Laços Do Destino - Capítulo 10: Violência

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1972 palavras
Data: 22/01/2018 01:43:55

Os dias foram passando, nada de importante aconteceu nesses dias. Eu e Pablo estávamos cada vez mais ligados, as vezes era muito difícil resistir a vontade de ir pra cama com ele, ainda mais agora que Pablo desfilava apenas de cueca na minha frente, tenho certeza que ele quer que eu perca a cabeça, e isso não vai demorar a acontecer.

Eu estava na minha casa, era muito difícil eu ficar em casa agora, era sempre da escola pra casa de Pablo, da casa de Pablo pra escola e depois pra todos os lugares dessa cidade, nunca na minha casa. Meus pais achavam isso muito estranho, porque até onde eles sabiam, eu não me dava bem com ele.

Tinha as provas finais, enfim eu ia acabar com os estudos, eu não tinha planos para faculdade, não sei se eu quero ir pra faculdade, o fato de ter que morar em outro país e ficar longe de Pablo fazia esse sonhos se dissolverem. Mas Pablo estava excitado com a ideia de eu fazer faculdade. Eu realmente odeio quando ele sonha meus sonhos.

Era uma tarde nublada, odiava aquele tempo frio e sinistro, meu celular toca, era um número desconhecido.

EU: Alô

...: Vítor Junior?

EU: Sim é ele, quem é?

...: Uma pessoa que quer te advertir!

EU: Advertir de que?

...: Você está com uma coisa que não te pertence.

EU: Desculpa,mas quem está falando?

...: Em breve você saberá!

O telefone ficou mudo.

Eu não consegui indentificar a voz da pessoa. O que ela quis dizer quando falou que eu estava com uma coisa que não me pertence? Eu odiava quando esse tipo de coisa acontecia, enigmas não são meu forte. Afastei esse momento da minha cabeça e voltei a estudar.

°°°

Eu estava arrumando a casa quando meu celular vibra. Era uma mensagem de Carlos, eu olhei tantas vezes para a tela do celular pra ter certeza de que eu estava enganado, mas não.

*Carlos: Voltei pra cidade e quero te ver.

Qual era o problema dele? Querer me ver, isso me deixava nervoso, que eu me lembre nosso último encontro não foi nada bom. E isso era um problema porque Pablo me fez prometer não voltar a ver o Carlos. E eu prometi

*Carlos: Ainda espero a sua resposta.

Eu não podia responder que Pablo não queria que eu o visse. Ele ia rir e não se importar, e ainda é estranho, ele ia dizer que Pablo era meu dono, e eu ia me irritar.

*Carlos: Estou chegando na sua casa.

MERDA.

Alguém bate na porta, eu fiquei com muito receio de ser o Carlos. Fui abrir a porta, era ele, Carlos estava um pouco diferente, seu cabelo estava louro, ele estava bronzeado e mais forte, muito mais forte. Mas oque me chamou a atenção foi os olhos dele, estavam verdes, ele colocou lente. Ele me lembrou Pablo, então eu tive certeza que Carlos estava com problemas mentais.

— Você não respondeu minhas mensagens.

— Já viu que quando alguém não te responde é porque não quer te ver. — Eu estava tentando fazer ele dar meia volta e ir embora.

— Eu posso entrar?

— Eu não sei, meus pais não estão.

— Eu não vou demorar, prometo.

— Então entra. — Eu fechei a porta e ele se sentou no sofá.

— Então o que você deseja? — Cruzei os braços.

— Tudo que a Marta me disse é verdade? — Ele me olhou sério, eu não conseguia parar de olhar para os olhos dele. Ele nunca ia poder copiar Pablo, a beleza dele não podia ser duplicada.

— O que ela te disse?

— Que você está namorando seu primo.

— Eu disse isso pra você, se lembra? Sou apaixonado por ele. — Ele fechou os olhos.

— Eu pensei que era só uma desculpa.

— Já viu que não. — Me sentei perto dele. — Eu não queria te machucar, você é meu melhor amigo, desde que a gente era muito pequeno, porque diabos você se apaixonou por mim? — Agora eu estava ficando bravo.

— Não é minha culpa, você sempre gostava de ficar comigo, não era um problema sermos amigos. — Ele não olhava pra mim, e sim pra suas mãos que estavam apertadas uma na outra.

