Ela me despertou

Um conto erótico de Ás de Copas
Categoria: Heterossexual
Contém 2506 palavras
Data: 07/06/2018 16:12:38

Já escrevi seis contos aqui, todos fictícios. A beleza dos “contos fictícios” está, acredito eu, em externar nossos desejos mais secretos, as vezes, coisas inomináveis que não relatamos a nossos parceiros ou parceiras, afinal, todos temos os nossos limites até mesmo aqueles que acham que não tem limites nenhum, isso é inerente a qualquer ser humano.

Mas é claro, todos nós temos nossas aventuras reais e quando a colocamos no papel parece que exorcizamos coisas que ficaram contidas ou simplesmente queremos que o mundo saiba o quão louco nós somos ou fomos... vou contar uma história verídica, mas além de provocar excitação, quero também provocar a reflexão de até que ponto uma aventura pode mudar nossa vida? Será que a sexualidade pode nos traumatizar? O que há escondido atrás dos desejos reprimidos, enfim, melhor tirarem suas conclusões.

Hoje, tenho 31 anos, minha vida sexual foi bem intensa embora eu tenha perdido a virgindade bem tardiamente por questões religiosas (ainda sou religioso), ou até mesmo um certo trauma na infância. Por que trauma? Porque aos sete anos de idade fui abusado por uma vizinha, e isso carregarei para o resto da vida, eu lembro de tudo e de como minha sexualidade foi despertada cedo demais.

Na adolescência tive mais consciência do que sofri e me fechei para o sexo, não guardo magoas da pessoa, já foi, está superado. Mas por um bom tempo aquilo me reprimiu, rejeitei várias propostas para transar, apesar de ser homem, queria perder a virgindade com alguém que realmente gostasse, e foi assim, com minha primeira namorada.

Eu tinha um estima muito baixa, me achava feio, era magro, o típico nerd, mas minha primeira namorada era belíssima, sim, parece até historia de algum filme “B” onde o cara mais sem graça do planeta consegue conquistar o coração da bela popular.

Namorei com Catarina (Vamos chama-la assim) durante 5 anos, ela se dizia muito apaixonada, me iniciou no sexo, e foi uma boa “professora”, me sentia o homem mais sortudo do mundo, profundamente apaixonado, seria lindo se ela não tivesse me traído. Respeito quem tem isso como fetiche, mas este não é meu caso, fiquei arrasado, Catarina me pediu perdão de joelhos e eu a perdoei, mas nunca esqueci.

Nesta época, eu trabalhava na oficina de uma concessionária no setor administrativo e assim, eu revezava em algumas unidades e nessas andanças caí em uma onde trabalhava íris. Na época eu tinha 20 anos e Iris 24, morena, quase uma mulata e um sorriso que... Cara, não sei como descrever, um sorriso que te desarma, grande, expansivo, sedutor, enfim. Seus dotes físicos eram modestos, tinha aproximadamente 1,70m, corpinho de modelo, não aquela magreza esquelética, mas digamos que ela tinha onde pegar.

Iris se vestia impecavelmente, embora por ser próximo a uma oficina, sempre usava salto e roupas sociais, ela não andava, desfilava. Era bem resolvida, tinha sempre umas “sacadas” com duplo sentido, tinha que ser assim eu acho, afinal quase só tinha homem naquela empresa, com exceção dela, e de sua auxiliar, linda também, por sinal.

Acabamos trabalhando na mesma sala, eu, meu auxiliar, Iris e sua auxiliar, eu era tímido e ela muito simpática, instantaneamente nasceu uma amizade entre nós. Na oficina rolava um boato que ela saÍa com um cara chamado Daniel, que virou meu amigo também, eu não acreditava por que, inocente que era, acreditava que o fato do Daniel ser casado, íris não se envolveria com ele. Eu realmente não sabia nada da vida...

Ficamos muito amigos, todos nós, inclusive Daniel e assim seguia nossa vida, porém, com o passar dos dias Iris começou a dar em cima de mim, eu não lembro bem como começou, mas sei que aos poucos as investidas ficaram mais descaradas, e eu resistia bravamente, pois namorava.

