Pra Sempre Você! Capítulo 20

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 1743 palavras
Data: 16/01/2018 14:31:50

— Você e eu temos que ter uma conversa! — Falei com autoridade.

— Por que você quer que eu perca meu tempo com você?

— É sobre o seu filho. — Ele se arrumou na cadeira desconfortável.

— O que tem Felipe?

— Com ele não a nada de errado, mas com o senhor a tudo.

— Do que você está falando?

— Me diga senhor,o que você acha que um pai significa?

— A onde você quer chegar? — Agora ele estava irritado.

— Hoje é o aniversário do seu filho e você está aqui trancado em um escritório trabalhando,e para que? Para ter mais dinheiro, e quer saber,você não vai levar seu dinheiro quando morrer. — Ele se levantou da cadeira. — Você está perdendo momentos importantes do lado do seu filho,o senhor passou anos deixando ele de lado, você acha que ele não sente?

— Você não sabe nada da minha vida,e nem da vida da minha família, não venha me dar licão de moral,você não é ninguém!

— É exatamente por eu não ser ninguém que eu vim falar com o senhor. Só quero que você esteja mais perto do seu filho. — Me virei para sair. — Eu não tive pai senhor, mas seu eu tivesse eu nunca ia sair de perto dele.

Geraldo voltou a se sentar,eu sai. Não achei Felipe no salão,encontrei Ivan.

— Você viu Felipe?

— Ele deve estar lá fora,ele saiu com um garoto, e olha ele era tão gato.

— Me polpe. — Sai de perto dele.

A música agora havia mudado,Estava tocando Needed Me da Rihanna,uma das melhores música que já ouvi.

— Ai está você Ewerton. — Falou Felipe, ele me assustou. Um garoto moreno estava com ele,ele era muito parecido com Felipe, também era muito bonito.

— Ewerton esse é Samuel,meu primo.

— Então você é o famoso Ewerton,Felipe falou muito de você, só coisas boas é claro,mas não disse que você era tão lindo. — Eu fiquei vermelho.

— Eiei vai com calma porque ele já tem dono. — Falou Felipe me abraçando.

— Prazer Samuel.

Samuel era um cara divertido, ele estava no Brasil para fazer um filme, sim ele é um ator. Não fiquei nem um pouco impressionado com isso. Eu ficava cada vez mais fascinado pela vida de Felipe. Vi Geraldo descendo a escada e vindo a nossa direção.

— Posso falar com você filho?

— Claro pai. — Eu senti que estava bem encrencado,bem,eu só disse algumas verdades para ele.

— Então Ewerton, você é feliz com meu primo?

— Muito, ele é o homem da minha vida. — Falei sem jeito.

— Eu não tenho nada contra,sou bissexual,então eu fico feliz por Felipe ter achado um cara tão bom como você. — Sorri. Felipe voltou depois abraçado com o pai,os dois estavam bastante felizes,Geraldo piscou para mim, eu me senti bem.

A festa acabou algumas horas depois, eu não não aguentava mais meus pés.

— O que você achou da minha festa? — Falou Felipe já dentro do carro.

— Foi muito legal,eu conheci quase toda a sua família. E foi bem diferente da outra de um ano atrás.

— Você se lembra.

— Como esquecer. Sua família é legal.

— Eles são.

— Não vejo a hora de chegar em casa e falar tudo pra minha mãe.

Por um momento eu estava feliz como se nada tivesse acontecido, como se minha mãe ainda estivesse viva. Mas voltei a realidade,eu não ia ver mais a minha mãe, comecei a chorar, foi tão inevitável.

— Você está bem?

— Eu vou ficar bem. — Felipe parou o carro.

— Você quer falar o que esta sentindo?

— Eu não sei explicar,me sinto vazio,eu penso que não vou mais ver minha mãe e isso me deixa arrasado, eu não tenho mais ninguém.

— Não fala isso,você tem a mim,eu vou te proteger,eu te amo e você nunca vai estar sozinho. — Eu o abraçei. Eu já não ligava se meu psicólogico não trabalhava mais como eu queria,era irritante as vezes, mas era bom ser acalmado por Felipe.

Chegamos no apartamento dele em minutos,eu lutei o caminho todo para que ele me levasse para minha casa,mas ele não me ouviu. Acho que tem medo de eu tentar suicídio.

— Não vou deixar você ficar na sua casa sozinho. — Ele já estava irritado, então eu parei de tentar.

Fui para seu quarto,eu estava exausto,ele estava comigo em pouco tempo, me beijando e se esfregando em mim. Eu estava com muito sono e ele percebeu isso. Ele se deitou na cama e me abraçou. Era tão bom sentir seu corpo tão quente, as vezes ele parecia febril, eu acabei dormindo abraçado nele.

**

Estava chovendo,eu estava sentado perto da janela do apartamento de Felipe, eu gostava de observar a chuva de alguma forma ela me deixa calmo. Felipe estava na cozinha, ele passa bastante tempo lá, sempre tentando me surpreender,ele acha que pode cozinhar melhor que eu com as suas comidas chiques,pobre garoto.

— Você vai passar o dia todo ai?

— Talvez, estou com muito tédio. — Ele veio até mim e se sentou do meu lado, eu fiquei olhando para seu rosto,era como ter muitas lembranças,desde o começo de quando eu o odiava até o dia que ele me beijou pela primeira vez,e eu senti cada célula apaixonado por ele, ele,foi o meu único amor,quem mais ia me aturar assim?

— Eu não quero que você va embora. — Ele pegou minha mão. — Ewerton eu te amo muito e tomei uma decisão,eu quero me casar com você.

Era uma coisa tão simples que pessoas normais reagiriam da melhor forma possível,eu pelo contrário não sou normal,eu acabei desmaiando e acordado em seguida.

