Ponto Assassino Ep. 3

Um conto erótico de Gabriel Nunes D. Lima
Categoria: Homossexual
Contém 1525 palavras
Data: 21/02/2018 21:01:44

4° PARRISH

O departamento de polícia do estado da Carolina do Norte, estava uma loucura quando cheguei, na manhã de segunda-feira. Eram oficiais correndo de um lado para o outro, um trombando um no outro, estranhei o clima logo de primeira.

── Parrish, na minha casa, agora. ── disse o chefe do departamento, Churk.

── Sim, Senhor, estou indo, chefe ── disse cautelosamente.

Parrish caminhou se até sua mesa, com intenção de guarda sua pasta de arquivos antigos de tráfico de drogas na região. Mas a sua versão pequena e magra o fez parar no meio do caminho, Tyler se encontrava entre Parrish e a sua mesa.

── Soube o que aconteceu ontem? ── perguntou Tyler. ele tinha em seu olhar um pouco cansado, como se não tivesse dormindo.

── O que foi agora Tyler? o Churk quer me ver, então se vai me encher o saco, pode ir embora, por favor ── Parrish não estava com paciência para aturar Tyler naquele momento.

── Calma aí cara, só iria te falar se você queria ser meu parceiro em um caso hoje, suicídio que ocorreu ontem em uma cidade aqui vizinha ── Tyler, passou uma pasta branca que continha fotos e detalhes da perícia médica e a causa da morte.

── Drogas? ── perguntou Parrish. Olhando a ficha da vítima, ele já sabia o que tinha sido a causa da morte, e mesmo assim era bom perguntar.

── Sim, overdose de oxicodona, parece que injetou demais a droga, nem teve a chance de uma ressuscitação, morte instantânea ── concordou Tyler.

── Ok, só vou ver o que o Churk quer e nós já vamos. ── disse Parrish, ele o entregou de volta a pasta e desviou de Tyler, indo em direção a sala do Churk.

── Isso!! ── disse Tyler, Parrish não queria ouvir, mas, não deve jeito, Tyler era completamente tapado e sem noção. Mas o que ele poderia falar? Desculpa, mas não gosto de rosquinhas? Ou acho que não estou afim de um taco de beisebol. Isso soaria ridículo para ele e para Tyler também.

Parrish bateu na porta logo entrou na sala de Churk, que estava lendo alguns relatórios sobre o “Detonador” um traficando conhecido da área.

── Queria falar comigo chefe? ── perguntou Parrish, fechando a porta logo em seguida.

── Sim, sente-se o que eu tenho que falar será breve ── Churk está sério, mais do que o normal. Não era da natureza dele, já que na maioria ele sempre brincalhão.

── Fiz alguma coisa de errado, Senhor? ── Parrish estaria, mas nervoso se não fosse pela descarga de estresse que ele descontou em Tyler.

── Não! Imagina, quero te dar uma posição nova, estou o nomeando a chefe de Polícia do departamento do estado da Carolina do Norte ── disse Churk, se Parrish fosse mulherzinha ele teria chorado e a abraçado Churk. Mas isso não aconteceria, eles eram homens crescidos.

── Seria uma honra, Senhor obrigado ── foi só o que Parrish conseguiu emitir em bom e alta voz.

── Estou no cargo a 20 anos, acho que já hora de eu tirar umas feria, quem sabe um cruzeiro. ── disse, Churk perdido em meios a pensamentos. Churk não era um quarentão que todo mundo conhecia, não era arrogante e nem chato, ao contrário disso. Era o melhor chefe que se podia ter.

── posso conversa com o senhor, mas tarde? Tyler me pediu para ver um possível suicídio ── Parrish, levantou e estendeu a mão para Churk com intenção de fechar o acordo entre eles. As mãos brancas de Churk segurou firme as mãos de Parrish. Selando o acordo entre eles.

Parrish dirigia silenciosamente, não queria estragar o silencio que se prendia dentro do carro, ele precisava pensar um pouco sobre o Churk tinha lhe falado sobre o seu novo cargo. O que ele falaria para Tyler?

Tyler era o filho mais novo de Churk e o único policial depois do pai, o que complicava mais as coisas. Mesmo ele sendo um pouco insuportável, era legal as vezes ter ele por perto.

Não demorou muito para eles chegarem nas docas, alguns policias se encontravam lá, alguns conversando com alguns drogados e sem-teto. Parrish torceu para que Miguel, não estivesse entre uns deles. Miguel era uns de seus amigos de infância, que não teve um final tão feliz quanto o de Parrish. Por conta de um acidente trágico envolvendo seus pais quando ele tinha ainda 17 anos, o levou a um caminho sem volta, foi preso algumas vezes por vandalismo, tráfico de drogas e roubo, apesar da ajuda constante de Parrish, ele continuou nesse caminho, perdeu a casa dos seus pais, que tinha herdado. E suas economias foram se reduzindo com o tempo. E no fim estava sem nada, largado em um local de marginais.