— Eu sei, foi um erro desde sempre. — Ele então me beijou e eu me afastei dele. — Não se atreva a encostar em mim de novo!

— Você é meu Vítor, sempre foi e vai ser. — Eu o escutava e não acreditava.

— Vai embora por favor.

— Por que? Está com medo de mim? — Ele veio cada vez mais perto. — Por que você não escolheu a mim? Eu amo você também. — Ele falava mas não olhava pra mim. — Era eu que sempre estava com você quando você se queixava do seu maldito primo, que te odiava. EU MESMO DEVIA TER ACABADO COM ELE.

— Do que você está falando? — Perguntei agora assustado. Ele avançou pra cima de mim e apertou meus braços.

— Eu posso te fazer feliz Vítor, como ele não pode, eu amo você de verdade, ele só está brincando com você.

— Me solta por favor, está me machucando!

— Eu não quero te machucar.

— Carlos....

— Eu fui embora porque achei que você precisava de tempo, e quando eu volto eu descubro isso! — Eu me soltei dele e o empurrei, eu não era tão fraco assim.

Carlos começou a chorar e isso cortou meu coração.

— Carlos eu sinto muito! — Falei colocando minha mão no ombro dele. Ele pegou meu braço outra vez.

— Por que você não me ama?

— Eu já disse.

— Você machucou meu coração, mas eu te perdou V meu amor! -Ele me beijou eu tentei me soltar dele mas ele era mais forte. Eu dei um soco no estomâgo dele, ele urrou de dor, tentei correr mas ele me derrubou no chão e subiu em cima de mim.

— Seu idiota! — Ele me deu um soco, eu fiquei tonto

— Você é tão gostoso, sempre me provocou e agora vai me dar o que eu quero, por bem ou por mal. — Ele lambeu meu rosto eu sentia nojo dele agora, ele me beijava desesperado. Eu não conseguia ordenar meus pensamentos graças a o soco dele.

— Não,por favor não me toque! — Eu disse chorando e levei outro soco, senti o gosto de sangue.

Ele arrancou a minha calça me deixando só de cueca. Ele ia abusar de mim, eu não podia acreditar que meu melhor amigo ia fazer isso comigo.

— Não Carlos não faça isso comigo! — Falei desesperado.

_ Cala a boca seu viado filho da puta, você vai ser meu e aquele playboy não vai mais querer você! — Ele respondeu rindo e isso fez eu ficar com muito mais medo — Eu sonhei com seu corpo, todas as noites, e agora ele é todo meu.

Ele rasgou minha cueca me deixando nú.

— Tudo podia ter sido mais fácil Vítor, mas você escolheu outro em vez de mim. — Então ele parou e começou a chorar. E depois ele começou a me socar, eu podia ver meu sangue nas mãos dele.

— Você. — Eu tentei falar mas meu pulmão doía. — Você pode fazer isso comigo, mas eu vou te odiar pro resto da sua vida.

— Seu filho da puta, depois que eu acabar com você, eu vou atrás daquele seu primo maldito! — Ele se levantou e chutou minha barriga me fazendo ficar sem ar. Ele ia me matar, era o que ele queria agora.

— Por favor, não faça nada com ele. — Outro chute, mas agora no meu rosto.

Foi quando eu ouvi a porta abrir com um estrondo.

— SEU DESGRAÇADO EU VOU MATAR VOCÊ! — Era a voz do meu salvador, mesmo eu achando que isso era um má ideia, ele estava com raiva. Ele estava ali, batendo no Carlos. Mesmo que eu odiasse Carlos eu não queria que Pablo o matasse, ele ia acabar sendo preso!

— Não Pablo! — Falei reunindo a pouca força que eu tinha! — Por favor. — Pablo estava com uma faca na mão, isso me deixou em pânico.

— Ele machucou você. — Pablo não olhou pra mim.

— Por mim, não mate ele!

Pablo me atendeu e deixou Carlos. Ele me pegou nos braços e colocou a mão no meu rosto.

— Olha pra vocês dois, patéticos! — Falou Carlos, ele limpou sua boca que estava sangrando.

— SOME DAQUI SEU LIXO.

Então eu perdi meus sentidos.

°°°

Eu sentia minha cabeça doer, mesmo estando com os olhos fechados, os abri e a claridade me deixou cego de novo. Percebi que estava em um quarto todo branco e ouvindo um bipe que vinha acima da minha cabeça. Droga,eu estava no hospital.

