CRIATURA - Parte IV - O PADRE TARADO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2335 palavras
Data: 05/06/2018 00:53:40
Última revisão: 05/06/2018 22:31:35
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

CRIATURA – Parte IV

Os funerais da mãe do jovem foi rápido. Eu tinha contratado um padre para dizer algumas palavras que bem-encaminhasse a alma da velha para algum cantinho do Paraíso, pois eu acreditava nesse lugar divino. O rapaz estava ao meu lado, mas já não se movia. Parecia que perdera novamente a sua estranha capacidade de locomoção, e também o interesse pelo mundo. Eu não o ouvia em minha mente e parecia que tudo não passara de um delírio que eu decerto tivera. Agora, ele era apenas um jovem cadeirante, como tantos outros. O advogado, como eu já esperava, não compareceu. Mas a catacumba onde a velha foi encerrada estava bem adornada e limpa. Um coveiro todo solícito cuidou de tudo, até que finalmente eu resolvi ir embora, empurrando a cadeira de rodas com o rapaz encolhido nela. O padre perguntou:

- Vi que chegou de táxi. Eu estou de carro. A senhorita não quer uma carona?

- Depende de para onde o senhor está indo. Não quero incomodar.

- Irei aonde a senhorita indicar. Não tenho pressa de chegar à paróquia.

Olhei para o padre. Era um jovem de cerca de uns quarenta anos, ou talvez mais, mas aparentava menor idade. Era bonito, e eu me surpreendi tendo pensamentos libidinosos para com ele. Olhei em direção ao rapaz tetraplégico e ele parecia dormir. Tinha os olhos fechados e a cabeça pendendo sobre o peito. Pensei que teria dificuldades em pegar um táxi por perto do cemitério, por isso resolvi aceitar a carona. O padre ficou contente. Ajudou-me com o jovem e logo estávamos os três dentro do seu carro. Indiquei-lhe o caminho e o padre foi guiando, mudo. Para quebrar o silêncio, eu perguntei:

- Faz tempos que o senhor é padre?

Não obtive resposta. Achei estranho. Perguntei novamente e ele continuou mudo. Então, eu disse:

- Olha, seu padre, é melhor eu descer. Aqui já está mais movimentado do que a rua do cemitério e logo pegarei um táxi. Obrigada pela carona.

O padre fez uma curva e entrou numa rua à esquerda. Continuou em frente e saiu totalmente do itinerário que me levaria à residência do jovem. Eu quis saber:

- Para onde está indo, pelo amor de Deus? Esse não é o caminho da casa do rapaz.

Ele não me respondeu.

- Se o senhor não parar já, começo a gritar!

Ele parou. Para a minha surpresa, estávamos diante de um motel de subúrbio. O grande portão abriu-se e ele entrou com o carro. Eu ia reclamar de novo, mas desisti. Queria ver a sua intenção. Uma recepcionista veio nos atender. Estranhou ver o sujeito de batina, mas este disse:

- Bom dia. Não repare nas minhas vestes. Viemos de uma festa à fantasia e estou cansado demais para dirigir. Tem algum quarto disponível?

A atendente suspirou, sorrindo. Entregou-lhe uma chave e indicou-lhe o caminho. Eu quis pedir ajuda, mas não consegui dar um piu. Uma força desconhecida me bloqueava a mente. Tentei me libertar mas acho que desmaiei do esforço. Acordei sendo chupada pelo padre. Eu estava prestes a gozar. Tentei me mover, mas ainda não consegui. Forcei a fala e só saiu um murmúrio. Então, o padre parou o que estava fazendo para dizer:

- Relaxe. A monotonia do velório me deu tesão.

- Isso não está acontecendo: eu ser estuprada por um padre?

- O padre não tem nada a ver com isso. Fui eu que quis te foder.