Apesar de tudo que tinha acontecido entre eles, na infância. Ele nunca deixaria de ser preocupar com Miguel. Uma amizade de infância não morria assim, eles tiveram suas diferenças no colegial, mas ainda tinham uma conexão, como se fossem irmãos.

Tyler pode ver o olhar preocupado preso no rosto de Parrish, ele desviou o olhar para frente, já imaginando do que se tratava, Parrish não era muito de demonstrar emoções, mas quando se tratava de Miguel, tudo ia ladeira abaixo, as emoções estavam estampadas no rosto de Parrish, foi evidente não perceber isso.

── Parrish, não vamos descer? ── perguntou Tyler. Abrindo a porta do lado do passageiro.

── Vamos sim, desculpe-me ── Parrish, desceu do carro. Apreensivo tinha que saber se Miguel, estava ali, já fazia semanas que não tinha notícias dele, nem mesmo uma denúncia, isso o deixaria mais preocupado ainda.

Enquanto ele caminhava seu coração acelerava, caia e recomeçava a bater forte. Era um sentimento de perda, dor e tristeza que ele sentia no momento.

Uma sensação de alivio passou pelo seu corpo, quando ele viu Miguel de costa para ele conversando com Ian outro policial que estava no local. Parrish pode sentir o seu coração parar de bater e volta a bater. Ele teve que parar de andar para esperar a sua respiração ser normalizada. Tyler sem perceber, a parada de Parrish, seguiu lentamente em direção a Ian.

Assim que percebeu que tinha se recuperado seu controle corporal, Parrish caminhou apressadamente em direção a Miguel. Sem esperar alguma coisa dele, Parrish o abraçou, sentindo o seu corpo já magrelo. Miguel se surpreendeu com o contato físico de Parrish. Mas não falou nada.

── Onde você esteve? Porque sumiu? O que estava fazendo? ── questionou Parrish, ignorando a presença dos policias, que estavam em volta, prestando atenção na conversa.

── Estava por aí. Ai cuidado ── disse Miguel, se livrando do abraço de Parrish.

Parrish franziu a testa e contra a vontade de Miguel, subiu a camisa de Miguel. Um hematoma roxo quase em um tom preto se estendia na parte de baixo do estomago de Miguel.

── O que aconteceu com você, Miguel? ── perguntou.

── Nada, foi um cara que tentou me agredir ontem. Só que uns amigos meus chegaram na hora e o filho da Égua fugiu

── disse ele, dando os ombros.

── O que temos aqui? ── Tyler mudou de assunto, como modo de estragar o momento afetivo de Parrish e Miguel.

── jovem de 20 anos, overdose por oxicodona, não teve chance nem de chegar ao hospital, o corpo está ali na ambulância. Se quiserem dá uma olhada ── disse Ian. Caminhando de volta para o seu carro.

Parrish não pode não reparar em algumas marcas rastro na terra marrom logo a frente dele, ele caminhou em direção as marcas e abaixou tendo a intenção de tocar no chão marrom marcados pelas pegadas marcadas no chão. Ele se levantou e pôs o pé direito sobre a marca de sapato que tinha no chão. E ficou surpreso com o que tinha percebido.

── Tyler vem aqui, um instante por favor ── disse Parrish, dando um passo para trás.

── O que foi, Parrish? ── perguntou Tyler, assim que chegou perto de Parrish.

── Fique aqui, bem de costa para mim ── Parrish, não saberia explicar o que passava pela sua cabeça naquele momento. Ele não poderia explicar de uma forma exata para Tyler.

Tyler recuou um passo, confuso com o convite de Parrish.

── para que? ── questionou ele. Ainda com dúvidas, do que Parrish tinha em mente.

── confie em mim, por favor── foi somente isso que Parrish disse. Ele precisava ter uma noção do que ele estava pensando.

Tyler gentilmente, foi para frente de Parrish, e ficou de costa pare ele, aguardando alguma movimentação vinda da parte dele. Não demorou muito para Parrish agarrar cuidadosamente o pescoço de Tyler com uma mão e a outra livre para passar embaixo do braço esquerdo de Tyler. O laçando como um abraço de uma jiboia, ele pensou no que poderia ter acontecido. E assim que viu do que se tratava Parrish arrastou gentilmente Tyler para trás levando até onde as marcas de rastro que tinha visto no local. Os rastros pararam ao lado de um carro velho e todo destruído. E aí ele ter a conclusão do que ele tinha suposto.

Parrish libertou Tyler do abraço e pensou um pouco sobre o que tinha desvendado.

── Parrish o que foi tudo isso? ── Tyler quis saber. Ainda confuso da ação de Parrish.

── ela, a garota não teve overdose. Ela foi assassinada ── disse Parrish ainda olhando para os papelões que se encontravam no chão ao lado do carro.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive bielzin a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários