Laços Do Destino - Capítulo 27: Festividades...

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1046 palavras
Data: 26/01/2018 01:44:16

Havia se passado três dias, eu não voltei a falar com Robert, estávamos bem, mas ele era um cara muito ocupado. Não estamos juntos, nem nada, aquele beijo na casa dele foi a única coisa que tivemos. Eu prefiro assim, prefiro ter ele perto de mim como amigo, do que algo dar errado entre nós dois e eu perder ele. E disso eu não ia me perdoar nunca.

Era óbvio que ele sentia uma atração por mim, eu podia ver isso toda vez que ele me olhava. Tenho medo, medo de magoar ele, quebrar seu coração assim não seria justo. Mas eu me sentia diferente quando estava com ele, no fim acho que posso acabar apaixonado por Robert. Esse pensamento me deixava tonto.

Eu estava feliz, hoje é natal, e ele me prometeu passar esse ano comigo, mesmo eu achando melhor ele ficar com a família dele. Mas ele me assegurou que eles não iam sentir sua falta. Estranho. Eu estava feliz, vou enfim ver ele hoje.

— Bom dia belo adormecido, feliz natal! — Falou minha mãe. Entrando no meu quarto contente.

— Feliz natal mãe! — Falei sorrindo. Eu ainda estava com sono, olhei no meu relógio e ainda era oito horas da manhã.

— Levanta essa carcaça dessa cama vamos no mercado.

— Ah mãe...

— Agora! — E saiu batendo a porta.

°°°

— Olha esses preços que horror! — Reclamou minha mãe.

— Mãe já é a quinta vez, pega e leva logo. — Falei revirando os olhos. — E nada de uvas passas, nem pense nisso.

— Cala a boca e vai pegar um peru lá pra mim!

— Peru? Não vou mentir adoro! — Falei rindo.

— Sossega esse rabo.

— Mãe! — Fui atrás do tal peru. Eu odiava as festividades do natal, chatas porque eu tenho que arrumar absolutamente tudo. Mas era bom, um pretesto pra você morrer comendo.

Eu estava no frizer escolhendo o peru e tentando achar o maior. Estava distraído quando um estranho colocou a mão em cima da minha.

— Desculpe! — Falei e olhei para o estranho e eu quase caiu para atrás quando vi de quem se tratava. — Pablo? — Eu nunca pensei voltar a ver ele de novo, era bom olhar para seu rosto.

— Oi Vitor! — Ele deu aquele sorriso que me deixava nervoso. Ele estava como eu lembrava dele, não de quando eu voltei a ver ele, quando voltei para o Brasil, mas perfeitamente normal, seu cabelo perfeitamente arrumado, estava usando uma calça preta e uma camisa polo azul que definia o peitoral músculoso dele. E um tênis bege. Eu não parava de olhar pra ele, e só de pensar que esse homem um dia foi todo meu.

— O que faz aqui?

— Bom aqui é um mercado não é? — Falou ele com sarcasmo.

— É psé, boas compras. — Eu me virei para ir embora mas ele segurou meu braço.

— Me solta.

— Eu preciso falar com você, eu preciso saber como você está, entender porque você me abandonou. — Eu puxei meu braço forte, eu senti uma queimação. Eu abandonei ele? Fui eu que disse pra ele que não amava ele, e simplesmente parei de procurar ele?

— Eu não tenho nada pra falar com você, primo. — Eu falei com despreso.

— Vítor, por favor.

— Ok se você insiste, vai hoje a tarde lá em casa. — Eu falei, peguei o peru e fui embora.

E mais uma vez o destino ataca, quando você está bem os mortos começam a levantar das covas para atormentar.

— Achou o peru filho?

— Sim mãe, achei um um pato também!

— Pato? Mas eu pedi um Peru!

— Ai mãe depois eu te explico.

Estávamos já dentro do carro da minha mãe. Eu estava bastante pensativo, rever Pablo me deixou estranho, essa é a palavra para descrever oque eu sinto por ele, algo estranho.

— Pablo estava lá. — Falei pra minha mãe.

— Ah, eu sei a mulher dele também estava lá Katarina! — Falou minha mãe fazendo uma cara azeda.