Iris, começou a manter um habito de cumprimentar a todos normalmente, mas quando chegava na minha mesa, ela ficava parada esperando eu olhar para ela, enquanto eu não olhasse ela não saÍa de lá, era assim:

- Bom dia! – dizia ela.

- Bom dia, íris - e EU continuava digitando e-mail.

Iris não se movia enquanto eu não me levantasse e abraçasse ela, era todo dia isso, uma provação pesada demais. Quando me erguia sem graça para cumprimenta-la, ela me abraçava, mas não beijava minha bochecha, mas sim meu pescoço e falava no meu ouvido: “que homem mais cheiroso”.

Imagine você, era isso todos os dias, sempre, todo o santo dia! Ela dava em cima de mim descaradamente, eu que como disse, não tinha a estima lá em cima, ficava incrédulo, e ao mesmo tempo, envaidecido, afinal, quem não gosta de se sentir desejado?

Em uma de nossas conversas, ela dizia:

- Eu estou doidinha por você.

- Iris, eu tenho namorada, não vai rolar.

- Eu sei, mas eu quero que você saiba, eu não paro de pensar em você!

Eu respirava fundo e permanecia inabalável em minha fidelidade, mas sabe aquele ditado que diz: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”? Pois é, estava acontecendo. Comecei a me sentir atraído por ela, envolvido.

Ela colocava minha autoestima lá em cima, me arrumava mais, mudei o penteado, minha namorada até notou minha mudança, dizia que até o meu jeito de andar havia mudado, e era verdade, antes de cabeça baixa e ombros retraídos, agora, olhava as pessoas nos olhos, sorria mais, vi que tinha um certo charme.

Um dia, estávamos trabalhando e íris me chamou para tomar café. Fomos pelo estoque para cortarmos caminho, pois por ser uma concessionaria, havia uma lanchonete para clientes e funcionários, ela estava na minha frente, andando, eu sou meio lento e não notei as intenções dela, cortamos caminho por uma pequena sala de reunião onde as câmeras de segurança não podiam nos pegar, mas como eu disse sou lento.

Chegamos na Lanchonete, tomamos café e Iris parecia meio irritada, foi então que minha ficha caiu, pois ao longo desse dia ela passou me provocando, eu sei que parece bem inverídico, mas as provocações dela eram ao ponto de derrubar uma caneta de proposito e se abaixar empinando a bunda na linha dos meus olhos enquanto eu estava sentando tentando me concentrar no serviço, passava por trás de mim passando a mão em meu pescoço, ou seja, eu estava no limite.

Como eu ia dizendo, tomamos nosso café e íamos voltando, ela estava visivelmente incomodada pela minha falta de atitude, mas me dei conta, quando estávamos passando pela sala de reunião novamente (esta sala tinha duas portas, por isso cortamos caminho por ela), segurei o braço de íris, a coloquei contra a parede e a beijei.

No mesmo instante que a beijei, a figura da minha namorada veio a mente, a culpa me acertou, mas ao mesmo tempo aquele pensamento de “ela te traiu também, você está fazendo justiça!” me encorajou e continuei beijando minha colega tentadora, até que parei de repente e segui meu caminho até minha sala, deixando Iris para trás.

Eu estava nervoso e excitado, eu tinha 20 anos, havia perdido a virgindade a poucos meses e agora estava me envolvendo com uma colega de trabalho e traindo minha namorada. Iris voltou para sala, ela sorria, parecia não acreditar que finalmente cedi a seus encantos, passou o resto da tarde cantarolando, e eu resolvi entrar na brincadeira, ia até a mesa dela para tirar “duvidas” mas ficava atrás de sua cadeira massageando seus ombros e sentia sua pele arrepiar.

O dia passou, eu fiquei para fazer hora extra e Iris também, estávamos só eu e ela na sala, conforme as horas do meu dia passaram minha consciência começou a me acusar, comecei a me sentir culpado, coisas do tipo “você errou” me perturbavam. Comecei a e arrumar para ir embora, era perigoso ficar a sós com Iris, mas quando percebi ela estava atrás de mim.

