Glass Roof
Capitulo 2 - Sala Branca, Sem Janela.
Chegamos cansados à tal sede. Era um lugar grande, diria que era até escondido. Como Ainda era noite, não conseguia ver muita coisa. Mas me parecia estar no meio de uma floresta. Descemos uma rampa enorme, que dava acesso a um andar que mais parecia uma garagem. Saímos do carro e Joaquim me conduziu a um elevador no qual entramos e descemos. Chegamos a um salão enorme, sem muitos adornos, com paredes brancas, sem janelas, mas com uma iluminação bastante forte. Conseguia ver várias portas que eu não sabia para onde dariam, mas logo em seguida Joaquim me explicou algumas coisas.
- Esse é o salão principal. Você deve se apresentar aqui todos os dias em um determinado horário. Aqui é feita uma coleta de dados, para saber como anda a progressão de seu tratamento. - Disse Joaquim, enquanto caminhávamos para uma das portas. Ele abriu a porta e entramos ali. - Essa vai ser sua nova moradia
Notei que, atras da porta que Joaquim havia aberto, tinha uma cama bem arrumada, tal como um armário, um aparelho de televisão, uma escrivaninha com alguns livros meus, organizados em ordem alfabética de títulos, uma cadeira e uma luminária que dava do chão à cabeceira da cama. Novamente notei que não tinham janelas nesse quarto. Mais adiante, tinha uma porta entreaberta, que se revelava ser um banheiro.
Entramos nesse quarto e Joaquim fechou a porta. Quando ele fez isso, ele me puxou para ele e me beijou. Foi doce e feroz ao mesmo tempo. Ele me segurava pelo cabelo, mas não me machucava. Era bom, para ser bem sincero. Ele foi andando comigo até a cama e, quando estávamos prestes a nos deitar, eu coloquei a mão sobre seu peito.
- Eu estou muito cansado, podemos parar por aqui, por favor? - Pedi, com um pouco de receio quanto a sua reação.
- Claro! - Respondeu ele, de imediato. - Você precisa mesmo descansar. Teve um dia muito cheio. Amanhã eu volto pra que possamos começar o tratamento, tudo bem?
- Sim, claro. - Respondi. - Te espero pela manhã.
- Até mais. - Disse, me beijando novamente
- Até. - Me despedi, retribuindo seu beijo.
Joaquim saiu do quarto e eu me deitei na cama. Comecei a pensar em tudo que tinha me acontecido. Era muita informação pra minha cabeça. Do nada eu descubro que sou fruto de uma mutação genética feita em um dos meus avós, como isso seria possível? Por que diabos meu pai, mesmo sabendo de tudo, nunca me disse nada. O que eu era? O que eles fariam comigo ali, naquele lugar? Como seria esse tratamento? Quem era esse Joaquim?
Acabei adormecendo em meio aos meus pensamentos.
Acordei bem cedo na manhã seguinte. Tratei de me arrumar, pois não sabia que horas começariam meus "compromissos". Estava penteando meus cabelos recem lavados quando uma mulher de meia idade, de estatura mediana, olhos negros é uma verruga em cima de seu lábio entrou no quarto
- Bom dia, senhor Rafael. - Disse ela, conferindo meu nome em uma prancheta que carregava em suas mãos. - Meu nome é Roberta, sou médica dessa divisão e serei a responsável por seus testes. Queira me acompanhar, por gentileza
- Claro, só um minuto. - Respondi, colocando a escova com que penteava meus cabelos em cima da escrivaninha
Acompanhei aquela mulher simpática por alguns corredores até uma sala cercada de espelhos. Ela me pediu que a esperasse e eu o fiz. Pouco mais de dez minutos depois, ela retornou com um garoto.
- Rafael, - Disse Roberta. - Esse é Vítor. Vítor, esse é Rafael. Vocês serão companheiros de teste a partir de agora.
Vítor era um homem atraente. Com seus vinte e poucos anos, 1,82 de altura, sua pele negra e seu sorriso que desconcertava, era o que eu posso chamar de um dos homens mais bonitos que eu já havia visto.
- Pode me chamar de Vit. - Disse ele, sorrindo pra mim e me estendendo a mão para um cumprimento
- Pode me chamar de Rafa. - Respondi, devolvendo o sorriso e pegando em sua mão***********Olar, galeres. Estava morrendo de tédio em casa e resolvi retomar essa história hahahha. Espero que gostem e comentem muito :). Beijos 💙💙
