Descobrindo o amor (85)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 4629 palavras
Data: 17/01/2018 00:04:43

Geomateus, um foi feito para o outro.

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fofinho_recifence, obrigado meu querido.

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VALTERSÓ, mas também tanta coisa acontecendo, eles nem iam ter tempo de se amarem, vamos ver se agora será para sempre.

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RAQU£L*-*, bom essa sua ideia é totalmente plausível, fazer mal contra os garotos atingira não só o Rodrigo mas também o Antônio e a Maria, ou será que o plano dela é outro? Algo que nem imaginamos, algo que ficou de lado durante toda a história? Kkkk

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Sem pensar duas vezes, Antônio segurou o rosto de Rodrigo, sentindo sua barba áspera arranhar suas mãos e em seguida aproximou seu rosto, beijando sua boca.

Rodrigo o abraçou, fechando seus olhos enquanto invadia a boca de Antônio com sua língua.

Antônio – Eu te amo.

Ofegantes, um se declarou para o outro, mantendo-se abraçados.

Sem dizer mais nada, um foi tirando a roupa do outro, mantendo suas bocas coladas o tempo todo.

Rodrigo e Antônio caíram sobre a cama, esfregando seus corpos nus, um sentindo o gosto do outro, se amando intensamente.

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Capítulo 85

Rodrigo montou em cima de Antônio, beijando sua boca, esfregando sua barba no queixo do irmão, o fazendo ficar arrepiado de tanto tesão e desejo.

Antônio puxava ainda mais o corpo do Rodrigo junto ao seu, lambendo seu peito, sentido o gosto salgado de sua pele depois de um dia todo de trabalho, misturado com o perfume suave que usava.

Antônio – Eu te amo.

Rodrigo – Eu quero você!!

Rodrigo esparramou sua mão direita na cabeça de Antônio, mergulhando em seus cachos, trazendo seu rosto próximo a sua boca, dando um beijo molhado, seguido de uma mordida nos lábios.

Os dois ficaram se encarando ofegantes, parecia até que se comunicavam por telepatia. Rodrigo puxou Antônio que entendeu de imediato as inteções do amado.

Antônio virou seu corpo, apoiando as mãos na cabeceira da cama, arrebitando o quadril, empinando a bunda em direção a rola melada de Rodrigo.

Antônio – Me come.

Rodrigo estava com o pau latejando, quase explodindo. Segurando forte a cintura do irmão, deu um chupão em sua nuca, enfiando a língua em sua orelha esquerda.

Antônio fechou os olhos, rebolando a bunda de maneira suava, enquanto seu corpo fervia e suava ao mesmo tempo.

Rodrigo falava coisas desconexas, urrando baixinho no ouvido do irmão.

Sem conseguir se controlar mais, Rodrigo se afastou e prevendo o que viria Antônio afastou as pernas deixando seu cu exposto aos desejos do seu grande amor.

Rodrigo passou o polegar no cu de Antônio, sugando para dentro seu dedo, tamanho o tesão que sentia.

O tesão era tanto que Rodrigo nem precisou de lubrificante, usou o melado da cabeça do seu pau e foi forçando sem parar aquele anel até entrar a cabeça por completo.

Antônio sentiu um pouco de dor mas mesmo assim fez questão de arrebitar ainda mais o rabo até sentir o caralho de Rodrigo enterrado até o talo, o que não demorou para acontecer.

Rodrigo deu uma fincada naquele rabo e em seguida puxou o corpo de Antonio, o fazendo sentir seu peito peludo e suado em suas costas.

Os dois pareciam uma só pessoa, unidos por seus corpos.

Rodrigo sentia a necessidade de dominar o irmão, não para diminuí-lo mas sim para mostrar o quando o desejava, o quanto era apaixonado.

Antônio voltou a apoiar as mãos na guarda da cama e Rodrigo curvou sobre seu corpo, entrelaçando suas mãos, ficando engatados.

Antônio gemia toda vez que sentia aquele cabeção inchado empurrar sua próstata, fazendo com que sua rola dura pingasse um liquido vicoso sobre o lençol.

