Descobrindo o amor (86)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 4051 palavras
Data: 21/01/2018 21:58:30

Guigo, A VACALICE não para, o que ela puder fazer pra infernizar, ela vai fazer

==

VALTERSÓ, mas não foi sequestro, pelo menos não dessa vez.

==

Geomateus, mas espere, a esposa do Rodrigo não morreu?

==

Stark01, se a Alice precisar judiar das crianças ela vai fazer isso se for preciso.

=

Plutão, mas ela já foi presa, só se ela voltar pra la e ficar muitos anos. Ela já esta sofrendo um baque atrás do outro e acho que ate o final do conto todo mundo já terá batido na cara dela, rs. Grande abraço.

========================================================================================================================

Rodrigo – Estou exausto, só quero tomar um banho de depois cair na cama.

Rodrigo se esparramou no sofá, afrouxando a gravata.

Antônio – Nada disso, pode dar um jeito e ir preparar alguma coisa lá na cozinha, estou morrendo de fome.

Rodrigo – Ai mãe, ele e os meninos olham pra mim e já enxergam comida, comida.

Antônio estava em pé quando seu celular começou a tocar.

Antônio – Alo, oi Dona Telma.

No mesmo instante Rodrigo já olhou cismado.

Antônio – O que? Policia? Calma, calma.

Rodrigo – O que foi Antônio?

Antônio – Está bem..., tem bombeiro ai? ambulância?

Antônio – Estou indo pra ai agora.

Antônio desligou o celular e olhou para Maria e Rodrigo que já estavam agoniados.

Rodrigo – O que foi Antônio?

Rodrigo – O que aconteceu com os meus filhos?

==================================================================================================================================

Capítulo 86

Rodrigo – O que está acontecendo Antônio? Responde!!!

Rodrigo – Foi alguma coisa com os meninos? Eles estão Bem?

Antônio – Foi sim.

Maria – Minha Nossa Senhora, o que houve dessa vez?

Antônio – A Telma não falou direito, tem muito barulho no fundo, mas já tem uma ambulância la, com médico, enfermeiros.

Rodrigo já estava quase tendo um ataque e no mesmo instante pegou as chaves do carro.

Antônio – Estamos indo pra lá mãe, fique calma.

Maria – Tudo bem, eu vou ficar esperando, mas me liguem quando chegar lá.

Rodrigo – Vamos Antônio.

Rodrigo ligou o carro e saiu disparando. Mesmo não sendo a intenção, ele relembrou a época que disputava racha com outros playboys na cidade e foi cortando todos os carros que vim pela frente, chegando em tempo recorde no condomínio que Sidney morava.

Antônio – Meu Deus, o que é isso?

Antônio apertou a mão do irmão, tentando ajuda-lo com seu nervosismo. A entrada da casa estava fechada com vários carros da polícia, viatura dos bombeiros, ambulância e policiais andando de um lado para o outro.

O coração dos dois estava prestes a sair pela boca quando Rafael surgiu ainda no jardim correndo de encontro a eles.

Rafael – Papai!!! Tio Tonio!!!

Rafael grudou na mão deles, tentando puxa-los para dentro da casa.

Rafael – Anda, está cheio de polícia e de bombeiro, está maior legal.

Antônio pegou o sobrinho no colo, mas o garoto estava esbanjando saúde e felicidade.

Rodrigo – Cadê seu irmão?

Os três entraram na casa e ficaram ainda mais chocados, tinha médicos e enfermeiros andando de um lado para outro e mais bombeiros.

Telma – Calma Rodrigo, calma. Está tudo sobre controle.

Rodrigo entrou na mansão espumando.

Rodrigo – Cadê o Arthur??

Rodrigo olhou para a escada e viu o filho na parte de cima deitado no chão, com vários bombeiros a sua volta.

Antônio – Minha nossa!!!

Rodrigo correu até eles e sem entender nada viu o filho no chão, com um bombeiro segurando sua cabeça.

Antônio – Mas afinal o que houve?

Telma – Já íamos jantar quando fui chamar os garotos. O Arthur enfiou o cabeça na grade do guarda corpo e não conseguiu tirar.

Telma – Tentamos puxa-lo mas estava machucando a orelhinha dele e não tivemos outra opção senão chamar os bombeiros.

Rodrigo – Filho!!!

Arthur sorriu para o pai, achando graça de toda aquela confusão.

Arthur – Papai, estou com fome.

Rodrigo – Como você foi enfiar a cabeça ai?

Arthur – Eu estava brincando.

Rodrigo – E você sua múmia? Não é você que disse que eles precisam de atenção em tempo integral, e onde você estava que não viu isso?

Sidney – Você está falando que a culpa é minha?

- Por favor, não é hora de brigar. Disse um bombeiro.

Enquanto isso outro bombeiro tentava serrar a grade do guarda corpo para poder tirar o garoto.

Rafael escorregou do colo de Antônio e saiu correndo pela casa. O garoto parecia um pinto no lixo, correndo de um lado para o outro.

Achando tudo um máximo, Rafael foi até o jardim e subiu no banco de um carro de polícia.

Rafael – Oh moço, você pode ligar a luzinha?

O policial ligou a sirene e o garoto botou a cabeça para fora, vibrando.

Rafael – Oh moço, você pode ligar o barulho?

- Rapazinho, não vai dar se não os vizinhos vão reclamar.

Rafael – O irmão ele fez arte, ele está la em cima preso porque a cabeça dele é grande.

Rafael – Ele é muito cabeçudo.

Rafael – Eu não sei o que a gente vai fazer com ele agora.

O garoto ficou passando seus dedinhos nos botões do painel, olhando para a cara séria do policial, louco para apertar.

Rafael – Oh moço, você vai prender a gente?

Rafael de realmente ser “preso” Antônio apareceu e voltou a pega-lo no colo, voltando para dentro da casa.

Utilizando uma máquina especial, os bombeiros finalmente conseguiram serrar a grade e soltar Arthur, que foi pego no colo pelo pai.

Rodrigo abraçou o filho, beijando seu rosto, apertando seu corpo.

Arthur olhou tudo assustado mas ao ver aquele pessoal todo comemorando, começou a dar risada.

Sidney – Deixe o médico examina-lo.

Os garotos só tinham feito uma travessura, mas Sidney sempre exagerado quando se tratava dos netos, mandou chamar o pediatra deles, enfermeiros e por pouco também não chamou uma equipe da S.W.A.T.

Passado o susto, os garotos tiraram fotos com os bombeiros e os policiais e com o problema resolvido aquele circo foi sendo desmontado.

Antônio deu banho nos sobrinhos colocou eles na cama, enquanto Rodrigo conversava com os ex sogros.

Antônio – A gente precisa ter uma conversa séria.

Antônio – Foi você que colocou a cabeça do seu irmão no buraco?

Rafael – Não foi eu tio, eu juro. A Cabeça do irmão ficou presa porque ela é grande, ela parece uma melancia.

Arthur – Minha cabeça não é uma melancia.

Antônio – Sem brigar os dois, e já dormir. Vocês dois já ultrapassaram todas as cotas possíveis hoje.

Rodrigo se despediu dos filhos e sentiu que um peso tinha saído de cima de suas costas.

Ao chegarem em casa, Antônio tranquilizou a mãe.

Antônio – Foi o Sidney, exagerado que chamou até uma equipe medica. Por pouco ele não chamou o exército.

Maria – Mas esses dois hein, dão cada susto na gente.

Rodrigo – Eu não sei mais o que eu faço com eles. Eles não tem limites e pior que acham graça ainda, eles não tem noção de perigo nenhum.

Maria – É só fase, já eles crescem. Daqui a pouquinho os dois vão estar dois homens lindos.

Maria – Mas tadinho do Arthur, com a cabeça presa na grade.

Maria deu risada e tentou conter o riso, mas foi mais forte que ela.

Antônio – O que foi mãe?

Maria – Nada, só estou imaginando a cena. Imagina a cara do Sidney.

Antônio também começou a dar risada, enquanto Rodrigo permanecia sério.

Maria – Aquelas duas tripinhas...

Maria começou a gargalhar, fazendo Antônio começar a rir sem parar. Rodrigo não achava graça mas aos poucos também começou a dar risada.

Antônio – O mais engraçado foi a cara de pamonha do Sidney.

Os três começaram a dar tanta risada, que chegava a doer a barriga.

==

Stela – Onde você estava? Liguei no escritório e disseram que você saiu bem antes do expediente.

Alice – Estava resolvendo problemas da nossa família. Problemas que você e o seu marido já deveriam ter resolvido a muito tempo.

Stela – Problemas? Que tipo de problemas? Do que está falando?

Alice achou que tinha falado de mais e recuou.

Alice – Nada mamãe, foi só força de expressão.

Stela – Quero conversar com você sobre o Rodrigo.

Alice – Ah não, me poupe, estou cansada demais.

Alice deixou a mãe falando na sala e sozinha no quarto começou a dar risada.

Alice – Esta tudo dando certo, só preciso agora encontrar um melhor momento pra dar essa cartada.

Alice – Ai ai ai, idiotas, vocês não perdem por esperar.

==

Maria já estava deitada quando Rodrigo entrou em seu quarto.

Rodrigo – Achei que já estava dormindo.

Maria – Estava fazendo minhas orações.

Rodrigo – Mãe, aquele dia la no orfanato você ficou chateada por me ver conversando com a Stela?

Maria – Claro que não meu filho.

Rodrigo – Se você quiser eu...

Maria – Rodrigo, eu sei o quanto a Stela é importante pra você, ela, o Carlos...

Rodrigo – Eu só não queria te magoar.

Maria – Mas você não me magoa, já superei essa fase a muito tempo.

Maria – Eu fiquei mais de um ano internada por causa das facadas que levei e quando sai do hospital achei que o Antônio estava morto e fui atrás de vocês.

Maria – Naquela época eu sentia sim ódio do Carlos e da Stela, por estarem fazendo um papel que era meu, pois eu era sua mãe.

Maria – Mas o tempo foi passando, eu entrei em um acordo com o Carlos e de uma maneira meio torta eu consegui ser sua mãe sim, te criar, ensinar coisas.

Maria – Quantas vezes você não ia para o meu quarto com medo de algo? Ou pra pedir algo? Ou apenas pra ficar de chamego.

Rodrigo deu um sorriso de satisfação.

Rodrigo – Eu me lembro disso tudo.

Maria – Eu nunca podia esperar por isso, mas Deus me deu a chance de ter minha família reunida novamente.

Maria – E você amar o Carlos e a Stela não irá me magoar.

Maria – A Única coisa que eu quero é ver você feliz. Você e seu irmão.

==

Antônio estava muito apreensivo por conta do novo tratamento que Maria iria iniciar. Antônio e Rodrigo ficaram o tempo todo ao lado da mãe no hospital.

Rodrigo deveria ter ido pegar os filhos na casa dos sogros mas pediu para Telma ficar mais alguns dias com eles.

Antônio – Como ela está doutor?

Dr. Alexandre – Vamos até minha sala.

Rodrigo – Podemos ver ela?

Dr. Alexandre – Eu expliquei pra vocês que esse tratamento era um pouco mais agressivo. A Maria ela não tem idade avançada, mas a doença debilitou um pouco o organismo dela.

Dr. Alexandre – Ela passou um pouco mal durante a sessão e tivemos que transferi-la para a UTI.

Antônio ficou nervoso e Rodrigo apertou sua mão, tentando passar segurança ao irmão.

Antônio – Como assim? Eu quer ver ela.

Dr. Alexandre – Ela está consciente, mas foi necessário essa internação pois ela apresentou um quadro de anemia.

Dr. Alexandre – Acredito que até amanhã ela vá para o quarto.

Nesses momentos Antônio perdia um pouco a razão e cabia a Rodrigo agir mais com a razão e tomar conta da situação.

Os dois visitaram Maria, mas como o tempo de visitas era regrado não puderam permanecer por muito tempo.

Antônio voltou para a casa arrasado, por dentro ele estava destruído mas manteve a pose.

Rodrigo – Eu não vou voltar para o trabalho, vou ficar aqui contigo.

Antônio – Eu estou bem. Melhor ir, podem estar precisando de você.

Antônio foi para o quarto e deitou de roupa e tudo, olhando para o teto, sem esboçar reação.

Rodrigo ficou na porta olhando o irmão por alguns minutos até ir até ele e deitar ao seu lado, puxando o corpo dele para seu peito.

Antônio abraço Rodrigo, ficando com sua cabeça deitada em seu peito.

