Laços Do Destino - Capítulo 6: Velhos e bons amigos

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1287 palavras
Data: 22/01/2018 01:32:38

Havia se passado semanas depois do acidente de Pablo, e ele ainda estava no hospital, mas ele estava perfeito, não corria mais nenhum risco. Mesmo assim ele ficou, esse mês me mostrou que eu não conhecia meu primo mesmo, ele é um cara muito amavél, e tem um grande coração. E eu gostei, já que eu amo ele.

Pablo ficou no hospital a pedido do doutor Beto, ele queria "examinar" ele e ver se teria uma recaída, mas não precisava ser médico pra saber que Pablo não ia ficar pior, esse doutor me irrita um pouco.

Beto e Pablo se tornaram "Inseparáveis", como se fossem velhos e bons amigos. Ele não deixava eu ficar sozinho com o Pablo. Um dia eu entrei no quarto e eles estavam muito próximos, e eles nem se importaram com a minha presença. Não que eu tivesse alguma coisa a ver com a vida de Pablo, mas eu gosto dele, a ideia de ter outra pessoa do lado dele me irritava, esse sentimento era novo, eu nunca tive raiva de ninguém além de Pablo. Era óbvio, eu estou me remoendo de ciúmes.

— Pablo eu vou ir em casa preciso me trocar! — Falei ou pelo menos tentei falar.

— E ai meu pai falou que eu estava sendo histérico! — Falou Beto continuando a história do dia que ele descobriu que o pai dele tinha uma amante. Eu revirei os olhos, como se alguém se preocupasse com a história dramática da vida dele .

— Nossa. — Falou Pablo muito interessado na história dele.

— Eu disse qu... — Continuei tentando falar, mas Beto me impediu de novo.

— Eu disse que ele estava sendo injusto com a minha mãe! — Falou ele triste, Pablo pegou na mão de Beto.

Pronto, aquilo foi a gota d'água. Eu sai do quarto e bati a porta bem forte pra eles saberem que eu estava lá. Meu rosto estava queimando, eu devia ter voltado lá e quebrado o braço de Beto.

— Alô Marta podemos nós ver? — Falei ao telefone.

— Olha quem é vivo sempre aparece, olha gato não posso sair de casa estou com meus sobrinhos, mas vem pra cá!

— Ok vinte minutos eu chego ai. — Desliguei o celular e peguei um taxi. No caminho todo eu fui pensando em Pablo, por que ele estava me tratando assim? Como se eu não existisse pra ele, como se Beto fosse a coisa mais importante agora. Porque ele disse que me amava então, nosso namoro durou apenas uma hora mas foi a melhor uma hora da minha vida, e o pior é que eu o amo, e amo ele cada vez mais.

Era injusto agora Beto tomar a atenção dele, e ele me deixar de lado. Deixei um lágrima cair.

— Ei garoto tudo bem? — Perguntou o taxista.

— Ahn?

— Perguntei se você esta bem!

— Tô sim.

— É por que você estava chorando?

— Porque quando eu tô bem eu choro. — Minha falta de humor era horrível.

— Ué.

— Só presta atenção na rua. — Ele me deu um lenço de papel.

— Você é muito lindo sabia, você é modelo? — Perguntou ele. Eu não estava acreditando que ele estava me cantando, não que ele fosse feio, pelo contrário ele é muito lindo, forte, moreno, cabelo curto e olhos cor de ambar, muito lindo. Mas um idiota por estar me cantando.

— Não, eu não sou modelo. — Minha voz era ácida.

— E tem namorada ou namorado?

Era incrível como ele parecia cada vez mais interessado.

— Não, eu não tenho!

— Nossa muito difícil alguém não notar você.

Fiquei feliz por ter chegado na casa de marta, e um pouco decepcionado, eu estava começando a gostar de conversar com ele.

— Quanto deu? — Perguntei.

— Pra você é de graça anjo. — Falou ele dando um sorriso safado.

— Aé? — Falei chegando mais perto dele como se fosse o beijar, ele chegou mais perto e eu me afastei. Joguei uma nota de cinquenta reais no colo dele e sai do táxi rindo.

— Hey, meu nome é Miguel. — Ele tirou a cabeça para fora da janela.

— Vítor, prazer Miguel! — Ele pegou na minha mão e sorriu mostrando dentes incrívelmente brancos.

