Cap 46 - Jéssica Albuquerque

Um conto erótico de R Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 1171 palavras
Data: 16/02/2018 12:56:25

Esse capítulo dedico a Dona Nádia.

✝️✝️

Para sempre será lembrada e querida em nossos corações.

Fê, estarei contigo sempre

_._._._

Sabe quando acontece algo que não temos reação e ficamos com a cara travada com a boca aberta? Foi assim que fiquei. Meus olhos ficavam fixos na menina a minha frete. Ela estava muito vermelha por motivo óbvio: a raiva. Queria brincar de Avestruz e enfiar minha cara num buraco não chão. Consegui falar após ouvir Mel rindo da situação.

- Irmã? Mas você é uma mulher!

- Sim, tanto que se eu fosse homem seria irmão.

- Não é disso que tô falando. Melissa sempre se refere a você como irmãzinha. Imaginei uma criança. Sei lá, de no máximo 10 anos. E você tem quanto? 15?

- Sim.

- Desculpa por isso, Larissa. Desculpa pela péssima primeira impressão que você teve de mim.

- Não tinha outro jeito de se apresentar a mim? É assim sempre?

- NÃO! Lógico que não, foi só um surto de...

Quando percebi o que ia falar me calei. Sei que ela entendeu muito bem o que eu queria falar. Disfarcei e olhei para Mel, que tinha a vista presa para um horizonte só dela e tentei chama seu nome uma, duas três vezes em vão. Larissa começou a estalar os dedos em frente ao rosto trazendo a irmã do fantástico mundo da Melissa.

Logo após fomos para a praça de alimentação, comemos, conversamos um pouco e voltamos para casa. Elas pediram um taxi e eu voltei para meu apartamento, subi pro quarto onde Garfield já me esperava miando. Peguei meu gato e deitei na cama.

- O que eu vou fazer agora, Garfield? Aquela mulher me deixa louca! - Eu falava e o bichano emitia um ronronado frenético me fazendo perceber que estava pedindo conselhos a um animal. - Bem, você me mordeu no dedo, então prepare suas orelhas para me ouvir. Vocês, gatos, tem mais de 25 musculos na orelha, impossivel que isso tudo seja realmente para ignorar os humanos quando nós os chamamos.

Tive uma longa conversa com ele que, curiosamente, parecia prestar atenção a cada palavra que eu falava.

- O papo tá bom mas vamos dormir agora.

Agarrei o travesseiro, meu companheiro deitou colado aos meus pés e dormimos.

As folhas do calendário começaram as passar depressa que só percebi que tinha quase duas semanas que não via minha amada quando meu pai me ligou informando que íamos viajar em dois dias para comemorar o natal perto dos meus tios em Campos dos Goiacazes, no interior do Rio de Janeiro. Era de costume minha família se juntar para as festa de final de ano. Um ano nós íamos, no outro eles vinham, e esse ano era a nossa vez de ir.

Única coisa que pensei foi em Melissa, que ficaríamos mais um tempo sem sentir seu corpo, seu cheiro, seu gosto. Minha mãe viria me buscar após seu trabalho e tinha que arrumar logo a mala. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Mel informando da minha viagem e a volta somente no dia 3 de Janeiro do proximo ano.

Ela me respondeu com um emoticon triste e mandou uma foto bem provocante de toalha para mim, seguido de um "Te espero ansiosa para que tu me faças sua"

Já a noite, na casa de meus pais, recebi o questionário mais chato possível

- E aquele rapagão que te levou no hospital?

- Diego? Que que tem?

- Estão namorando?

Eu estava sentada no sofá, com o cotovelo apoiado no braço do mesmo. Nem me dei ao trabalho de sair da minha confortavel posição para olhar pra minha mãe.

- É serio, mãe? Nem pra esperar meus Tios na hora da ceia perguntarem "E os namoradinhos?'' - Disse com tom de deboche. - Ele é meu amigo, estava me ajudando.

- Não sei por que não algema aquele garoto. Lindo, educado, cheiroso, com postura, cara de gente.

- A senhora gostou dele?

- Sim.

- Então espera seu marido morrer e casa com ele.

- Tá abusada essa menina. Não te criei assim não, Dona Jéssica.

- Tá bem, mas o comercial acabou e a novela voltou, Vamos prestar atenção na tv?

- Só vou por que quero saber quem é pai dele.

Tenho que assumir que sou uma amante nata de novelas, não costumava perder um só capitulo quando morava com meus pais. Hoje em dia assisto esporadicamente, contudo, sempre leio o resumo em alguma pagina de fofoca que sigo nas minhas redes sociais.

A novela acabou, minha mãe ja roncava na poltrona ao lado do sofá. A chamei e fui pra cama enquanto ela se orientava de onde e qual ano estava. Eu tinha perdido meu quarto para o escritório dos Albuquerque, o que me restava o quarto de hospedes. A cama não era das melhores, mas era só por um dia, amanhã já seria o dia da torturante 3/4 horas de viajem ate os familiares de tão tão distante. Isso se o senhor Albuquerque não quisesse fazer suas “paradas estratégicas” pelo caminho.

Claro que como eu iria passar muitos dias fora e Mari estaria de folga por esses dias levei Garfield comigo para sua primeira viagem em família. No começo ele estranhou um pouco o carro, ficando deitado no meu ombro, depois foi um fogo no rabo que não parava. Com o ar condicionado ligado as janelas ficavam fechadas dando total liberdade ao felino hiperativo que destruía o estofamento do carro do meu pai que xingava de um lado e minha mãe ria do outro. Nós três sempre nos demos bem, tinha aquela briga ali, reclamação de lá... Dentro da normalidade de uma família. Me apoiavam em tudo o que eu queria, porém minha dúvida era: será que eles iriam me aceitar?

Horas depois na longínqua terra dos parentes intocados chegamos com quatro horas e meia de viagem. Ao abrir a porta, quando teve oportunidade, Garfield correu pro primeiro monte de areia que viu. A parentada se comprometendo, os primos que você pegou no início da adolescência todos altos e Bonitos, as primas que você nunca tinha reparado estão gostosas e com corpão.

Era muito bom estar com minha família toda, mas a saudade da minha ruiva. Mesmo as mensagens trocadas diariamente não supriam a falta que ela deixava. Horas passaram, dias passaram, o natal passou, a semana passava mas a saudade dela não. E aumentou quando eu recebi uma ligação inesperada. Estava tomando banho de sol na beira do rio quando o celular toca, tentei tampar a claridade do sol com as mãos sem sucesso. Atendi sem saber quem era.

- Alô? – Atendo desconfiada.

- Oi, amor.

O coração quase sai pela boca. Era ela. Aquela voz linda, doce, tímida mas cheia de marra.

“Não acredito que ela me ligou. Guenta firme, coração.”Olá, amores.

Estou aqui de novo com mais esse capítulo e espero que tenham gostado.

Meninas que me mandam e-mail, até avisei pra algumas, não sei pq mas está chegando com Spam. Por isso demoro ou acabo não respondendo. Me desculpem.

Email

pittaraquel23@gmail.com

Bjs e até a próxima!

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Comentários

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Pelo amir de algo que vc ama muito kkk... não pare!!!

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Pitta do ceu vivo ansiosa pelos proximos capitulos *.*

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Continua..Sempre espero ansiosa pelo proximo.. Nao demora..

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