Antônio – A Mãe vai ficar bem né Rodrigo?

Rodrigo – Claro que vai, ela é forte.

Rodrigo – E outra, ela tem dois netos pra cuidar e eu e você não damos conta, admita.

Antônio conseguiu soltar um sorriso discreto, embora sem deixar de lado sua preocupação.

Conforme o médico tinha dito, no dia seguinte Maria foi para o quarto. Rodrigo não pode ir com o irmão, mas Cris fez companhia a ele.

Maria – Mas o que você está fazendo aqui? Você não pode ficar perdendo serviço filho.

Cris – Eu avisei a ele.

Antônio – Até parece que eu ia deixar você sozinha. Ela está bem mesmo doutor?

Dr. Alexandre – Está se recuperando. Mas alta só amanhã.

Antônio – Não tem problema, eu durmo aqui hoje.

Dr. Alexandre – Com licença.

Cris – Gente, que gato esse doutor, eu super fazia ele.

Cris – Ah Maria, você também está precisando arranjar um namorado.

Antônio – O Cris, quer fazer o favor? Onde já se viu, minha ter um namorado?

Cris – Mas o que é isso Antônio, qual o problema? Sua mãe é maior gata.

Cris – Ahhhh, está com ciúmes da mamãe?

Cris – Você está vendo Maria? Homens são todos iguais, machistas.

Antônio – Não sei porque fui te chamar viu.

Maria ficou dando risada.

Antônio – A anos que eu aguento essa mala do meu lado mãe.

Cris – Mala que você ama de paixão.

Antônio ficou a tarde toda ao lado da mãe mas no fim do dia foi até em casa buscar algumas roupas.

Cris – Vai no meu carro, eu fico aqui cuidando dela.

Antônio – Não vou demorar e o Rodrigo deve estar passando aqui daqui a pouco.

Finalmente sozinha, Maria voltou a receber a visita do médico.

Dr. Alexandre – Podemos bater um papinho Maria?

Maria – Claro doutor, eu imaginei mesmo que você viria.

Dr. Alexandre – Só estava esperando seu filho ir embora, queria conversar a sós com você.

Dr. Alexandre – O tratamento que iniciamos ontem não saiu como esperávamos.

Maria – Doutor...

Dr. Alexandre – Bom...

Maria se adiantou, facilitando a vida do médico.

Maria – Não daremos sequência nesse novo tratamento.

Maria – Não vai a ver mais nenhum tratamento, não é?

Dr. Alexandre – Pois é..

O médico começou a conversar com Maria, que ouvia tudo de maneira atenta e serena. Sem que eles percebessem, Cris ouvia tudo do outro lado da porta.

Já era noite quando Antônio retornou, chegando quase junto com Rodrigo.

Rodrigo beijou a mãe e ficou o tempo todo ao seu lado, enquanto Antônio arrumava algumas coisas no quarto.

Antônio – Está tudo bem Cris?

Cris – Esta.

Antônio – Esta caladona.

Rodrigo – Melhor assim Antônio, deixa ela de boca fechada.

Cris – Bobinha.

Maria – Ela só está cansada de ficar sentada nessa cadeira dura a tarde toda.

Antônio – Amanha você tem alta mãe.

Maria – Acho bom, não quero passar o aniversário do Rodrigo aqui.

Rodrigo – Até eu esqueci disso.

Antônio – Mas nós não, e vai ter uma festinha.

==

Maria teve alta no dia seguinte e pelos aparentava mais disposta.

Maria – Cadê meus principezinhos?

Rodrigo – O pai saiu com eles hoje.

Rodrigo nem tinha percebido, mas já se referia a Carlos como pai.

Rodrigo – Mãe, a Stela me ligou e pediu pra eu aceitar fazer meu aniversário la na mansão.

Rodrigo – Eu aceitei porque...

Rodrigo contou todo seu plano, deixando Maria animada.

Rodrigo – Mas o Antônio não pode saber, pelo menos ainda.

Maria – Pode deixar, não vou abrir minha boca pra nada.

Rodrigo aproveitou e ligou para saber dos filhos.

Stela – Oi Rodrigo, que ligação boa.

Stela – Seu pai saiu com os garotos e não chegou ainda. Nem imagino onde eles foram.

Rodrigo – Tudo bem.

