O Príncipe e o Caçador - Parte I

Um conto erótico de Contos em Série
Categoria: Homossexual
Contém 2033 palavras
Data: 21/02/2018 12:31:35

Depois de um bom tempo parado voltei a escrever. Escrevi este conto que inicialmente era pra ser o conto único mas a história foi crescendo e eu resolvi dividi-la em 4 partes. Espero que vocês gostem. :)

Parte I – Lancelott

– Deveríamos retornar – Lancelott IV ordenou mas sua voz vacilou fazendo com que suas ordens parecessem mais um pedido. Quase uma súplica. Seu corpo magrelo tremia no frio e ele se amaldiçoou por não ter trago consigo as roupas que geralmente usava quando seu pai o obrigava. Costumava se sentir desconfortável com o calor que elas proporcionavam e desejou o calor daquelas roupas ridículas novamente.

– O rei ordenou que você ficasse comigo durante todo o processo e é isso que você vai fazer – sua voz grave soou firme. Lancelott gostou disso. Ninguém no reino ousava questionar suas ordens mas aquele rapaz parecia ter perdido a noção do perigo. Lancelott lançou um olhar sobre o rapaz.

Kyle era o inverso de Lancelott. Com 23 anos tinha o corpo bem definido pelo trabalho como ferreiro e caçador do reino. Era bem alto. Quase dois metros. Sua pele tinha um tom mais escuro que o de Lancelott e sua camisa entreaberta revelava um peitoral bem definido com alguns pelos bem acentuados. Seu cabelo era baixo, diferentemente do de Lancelott que o pai já pedira várias vezes que ele o cortasse. Lancelott já havia notado Kyle em algumas das suas caminhadas pelo reino. Ele chamava bastante atenção mas isso não era o suficiente para fazer com que o rapaz petulante zombasse da sua autoridade.

– Você questiona minhas ordens. O príncipe do reino. Meu pai já levou pessoas para forca e para guilhotina por muito menos. – falou tentando manter a voz firme mas Kyle abriu um sorriso. “Droga, esse sorriso...” Lancelott pensou e, antes que pudesse concluir, sua linha de pensamento foi interrompida por Kyle.

– Como você mesmo falou, você é o príncipe do reino. O rei ainda não morreu então não tenho que ficar atendendo os pedidos de uma pessoa imatura. Quanto as suas ameaças elas me assustam tanto quantos essas lendas sem fundamentos que contam para crianças como você se comportar. – respondeu irritado.

– Criança? Eu tenho dezoito anos. Sou um dos alunos mais inteligentes do Instituto de educação. Tenho notas máximas em disciplinas difíceis como Análise de Mercado, Estratégias Comerciais Avançadas – se vangloriou esperando que o seu mini monólogo calasse seu acompanhante.

– E aqui está você, precisando de mim para aprender como caçar e não morrer de fome caso alguma coisa aconteça.

– Não preciso de você. Meu pai que insistiu que eu deveria aprender a caçar. Eu acho desnecessário ter que aguentar você e...

– É desnecessário aguentar você, eu poderia ter recusado o pedido do rei. – Kyle falou tentando parecer o mais calmo possível.

– Eu não acho que isso seria possível. Você é o melhor caçador do reino. Meu pai não tinhas outras opções tão boas. – Lancelott logo se arrependeu de ter elogiado o rapaz que agora dava um riso de satisfação como alguém que tinha vencido uma batalha. Kyle conseguia mexer com ele de uma forma que ele não conseguia explicar. Era estranho. Sufocante. Mas era muito boa.

– Vamos parar agora, amanhã começamos seu treinamento – ele fala e encontra um lugar para se deitar, remove a camisa que antes vestia, mostrando seu corpo novamente e deixando Lancelott sem ar. Ele pega dois casacos com um tecido bem mais grosso do que o tecido que eles estavam vestidos e joga um na direção de Lancelott que se veste sem tirar a roupa que estava usando. Não houve mais conversas. O único barulho que se fazia presente era o da respiração dos dois. Não teve um “boa noite”. E, de certa forma, o silêncio fez com que Lancelott pensasse bastante nos novos sentimentos que estavam aparecendo. Adormeceu com um nome em sua mente...

Acordou com um barulho e percebeu que Kyle não estava mais do seu lado. A lenha que alimentava a fogueira e os aquecia agora se resumia às cinzas. Levantou-se com um bocejo longo e caminhou lentamente seguindo o barulho. Abriu caminho por entre algumas plantas com as mãos e quase caiu para trás com a visão. Na borda do rio estava Kyle deitado, sem camisa, com as mãos juntas abaixo de sua cabeça. Seus olhos estavam fechados o que deixou Lancelott continuar a observar furtivamente o corpo do homem a sua frente. Seu membro começou a enrijecer na calça com a visão. Pensou em masturbar ali mesmo com aquela vista. Suas mãos já estavam em um vai em vem mesmo por cima do fino tecido. Mas, antes que pudesse por seu plano em prática, Kyle abriu os olhos e seus olhos encontraram o de Lancelott.

– Vai ficar aí o dia todo ou vai se banhar logo pra gente começar – Kyle falou meio arrogante.

“Um arrogante muito gostoso, mas ainda assim um arrogante” Lancelott pensou. Já deveria estar acostumado a conviver com pessoas desse jeito. Pessoas como seu pai que costumava humilhá-lo até mesmo em jantares familiares. Mas algo em Kyle o incomodava bastante. Não respondeu às provocações e se jogou na água fria. Mergulhou por alguns segundos e emergiu olhando novamente na direção de Kyle. A postura dele ainda era a mesma. Só que agora ele mostrava-se mais sério. Lancelott pegou uma porção de água em suas mãos e jogou na direção de Kyle que levantou-se e o encarou sério.

– Lance, o que você acha que está fazendo? – falou com a voz bem irritada.

– Lance? Gostei do apelido – Lancelott falou deixando Kyle sem graça. Lancelott pegou mais uma porção de água e jogou novamente em Kyle que começou a correr na direção de Lancelott que corria também mas a agilidade de Kyle prevaleceu e sua mão alcançou o braço de Lance que girou e sua cara foi ao encontro do peito de Kyle. Os dois ficaram se graça ao perceber que algo mais acontecia ali. Suas faces estavam muito próximas e qualquer observador poderia jurar que aconteceria um beijo daqueles neste momento mas Kyle se afastou abruptamente.

– Não demore muito na água ou você pegará um resfriado – advertiu e virou tentando ignorar o ocorrido.

Lancelott terminou seu banho e correu na mesma direção pela Kyle tinha saído. Saiu correndo para tentar alcança-lo quando sentiu algo jogá-lo longe. Suas costas doeram ao baterem no chão. Ele tentou olhar para sua frente e viu o que tinha o atacado. Um urso enorme caminhava e sua direção. O urso aproximou-se novamente e Lance levantou seu braço tentando se defender. As garras do animal arranharam seu braço. Ele gritou de dor e começou a pensar que esse seria seu fim. Outro urro de dor se propagou na floresta. Mas desta vez não era de Lance. Era do urso. Uma flecha tinha acertado seu ombro e o animal virou-se na direção oposta e Lance pode ver Kyle com o arco na mão. Kyle pegou novamente uma flecha e atirou no urso novamente. Desta vez seu braço foi atingido mas isso só serviu para retardar um pouco o animal que ainda corria na direção de Kyle. Kyle pegou um machado e a criatura jogou suas garras na direção dele mas ele foi mais rápido e se esquivou do ataque e em um movimento rápido desferiu um golpe na barriga do urso. Isso foi a última coisa que Lance viu antes que desmaiasse...

Quando acordou percebeu que já escurecia e que seus ferimentos estavam cobertos por um pedaço de pano. Kyle o olhava apreensivo.

– Você está melhor? Como você se sente? Foi tudo minha culpa! Eu não devia ter deixado você sozinho. – Ele comentou bem rápido e Lance teve que se concentrar pra entender o que ele falava.