Rodrigo desceu suas mãos fortes pelas costas do irmão, até chegar em sua bunda, apertando, abrindo ela com sua rola atolada até o fundo.

Seu tesão aumentava ainda mais com os gemidos de Antônio e principalmente pela visão da bunda dele com os pelos todos arrepiados enquanto sua rola entrava e saia sem parar.

Rodrigo – Isso, rebola meu amor.

Rodrigo – Rebola para o seu homem, seu macho.

Rodrigo sentia sua rola ser esmagada dentro daquele cu e prevendo que não aguentaria segurar o gozo por muito tempo aumentou o ritmo das fincadas, castigando a bunda de Antônio.

Rodrigo – Toma.

Antônio deu um gemido mais forte e Rodrigo puxou seu corpo para tras, segurando sua cabeça para dar um beijo.

Antônio – Eu te amo.

Rodrigo estava alucinado e inflando o peito todo suado soltou um berro, cravando ainda mais sua rola no cu do irmão.

Antônio contraiu o anus e começou a jorrar porra sobre a cama, prendendo Rodrigo dentro dele.

Parecia que suas forças tinham sido sugadas, ele só não caiu sobre a cama pois Rodrigo ainda o segurava, enquanto despejava toda sua porra dentro de seu cu.

Antônio relaxou o corpo, sentindo seu anus ser invadido pela porra de Rodrigo.

Rodrigo caiu sobre seu corpo, ficando engatado nele, deixando que seu pau saísse sozinho, fazendo com que um pouco do seu esperma vazasse, lambuzando o rabo peludo de Antônio.

Os dois ficaram frente a frente, suados, e a primeira coisa que Rodrigo fez foi acariciar seus cachos, dando um sorriso em seguida.

Antônio não disse nada, ficou apenas observando a beleza do irmão, enquanto sentia seu cheiro misturado a sexo invadir suas narinas.

Rodrigo – Eu te amo tanto.

Os dois sorriram e se beijaram, sorrindo em seguida.

Rodrigo deitou e puxou Antônio para seu peito, fazendo carinho em seu corpo.

Os dois não falaram nenhum assunto delicado, ficaram apenas curtindo aquele momento que não iria durar muito.

Antônio – Vou tomar um banho e arrumar essa bagunça, daqui a pouco as crianças chegam.

Rodrigo arrumou a bagunça e ainda com tesão foi atrás do irmão.

Antônio estava na ducha, parado enquanto a água quentes descia sobre seu corpo. Com o cu ardendo, Antônio sentia prazer por saber que o responsável tinha sido o seu grande amor.

Distraído ele só despertou quando sentiu as mãos fortes de Rodrigo o segurar novamente pela cintura. Ele nem teve tempo de reagir, Rodrigo cravou sua rola no fundo de seu cu, voltando a penetra-lo.

Antônio – Rodrigo!!!

Rodrigo – Eu quero você.

Antônio voltou a empinar o rabo, só que agora em pé na ducha. Rodrigo o segurava firme, empurrando sua rola, fazendo o corpo de Antônio ser levantado.

Rodrigo gemia, metendo sem parar, gozando novamente no cu de Antônio.

Exaustos, os dois se recomporam, dando um beijo selando o amor que sentiam.

Um tempo depois Maria chegou com os netos.

Maria – Pra sair com esses dois tem que levar um banco junto, tudo eles querem.

Rodrigo – Eles não se comportaram?

Maria – Se comportaram sim, eles são uns anjinhos.

Rafael – A gente rezou papai.

Rodrigo foi para a cozinha preparar o jantar enquanto Maria foi para o quarto descansar.

Antônio – Como você esta mãe?

Maria – Só estou um pouco cansada.

Maria – Você esta feliz?

Antônio deu um sorriso sem graça.

Maria – Ah Antônio, você é tão lindo meu filho. É incrível como você consegue manter esse sorriso doce mesmo tendo passado por tudo que passou.

Antônio – Eu sou feliz sim mãe.

Após o jantar Maria tomou seus remédios e Rodrigo botou os filhos para dormir.