Então, entendi tudo. O jovem estava, novamente, ativo. Controlava as ações do padre, como fez com o bêbado. Eu disse:

- Não precisava me estuprar. Era só me pedir e eu transaria contigo.

- Não. A sensação de estupro é mais gostosa. Afinal, você também transou comigo sem me perguntar se eu queria, lembra?

Era verdade. Eu me aproveitara dele, quando acreditei que era alguém indefeso, para matar meu desejo de sexo. Mas agora, devido aos estranhos acontecimentos que se sucederam na residência dele, eu tinha dúvidas se ele não havia me sugestionado a fodê-lo, e eu fizera o que ele quis. Aí, uma lambida dada pelo padre no meu grelinho me fez chegar ao primeiro orgasmo. O segundo não tardou a vir. Então, mais que depressa, eu quis retirar a sua batina, já que ele ainda a vestia. Para a minha surpresa, o padre estava nu por baixo. Nem usava uma cueca. O pau estava duríssimo, mas percebi um detalhe: a abertura do seu prepúcio era pequenina, e isso estrangulava a glande. Aí, a voz do padre foi incisiva:

- Vire-se de costas. Quero foder-lhe a bunda de novo.

- Não, por aí não. Ainda estou dolorida de ontem.

- Mas eu quero. Me dê, senão faço a pulso. Te bloqueio a mente e você nem saberá se gozou comigo.

- Não. Por favor. Prometo cedê-la depois, quando não estiver mais tão dolorida.

Acho que desmaiei novamente. Perdi a noção do tempo e, quando retornei à consciência, eu tinha o ânus dolorido e o padre sangrava pela pica, junto a mim. Estava inconsciente, como eu estivera até então. Peguei o lençol da cama e limpei-lhe o pênis. Havia um corte no prepúcio, como se ele houvesse se rasgado. O jovem, sentado na cadeira de rodas, tinha o queixo encostado no peito e a calça esporrada. Havia ejaculado, e muito. Procurei num armário do quarto e achei um pacotinho de gazes. Improvisei um curativo na rola do padre. Depois, tirei a cueca do jovem e lavei. Torci-a bem, para retirar o máximo de água. Quando parecia quase seca, vesti-a no padre, para fixar o curativo. Também o vesti com a batina. Deitei-o com cuidado na cama. Eu estava com uma pequena bolsa, que havia levado para o cemitério, e conferi o dinheiro que reservara para o taxi. Liguei para a recepção e pedi a conta. Disse que meu namorado havia adormecido e eu não estava disposta a esperar. Precisava levar meu “irmão” deficiente para casa.

A atendente foi bastante solícita, e não me fez nenhuma pergunta quando paguei a conta. No entanto, o dinheiro que que sobrou não dava para contratar um táxi. O jeito foi completar com o dinheiro pago ao padre pelo sermão no cemitério. Mexi em seus bolsos e retirei dali uma quantia suficiente, inclusive para adiantar para a moça mais uma hora de motel. Pedi que o acordasse, quando terminasse o tempo, e lhe dissesse que eu precisei ir. Requisitei um táxi e logo o tive parado na frente do quarto. Carreguei, eu mesma, o jovem que parecia adormecido e fomos embora. Quando já estávamos a caminho de casa, o jovem despertou. Ouvi em minha mente:

- Pronto, agora já posso parar o meu domínio sobre o padre. Neste momento, ele está acordando. Queria ver a sua cara de surpresa, ao se descobrir num motel.

Eu não lhe dei atenção. Estava cansada do jovem, que levava as pessoas a fazerem o que ele bem queria. Já tinha minhas dúvidas de que continuaria cuidando dele. Percebi seu olhar triste em minha direção e tive a certeza de que ele podia ler pensamentos.

****************

- Agora que você está bem alimentado, vou ter que ir em casa, pegar algumas roupas. Voltarei o quanto antes.

Quando pensei que ele iria me impedir de ir, ouvi em minha mente:

- Volte, por favor. Eu poderia forçá-la a isso, mas não quero que faça mais nada contra a tua vontade.