— Eu tenho tanto medo de um dia desses eu acabar te matando. — Ele estava sério. Eu olhava estático para ele.

— Você estava falando serio sobre se casar comigo?

— Sim,sei que você é novo e se você quiser negar…

— Você não acha que estamos indo rápido demais?

— Não,quando duas pessoas se amam de verdade não tem o porque ficar perdendo tempo. — Ele sorriu mostrando seus dentes brancos.

Ele estava certo,o tempo é a unica coisa que passa que não podemos segurar e é a coisa mais preciosa que uma pessoa pode ter.

— Eu aceito, aceito,aceito. — Pulei no colo dele e o beijei.

Se tem uma coisa que o destino gosta de fazer é aprontar. Estou até com medo do que isso pode gerar na família de Felipe, agora querer ou não ele vai ter que me assumir para os pais dele,e eles vão ter que me aceitar gostando ou não,não me importo só quero ficar com Felipe, para sempre.

Era noite, estávamos em um restaurante,era muito elegante e cheio de frescuras. Mas bem legal.

— Então senhor Ramos o que achou? — Perguntou Felipe. Eu sorri igual um idiota.

— Eu não sou um Ramos.

— Eu sei seu bobão,mas é praticamente.

— Eu nunca vou me acostumar, casar com um homem rico da alta sociedade, isso está bem longe da minha realidade.

— Eu não acho, você vai se sair bem,e você vai casar comigo e não com meu dinheiro. — Ele pegou na minha mão!

— Tem razão.

Eu não me acostumava com a ideia de que a mãe dele nunca iria me aceitar, eu sei que terei que travar uma guerra com ela.

°°°

Semanas se passaram,nenhuma novidade e nenhum imprevisto tinha acontecido,eu havia me mudado para a casa de Felipe,na verdade Felipe me obrigou a me mudar para a casa dele,ele tinha mandado tirar todas as minhas coisas de dentro da minha casa e levar para o apartamento dele,Felipe era maluco o que ele falava virava lei,acho que posso viver com isso.

— O que você acha da gente sair?

— E pra onde? Você praticamente me levou para cada lugar dessa cidade.

— Então vamos para fora dela,que tal a Inglaterra? Eu gosto de lá. — Eu encarei ele.

— Você acha mesmo que eu vou subir em um avião? Você está maluco.

— Qual é o problema? Eu já fiz isso tantas vezes. — Ele se sentou perto de mim.

— Eu tenho tanta sorte que o avião pode cair. — Ele caiu na cama rindo.

— Você é tão absurdo as vezes.

— Sou realista isso sim. — Ele me derrubou na cama e subiu em cima de mim.

— Ninguém vai me separar de você,nem a morte.

— Então você quer desafiar a morte?

— Por você eu desafio até Deus. — Eu sorri,não gostando nem um pouco do que ele falava, Felipe não agia da forma mais natural,se eu tivesse um arranhão ele se culparia para sempre.

Ele me beijou me deixando sem fôlego,ele tirou toda a minha roupa com tanta facilidade que quando eu percebi já estava nu. Ele sorria com malicia,me olhava como um animal,ele lambeu os lábios e voltou a me beijar,ele segurou meus braços em cima da minha cabeça, eu odiava não poder tocar nele,ele sorria com todo o esforço que eu fazia para me sortar. Ele soltou meu braço,eu o puxei ficando em cima dele.

— Você acha mesmo que pode me maltratar assim?

— Óbviamente,eu não tenho culpa que você é tão fraco,você nunca reagi a isso e sabe o por que? Porque você é fraco. — Meu sangue esquentou. — Eu posso fazer qualquer coisa com você, eu sei que você não vai reagir. — Eu fechei meu pulso e lhe dei um soco, o estalo que fez me assustou. Eu sou o tipo de pessoa que odeia ser chamado de fraco,odeio quando jogam isso na minha cara,e não vou deixar que ninguém me fala isso,nem mesmo ele. Sai de cima dele e comecei a me vestir.

— A onde você vai? — Felipe estava de pé, sua boca sangrava,eu senti tanto por isso.

— Não é da sua conta,o fracote aqui não tem que te dar nenhuma satisfação.

— Calma ai Ewerton, eu sei que peguei pesado,me desculpe. — Ele segurou meus braços.

— Mais uma vez você está provando que é mais forte que eu. — Ele me soltou.

— Você não vai me desculpar? Não quero que fiquei com raiva de mim.

— Não estou com raiva de você, estou com raiva de mim. — Ele me abraçou, eu abaixei a guarda,eu sei que ele nunca faria nada para me machucar. Mas eu estava começando a dúvidar disso.

— Eu te amo. — Ele falou, eu não respondi apenas fitei a parede em branco e por um segundo sorri.

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Comentários

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NÃO ENTENDI ATÉ AGORA COMO EWERTON ESTÁ SE MANTENDO APÓS A MORTE DA MÃE. SE ELE É MENOR E NÃO TRABALHA. FELIPE CONTINUA O MESMO BABACA DE SEMPRE. MUITO MOLE E SEM INICIATIVA. MAS EWERTON TB É PESSIMISTA DEMAIS. ISSO ACABA ATRAINDO COISAS RUINS (PRA QUEM ACREDITA). TEM QUE PARAR DE FICAR DANDO PITI. MAS PERCEBI QUE EWERTON, CONSEGUIU CATIVAR O SOGRO PELO MENOS.

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Nossa Daniel, estou adorando seu conto.. E estou gostando mais pq vc posta vários capítulos de uma vez... Só da uma segurada no Ewerton, pq eu no lugar do Felipe, não agientaria...ts

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