Antônio ficou deitado em sua cama, relembrando a transa que teve com Rodrigo horas antes. Seu cu ainda ardia muito mas isso só servia pra lhe dar ainda mais prazer.

Rodrigo apareceu no quarto sem camisa, usando só uma bermuda curta.

Rodrigo – Estava com saudades.

Antônio – Você é louco?

Rodrigo deitou na cama do irmão, o abraçando.

Rodrigo – Eu necessito ficar perto de você, não me expulsa não.

Antônio sorriu, acariciando seu rosto.

Antônio – Alguma vez eu consegui dizer não pra você?

Os dois ficaram deitados juntos abraçados. Rodrigo não parava de falar bobagens, fazendo Antônio rir o tempo todo.

Rodrigo – O que você andou fazendo hein? Está cada vez mais gostoso.

Rodrigo – Quero te comer todo dia.

Antônio – Vai sonhando.

Rodrigo – Ué, você disse que nunca nega nada pra mim.

Antônio – E fale baixo senão você sabe.

Rodrigo – As tripas número um vai acordar e em seguida vai acordar a tripa numero dois.

Antônio – E?

Rodrigo – E depois eles vão infernizar as pessoas de bem, que no caso somos nós.

Os dois caíram na risada, ficando abraçados o tempo todo.

Rodrigo – Antônio, como é que vai ser?

Antônio – Eu não sei, não consegui pensar nisso.

Rodrigo – Então não vamos pensar não.

Rodrigo – Me prometa que nunca mais vai me deixar?

Rodrigo ficou olhando sério no rosto do irmão. Antônio o beijou prometendo o que ele tanto queria ouvir.

Antônio – Eu nunca vou te abandonar.

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No dia seguinte os dois mal se viram, Rodrigo tinha uma reunião cedo no escritório enquanto Antônio acompanhou a mãe até o médico.

Dr. Alexandre – A senhora parece estar bem disposta.

Maria – Tenho quatro homens em casa que me dão muito trabalho, não posso me dar ao luxo de ficar indisposta.

Antônio – Que exagero mãe, você é tratada feito uma rainha.

Antônio – Mas e os exames doutor, como estão?

O médico fez um olhar mais sério, mas não tinha como dar aquela notícia de um modo diferente.

Dr. Alexandre – Bom, eu e outros especialistas analisamos a bateria de exames que a senhora fez e estamos acompanhando o tratamento, mas infelizmente não temos boas notícias.

Antônio sentiu o peito apertar, Maria estava mais preocupada com a reação do filho e apertou sua mão, tentando lhe dar segurança.

Dr. Alexandre – Em um primeiro momento o tratamento começou a dar um resultado mais tímido, mas infelizmente ele deixou de ser eficiente.

Antônio – O que isso significa?

Dr. Alexandre – Teremos que partir pra um tratamento mais agressivo.

Maria – Tudo bem doutor, estou aqui pra isso mesmo.

Antônio tentou disfarçar sua tristeza, ele queria se manter forte para dar o apoio que a mãe merecia.

Dr. Alexandre – Bom, então na semana que vem sem falta eu aguardo vocês.

Diferente das outras vezes os dois não esconderam nada de Rodrigo. Ao chegar da empresa Antônio abriu o jogo, deixando o irmão visivelmente abalado.

Maria – Gente, eu estou bem, se é necessário um outro tipo de tratamento eu faço, só não quero ver vocês dois assim.

Maria – E outra, os meninos podem perceber e ficar fazendo perguntas.

Maria beijou os filhos e continuou agindo como se nada tivesse acontecido.

Rodrigo foi cuidar dos filhos enquanto Antônio foi para o quarto com a mãe.

NO quarto, Antônio abraçou Maria e ficou o tempo todo deitado ao lado dela.

Antônio sentia uma necessidade absurda de estar ao lado da mãe, era uma forma de compensar os anos que ficou sem sua presença achando que era órfão.

Antônio – Mãe, você é a mãe mais linda do mundo.

Maria – Antônio, eu não quero que você fique triste, até porque temos muita coisa pra fazer.

