CARONA COM PRAZER

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 965 palavras
Data: 10/03/2018 14:53:51
Assuntos: Gay, Homossexual

Na tarde-quase-noite, o vento revolto da estrada prenunciava um aguaceiro iminente. Sentado sobre uma pedra, à margem do caminho, eu já recebera vários nãos a caronas solicitadas. Mais mecanicamente do que mesmo achando que pararia, acenei para um pequeno caminhão que despontara ao longe e se aproximava; passou por mim, como tantos outros, sem demonstrar intenção de parar, mas freou um pouco mais à frente.

Fui até lá e o motorista, um senhor calvo, mas grisalho nos poucos cabelos que tinha, perguntou-me para onde ia. Ao ouvir minha resposta, indagou se não me incomodava de ir na carroceria, já que na boleia não havia espaço – foi, então, que notei uma senhora e um garoto, ao seu lado. Falei que não havia problema, agradeci e subi – a folgada bermuda que eu usava facilitou o embarque. Havia um rapaz magrinho, novinho, sentado sobre um pequeno tamborete, escorado no “gigante” do caminhão, a quem cumprimentei, recebendo, de volta, um resmungo e um aceno de cabeça.

Tratei de me ajeitar entre alguns objetos distribuídos pela carroceria; percebi que o melhor lugar era de pé, escorado na parte frontal da carroceria, ao lado do rapaz. Como ele não demonstrava muita disposição para conversar, não importava que eu me posicionasse fora do alcance de seus olhos. O carro partiu e o vento no rosto me fazia bem. As estrelas não apareciam no céu, embora o sol já tivesse se recolhido. Eu estava maravilhado, admirando aquela paisagem única.

Vez em quando, com as manobras do caminhão, nas curvas e buracos da estrada, meu corpo era jogado para um lado e para o outro. Eu tentava me segurar e manter o equilíbrio, mas não podia evitar de, vez ou outra, sentir minha perna roçando na do meu silencioso companheiro de carona.

O contato dos corpos, o vento frio da noite chegante e o inebriar do momento, foram me excitando. Comecei a sentir minha rola endurecer. Não me preocupei em disfarçar – a penumbra se encarregava disso.

Foi quando senti um braço encostado na minha perna; a princípio imóvel, como a se apoiar nele, mas, com os movimentos do veículo, fui sentindo a pressão aumentar gradativamente. Agora não era mais só impressão: o rapazinho estava realmente acariciando minha perna; no início despretensiosamente, mas aos poucos tornando-se mais incisivo e ousado.

Deixei-me levar pelas carícias, e quando o caminhão fazia a curva, eu me deixava ralar no corpo do rapaz, despudoradamente. Quando sua mão subiu pela minha coxa e já chegava perto da minha pica, movimentei-me, ficando de frente para ele; como estava sentado, minha rola ficou na altura de seu rosto.

Como se esperasse aquela mudança, ele subiu, com a outa mão, pela outra coxa, e minha rola foi envolta pelas duas mãos, já ensaiando um leve movimento de masturbação. Ele, então, puxou minha bermuda, libertando um pau duro e atrevido, que foi delicadamente lambido e aos poucos engolido por não menos ousada boca, que me sugava em silêncio e cadencialmente.

Eu gemia, olhando o céu cinzento, sentindo minha rola naquela boca molhada e ágil, quando senti o primeiro pingo na testa; outros e outros mais e seguiram, e o temporal desabou. Mesmo assim, meu amigo não diminuiu o ritmo do boquete; ao contrário, estava ficando mais frenético, e eu sentia o gozo se reunir nas extremidades do meu corpo ensopado, concentrar-se na minha genitália e explodir, em jatos violentos, enquanto meu corpo se contraía e eu urrava baixinho de prazer.

O silêncio e a tranquilidade voltaram a reinar, só se ouvindo o tamborilar dos pingos sobre o teto da boleia; o caminhão deslizava pela estrada molhada, numa velocidade menor que a anterior. Os faróis acesos, enchiam a estrada, à frente, de reflexos desconexos e curiosos.

Ouvi, então, a princípio quase imperceptivelmente, mas aos poucos aumentando, um barulho cadenciado, que logo identifiquei ser o rapazinho batendo uma punheta. Aproveitando-me da posição em que ainda me encontrava (de frente para ele), livrei-me da bermuda e fui me agachando, devagar e no escuro, até que senti a cabeça de sua rola dura encostar na minha nádega esquerda. Ele, então, encaminhou sua pica ao meu cu e eu fui sentando: sentindo aquele ferro abrindo caminho por entre minhas pregas, fui me desmanchando entre estranhas sensações, até senti-lo inteiramente dentro de mim.

Parei de me mexer, pois a entrada fizera meus músculos se retesarem e uma dor forte se espalhava pelo meu rabo. Aproveitando-me da aproximação de nossos rostos, tomei-o entre minhas mãos, e tateando com os lábios, encontrei-lhe a boca, que já estava avidamente aberta a me receber. Nossas línguas misturaram-se com suave violência.

Quando fui sentindo meu cu se habituando com aquele mastro entalado ndele, comecei a movimentar os quadris, a rebolar, a levar meu corpo para frente e para trás. O rapazinho gemia com a boca na minha boca, depois no meu ouvido, dizendo-me palavrões cabeludos em sua voz aguda e gutural, que finalmente eu ouvia.

Fui acentuando os movimentos, tresloucadamente, sentindo a cabeça de sua rola encostando na minha próstata, provocando uma onda esquisita de prazer. Percebi minha própria rola se reanimar, e, pressionando sua barriga, endurecer. Redobrei as estocadas, rebolando na pica daquele macho e me esfregando no seu corpo molhado pela chuva, como qualquer cadela no cio, enquanto o temporal nos envolvia.

O trovão que reboou sobre nossas cabeças confundiu-se com o urro que ouvi daquele rapaz, ao explodir dentro de mim todo seu gozo. Enquanto sentia sua gala escorrendo pela minha coxa, e sua rola escapando do meu cu piscante, notei-lhe novamente me punhetando, loucamente. Senti o prazer se aproximando em pouquíssimo tempo, e também explodi na sua mão todo o meu mel.

A chuva foi amainando, aos poucos, e, adiante, vislumbrei mesmo um ainda resto de sol, na estrada, como a sorrir, satisfeito, de nossas caras estampadas do mais puro prazer.

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Comentários

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Muito bom mesmo. Tudo como gosto, sem nomes, sem compromisso só prazer. Descrição perfeita da cena, cheguei a visualizar e obrigado gozei também.

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Obrigado, Kherr. Se vc "kherr" mais, tem mais. Visite meus outros contos e comente-os.

Obrigado pela visita e pela leitura, Valtersó. Não sei exatamente em que o completo desconhecimento dos parceiros é complicado, mas respeito seu pensar.

Obrigado, Oldack, pela leitura e comentário. Conheça os demais de minha autoria. Abraço agradecido.

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Narrativa ousada, um deleite cada detalhe: o ambiente, os movimentos dos corpos, a descoberta do tesão mútuo, a chuva e o por do sol como testemunhas de uma prazer não combinado, porém intenso. Receba meus sinceros cumprimentos.

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EXELENTE. NEM AO MESNOS SE CONHECEM. NÃO SABEM NADA UM DO OUTRO. COMPLICADO ISSO. MAS VALEU

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Belo conto!! Excitante e bem escrito. Parabéns!!

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