Um Hetero Irresistível: Surpresinha

Um conto erótico de DuqueChaves
Categoria: Homossexual
Contém 1544 palavras
Data: 20/06/2018 21:59:35

O ápice da noite foi eu correndo com um corpo todo ensanguentado até o hospital mais próximo da boate.

Minha sorte era que a adrenalina que percorria meu corpo, era o combustível perfeito para a loucura que cometi. Sei que quebrei pelo menos uma dúzia de regras dos primeiros socorros, e que ninguém me chutasse por isso.

Mas ver o garoto sangrando e quase tendo uma convulsão era algo que ninguém poderia das costas. O hospital estava a quase cem metros, meu corpo doía e minhas pernas não aguentavam mais correr, meu corpo estava realmente se cansando. Minha camisa que era clara, estava se manchando com o velho vivo do sangue do garoto franzino.

- Aguenta, Aguenta ai fera. – comentei, mas para mim do que para o garoto.

Minha respiração estava rodando meu corpo como se inalasse ar quente, ferindo meus pulmões e minhas vias nazais.

Por nenhum momento me passou na cabeça em deixa-lo em algum canto ou de não ajuda-lo. Eu tinha que fazer isso. O hospital chegava mais perto e meu corpo já gritava para descansar, mas a adrenalina que percorria a cada centímetros de minhas veias amenizavam a dor.

- Alguém me ajuda. – Gritei abrindo as portas. – Alguem me ajuda.

- O que aconteceu com ele senhor? – perguntou um enfermeiro perto de mim. Chamando alguns colegas perto.

- Encontrei ele num beco e trouxe ele para cá. – Minha respiração era ofegante e assim que coloquei o garoto na maca que trouxeram pude sentir o quão cansado e esgotado estava.

- O senhor tem que se afastar, agora deixa conosco. – Garantiu o enfermeiro para mim.

Sentei nas cadeiras ofegante e passei a minha mão na testa. Foi só ai que dei conta que estava passando o sangue do garoto em meu corpo. Dei um pulo assustado.

- Eu preciso ir no banheiro. – olhei em volta para ver onde poderia ser o banheiro. – Onde fica o banheiro aqui?

A pergunta saiu mais para mim do que para qualquer um do meu lado.

- Fica logo ali no corredor. – Apontou uma mulher velha, de cabelos grisalhos e com uma bolsa de tricor no colo.

- Obrigado.

Me levantei e fui em direção ao banheiro.

Comecei a me lavar. Mãos, braços e camisas estavam ensopados de sangue, pingos e respingos cobriam meu tênis e minha calça estava sujas.

- Que merda. Eu gostava dessas roupas.

Peguei meu celular e vejo as horas, eram quase meia noite e varias mensagens e ligações dos meninos, perguntando onde estava, o que eu fiz e uma do Beto dizendo que perdi a aposta e ele estava levando a garota para sua casa. Mas que filho da puta.

Tentei ligar para cada um dos meninos, mas estavam dando desligado ou caindo na caixa postal.

Então so me restou a ultima pessoa a quem eu queria ligar.

Thor!!

Nos eramos amigos antes, mais seu jeito competitivo e mandão impediu de nossa amizade fica firme. Eramos bons amigos e isso eu sempre prezei por ele, mas tudo começou a desandar quando chegou o posto de liderança e sabia o quanto Thor queria o posto, mas foi pior quando o time me escolheu e a li, nos sentenciamos a nossa briga.

“Thor,é o Conquistador..

“Ey viy

“o que você quer comigo?”

“ei deixa de ser grosso, liguei para pelo menos te pedi um favor. Sabe muito bem que não nos falamos e preciso de sua ajuda agora...

“Não vem com essa, sabe do porque não falo com você...

“Já passou, aguas passadas, deixa isso de lado...

“Bem que eu queria mas... Sim fale logo o que você quer.

“Eu quero que venha aqui no hospital e me traga algumas roupas suas para ajudar...

“O que você fez?”

Expliquei para ele em poucos detalhes e em menos de 30 minutos ele estava entrando no hospital e indo para os banheiros. Assim que viu meu estado entendeu a gravidade do problema.

- Serio? Virou agora o que? Capitao amerecia ou o Batman? – o tom sarcástico e as sobrancelhas arqueadas que ele ergueu para mim me fez bufa.

- Eu tinha que fazer alguma coisa, não iria deixar o garoto lá e outra eu sou o Batman, só falta...

- O dinheiro e a auto confiança dele. E a inteligência, e a viralidade, e muita coisa, você está mais para o formiga.

Reviro os olhos e ele solta um sorriso perverso no rosto.

Tomo um banho meu improvisado no banheiro e ele não deixa ninguém entra enquanto estava por ali.

- Vai ficar aqui, ou vai voltar para a festa?

- Vou ficar, preciso pelo menos ver se ele vai estar bem e ai dou um jeito de ir. – Coloco minha camisa e saio do banheiro um pouco desajeitado. – Pelo menos fazer algo.