- Você já esta indo? – perguntou.

- Sim, chega de extra por hoje. – evitei olhar para ela.

- Tá tudo bem?

Eu tinha que abrir o jogo com ela.

- Olha, o que fiz hoje com você foi errado, me desculpa... eu não posso seguir fazendo isso íris, eu tenho uma namorada.

Seus olhos demonstraram desapontamento, me entendam, eu era uma pessoa completamente diferente do que sou hoje, por isso estava tão relutante. Íris não desistiu, se aproximando de mim tentou argumentar.

- Eu gosto de você, eu não consigo me segurar, não quero roubar você pra mim só... – parou para escolher as palavras - quero que fique comigo, só isso.

Eu não entendia aquelas palavras, mas uma mulher como ela se colocando na posição de “a outra”... eu não era ninguém, nada de especial havia em mim naquela época, mas ela enxergou algo, algo que eu não via em mim mesmo, algo que ela faria sair escondido de dentro.

- íris, por favor...

Ela se aproximou de mim e me beijou, instintivamente eu me afastei, ela me olhou nos olhos com uma mistura de raiva e chateação e deu as costas para sair da sala. Este é um daqueles momentos em que você precisa fazer uma decisão rápida, se a deixasse ir embora naquele dia, o que eu seria hoje? Será que me amaria e me aceitaria como sou ou viveria da mesma maneira de até então, com pena de mim mesmo e vivendo de migalhas de um relacionamento que não iria a lugar algum?

Escolhi ir contra a minha mente puritana.

Quando íris abriu a porta eu fui por trás dela e a fechei, ela se virou assustada e a beijei, não da forma doce e apaixonada, mas com volúpia, com o desejo cru de um homem para com uma mulher, já não era mais a mesma pessoa, o antigo eu provavelmente estava no meio da sala vendo um novo homem nascer, a adolescência insegura finalmente estava ficando para trás.

Beijei Iris como jamais havia beijado mulher alguma, ela gemia quando conseguia livrar seus lábios do meu, e minha boca vagueava por seu pescoço e orelhas, não dissemos uma palavra, apenas nossos corpos falavam. Nesse dia, Iris estava com uma calça jeans, salto e camisa social branca, abria sua camisa enquanto ela retirava a minha, nos beijávamos com ímpeto, ímpeto reprimido por meses de minha resistência.

Removi seu sutiã e chupei seus peitos, Iris gemeu, uma mistura de alivio por finalmente me ter e de prazer, mordia de leve os bicos e sua pele arrepiava, ela tinha um cheiro que nunca me esquecerei, cheirava a baunilha... voltei a sua boca enquanto suas mãos habilmente removia minha calça procurando pelo meu pau começando a bater punheta para mim.

Abri o zíper de sua calça e a virei de costas para a porta agarrando-a por trás apertava seus peitos e depois deslizando pelo seu ventre abaixei sua calcinha, com os meus dedos a penetrei, com uma mão atrás e a outra na frete em seu grelo.

Suas pernas “bambeavam” Iris gemia, se contorcia e rebolava com o movimento de uma serpente, hipnótica e sensual, era uma dança do prazer, ainda sem dizermos uma palavra eu masturbava Iris enquanto seu liquido escorria pelos meus dedos. Tirei meus dedos de dentro dela e com ela ainda de costas, me aproximei de seu ouvido para que ela me ouvisse chupar meus dedos com o seu mel. Ela gemeu e empinou a bunda para sentir minha rola, dura, e pronta para penetre-la, foi o que fiz.

Enfiei meu pau lentamente dentro de Iris, centímetro por centímetro, mesmo que ela estivesse ensopada de tesão, sua buceta era apertada, tudo entrou e comecei o vai e vem. Ela com as duas mãos na porta, de salto, com as calças nos calcanhares, gemendo de prazer.