Rodrigo – Você fez tudo que eu pedi pra festa?

Stela – Achei meio estranho, pensei fazer um jantar mais íntimo, mas se você quer algo a tarde, vai ser como você pediu.

Rodrigo – Posso levar quem eu quero também né?

Stela não gostou muito mas como queria agradar o filho aceitou tudo que ele pediu, até mesmo a estranha lista do buffet.

Carlos entregou os netos bem tarde, deixando Rodrigo curioso.

Rodrigo – Deram muito trabalho?

Carlos – Que nada, os dois se comportaram muito bem.

Rodrigo – Então esses não são meus filhos.

Arthur – Papai, a gente foi...

Rafael tapou a boca do irmão no mesmo instante, deixando Rodrigo cismado.

Rodrigo – Estão cheio de segredinhos hein.

Carlos deu uma piscada para os garotos.

Carlos – Eu já vou, nos vemos amanhã em casa.

Carlos – Vai ser muito bom você estar com agente amanhã.

Carlos abraçou Rodrigo, que ficou um pouco tímido.

Rodrigo botou os filhos para dormir e foi até o quarto da mãe.

Rodrigo – Acabei de botar os meninos pra dormir, achei que você tinha dormido também.

Rodrigo – O que vocês estão olhando?

Antônio – Essa fotos, da nossa infância.

Maria – Nós éramos muito pobres, mas consegui tirar algumas fotos de vocês.

Rodrigo sentou-se ao lado do irmão e ficou olhando aquelas fotos amareladas, um pouco amassadas, que estavam em um porta retrato simples.

Rodrigo – Nossa, você não mudou nada, até seus cachos são iguais Antônio.

Maria mudou para a próxima, mostrando uma foto dela grávida.

Maria – Nessa foto estou grávida de você Guilherme.

Rodrigo e Antônio notaram a confusão dos nomes mas não corrigiram a mãe.

Rodrigo – Olha sua cara de felicidade abraçando a barriga dela.

Antônio – Eu queria tanto um irmão.

Maria – Se deixasse o Antônio ficava o dia inteiro colocando a mão na minha barriga só pra sentir você chutar.

Na foto seguinte Antônio estava sentado em um sofá, todo risonho, segurando um bebê no colo.

Rodrigo ficou emocionado ao ver a foto, passando a mão nos olhos, limpando uma lagrima que estava prestes a nascer.

Antônio – Eu te peguei no colo.

Antônio – Então trate de respeitar seu irmão mais velho.

Na foto seguinte era um bebe pelado com as pernas arreganhadas exibindo os documentos.

Rodrigo – Só pode ser eu, eu tinha piru grande desde criança mesmo.

Antônio – Ai mãe, ele só fala merda.

Os três começaram a dar risada, enquanto ficavam olhando aquelas lembranças.

Maria – Outra minha gravida.

Maria – E pensar que a quase 33 anos atrás a essa hora eu já estava sentindo dores.

Maria passou mais uma foto.

Rodrigo estava sentado ao lado de Antônio abraçando ele.

Ao ver a foto Antônio enrijeceu o corpo no mesmo instante, chamando a atenção de Rodrigo.

Na foto Rodrigo e Antônio estavam juntos, mas ao contrário do irmão, Antônio não olhava para a câmera.

Antônio olhava para o lado, com o semblante assustado, sendo possível ver que uma mão forte segurava seu braço.

Rodrigo notou o desconforto do irmão e da mãe ao ver a foto. Rapidamente Maria mudou a foto, não fazendo nenhum comentário.

Na última, Maria estava sorrindo ao lado de seus dois filhos.

Antônio – Bom, agora chega de fotos e todo mundo pra cama, porque o dia será cheio amanhã.

==

Rodrigo acordou de manhã e achou estranho o silêncio, até porque numa casa onde tinha Rafael e Arthur, isso não combinava.

Ao sair do banheiro e ir para a cozinha levou um susto ao ver a família reunida.

Os filhos o abraçaram, beijando seu rosto e sua careca.

Maria – Parabéns meu filho, muita saúde.

Antônio ficou por último e olhando nos olhos do irmão deu um abraço apertado, seguido de um beijo no rosto.

Antônio – Parabéns. Eu te amo meu irmão.