— E por que ela não foi atrás dele?

— Porque eu não deixei, eu sabia que vocês dois estavam conversando e aquela cadela ia armar um escândalo!

— Tem razão e eu teria dado uma bofetada na cara dela!

— Sabe meu filho, a Stella estava lá também.

— É, pobre garota, mas eu gosto dela mesmo ela sendo filha daquela cobra. — Lembro da primeira vez que a vi, tão angelical e delicada, perguntou se eu era amigo do pai dela. Pobre garota, mal sabe que a própria mãe dela acabou com a minha vida.

— Aquela criança não é filha do Pablo nem aqui e nem na china!

— Como? — Olhei para minha mãe e ela estava calma.

— Aquela criança não tem nenhuma característica do Pablo!

— Ah mãe, ela tem os mesmos olhos verdes e o cabelo loiro.

— De qualquer forma é ai que as semelhanças acabam. E um olho verde e cabelos loiros qualquer um tem, até seu tio tem!

Lembrar do meu tio me deu um embrulho no estômago. Eu nunca mais vi ele, e nem ouvi falar, e eu gostaria que tudo ficasse assim, e pensar que eu gostava dele.

— Ele quer falar comigo e eu disse que ele poderia me encontrar hoje em casa! — Falei olhando pra fora da janela.

— Isso é bom filho, e o que será que ele quer?

— Quem vai saber? Eu juro que estou quase saindo de casa para não ver ele.

— Seja oque for você tem que estar muito lindo!

— Não sei pra que! — Eu estava desanimado de qualquer jeito.

— Pra que ele te veja lindo, e ver que você deu a volta por cima e não liga pra ele, e cala a boca por que eu vou te ajudar.

Eu realmente tenho a mãe mais legal é louca do mundo. Mas nem ela podia me animar. Eu estava muito confuso por dentro. Pablo não tem nada pra me dizer, e mesmo se tivesse ele não tem obrigação nenhuma de falar. Porém eu queria isso, queria ouvir sua voz, ver seu sorriso. Mesmo que isso fosse um erro. Queria que ele me tocasse de novo. Odeio continuar sentindo algum sentimento por ele.

Ver ele hoje foi um choque pra mim, como se algo me falasse "não se esqueça do passado", mesmo eu sabendo que devia esquecer. E agora ele quer falar comigo. Seja oque for, agora eu quero ouvir. Seja lá oque ele tiver pra me dizer, eu vou deixar ele dizer.

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Comentários

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Muito bom. Mas Victor tem que ficar com Pablo mas antes te que fazer ele correr atrás dele até cansar aí sim Victor pode lhe dar uma nova chance

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Isso ai VALTERSÓ, por esse motivo acho que o Pablo,esta sendo fraco...A mãe do Vitor,cantou essa bola, a menina só tem os olhos e cabelos igual do Pablo, onde ela mesmo disse que isso o infeliz do pai dele tbm tem...E se relembrarmos a atitude desse cara em relação ao Vitor e Pablo,foi estranha... Entre Pablo e Vitor, não tem quem sofre mais,creio que os dois são vitimas... Ele usou palavras duras para fazer o Vitor,sentir raiva dele e sofrer menos... Não concordo,mas tem pessoas que não sabe lidar com situações.. Vc tbm esta lendo o conto onde uma safada engravidou do cara, mas os dois souberam lutar juntos, só que aqui os dois não estão sabendo lidar com isso.

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O MEU MAIOR DESPREZO PELO PABLO, CREIO QUE ELE DEVERIA DESAPARECER DO CONTO. UMA MORTE TRÁGICA TALVEZ. PERA UM POUCO, QUEM SABE A FILHA DE KATARINA NÃO SEJA DO PAI DO PABLO???

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Rapaz, eu to tipo o Vitor, tenho raiva e amor pelo Pablo, tão forte e tão fraco esse cara... Ele ama o Vitor, mas é fraco pra brigar por isso... Covardia pura isso, mas apesar de tudo, queria ver os dois juntos no final, pq um amor assim não pode se perder, ainda mais da forma que aconteceu... O casamento que estava marcado pra 30 dias, ja se foram um ano e la vai fumaça e nafa.

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