Ele se foi, mas sempre me olhava pelo espelho retrovisor. Eu ria igual um bobo. Então esse tal "Miguel" salvou meu dia.

°°°

— E ai eles fingiram que eu nem estava lá! — Eu estava narrando oque aconteceu no hospital.

— Que falta de consideração da parte dele se eu ver Pablo na minha frente você me segura. — Ela estava irritada. — Como seu primo faz isso com você depois de tanta dedicação da sua parte!

— Então Marta, ele ta acabando comigo! — Eu deitei no colo dela.

Ela era como um irmã pra mim, Marta era a única amiga verdadeira que eu tinha.

— Mas V, por que você está se importando? Você odeia seu primo. Aconteceu algo que eu não tô sabendo?

— Bem, digamos que eu e Pablo tivemos um breve namoro.

— É o que? - Ela estava espantada.

— É mas durou muito pouco!

— Então você ama ele! — Ele batia palmas de tanto entusiasmo.

— Sim, mas eu disse que não gostava!

— Mas ele sabe que você está mentindo, não sei porque vocês não voltam. — Ela deu de ombro.

— Não sei,"Beto" talvez tome ele de mim. — Falei desanimado. — Mas como esta você e o Edy?

— Migo ta barra. — Ela ficou seria.

— Como assim?

— Bom, ele quer avançar o sinal comigo!

— Ah. — Eu comecei a rir

— Migo ta difícil resistir aquele corpo musculoso, aquele volume nas calças dele, ai eu fico louca!

— Que fogo kkkk. - Levantei do colo dela.

— O que houve com o Carlos?

— Ah o Carlos — Ela parou e pensou um pouco — Ele foi pro Rio de Janeiro, ele falou que precisava de um tempo pra ele. Vítor você magoou aquele garoto e ele estava muito estranho quando eu falei com ele! — Falou Marta muito mais seria.

— O que ele disse? — Perguntei curioso.

— Ele só falava que tinha falhado e alguém tinha tirado alguma coisa dele, sabe acho que ele ta virando alcoólatra!

Eu senti culpado, não dava pra acreditar que o meu amigo Carlos, o Carlinhos virando um alcoólatra e talvez o culpado seja eu, mas o que ele queria que eu fizesse? Ele ia preferir que eu mentisse pra ele dizendo que o amava quando na verdade eu sentia apenas uma atração física por ele.

— Eu queria poder amar ele também mas as coisas não são assim, no coração ninguém manda!

— Eu sei! — Falou ela.

— Espero que ele reconsidere e volte logo.

Eu passei uma tarde muito agradável com a Marta, rimos horrores das crianças fazendo palhaçadas, os sobrinhos dela eram uns diabinhos!

°°°

Volte pra casa de a pé não queria ter outro taxista me cantando.

Cheguei em casa cansado subi pro meu quarto tudo estava do jeito que eu deixei a um mês atrás. Fui tomar um banho que lavou a minha alma, quando sai do banho meu celular estava vibrando, era Pablo.

EU: Alô

Pablo: Quero uma boa explicação pra você ter saido do hospital daquela forma.

EU: É eu...

Pablo: O que foi com você?

EU: Volta lá para o seu Beto, ele deve estar sentindo sua falta.

Pablo: Tá falando o que? Eu vou ir na sua casa.

EU: Faça o que você quiser! Desliguei o telefone.

Eu estava muito irritado, não queria ver Pablo. Mas ele ele vir, ele vai me ouvir. Me joguei na cama e fechei os olhos. A lembrança dos beijos que Pablo me deu voltavam na minha mente.

— Eu te odeio. — Coloquei um travesseiro na cabeça e me sufoquei.

Ótimo agora vou ter que dizer que estou morrendo de ciúmes do Beto. Mas pelomenos agora vou ter um tempo pra ficar com o Pablo. E isso me deixava feliz nem que seja por um tempo, e me deixava irritado. Afinal,quem me entende?

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PELO AMOR, DE FATO DOIS RETARDADOS. ALIÁS TRÊS. CARLOS QUE FEZ BESTEIRA, PABLO POR IGNORAR O AMADO E VITOR POR SER INFANTIL E MIMADO DEMAIS. ASSIM NÃO HÁ RELAÇÃO QUE DURE.

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