Maria – Esta chegando o aniversário do seu irmão.

Antônio – Verdade, mas acho que ele nem quer festa.

Maria – Vai ter festa sim, eu faço questão.

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No dia seguinte Maria parecia um pouco melhor, ela não queria de maneira alguma criar um clima ruim entre os filhos.

Escutando a conversa da avó, Rafael ficou eufórico.

Rafael – Irmão, acorda!!!!

Arthur – O que foi?

Rafael – É o aniversário do papai.

Arthur já deu um pulo, com os olhos brilhando.

Arthur – Vai ter bolo!!!

Rafael – A gente precisa comprar um presente.

Arthur – Mas a gente não tem dinheiro, você é criança e eu sou neném.

Arthur – Pede para o tio Tonio.

Rafael – Mas o tio Tonio não tem, ele é pobre, você esqueceu?

Rafael sentou na cama desolado. Arthur sentou ao seu lado e o abraçou.

Rafael – Já sei!!!

Rafael cochichou no ouvido do irmão e começou a dar risada. Arthur saiu do quarto e voltou segundo depois com um celular na mão, dando ainda mais risada.

Carlos – Alo, oi Rodrigo.

Rafael – Sou eu vô, o Rafael Satarem.

Carlos – Oi meu querido, seu pai sabe que você ta mexendo no celular dele?

Rafael – O vô, você é rico né?

Carlos – Bom eu tenho um pouco de dinheiro, mas porquê? Você quer me pedir alguma coisa?

Rafael – Eu e o irmão a gente quer um dinheiro. Não, a gente quer dois dinheiro.

Arthur – Pede um monte de dinheiro.

Rafael – É aniversário do papai, a gente que comprar um presente pra ele.

Carlos – A sei.

Carlos começou a dar risada prometendo ajudar os netos.

Rodrigo – Rafael e Arthur Santarém cade meu celular?????

Rodrigo deu um berro da cozinha e os garotos desligaram na mesma hora, saindo correndo.

Stela – O que aconteceu?

Carlos – Aqueles dois baixinhos. É aniversário do Rodrigo.

Stela – Eu não me esqueci. Queria tanto fazer uma festa pra ele aqui em casa, mas acho difícil ele vir.

Carlos – E porque não faz? Não custa tentar.

Stela ficou radiante com a possibilidade ter o filho novamente em casa.

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Simone – Isso daqui esta uma paz, sua maninha tomo chá de sumiço.

Rodrigo – Que ótimo, um problema a menos.

Simone – Tenho certeza que ela deve estar aprontando alguma coisa.

Rodrigo – Relaxe, a Alice esta liquidada, ela só não quer dar o braço a torcer e fica ai bancando essa pose de poderosa.

Simone – Eu queria ter essa sua certeza.

Stela – Com licença. Boa tarde.

Simone – Como vai Stela?

Stela – Bem e você? Será que poderia conversar um pouco com você Rodrigo?

Stela ficou a sós com filho e tentou puxar papo.

Stela – Está chegando seu aniversário, pensei em fazer uma festa lá em casa, seu pai adorou a ideia.

Rodrigo – Não quero festa não, ando muito ocupado com os problemas do escritório e também com tratamento da minha m..

Rodrigo fez uma pausa, ele ficou com receio de se referir a Maria como mãe e magoar Stela.

Rodrigo – O tratamento da Maria.

Stela – Eu fiquei sabendo, como ela está?

Rodrigo – Bem na medida do possível mas o caso é grave.

Stela se aproximou do filho e acariciou seu ombro.

Stela Tem alguma coisa que eu posso fazer por você?

Rodrigo ficou por alguns segundos em silencio.

Rodrigo – Não, não tem nada.

Stela – Pense com carinho sobre o aniversário, os meninos vão gostar.

Stela – Se precisa de algo me ligue. EU sinto muito saudade de você.

Stela deu um beijo no rapaz e saiu da sala.

Rodrigo – Eu também sinto muito saudade de você, mãe.

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Alice ficou o dia todo fora botando em pratica seu novo plano. Depois de ir em alguns lugares ela finalmente conseguiu o que tanto queria.