— Que bom que você acordou. — Pablo se aproximou da cama.

— Por que você me trouxe pra cá?

— Não é hora de ficar bravo Vítor, você precisava de um hospital.

— Como eu estou? — Perguntei sério, mesmo já sabendo que eu estava horrível.

— Ele te quebrou uma costela. — Eu tremi, não lembro de ter sentido uma dor tão forte. — Seu rosto está todo inchado, seus labíos cortados.

— Acho que já entendi. — Tentei me mexer mas doía todo meu corpo. Agora eu odiava profundamente Carlos, dessa vez ele se superou. — Quando tempo eu estou aqui?

— Três dias!

— Nossa. — Fechei meus olhos, eu estava muito cansado.

— Eu juro, se aquele cara aparecer de novo,um de nós dois vai pra cadeia,e o outro pro necrotério. — Eu senti medo agora, Pablo teria coragem de matar Carlos ,e isso não era nada bom. Ele ia acabar na cadeia. — Aliás, você tem que denunciar ele.

— Por que?

— Por que? Vítor, ele tentou te estuprar, você tem que fazer um boletim de ocorrência.

— Não quero me meter em assuntos da polícia. — Ele balançou a cabeça fazendo um sinal de negação. — E eu não quero que meus pais fiquem sabendo disso, meu pai viraria uma fera.

— Eu devia dizer, assim nos dois poderíamos matar aquele disgraçado.

— Nem brinque com isso Pablo. — Eu peguei sua mão e a trouxe pro meu rosto. — Eu não vou deixar você ir pra cadeira, eu não gostaria de me ferrar por ajudar você a fugir, e acabar virando um cúmplice. — Ele sorriu.

— Descance, você está horrível. — Fiz uma careta. Peguei no sono logo depois.

Eu não fiquei muito tempo no hospital, só cinco dias, eu já estava bem melhor e grato por ter saído daquele quarto deprimente, hospitais só deixam a gente mais doente. Pablo disse para meus pais que eu ficaria na casa dele para ajudar no trabalho, eu não sei que pais acreditam que seu filho ficou cinco dias fazendo trabalho, mas os meus acreditaram.

— Seu rosto ainda está um pouco roxo. -l— Comentou Pablo quando estávamos indo pra minha casa.

— Eu sei, mas pelo menos não sinto dor.

— Pelo menos. — Ele colocou a mão dele na minha coxa. — Quando eu te vi caído no chão tão desprotegido e aquele infeliz te batendo, a única coisa que eu pensava era em matar ele. — Pablo bateu com a mão dele no volante do carro.

— Tudo bem, eu já estou bem. — Segurei a mão dele que estava na minha coxa.

— Pro bem dele você se salvou, mas isso não tira o fato dele estar correndo risco.

— Pablo Daniel, não se atreva fazer justiça com as próprias mãos.

— Vítor, você é muito bonzinho. — Eu não ia brigar com ele,até porque eu odiava aquela situação.

Chegamos na minha casa rápido demais, de qualquer forma eu preferi assim.

— Vou indo. — Falei descendo do carro. Pablo não veio comigo, ele apenas ligou o carro e foi embora, eu acho que foi o melhor deixar ele esfriar a cabeça.

Eu odiava quando isso acontecia, será que sempre alguém vai tentar atrapalhar a minha história quando ela está bem? Mas o importante é que eu estou bem,e vivo, e de alguma forma Carlos ainda vai me pagar. Entrei na casa quando começou a chover, eu nem tinha olhado para o céu. Ele estava assim como eu, a ponto de desabar.

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Eu gostava do Carlos até agora,que nojo #CarlosPreso.

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Comentários

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MAIS UMA VEZ VITOR FOI BURRO. CARLOS TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ. ELE NÃO VAI DESISTIR. O B.O E UM PROCESSO TALVEZ O PARASSE. UMA PENA. MAS DE QUEM SERÁ O TELEFONEMA ANÔNIMO? DE CARLOS? DA TIA? COM CERTEZA PABLO ESCONDE ALGUM SEGREDO TB. E DE NOVO NÃO CONSEGUIU IMPEDIR QUE VITOR SOFRESSE POR CAUSA DESSE AMOR. LAMENTÁVEL. NEM COM TODO DINHEIRO QUE TEM CONSEGUE ISSO.

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Carlos é um idiota que merece ser esfolado vivo.

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