Rodrigo olhou para Antônio, sorrindo feliz para ele.

Arthur – Mas não vai ter bolo???

Maria – Calma.

Todos seu arrumaram, mas quem ia fazer uma surpresa era Rodrigo.

Antônio – Depois tenho que passar no orfanato, hoje também é aniversário do Douglas.

Rodrigo – Pois é, prometi uma piscina de bolinha pra ele.

Maria – Estão prontos?

Ao sair na porta tinha um ônibus esperando eles.

Antônio – Mas o que é isso?

==

Stela andava de um lado para o outro acertando os últimos detalhes da festa.

Alice desceu as escadas e ficou irritadíssima com aquele entra e sai.

Alice – Mas que circo é esse?

Stela – Estava querendo mesmo falar com você.

Stela – Hoje é aniversário do seu irmão e ele vai vir aqui. Eu quero que você saia, para evitar qualquer tipo de aborrecimentos.

Stela – Ou no mínimo que você fique trancada em seu quarto até a festa acabar.

Alice – Você está me expulsando da minha própria casa?

Stela – Eu estou falando sério Alice, não abuse da minha paciência.

Alice – Tudo bem, vou favorecer vocês com minha ausência.

Alice subiu as escadas morrendo de ódio. Se trancando no quarto trocou de roupa e pegou seu celular.

Alice – Sou eu, vai ser hoje.

Alice – Fique de prontidão.

Alice desligou o celular e olhou no espelho.

Alice – Hora do golpe final.

==

Stela – O Rodrigo está demorando, será que ele desistiu?

Carlos – Claro que não. Só não entendi aquelas coisas lá no jardim.

Stela – Ele que pediu.

Carlos – E a Alice?

Stela – Se arrumou e saiu de carro. Espero que volte só a noite.

Valdir – Com licença, Dona Stela tem um ônibus no portão, posso deixar entrar?

Carlos – Um ônibus? Ué, deixe entrar.

Carlos e Stela foram para o jardim e Rodrigo foi o primeiro a descer ajudando Maria. Em seguida foi a vez de Antônio e os sobrinhos.

Shirley desceu em seguida e atrás dela todas as crianças do orfanato.

Rodrigo – Você disse que eu poderia convidar meus amigos, trouxe essa molecada.

Stela ficou um pouco chocada enquanto Carlos dava risada.

Rodrigo – Hoje também é aniversário do meu amigão Douglas, vamos comemorar juntos.

Rodrigo ajoelhou-se diante do garoto.

Rodrigo – Você não queria uma piscina de bolinha? Então bora la curtir.

No jardim tinha brinquedos, palhaço e tudo que uma criança poderia querer.

Douglas – Obrigado tio!!!

As crianças correram para o jardim se espalhando no mesmo instante.

Shirley – O Rodrigo pegou todos de surpresa.

Carlos – Sejam todos bem vindos.

Carlos e Stela abraçaram o filho, desejando felicidades.

Cris – Migaaaaaa sua loka, olha aqui em mais uma festinha na sua house.

Stela olhou torto para Cris. Rodrigo fez uma cara para a mãe e Stela no mesmo instante mudou.

Stela – Oi querida, que saudade que estava, não via a hora de você chegar.

Stela pegou Cris pelo braço e saiu andando pelo jardim.

Stela – Você está linda com essa roupa, depois me passe o nome da loja, quero comprar uma igual.

Antônio – Acho melhor ficar bem longe dessas duas, pois na hora que a bomba explodir eu não quero nem ver.

Um tempo depois chegou Simone, Sidney e Telma.

Bruno – Oi Simone, tudo bem? Bom ver você novamente.

Simone – Obrigado. Com licença.

Romeu – Vai com calma cunhado, ela vai acabar lhe perdoando.

Bruno – Será Romeu?

O aniversário era uma típica festa de criança, bolo de chocolate, docinhos, salgadinhos, muitos balões.

Antônio – Eu estou orgulhoso de você.

Antônio – Você tem ideia do que você fez por esse garoto hoje? Olhe a felicidade dele. Não só dele mas das outras crianças também.

Rodrigo – Eu também estou muito feliz. Acho que pela primeira vez estou tendo um aniversário de verdade.

Com muito custo Cris conseguiu fazer a criançada parar as brincadeiras e ir cantar parabéns. Todos cantaram parabéns para Rodrigo e Douglas.

