Vingança Adolescente. X

Um conto erótico de Little Boy
Categoria: Homossexual
Contém 2255 palavras
Data: 02/03/2018 18:27:06

Acordei pela manhã bocejando e por um segundo me sentei na cama e me lembrava vagamente de como aquela noite tinha sido estranha e perturbadora, tive sonhos horríveis de uma pessoa querendo minha morte, era tão real, sentia o medo durante o sonho, não entendi bem aquilo e o que fiz quando acordei foi entregar tudo nas mãos de Deus pedindo proteção.

Após esse momento deprê segui direto para o banho, sim, aquilo era o quê precisava; uma boa ducha de água quente para me limpar. Me arrumei para a escola e dei uma ultima olhada no espelho, queria estar bonito quando encontrasse com Henrique e ao pensar nisso um pequeno sorriso brotou em meus lábios em quanto terminava de arrumar em sua intenção.

Desci as escadas em direção à cozinha e faço um cara de surpresa ao ver meu pai ali, geralmente há essa hora ele costumava já ter saído.

-Mamis bom dia! Disse indo de encontro a ela. –Pai? Que milagre você aqui. Disse o abraçando ainda surpreso.

-Bom dia filho! Respondeu minha mãe me entregando meu copo de Nescau.

-É, pra falar a verdade eu já devia ter saído, mas esperei você acordar. Disse meu pai, seu olhar estava interrogativo, como se ele soubesse que eu estava escondendo algo dele.

O olhei com duvida e o logo rebati:

-Oxê, me esperar? Por quê?

-Porque quero saber mais sobre esse tal namorado que você arranjou. Ele terminou de falar aquelas palavras e tomou um gole farto de café me encarando esperando eu o responder. Eu dei um leve suspiro e com um meio sorriso falei olhando para minha mãe:

-Já contou mãe - falei com raiva -

-Era segredo? Desculpa. Seu sorriso se abriu e logo ela deu uma gargalhada enquanto me olhava.

Voltei o olhar para o meu pai dizendo: - Então, ele vai vir jantar aqui pai, acho que assim vocês se conhecem melhor. Esperei sua resposta meio acanhado, seila, aquilo era novo para mim.

-Ok filho! Seu sorriso voltou aos seus lábios e ele continuou: - Olha, eu não quero ser chato, aliás, só quero o seu bem. Não quero que você sofra e nem caia no papo do primeiro que se diz apaixonado por você, mas só quer te usar.

- Obrigado pai. Mas relaxa, o senhor vai ver que ele é ótimo. Por um segundo olhei mais atentamente para os meus pais e percebi o quão sortudo eu era, meu sorriso era tão alegre. – Ter pais como vocês me faz muito feliz, nunca me senti tão amado e aceito... vocês são tudo pra mim!

-Filho, a gente te ama. Minha mãe me abraçou e meu pai apertou minha mão.

-Você é o meu filho, e te amamos por ser esse menino/homem que nos da muito orgulho.

-Aff gente, eu amo vocês. Uma pequena lagrima desceu por meus olhos e eu logo a sequei me sentido maravilhoso e amado.

-Mas olha, quero esse garoto aqui pra conversarmos,ok? Disse meu pai novamente.

-Ta certo pai! Vou convida-lo para um jantar hoje caso ele possa.

Após todo aquele momento comemos e eu me despedi dizendo ir para o colégio. Meu pai saiu primeiro e foi às pressas para seu carro, mamis me ofereceu carona, mas eu recusei, eu sabia que Henrique não chegaria tão cedo lá. Fui caminhando pela rua e olhei para o céu que estava cinza, uma bela chuva iria tornar aquele dia mais fresco, e eu amei. Peguei o ônibus com meus fones de ouvidos ligados ao celular que me fazia querer dançar ouvindo "crazy in Love”, o ônibus estava lotado, Henrique morava perto de mim mas não sei porque nunca pegávamos o ônibus juntos; fui o resto do caminho em paz mas me lembrei do sonho e uma leve apertada se deu em minha mente, foi uma coisa tão estranha, tão ruim, me lembrei de Igor mas afastei tudo isso da minha mente.

Ao me aproximar da escola via pessoas me olhando e comentando entre eles enquanto eu passava, e isso apenas piorou quando de fato entrei na escola, eu parecia um famoso. Todos me olhavam, por um segundo eu tive receio, não me importava com o que eles estavam falando sobre mim, mas talvez eu tenha pegado pesado, me lembrei da manhã maravilhosa que tive com meus pais e foi impossível não pensar que se eles descobrissem algo mudaria entre nós. Levantei a cabeça e passava por eles normalmente, “tudo vai dar certo”, mentalizei. Passei pelos grandes corredores da escola e quando avistei minha sala um alivio invadiu meu corpo, “território conhecido”, pensei. Avistei as meninas junto com Matheus, Pablo e Rafael. Me sentei ao lado deles.