Olhei para ele, acho que com pena. Eu gostava do rapaz, tinha que confessar isso a mim mesma. É certo que ficara irritada ao ser forçada a fazer sexo, mas eu mesma já não o tinha forçado? Dei-lhe um beijinho na testa. Prometi voltar, e não estava mentindo.

Pouco tempo depois, eu abria uma conta no banco com uma enorme quantia. Tive tratamento vip por conta disso. Reservei uma grana para os gastos diários e, finalmente, fui para a minha casa. Encontrei minha vizinha e amiga indo ao supermercado. Tirei da bolsa um dinheiro e entreguei a ela.

- Oi, Rosa. Tome, amiga. Agradeço por ter me emprestado essa grana e por não ficar me cobrando.

- Não vai precisar?

Contei a ela que havia conseguido um bom emprego, mas omiti os detalhes sórdidos, claro. Ela ficou muito contente. Quis bebemorar. Eu não queria me demorar, pois deixara o jovem cadeirante sozinho, mas ela insistiu. Fazia questão de me pagar, ao menos, uma cerveja. Paramos no primeiro bar que encontramos e, a despeito do cedo da hora, o local estava lotado. Quando eu ia dizer que preferia que fôssemos para um outro, ela reconheceu um cara que bebia com mais dois.

- Eita, Carlos está ali com uns amigos. Vamos para lá. Ele é boa companhia e beberemos de graça.

Eu não sou de me aproveitar de homens para beber, mas queria me livrar logo dela para ir-me embora. Segui-a até a mesa sem reclamar. Ela me apresentou ao tal Carlos e aos seus dois companheiros de farra. Percebi que um deles ficou interessado em mim. Era um negrão bonito e de mãos enormes. Seus dedos grossos pareciam pequenos pênis. Critiquei-me pelo pensamento libidinoso. Ele apertou fortemente minha mão, olhando-me bem dentro dos olhos, e eu abaixei as vistas. Senti-me desnudada pelo seu olhar. O cara disse para Rosa:

- Bonitinha e gostosa, a tua amiga. Ela fode?

Rosa ficou empulhada e eu mais ainda. O negro era muito direto, pro meu gosto. Eu quis me levantar, mas um dos amigos dele, que estava à mesa, me aconselhou:

- Valdo está já bêbado, fazendo besteira. Peço-lhe que o perdoe. Se conseguir fazer isso, prometo que irá se divertir conosco.

E, virando-se para o negrão, cochichou algo em seu ouvido. Valdo pediu-me desculpa e se despediu dos outros, levantando-se da mesa. Meteu a mão do bolso e retirou de lá algum dinheiro. Chamou a garçonete e pagou a sua parte da conta. E foi embora sem nem olhar para trás. Percebi que ele cambaleava um pouco. Adolfo, o sujeito que havia falado com ele, disse:

- Pronto, agora já estamos livre do inconveniente. O que as moças vão querer beber?

Acho que bebemos umas dez cervejas, e eu não sou muito de beber. Logo, fiquei dominada pelo álcool. Quando quis ir embora, eis que me aparece um cara conhecido: o bêbado que fazia ponto na frente da casa do meu novo patrão. Estranhei ele estar tão longe de lá. Os amigos de Rosa, no entanto, o chamaram para a mesa. Ele veio, contente.

- Gente, hoje estou liso. Mas gostaria de beber algo, se pagarem para mim.

- Senta aí e deixa de frescura. Você já pagou tantas pra gente – disse o que tinha enxotado o negrão da mesa.

O cara não estava bêbado. Estava bem vestido e continuava asseado, como no dia anterior. Pareceu não me reconhecer. Eu também não fiz alarde. Encheram seu copo e ele brindou a todos:

- Por uma nova vida, livre daquela condenada!

- A quem ele se refere? - Perguntei a Rosa.