Olhando para uma pasta com alguns papeis, ficou sorrindo com ar de vitória.

Alice – Agora só esperar o momento certo para dar meu golpe final.

Alice – Ah vocês não perdem por esperar.

Alice foi para a casa e indo direto para o quarto, ignorando os pais.

Pegando seu celular ligou para um número que estava anotado em um pedaço de papel.

Alice – Alo!! Com quem eu falo?

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Como fazia toda noite, Rodrigo esperava todos dormirem e ia para o quarto do irmão. Desde que se entenderam os dois não transaram mais, até porque faltava oportunidades, pois a cada momento acontecia alguma coisa.

Rodrigo contava sobre seu dia e Antônio contava sobre a faculdade, sobre o estágio.

Antônio – A Stela foi te visita? O que você sentiu?

Rodrigo enrolou mas Antônio insistiu.

Antônio – Responda, poxa pode dizer o que você sente.

Rodrigo – Eu gostei de vê-la, eu sinto muita saudade dela.

Antônio – Eu não vou te recriminar por isso e nem você deve se culpar por esse sentimento.

Antônio – A Stela errou sim mas de uma coisa eu não tenho dúvida, ela te ama de verdade.

Antônio – O Carlos te ama de verdade.

Rodrigo – É que não quero magoar a mãe.

Antônio – Ohh meu irmão, ela não vai ficar magoada, ela só quer te ver feliz. Você gostar da Stela não faz você gostar menos da nossa mãe.

Rodrigo – Sabe que te amo?

Antônio – Claro que eu sei, sou bonito, inteligente, estou sempre certo...

Rodrigo – Nossa, está se achando hein, te dou uma surra de rola e você vai ver.

Antônio – Pelo menos te fiz sorrir.

Antônio – Ah não esqueça, sábado agora vai ter o evento no orfanato.

Rodrigo – Eu já disse que vou, pode contar comigo.

Conforme acontecia todo mês Cris reuniu todas as suas funcionárias e foi com Bruno e Romeu para o orfanato.

Cris – Podem fazer fila, hora de dar um trato nesse balaio que vocês chama de cabelo.

Shirley – Eles estão eufóricos.

Cris – O Antônio já chegou?

Shirley – Já devem estar vindo.

Alguns minutos depois Antônio chegou com toda a família.

Rafael e Arthur ficaram eufóricos, tentando se soltar das mãos do pai.

Rodrigo – Vocês dois nada de aprontar, nada de quebrar as coisa, nem botar fogo em nada e nem explodir nada.

Maria – Rodrigo!!! Que exagero.

Os garotos saíram correram e logo se juntaram com as outras crianças.

Shirley – Antônio meu querido, as crianças já estavam nervosas perguntando se você não vinha.

Antônio – Essa é minha mãe e o meu irmão, a senhora já conhece né?

Shirley – Sejam bem vindos.

Bruno deu um abraço no amigo propondo um desafio.

Bruno – E ai, pronto pra uma revanche?

Antônio – Vai querer levar outra lavada no campo?

Bruno começou a separar o time para jogar bola com os garotos.

Rodrigo – E eu, faço o que?

Antônio – Tem tanta coisa, você pode desde consertar uma torneira como também pegar uma dessas crianças e contar história.

Rodrigo – Deixa comigo.

Maria foi para a cozinha ajudar a fazer a almoço enquanto os filhos distraiam as crianças.

Antônio e Bruno ficaram no gol enquanto as crianças jogavam bola. Claro que os dois facilitam em muito os gols da molecada, afinal a intenção era fazer os pequenos se divertirem.

Cris – Pronto, agora está todo mundo com cara de gente e assim não vai correr risco de pegar piolho.

Shirley – Obrigado Cristiane, se não fosse você não saberia o que faria.

Cris – Agora vou ajudar na cozinha. Cadê o Romeu?

Shirley – Está na área de serviço com a Ritinha, ela está adorando saber que vai ter um pai.

Dessa vez o time de Bruno que ganhou a partida e não restou alternativa para Antônio, que teve que ficar ouvindo as gozações.