-Bom dia gente!

-Bom dia Menino do coração cheio de perdão - disse Matheus irônico -

-Hum gostei, acho que vou computar esse seu apelido - disse mais irônico ainda -

-Gente cínica é outro nível! Ele definitivamente disse aquelas palavras cuspindo.

Eu já tinha entendido naqueles pouco segundos que eles não estavam comigo, e foda-se, eu não tinha feito tudo aquilo para agora ser destratado por eles.

-Isso é pra mim? Cínico eu? O que você chama de cinismo eu chamo de autodefesa, se não gostou se joga na BR querido! Disse sorrindo, todos me olhavam, mas apenas Matheus falava comigo, mas era nítido a sintonia que eles tinham ao me olhar com julgamento. Matheus continuou e rebateu:

-Eu só acho que você dizer que quer perdoar e depois faz o que faz... é muita cara de pau.

-E quem disse que você tem que achar algo? Acorde, eu sei muito bem dos meus atos e sei o que me levou a fazê-los, cinismo mesmo querido é dizer "conte comigo" e depois por pura ignorância ser o primeiro a atirar a pedra.

O clima tinha ficado tenso de vez, não sei bem o que eles estavam pensando, mas eu só paguei na mesma moeda; se eu aguentei então Igor também conseguiria aguentar. Pelo visto eles não tinham entendido dessa forma e eu não bajularia ninguém para que me entendesse, tudo era claro, apenas se você fosse cego para não entender minhas ações. Olhei mais uma vez atentamente para todos eles e Matheus era o único corajoso a falar o que pensava, por isso até dava créditos a ele, mínimos, mas dava.

-Sinceramente, eu não gostei do seu show, pronto falei.

-Ah pelo amor de deus, vamos deixar de ser hipócritas, você no meu lugar faria pior, eu só dei a ele o que ele me proporcionou, estamos kits agora, e outra, se você não gostou eu já te disse: não me importa, fui eu quem senti a humilhação e nada mais justo do quê dar o troco.

Me olhar estava semi cerrado e fixo nele, e ele me olhava da mesma forma.

-Eu só ..... Logo o interrompi.

-Nem continue, por que eu estou feliz e não vai ser você e seus achismos que vai me fazer ficar irritado, você já disse o que queria, eu já computei e agora fim. E vocês,(apontei para o restante que nos olhava sem nem piscar) podiam pelo menos ter a coragem de Matheus de falar o que pensam na cara, se quiser me dizer algo essa é a hora, mas quando eu virar as costas e sair eu não admito fofocas, por que falar por trás é fácil, sejam dignos e corajosos pelo menos uma vez na vida de vocês.

Fuzilei a todos com o olhar e nenhum deles me falaram nada, todo o bem que sentia mais cedo parecia ter esvaído de mim, procurei pela porta da sala e sai daquele lugar que estava poluído, pelo visto o povo achou que eu tinha exagerado, mas foda-se o que os outros pensam você nunca será 100% certo para eles, caminhei sem destino pelo colégio e nem ligava mais pelos olhares que recebia. Sentei-me nas cadeiras do refeitório e pus meus fones de ouvido novamente, precisava sair desse mundo. Enquanto olhava minha playlist notei que alguém tinha sentado ao meu lado, quando o olhei meu sorriso tinha voltado com força para os meus lábios e uma sensação de segurança tomou conta do meu corpo, era ele.

-Aim amor que demora. Disse o abraçando forte. Ele parecia surpreso pela minha demonstração de afeto exagerada.

-Desculpa, acordei atrasado. Disse ele me abraçando de volta. – Tudo bem com você?

Eu me desprendi dos seus braços e o olhei, todas as lembranças daquele inicio de manhã passou pela minha mente e eu dei um meio sorriso.

-Eu fui para a sala e quando cheguei e me sentei perto dos nossos amigos, quer dizer, ex amigos... eu acho.

Uma interrogação se formou no rosto de Henrique e antes que ele dissesse algo eu continuei: - Matheus me disse que não gostou do que eu fiz, acho que perderei o contato com eles. Dá pra acreditar? Até parece que Igor foi santo nessa história.

Henrique me olhou por um segundo e logo me abraçou novamente: - Baby, eu tenho você e você me tem. Quer algo melhor que isso?

Ainda no seu abraço dei um sorriso ao ouvir aquelas palavras.

-Te ter é perfeito amor. Me soltei de seus braços o olhei e dei um selinho em sua boca. - Mas o ano ta quase no meio ainda e até acabar tem chão, esse clima chato vai continuar assim até o fim das aulas?