Bruno – Faça um pedido Rodrigo.

Rodrigou olhou para Antônio, dando um sorriso.

Cris – E o primeiro pedaço de bolo?

Para evitar constrangimentos de todos os lados, Rodrigo saiu pela tangente.

Ele deu o primeiro pedaço para Arthur, que era o mais esfomeado e outro para Rafael.

Rodrigo – Vai ser para essas tripas aqui.

A festa ainda bombava, a criançada brincava no jardim enquanto os adultos conversavam.

Cris – E você como está?

Maria – Estou ótima, é estranho voltar pra essa casa, mas hoje é um dia de alegrias, de só felicidade.

Cris – Você merece Maria.

Cris – Pois é, acho que vai ser a primeira festa que eu venho nessa casa e não rola barraco.

Cris estava redondamente enganada, ninguém esperava mas aquele clima de pura harmonia estava prestes a desaparecer.

Alice voltou para a mansão só que acompanhada.

Alice – Vamos entrar.

- Está tendo uma festa aqui?

Alice – A festa vai começar agora.

Alice – Ande, venha comigo.

Alice entrou na mansão e procurou Rodrigo.

Rodrigo conversava com Bruno e fechou a cara ao ver a irmã.

Alice – Feliz aniversário maninho.

Rodrigo – O que você quer Alice? Não me provoque, hoje não vou tolerar suas...

Alice – Calma, calma, eu vim em paz.

Alice – Só vim lhe apresentar uma pessoa.

Só então Rodrigo notou que Alice estava acompanhada.

- Como vai?

A pessoa deu um sorriso, estendendo a mão para Rodrigo.

Meio desconfiado Rodrigo esticou o braço, apertando sua mão.

Antônio estava próximo dali brincando com algumas crianças e ao ver a cena ficou paralisado, sentindo uma onda de medo dominar todo seu corpo.

Rodrigo permanecia com sua mão sendo apertada, começando a ficar sem graça.

Rodrigo – Desculpa, mas nós nos conhecemos?

- Nossa, você está tão diferente Guilherme.

Ele nem teve tempo de ter a sua resposta.

Como uma leoa Maria avançou sobre os dois, empurrando o filho para trás, desfazendo aquele contato físico.

Maria – Saia de perto do meu filho, seu monstro!!!!

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Dr. Romântico a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Puts a Vacalice achou o monstro do pai dos meninos pqp, ainda bem que Antônio é Maria reconheceram o lixo, o que será que vai acontecer. Sei que vc postou a muito tempo essa saga, mais eu achei incrível, mais tbm fiquei com muita raiva de vc várias vezes KKK, vc e um ótimo autor já dá pra escrever um roteiro de novela mexicana.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Bem que desconfiei....seria a ex do rodrigo ou o ex da maria. Mas não consigo entender o intuito de Alice em trazer o pai que afinal esfaqueou a ex no passado e pode ser preso..... Ela citou documentos para mãe...ainda não consigo assimilar... Parabéns pela volta. Nem sempre lerei no dia, mas na primeira oportunidade lerei com certeza.... E quando esta história acabar aguardo anciosa outra....sua escrita e desenvolvimento e participação com seus leitores é incrível.

0 0
Foto de perfil genérica

Essa Alice é o cão mesmo hein... Sua História tá ótima, Parabéns!!! É bom ver que um bom autor ainda está na Ativa.

0 0
Foto de perfil genérica

Interessante a Alice ter encontrado o pai dos meninos.Mais interessante será o que acontecerá a seguir.Quanto à prisão da Alice, referi-me à prisão definitiva por todos os crimes que ela cometeu, com direito a penitenciária e tudo o mais. Um abraço carinhoso para ti.

0 0
Foto de perfil genérica

Não acredito que essa cobra da Alice foi atrás do monstro do pai deles. Que bruxa.Passado. O Grande vilão é pai dos meninos?

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa, quem será que deixou todos com raiva? Parabéns pelo conto,sua narrativa nos faz vivência como se estivéssemos também fazendo parte da história. Não demora para postar o próximo por favor

0 0
Foto de perfil genérica

Não acredito que essa cobra da Alice foi atrás do monstro do pai deles. Que bruxa.

0 0