- Eu fico aqui contigo. Pelo menos evito de alguém me ligar..

Thor era um cara alto e forte, media a mesma altura que a minha, os cabelos cortados reto e grisalhos, o corpo era coberto de tatuagem e sua pele branca fazia as tatuagens tribais sendo um charme. Ele mais parecia um lutador do que um jogador de futebol, sendo que ele fazia artes marciais.

O rosto era triangular e a barba por fazer, era rala e seus olhos azuis eram destacados para todo o rosto. Ele era um gringo em pele de brasileiro.

- Não precisa, pode ir...

- Eu vou ficar, quero ver a pessoa que fez O Conquistador ajudar o próximo.

-Thor, fica na sua. Ta bom lindinho.

Thor revirou os olhos e cruzou os braços. Olhei para a recepção e sentamos num canto, gostava da minha amizade antigamente com ele. Eramos próximos.

- Sinto falta da nossa amizade, das cervejas...

- Para. Não fale nada, não estou aqui para rever o passado. E não quero. Agora ver quem foi o enfermeiro, medico ou sei la que lhe atendeu para irmos embora.

- Esse é o seu jeito de dizer que voltamos a ser amigos?

Thor me olhou e sorriu contente. Ele era orgulhoso, mas sabia o quão bom era ter meu amigo de volta. Olhei para o enfermeiro que veio o socorrro e chego perto.

- Então como ele esta? – pergunto tirando a concentração da conversa.

- Há sim, ele esta numa cirurgia e estamos vendo o que podemos fazer, mas o garoto é forte, pode receber alta daqui a alguns dias. Dependendo do estado dele.

- Me avise caso ele precisar de algo. Esse é meu numero.

Entrego o meu numero pessoal para o enfermeiro e ele coloca no bolso do seu jaleco.

- Se ele receber alta, me avise que venho velo.

- Tudo bem, senhor Thiago.

Olhei para Thor e mexo a cabeça com o sinal de irmos embora. O carro do cara era um corsa, ele gostava desses carros casuais.

- Ele vai ficar bem, eu te levo para buscar seu carro ou quer ir dereto para casa?

- Eu vou buscar meu carro. Nunca se sabe o que pode acontecer.

A viagem foi tranquila, conversamos numa boa e virmos que a briga que tivemos era algo idiota. Em casa eu não dormi direito, rolava na cama sem sono e apenas minha mente me levava para o garoto ensaguetado.

- Ei Conquistador acorda ai. – disse Thor jogando a bola na minha cabeça. – esta no mundo da lua.

- Sabe muito bem onde estou. – resmunguei em protesto.

Os jogadores estavam indo para o banho depois do treino, a memoria ainda estava fresca na minha mente e via meu celular de cinco em cinco minutos na esperança de receber alguma noticia. Mas nada.

E foi assim durante pelo menos aquela semana. Ate que decidir ir ao hospital apenas para me frusta. O enfermeiro idiota não me avisou que ele já tinha saído e dado alta. Quase soco de raiva o enfermeiro. Enquanto voltava chutado para casa. Eu não tive tempo nem, de ver se ele estava bem ou se precisava de algo. Mais que porra.

Entrei em casa e bati a porta com toda minha força.

- Porra. PORRA. Eu precisava saber se ele estava pelo menos bem.

Ouço um barulho na porta do apartamento e piso forte no chão e assim que abro, vejo um garoto de cabelos negros e ele bronzeada, um corte no lado de seu rosto que vinha do final da sobrancelha ate o meio da sua bochecha como uma cicatriz, o corpo franzino e as roupas desajeitadas, usava um óculos redondo no rosto e esboçou um sorriso ao me ver.

- Olha eu não dou dinheiro a desconhecido se quiser meu autografo, pode vender e ganhar uma boa quantia.

- Não quero seu autografo. – respondeu o garoto com uma voz rouca e fraca.

- Então se não quer isso, então lamento...

Ao tentar fechar a porta ele coloca o pé, impedindo o meu ato.

- Eu me chamo Daniel e sou o garoto que salvou a cinco dias atrás, estou aqui para agradecer e lhe fazer uma proposta de agradecimento.

- Do que esta falando?

- Você é meio surdo ne? To vendo que vou ter um trabalho...

- Que trabalho esta ficando louco?

- Eu sou o garoto que encontrou quase morto e estou aqui propondo um trato com você, estou oferecendo como um agradecimento os meus serviços, ficando fazer tudo o que quiser aqui na sua casa por um mês e sem cobra nada. – Ele me encara e não consigo responder nada. – Vou aceita isso como um sim. Então, o que eu tenho que fazer?

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Comentários

Foto de perfil de Túlio Goulart

Tá emocionada com o Brasil que deu dois a zero eh???? 😆😆😆😆😆😆😆😆😆😆😆

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