Antônio – Anda molecada, vão lavar as mãos que daqui a pouco está na hora do lanche.

Rodrigo tinha terminado alguns consertos no quarto e foi procurar o irmão. Antônio estava sentado em um banco conversando com um garoto.

Rodrigo – Estava lhe procurando, aconteceu alguma coisa?

Antônio – Esse aqui é meu amigão, o Douglas.

Douglas – Você é irmão do tio Tonio? Mas porque você é careca?

Rodrigo – Ah, porque os carecas são mais bonitos.

Antônio – Estava aqui explicando para o Douglas, esta chegando o aniversário dele.

Douglas – Eu queria uma piscina de bolina, mas a tia Shirley não tem dinheiro.

Antônio – Mas em compensação ela vai fazer um bolo bem gostoso, você entende né?

Douglas – Eu entendo tio, eu não estou triste.

Rodrigo – Ué, mas se é seu aniversário e você quer uma piscina de bolinhas então você vai ter uma piscina de bolinhas.

Douglas – Jura tio?

O garoto abriu um sorriso enorme.

Antônio repreendeu Rodrigo no mesmo instante.

Rodrigo – Antônio, se é uma piscina de bolinha que vai fazer esse moleque sorrir, ficar feliz, então ele vai ter isso no aniversário dele sim.

Antônio – Eu sei Rodrigo, mas não podemos criar expectativas neles.

Rodrigo se ajoelhou ficando da altura do garoto.

Rodrigo – Você vai ter o aniversário do jeito que você sonhou, agora da um abração aqui.

O garoto abraçou Rodrigo, beijando seu rosto, em seguida saiu correndo pra contar a novidade para as outras crianças.

Rodrigo – Ei, não me olha assim não, eu sei o que estou fazendo. Uma piscina de bolinhas é barato de mais diante do sorriso desse garoto.

Antônio ficou tranquilo pois sabia que no fim o irmão ia dar um jeito e cumprir a promessa.

Maria estava no fogão de costas quando Stela chegou na cozinha falando sem parar.

Stela – Shirley...

Maria virou-se, deixando Stela constrangida.

Stela – Maria!! Você aqui?

Shirley – Uma vez por mês promovemos esse evento.

Stela – Só vim pra dizer que consegui uma doação de roupas, está lá no carro.

Stela saiu de imediato, evitando situações embaraçosas.

Rodrigo estava no jardim quando viu Stela de longe carregando um monte de bolsas junto com Valdir.

Rodrigo achou estranho e seguiu a mãe até um dos quartos coletivo.

Stela – Pode deixar aqui Valdir, eu vou separar por idade. Se quiser pode ficar la no jardim ou dar uma volta, eu te ligo quando for embora.

Stela estava sozinha no quarto quando Rodrigo apareceu.

Stela – Filho!!!

Rodrigo – Você aqui?

Rodrigo – Então é verdade, você anda ajudando o orfanato.

Stela – Isso tem me feito bem, tem preenchido meu tempo e ajudado a esquecer os problemas.

Rodrigo – Tenho certeza que tem ajudado ainda mais essa garotada.

Stela – Bom, fico feliz se isso estiver acontecendo.

Stela – Quer me ajudar? Só separar masculino e feminino e depois por tamanho.

Rodrigo ficou ajudando a mãe enquanto conversavam, na verdade apenas Stela falava e Rodrigo ouvia.

Stela – Nossa, você teve uma roupa igual essa daqui.

Rodrigo – Não me lembro.

Stela – Você era pequeno, eu adorava vestir você cheio de roupas, sapato, ficava parecendo um príncipe.

Stela – Até seu pai aparecer e levar você para o jardim e te sujar todo, eu ficava com um ódio.

Depois de muito tempo Rodrigo finalmente sorriu com Stela.

Rodrigo – Você me fantasiava na verdade, pra ficar exibindo para suas amigas peruas.

Stela – Rodrigo!!!

Os dois voltaram a sorrir.

Stela – Onde já se viu chamar sua mãe de perua.