- Sua filha desapareceu, depois de trabalhar como doméstica numa casa de grã-finos. Ele cismava da patroa dela, uma coroa bonitona. Aí, soubemos que a tal tinha sumido do mapa, deixando em seu lugar uma velha gagá.

Fiquei cismada. Será que ela se referia à minha finada patroa? Mas ela não era coroa, nem bonita. Decerto Rosa estava falando de outra pessoa. Não dei importância ao que disse e continuei bebendo. Estava empolgada, talvez já sob efeito do álcool. Disse para Rosa:

- Fique aqui. Vou pegar umas roupas em casa e já volto.

Antes que ela respondesse, o ex-bêbado disse:

- Eu vou contigo. Quero falar com você…

- Vá com ela. Assim, garante que ela volte – insistiu Rosa.

Eu estava curiosa para saber o que o bêbado tinha a me dizer. Por isso, não recusei sua companhia. Quando nos dirigíamos a minha casa, ele pareceu ter tomado coragem para me dizer:

- Desculpe-me por tê-la seguido, mas eu precisava saber onde mora.

Eu fiquei surpresa. Percebi que quem me falava era o jovem tetraplégico. Ele havia assumido, novamente, o corpo do bêbado. Bateu-me um medo repentino. Eu já não queria mais ir para a minha casa. Temia que ele soubesse o meu endereço e nunca me deixasse em paz. A voz do bêbado afirmou:

- Está bem, eu errei. Não devia ter vindo. Agora, você não confia mais em mim. Mas garanto que não quero te fazer mal. É que fiquei apaixonado por você.

Estive olhando para ele, tentando enxergar verdade naquela declaração. Rebati:

- Se você gosta mesmo de mim, prove-o abandonando agora mesmo esse corpo.

- Infelizmente, não posso. Eu morreria, longe da minha matéria, pelo tempo de voltar para casa, para reassumir meu corpo.

Estive pensativa. Perguntei:

- Quem é você, Angelo? Como consegue fazer o que faz?

- Nem eu mesmo sei. Já nasci assim. Agradeço a minha mãe por ter cuidado de mim, mas ela está cada dia pior.

- Como assim?

Ele esteve um tempo calado, depois disse:

- Nada, nada. Estou divagando. Mas vou deixá-la em paz. Por favor, volte para mim. Eu te suplico.

- Vou pensar. Mas confesso que estou com medo de você.

- Eu sei. Eu sinto teu medo. Mas, se voltar, prometo nunca mais assumir a tua mente.

Olhei demoradamente para o bêbado, desconfiada. Mas, não sei o porquê, eu acreditava no jovem. Talvez, naquele momento, o cara forçasse minha mente a acreditar nisso, mas já não me importava. Pela primeira vez, alguém, que não era a minha mãe, dizia me amar.

- Está bem. Vamos lá em casa. Depois, voltamos para a sua. Nem imagino como conseguiu chegar aqui, de tão longe…

- Peguei um táxi, claro.

Escolhi algumas roupas e objetos femininos e coloquei tudo em uma bolsa grande. Ele esperava por mim, sentado no sofá. Parecia descansar de algum grande esforço feito, talvez o de estar de pé durante tanto tempo, usando o corpo do bêbado. Chamei um teletáxi e logo chegávamos à sua residência. Paguei a corrida e ele me tomou a bolsa, carregando-a para dentro de casa. Nem bem entramos, ele foi logo me agarrando. Estava de pau duro. Eu, também me sentia excitada. Já havíamos tirado as nossas roupas, quando a campainha do portão tocou.

FIM DA QUARTA PARTE.

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Comentários

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Continue acompanhando e verá que não estou plagiando o professor Xavier, Astrogildo. Aos poucos, tudo será explicado.

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Cara, esse sujeito parece professor Xavier. A história é uma mistura de X - Men com um filme chamado " A Chave Mestra "

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