. que maldade!

Se não fosse pelos remédios que ele toma, ele poderia beber a noite toda.

Fiquei sentado com ele no sofá e meu pai chegou pra conversar bem na hora que estavamos nos beijando e o Matteo parou o beijo rindo e nunca o vi tão sem graça.

Ficamos conversando e meu pai relembrou minhas estripuliasde quando eu era criança e foi a mesma vergonha alheia de sempre.

Foi mais uma noite agradável em família, como sempre.

Agradecemos o jantar e fomos pra casa. Eu praticamente subi com o Matteo abraço a mim e o porteiro perguntou se precisava de ajuda, mas disse que ele estava só um pouco alto por causa do vinho.

Abri a porta do apartamento e ele me pediu para levá-lo direto pro quarto. Sentei o Matteo na cama e o ajudei a se despir.

ㅡ não estou afim de sexo hoje.ㅡ ele disse e comecei a rir.

ㅡ então é recíproco! Não costumo transar com pessoas levemente bêbadas.

ㅡ eu não estou bêbado. Estou? kkkk

ㅡ rsrs, só um poquinho. Vai tomar banho?

ㅡ vou nada, só quero dormir. Vou escovar os dentes. ㅡ ele se levantou e o levei até o banheiro.

Quando voltamos pro quarto, ele me puxou e caí por cima de seu corpo. Nossos cacetes se tocaram e fiquei sarrando meu corpo no dele. Ele ria, apertava minha bunda e o beijei.

Longe de ser um beijo safado, o beijei com ternura e seus braços me apertavam contra si, me fazendo perder o fôlego por ele.

ㅡ que beijo gostoso...rapaz do céu! ㅡ disse e ele me abraçou ficando de conchinha.

ㅡ é beijo pega marido kkkk.

ㅡ kkkkk, já me pegou faz tempo e nem foi com esse beijo.

ㅡ foi com meu olhar sedutor...

ㅡ hahaha, foi. Você sabe que sou gamado nesse seu olhar sedutor.

Eu fiquei conversando com ele assuntos aleatórios até que senti a respiração alta dele na minha nuca e quando olhei, ele já deveria estar no quinto sono.

Me ajeitei melhor em seu corpo, nos cobri com uma manta fina e dormi o sono dos justos com a pessoa que me fazia mais que feliz.

*

*

*

*

Continua...

Pessoal, me desculpem pela demora.Sei que demorei mais que o habitual, mas foi por falta de inspiração pra escrever mesmo. Sendo bem sincero...

Mas não quer dizer que vou parar...pelo contrário! Foi só uns dias ruins mesmo. Obrigado mesmo pelo apoio e carinho de sempre. Adoro vcs! Grande Abraço! 😉✌👍

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Comentários

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Amando cada vez mais. Parabéns pelo seu trabalho.

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LuCley, é tão possível ser feliz com o que temos, não é verdade? Você é de uma precisão em sua narrativa que me impressiona deveras. Sinto-me bem demais lendo a tua história tão simples, tão rara, tão ar que respiramos. Espero cada capítulo com felicidade da chegada. Um cheiro baiano para ti...

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Autor se você está sem criatividade, então porquê não lê alguns contos aqui e participa nos comentários, talvez acabe até se inspirando. O conto está excelente e continue, mesmo que demore um pouco.

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TUDO MUITO PERFEITO NA VIDA DESSES DOIS. AINDA BEM.

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