– Calma. Você está exagerando, você salvou minha vida – Lance tentou acalmá-lo mas não deu muito certo. Ele continuou andando de um lado para o outro. Lance levantou e o parou e levantou seus braços e tocou o rosto de Kyle. Suas faces estavam perto novamente. Mas desta vez não houve hesitação. Pelo menos não por parte de Lance. Ele beijou Kygo rapidamente. Os olhos de Kyle pareciam surpresos após o beijo. Lance já estava se questionando se deveria tê-lo beijado quando Kyle o puxou para si e o beijo novamente. Desta vez o beijo foi mais selvagem. Kyle o beijava como se fosse o último beijo dos dois e suas mãos agora estavam na bunda de Kyle e apertava-a. O beijo cessou novamente.

– O que estamos fazendo? – Kyle falou mas Lance o interrompeu colocando um dedo em seus lábios pedindo que ele se calasse. Pediu que ele se deitasse e assim ele o fez. Deitou-se e Lance continuou beijando-o mas agora descia pelo seu corpo. Percebeu que o membro de Kyle estava duro e parecia que iria rasgar sua calça. Lancelott não sabia muito bem o que fazer. Mas uma vez seu pai pagara uma prostituta para que ele se deitasse com ela. A experiência tinha sido boa, mas Lance sentia que faltava algo. Não se sentia atraído pelas mulheres como se sentia atraído pelos homens. Ele voltou de seus pensamentos. “Se papai pudesse me ver agora”, esse pensamento o divertia. Gostava de ser rebelde às vezes. Seu pai sempre foi muito controlador. Era bom se sentir livre de vez em quando. O mastro de Kyle parecia ficar mais duro e Lance logo o tirou da calça e começou um movimento de vai-e-vem com as mãos.

– shhhhhh – O gemido de Kyle fez com que Lance tomasse coragem de colocar o membro em sua boca. Assim que o fez começou lentamente. Não conseguia engolir tudo mas se esforçava e se divertia enquanto o fazia. Chupava com gosto como se fosse uma balinha que costumava chupar quando era criança. Se sentia nas nuvens ao fazer aquele macho na sua frente gemer. Começou a masturbá-lo enquanto chupava a cabeça com maestria que nem parecia que era iniciante no sexo oral.

– Que boquinha gostosa. Ahhhhh. Tira da boca. Eu vou gozarrrr. – Kyle falou mas Lance não lhe deu ouvidos e esperou que o líquido entrasse em sua boca e o bebeu. Kyle o puxou para mais um beijo selvagem e o levou para o chão e tirou sua roupa. Ficou admirando por alguns segundos a beleza do corpo a sua frente. Olhou os peitinhos de cor rosa de Lance e encaminhou sua boca em direção a eles. Depois de alguns segundos desceu com sua boca em direção ao pênis de Lance e o chupou por alguns minutos antes de erguer as pernas do garoto para cima e contemplar sua bundinha. Começou a lamber o buraquinho entre suas nádegas enquanto o garoto gemia e para completar começou a punhetar o garoto lentamente. Dois minutos e o menino gozou em seu peito fartamente.

– Isso foi...incrível. Você é incrível – Lance falou puxando Kygo para mais um beijo.

– Gostei muito também. Não lembro de uma transa tão boa em minha vida. Eu nunca transei com um homem. Com você foi minha primeira vez. Mas não podemos fazer isso de novo. Você é da realeza e eu sou só um ferreiro.

– Não me importo com o que você é, você foi a primeira pessoa, em toda minha vida, que me fez sentir completo. Eu não ligo pro trono, nunca liguei.

– Não diga isso. Você deveria se casar e manter a linhagem real. E, se o rei descobrisse, ele mataria nós dois. Não podemos levar isso a diante. Pelo bem do reino, e pelo nosso bem.

– Tudo bem, eu não sou obrigado a fazer as vontades do meu pai, mas vou tentar ficar longe de você, mas ainda temos uma semana de caça antes de retornarmos ao reino. – falou dando um sorriso safado. Os dois ficaram conversando por algum tempo. A maioria dos assuntos eram relacionados a Kyle porque Lance declarara que sua vida era muito monótona além do fato de que ele era o filho do rei o que o tornava um livro aberto pelo menos a maioria de suas características. Os dois se despediram com um breve boa noite tendo a certeza de que um habitaria os sonhos do outro. Eles tentavam se enganar que não fariam mais o que tinham feito mas eram inteligentes o suficiente para saberem que não conseguiriam...

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