Meu Loiro! - Capítulo 16 - Mudanças.

Um conto erótico de Léo Hanz.
Categoria: Homossexual
Contém 1374 palavras
Data: 10/04/2018 01:11:14
Última revisão: 10/04/2018 01:15:51

Boa noite pessoal! Demorei horrores, confesso. Mas prometo continuar a postar pelo menos umas vez por semana. Espero que compreendam. Um beijo e boa leitura pras vocês.

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Depois do lindo momento que tiveram juntos, Fred e Humberto subiram para o quarto. Fred dormiu e Humberto resolveu trabalhar um pouco e ver se distraia a cabeça. Sentou em sua cama ao lado de Fred com o notebook sobre um travesseiro em seu colo. Respondeu e-mails, editou planilhas de gastos da empresa e fez algumas ligações. A empresa ficaria em recesso por 5 dias em luto pela memória de seus tios. Cada vez que pensava neles, não conseguia acreditar no que havia acontecido. Se pegou pensando na conversa que teve com sua tia há dois dias atrás sobre Fred. Ele amava o loiro, mas não como homem. Não tinha vontade de beijá-lo e nem de transar com o primo. Apenas não sentia isso. Mas o amava mais do que tudo. Olhou para o loiro que estava do outro lado dormindo sereno. Passou de leve uma de suas mãos pelos cabelo de Fred. Não queria que o primo viajasse de novo. Tinham ficado pouquíssimo tempo juntos. Mas sabia que o primo precisava curtir a própria dor. Fazia parte do processo de cura. Respirou fundo, desligou o notebook e colocou em cima de sua escrivaninha. Foi ao banheiro tomar uma banho. Enquanto isso, Fred tinha acordado. Pegou o celular e viu que tinha uma mensagem de Rodrigo confirmando o encontro deles na quarta-feira. Finalmente iria pra algum lugar onde só estivesse ele por ele. 2 meses num spa. No começo havia decidido ficar seis. Mas sabia que não poderia parar sua vida desse jeito e ainda mais por tanto tempo. Afinal, ele tinha um trabalho importante. Perguntou a si mesmo se aguentaria ficar todo esse tempo longe de Humberto. Mas querendo ou não, ele precisava. Precisava se desintoxicar do primo. Levantou da cama, colocou seus mocassins e foi até o banheiro, mesmo Beto estando lá dentro no box. Quando entrou, viu que Beto o viu mas não demonstrou nenhuma preocupação em se “esconder" do loiro. Fred sentou no vaso e saiu logo em seguida indo lavar as mãos, sem ligar muito por Humberto estar ali, tão perto e pelado. Saiu do banheiro e passou pelo quarto pegando sua bolsa. Desceu as escadas e foi para a cozinha. Lá encontrou seu tio sentado na mesa, tomando um café e resolveu acompanhá-lo.

Oi meu filho! - disse Rogério com a voz nitidamente triste.

Oi Tio! - disse o loiro sorrindo. - Como você está? - perguntou. .

Eu estou melhorando, Fred. E você, como está? - disse Rogério batendo de leve na cadeira indicando para Fred sentar ali.

O loiro sentou e suspirou.

Eu estou aos poucos digerindo tudo isso, tio. Mas não está sendo fácil.

Não será meu filho! - disse Rogério segurando a mão do sobrinho. - Mas estarei aqui pra você. Você pode ter perdido um pai, mas ganhou outro! - disse sorrindo.

O olhos de Fred se encheram de lágrimas.

Eu sei tio! É o senhor ganhou um filho! Afinal, estamos unidos por uma dor em comum, não é? - disse sorrindo sem muito esforço.

Sim, Fred.

Eu pensei bastante durante a noite e resolvi que não venderei a casa, tio. Manterei ela do jeito que está, em memória dos meus pais. Apenas irei pra lá para pegar algumas coisas.

Eu acho que por hora é o melhor a se fazer, Fred. Depois com o tempo você resolve isso.

Sim tio, pensei a mesma coisa. Só vou precisar da ajuda dos meus primos e do Ariel pra conseguir fazer isso.

Eu acho ótimo! É se precisar de mim, estarei aqui!

Obrigado tio. Eu também estarei aqui!

Rogério sorriu. Amava Fred como se fosse o seu próprio filho. E faria de tudo para protegê-lo, como foi pedido por Gian Carlo uma vez que estavam conversando.

O Ariel vai ficar por aqui, certo?

Eu ainda não sei, - disse Fred. - Não conseguimos conversar direito ainda. Mas eu quero que ele fique sim. Ele é muito querido.

Sim, de fato. Gosto dele também. E achei um gesto muito bonito ele ter ficado lá no velório dando uma força pra gente. Já achava ele uma cara legal, agora eu gosto mais ainda!