De repente pairou um silêncio no ar, Stela achou que tinha falado demais mas Rodrigo quebrou o gelo.

Rodrigo – Mas você é perua Dona Stela.

Os dois conversam de maneira descontraída enquanto organizavam as roupas até que notaram a presença de Maria.

Maria – Vim avisar que o almoço está pronto, caso estejam com fome...

Rodrigo não sabia o que fazer e ficou sem ação.

Maria já estava saindo quando Stela pediu que ficasse.

Falando de maneira sincera, Stela pediu perdão a Maria na frente de Rodrigo, reconhecendo seus erros, por ter adotado o rapaz de maneira criminosa.

Stela – Eu não posso consertar meus erros, mas a única coisa que posso fazer agora é pedir perdão e vou entender caso você não aceite.

Maria – Eu te perdoo Stela, a vida foi muito cruel comigo e acho que perder tempo remoendo as magoas do passado não irá fazer bem pra mim e nem pra você.

Rodrigo ficou entre suas duas mães, ele realmente não sabia o que fazer mas foi salvo por Rafael.

Rafael – Papai, o irmão cai, corre!!!

Rodrigo – Ai meu Deus, eu vou amarrar vocês dois.

O resto do dia foi de festa, Cris fez uma gincana com as crianças enquanto Romeu tocava violão com outras.

Rodrigo e Antônio chegaram exaustos em casa, Rafael e Arthur pareciam que tinham mergulhados na lama.

Antônio – Vou ter que usar caco de telha pra tirar a craca de vocês dois.

Rodrigo – Se a múmia do avô de vocês vissem isso ia ter um treco.

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O resto do final de semana Rodrigo e Antônio aproveitaram para descansar. Antônio ficava o tempo todo ao lado da mãe, sempre preocupado e atendo a qualquer coisa de errado.

Antônio – Deixa que eu ajudo você a amarrar o vestido.

Maria – Filho, você esta me tratando feito uma boneca de cristal.

Antônio – Eita como esta reclamona hein Dona Maria.

Maria – Eu é que tenho que cuidar de vocês e não o contrário.

Ajudando a mãe, Antônio sentiu as cicatrizes de seu abdomem. No mesmo instante Maria se retraiu.

Antônio – Mãe, posso te perguntar uma coisa?

Maria – Claro querido.

Antônio – Quando você olha essas cicatrizes você não se sente mal? Não te traz lembranças ruins?

Maria – Não, pois vejo elas por um outro ângulo.

Maria – Essas cicatrizes foram pra te proteger.

Maria – Só de pensar daquele homem tocar em um fio de cabelo seu...eu não pensei duas vezes, me joguei contra ele.

Maria – Daria minha vida por você e seu irmão.

Antônio – Não vamos falar disso, desculpa ter tocado nesse assunto.

Maria – Esse assunto faz parte da nossa vida. Você era tão pequeno e teve que presenciar aquela monstruosidade.

Maria – Você não merecia isso. Por isso agradeço todo dia a Deus por ele ter feito de você um homem integro, honesto e justo.

Antônio voltou a tocar a mão no abdômen da mãe, tentando não deixar que as lembranças do passado viessem à tona.

Antônio – Já te falei que você é linda? A mãe mais linda do mundo?

Antônio foi para o quarto e ficou relembrando coisas que não queria, as agressões que a mãe constantemente sofria. Em sua cabeça não era justo, depois de tudo que a mãe tinha passado ter que encarar uma doença grave.

Se sentindo agoniado Antônio foi até o quarto do irmão. Rodrigo já o entendia e só de olhar em seu rosto sabia que ele precisava de um abraço, de afeto.

Rodrigo – Está tudo bem?

Antônio – Esta, só quero ficar abraçado um pouco.

Antônio ficou deitado, vendo os sobrinhos dormirem, enquanto recebia carinho do irmão.

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No dia seguinte Rodrigo preparou os filhos para ficar na casa de Sidney e depois foi para a empresa.

Alice – Oi maninho, ainda está por aqui? Achei que já tinha desistido de brincar de ser empresário, afinal tudo que você começa na vida, nunca termina.