-Olha amor, depois isso passa daqui umas semanas outras coisas irão acontecer e ninguém mais vai lembrar-se disso. Dê tempo ao tempo. E nunca se esqueça de que você teve seus motivos, não deixe que ninguém te abata.

-Fato, me arrepender eu não me arrependo, só precisava mesmo saber que eu não estava sozinho nessa.

-Eu nunca te abandonaria seu bobo.

-Eu te amo! Me aproximei e dei outro selinho nele.

-Só isso? Eu acho que mereço muito mais do quê um selinho. Ele me olhava rindo e esperando minha atitude.

-Estamos na escola, um ambiente de educação, se comporte. O alertei sorrindo.

-Ah deixe de cena!

Seus braços ágeis logo me tomaram e sua boca se colou na minha, sua língua pediu espaço e eu cedi, em breve segundos fechei meus olhos e me entreguei, merecia e precisava daquele beijo, mas separei dele quando percebi que aquilo já tinha passado do limite.

-Chega né?

-Tá seu chato.

-Ah, hoje meus pais estão te convidando para jantar lá em casa, querem te conhecer. Ao ouvir aquelas palavras senti seus músculos se enrijecerem, seus olhos me fitaram com certo receio e eu vendo aquilo comecei a rir. Como ele era bobo.

-Hoje? Mas já?

-O que foi? Não quer me levar a sério? -disse provocando-

-Não é isso seu besta, só que não esperava ser logo, mas eu vou sim. Disse ele mostrando confiança no fim de suas palavras.

-Ótimo, vou falar com minha mãe quando eu chegar em casa.

-Tá certo. Ele me olhou confiante e apertou minha mão. - E então, acha que eu devo ir como? Social? Normal?

-Social? Perguntei rindo. -Calma, isso não é o nosso casamento. Disse enquanto ria novamente do nervosismo aparente que ele tinha.

-Não ria tô nervoso.

-Amor se acalma. – Vá normal mesmo, pelo amor né. Meus pais são bem legais, você vai conquista-los rapidinho.

-Espero.

O sinal tocou e logo entramos em nossa sala, à aquela altura eu nem ligava mais para o que os outros diziam de mim, sentamos Rique e eu na frente, apenas nós dois, Igor não tinha ido para o colégio, achei estranho mas não iria me preocupar com ele, tudo era passado e eu queria era curtir o presente e tudo dê melhor que o futuro me traria.

O dia foi bem normal dentro da realidade que estávamos às aulas normais e todo o resto parecia estar entrando em orbita novamente. No intervalo eu fiquei com Rique e os amigos dele ainda pareciam falar normalmente com ele e comigo, inclusive, o chamaram para jogar bola, mas Rique recusou e ficou comigo a todo instante, confesso que aquilo era maravilhoso. Logo o dia tinha passado e estávamos liberados, fomos juntos para o ponto de ônibus, fomos o caminho todo conversando papo com ele nunca faltava. Descemos em meu ponto e seguimos juntos até minha casa.

- Entregue. Disse ele com aquele sorriso que só ele tinha. – Tchau meu amor. Ele se aproximou e me deu um beijo rápido.

-Tchau meu lindo, até mais tarde, umas 19hrs aqui heim!

-Ta bom amor, vou curtir minhas últimas horas de homem livre e as 19h venho para cumprir com meus deveres de namorado. Seu riso estava estampado em seu rosto e eu apenas o olhei com um olhar de reprovação.

Beijamos-nos a contra gosto de minha parte e logo vi ele ir para sua casa, entrei rapidamente e liguei pra minha mãe confirmando o jantar hoje a noite e depois liguei para o meu pai também. Tomei um banho e almocei e passei o restante da tarde ansioso, eu falava com meu amor por sms e ele também estava ansioso, não me lembro de quando a ansiedade foi tão boa como estava sendo naquele dia. Minha mãe chegou as 17hr e começamos a arrumar o jantar, eu a ajudei na comida e arrumei a mesa, meu pai chegou por volta das 18:40h, vendo o horário subi e tomei outro banho, me arrumei e me sentia ótimo olhando meu reflexo no espelho, quando eu desci por volta das 19:05h a campainha tocou, me coração acelerou e minhas mãos estavam um pouco suadas, fui com rapidez em direção a porta e sorri a abrindo... era ele.

Continua...

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Comentários

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Já esperando há alguns dias o próximo... ;-; ANSIOSOOO!!! POR FAVOR POSTAAAA!

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Muito bom, não vejo a hora de continuar, ve se não demora hahahaha

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ei que legal que voltou! Pensei que esse conto tinha sido abandonado.

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