O Ariel é maravilhoso mesmo. Eu amo ele. Ele sempre esteve comigo nesses momentos. Um amigo de verdade.

Rogério sorriu. Naquele momento, Humberto havia chego na cozinha e encontrou seu pai e seu primo conversando. Pareciam pai e filho.

Oi gente! - disse Humberto sentando na mesa junto a eles.

Oi Beto! - disseram os dois.

Sobre o que estava conversando? - perguntou.

O Fred estava me falando sobre a casa dele.

Sim Beto, eu decidi que não farei nada com o imóvel por enquanto. Só irei pra lá pra pegar minhas coisas. Queria que você, O Dante, A Sá, O Rique e o Ariel me ajudassem.

Claro meu loiro. Você não precisa nem pedir. Qualquer coisa pra te deixar bem! - disse Beto segurando a mão do primo.

Fred sorriu. Rogério observava aquela linda cena. Sabia que um amava o outro. Fred nunca fez questão de esconder. Era bem emocional. Porém Humberto já era mais racional em questões sentimentais. Sabia que seu filho amava o primo. E também sabia que em breve, Humberto descobriria um novo sentimento pelo primo. Era só questão de tempo pra que isso acontecesse!

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Por volta das 16h da tarde, Fred, Humberto, Samantha, Dante, Henrique e Ariel estavam todos na casa do loiro. Fred achou que seria mais difícil do que estava sendo. Mas devia isso a companhia das pessoas que estavam lá o ajudando. Fred colocou tudo o que podia em suas malas de viagem: roupas, sapatos, acessórios, cadernos, porta-retratos, tudo. Demorou 3 horas para desmanchar um quarto que Fred levou 22 anos para construir. Com a ajuda de todos, tudo o que lhe pertencia já estava na frente da casa, assim como todos os outros, exceto Fred, que estava em seu quarto de ganso as portas do seu guarda-roupa. Olhou para o cômodo vazio e começou a chorar. Humberto estava subindo as escadas para buscar o primo, quando o viu sentado no chão, com a cabeça na parede e chorando. Sem demora, Humberto se aproximou do primo e sentou ao seu lado, puxando-o para um abraço.

Então é assim que tudo termina, Beto? - disse o loiro, aos prantos.

Humberto respirou fundo.

Nada vai terminar, apenas mudar de lugar Fred.

Mas essas paredes carregam lembranças de tudo o que eu me recordo. Principalmente as nossas lembranças.

Eu sei meu loiro. Mas você vai ter um lugar só seu pra você poder criar as suas próprias lembranças e carregar as que já estão com você.

Fred respirou fundo e levantou. Abriu as portas do guarda-roupa e tirou do fundo dele, um papel meio envelhecido. Naquele papel, havia o que Fred mais preservava no mundo: um desenho dele e de Beto, de mãos dadas num campo, com uma árvore bem desproporcional e um sol com carinha feliz. Era um desenho que Humberto tinha desenhado e presenteado o loiro. Fred entregou o papel para Humberto.

Esse pequeno pedaço de papel que você me deu quando tínhamos, sei lá, uns 7 anos, foi o melhor presente que eu já ganhei na minha vida. E eu vou levar ele comigo enquanto eu viver. Com esse papel, eu não preciso de mais nada nesse mundo, porque eu sei que com isso, eu vou ter você pra mim pra sempre!

Humberto pegou o papel da mão do primo e lembrou imediatamente do desenho que tinha feito, como se tivesse desenhado ele ontem. Não acreditava que Fred guardava aquele pedaço de papel sem valor algum, feito por uma criança de 7 anos.

Eu não acredito que você guardou esse desenho, Fred.

Sim Beto, guardei. Ele significa muito pra mim.

Humberto levantou e abraçou o primo com todas as forças que ele tinha. Como se quisesse fundir seu corpo no de Fred.

Fred sentiu aquele abraço apertado, e nele encontrou a paz que tanto precisava naqueles dias. Se restasse alguma dúvida pro loiro do que ele realmente sentia sobre Humberto, naquele abraço elas se dissolveram.

Era o Amor!

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Está aí mores. Aproveitem a leitura e fiquem à vontade pra comentarem. Volto em breve. Beijo pra vocês.

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Comentários

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HUMMMMMMMMMMMMMMMMM. SÓ FALTA AGORA O TONTO DO HUMBERTO PERCEBER. DE NOVO NÃO CREIO QUE FRED VÁ MORAR NA CASA DE ROGÉRIO E PILLAR. VEJO SOFRIMENTO PELA FRENTE SE ISSO OCORRER.

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