Não demorou muito, Íris gozou, suas pernas tremiam, ela emitia quase que grunhidos semelhantes ao choro, mas de prazer, dizendo “não para... por favor, não para”, a clássica frase que motiva todos os homens. Aumentei a intensidade e logo alcancei o meu clímax enterrando toda a minha vara dentro de sua gruta.

Ficamos um tempo assim, parados, eu dentro dela e respirando como se tivesse acabado de correr uma maratona. Saí de dentro dela e fui me arrumar quando a ouvi dizer.

- Não, ainda não... - ela “desceu do salto” tirando a calça e calcinha e voltou a calça-los, pegou uma cadeira encostando na parede e disse – Senta.

Obedeci, e logo quando sentei, íris montou em cima de mim.

Sim, mesmo já atingido o meu orgasmo, meu pau ainda estava duro (digo isso com orgulho rsrs), íris começou a cavalgar em cima de mim, é excitante comer uma mulher ainda usando salto, deve ser o meu fetiche por pés. Com minhas mãos nas polpas de sua bunda ajudava ela no sobe desce já facilitado por ela estar de salto, ela escorregava fácil, ensopada de prazer.

De repente, ela gemia mais forte era o segundo orgasmo chegando, nossas misturas e mais este orgasmo de Iris emitiam o som de “splash” a cada estocada minha. Após isso, ela se levantou e fiou de costas para mim, sentando novamente na minha vara, sentava com vontade aumentando os ruídos da fricção do meu pau com os líquidos em sua buceta. Descobri que adoro ouvir esse ruído do sexo.

Eu já estava chegando ao clímax, e ela novamente gemia mais forte, era o terceiro orgasmo que veio arrebatador e violento, dessa vez seu corpo inteiro tremia e eu já esgotado sentindo os esguichos que meu pau expelia dentro de Iris...

Ficamos assim parados por um tempo, apenas respirando, até que ela quebrou o silencio.

- Era isso o que você estava guardando? - virou a cabeça para olhar – por que demorou tanto?

Não respondi, apenas a beijei, depois nos levantamos arrumamos nossas coisas e fomos embora, naquela noite ainda transei com minha namorada, e demorei uma eternidade para gozar, mas sentia algo diferente, senti que não precisava ficar preso a ela por imaginar que ela seria a única mulher a me querer na vida, descobri que poderia dar prazer e receber de volta de qualquer mulher, pode parecer exagero, mas este momento foi uma transformação para mim.

Meu Caso com íris durou 6 meses, como nem tudo são flores, descobri que sim, ela e meu amigo Daniel estavam juntos, e ele estava em processo de divórcio da atual esposa, isso gerou uma série de problemas depois por que ele acabou descobrindo o que rolava entre eu e íris, mas isso é outra história.

Fiquei decepcionado, mas o novo homem que Iris fez nascer era mais confiante e ciente de que poderia se envolver com outras mulheres, e assim o é!

Este é um conto diferente, para mim foi até terapêutico dividir isso com quem leu esta história, esse foi um momento de virada em minha vida, principalmente no que tange a insegurança, por que sim, homens podem ser inseguros, mas não devem permanecer inseguros! Apesar de tudo, agradeço a íris (nome fictício) que me libertou, embora ela tenha mentido para mim de que estava livre, e o pior, estava envolvido com este amigo que acabou com a amizade após saber do nosso lance, ela foi importante para minha vida.

Até a próxima minha gente!

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Comentários

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Muito bom amigo , além de excitante, o conto pareceu bem verossímil...nota 10

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muito bom. gostoso de ler. aninha.casada29@outlook.com

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Excelente, voce fez o certo, não me senti culpado também, quando tive minha primeira aventura fora do casamento. Muitas vezes, acabamos nos fechando, para novas experiências, mas acabei me rendendo, assim como vc, aos encantos de uma nova pessoa. Abraços. Pedro

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Maravilhoso gatas vamos tc chama no whats....ONZE.NOVE, SEIS, NOVE, NOVE, SETE, TRÊS, SEIS, NOVE,NOVE MARCOS BJS NAS PEPECAS..

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