Rodrigo respirou fundo para aguentar as provocações da irmã.

Alice – E como esta seu irmão? Digo seu namorado, aliás, nem sei o que eu digo.

Alice – E aquelas doçuras de sobrinhos lindos que eu tenho?

Rodrigo já estava começando a ficar incomodado.

Rodrigo – Me deixa em paz Alice.

Alice – Como você pode ter paz? Eu se tivesse um filho iria ficar preocupada em deixa-lo sozinho, hoje em dia o mundo está tão violento.

Alice – Imagina se algum pedofilo pega os meninos? Ou se eles atravessam a rua sem olhar e são atropelados, aqueles corpinhos tão frágeis, seria uma lastima.

Rodrigo – Chega!!!! Saia daqui sua vagabunda!!

Simone – Que gritaria é essa?

Alice – Nossa, você anda muito estressado, deixa eu voltar para a minha sala.

Simone – Calma, é isso que ela quer. Te provocar.

Rodrigo – E conseguiu, ordinária.

Alice soltou o seu veneno e saiu da empresa. Ainda no carro fez uma ligação misteriosa.

Alice – Me espere nesse local, não se atrase.

Alice desligou o celular e olhou no espelho.

Alice – Hora de desenterrar os mortos.

Um tempo depois...

Já era quase fim de tarde, Alice usava um óculos escuro enquanto olhava para o nome: ELISA CARVALHO.

Diante do túmulo de Elisa ficou olhando fixamente para seu retrato na lapide, até notar que alguém vinha de longe.

No mesmo instante ela enrijeceu o corpo, fazendo-se ser notada.

- Olá, boa tarde.

Alice – Que bom que você veio.

- Só não entendi porque você marcou aqui, nesse lugar.

Alice – Quer um local mais discreto que um cemitério?

Alice – Mas vamos deixar isso de lado e vamos para o que interessa.

Alice – Vou precisar muito de sua ajuda.

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Já era fim de expediente. Antônio sempre saia do estágio e passava na empresa para ir embora com Rodrigo.

Maria – Chegaram cedo, essa casa fica um silencio sem os meninos.

Rodrigo – Estou exausto, só quero tomar um banho de depois cair na cama.

Rodrigo se esparramou no sofá, afrouxando a gravata.

Antônio – Nada disso, pode dar um jeito e ir preparar alguma coisa lá na cozinha, estou morrendo de fome.

Rodrigo – Ai mãe, ele e os meninos olham pra mim e já enxergam comida, comida.

Antônio estava em pé quando seu celular começou a tocar.

Antônio – Alo, oi Dona Telma.

No mesmo instante Rodrigo já olhou cismado.

Antônio – O que? Policia? Calma, calma.

Rodrigo – O que foi Antônio?

Antônio – Está bem..., tem bombeiro ai? ambulância?

Antônio – Estou indo pra ai agora.

Antônio desligou o celular e olhou para Maria e Rodrigo que já estavam agoniados.

Rodrigo – O que foi Antônio?

Rodrigo – O que aconteceu com os meus filhos?

Continua...

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Comentários

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A esposa do rodrigo morreu mesmo!? Será que não é nela no cemitério conversando com alice ou o pai ex marido da maria?

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Amo este conto ( ou saga, se preferir). Espero que a casa da Alice caia do mesmo jeito que a casa de Pedro caiu em Em Busca da Felicidade.A cadeia será um ótimo lugar para ela. Aguardo, ansioso, a estabilização do relacionamento de Antonio e Rodrigo. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Nossa só vi que vc tinha voltado a postar hj, ainda bem que deu continuidade, o capítulo foi maravilhoso, oq será que a vadia da Alice vai fazer em, mexer com as crianças mostra o quanto cruel ela é, ansioso pro proximooo

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Quem é a pessoa misteriosa?A ex esposa do Rodrigo?

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SEQUESTRO DE CRIANÇA DEVE SER CRIME INAFIANÇÁVEL. COM DIREITO A PRISÃO PERPÉTUA OU CADEIRA ELÉTRICA.

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O que será que a Vacalice aprontou dessa vez?

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