Pra Sempre Você! Capítulo 19

Um conto erótico de Daniel R.M
Categoria: Homossexual
Contém 2225 palavras
Data: 16/01/2018 14:30:33

A dor de perder uma pessoa que você ama é insuportável, mas a dor de perder duas pessoas que você mais amou é destruidora.

Havia se passado uma semana depois do terrível acidente com a minha mãe, eu já estava conformado por saber que ela não iria voltar,e que eu teria que seguir em frente querendo ou não, eu não era muito bom em esconder o que eu sinto, chorei o máximo que eu pude e senti que minhas lágrimas secaram.

Felipe não me procurou mais depois do velório da minha mãe, não foi um dia fácil pelo contrário,foi o pior dia da minha vida.

Todos estavam lá para me dar força, e todos ficaram desapontados por eu não estar precisando de forças,eu fui incrívelmente duro,mas quando tive a oportunidade de ficar sozinho eu chorei. Felipe estava lá, de preto com os olhos vermelhos, ele parecia que tinha ficado chorando, não me atrevi a falar com ele, não falei com ninguém. Minha mãe não tinha amigos, era solitária,oque me deixava ainda pior. Quando o velório acabou Felipe veio atrás de mim, mas eu não deixei que ele falasse comigo, e desde então estou perdido no tempo.

Era segunda feira,depois que as aulas acabaram eu não tinha mais nada para fazer,hoje ia ser um dia maravilhoso para mim,ia chover,eu adoro chuva,o tempo fica assustador o céu escurece como a minha alma. Mas eu sempre tenho medo de ficar sozinho. Eu estava assistindo um filme sem nenhum interrese,fazia muito tempo que eu apenas fazia as coisas por fazer. Gabriella havia viajado para Los Angeles,talvez ela nunca volte, sinto muita falta dela de qualquer jeito.

Acho que a unica forma de arrumar as coisas e perdoar,eu estou completamente sozinho e vou continuar até o dia em que eu reagir. Peguei meu celular e comecei a olhar as fotos,eu tinha muitas fotos e cada uma delas era uma lembrança diferente, e Felipe estava em todas elas,as vezes meus olhos se enchiam de lágrimas, era uma época que eu estava feliz, eu talvez nunca devia ter escutado a mãe de Felipe, aquela senhora só tinha a intenção de destruir a minha vida. Agora é hora de dar o troco.

Hoje é o aniversário de Felipe, eu nunca ia esquecer esse dia,ele falava que estava ancioso pelo seu aniversário. Corri para meu quarto e comecei a me arrumar,eu não sabia oque estava fazendo, normal,eu nunca sei oque estou fazendo mesmo.

**

Eu estou disposto a começar de novo,mas da forma certa, eu aprendi que nada acontece por acontecer,sempre tem um ensinamento por trás das coisas,eu estava na porta do apartamento de Felipe, pensando se eu batia na porta ou não, e se ele não quiser me ver? E se ele me desprezar,eu estava correndo todo o tipo de risco, mas eu não ia dar para trás,não agora.

Bati e esperei, a porta se abriu e Felipe estava lá, seu rosto que demostrava tristeza se encheu de alegria,foi bom ver que ele não mudou em nada,continuava o mesmo gato de sempre.

— Eu posso entrar? — Perguntei sem jeito.

— Claro, por favor.

— Obrigado.

— Então,como eu posso te ajudar? Você está bem? Aconteceu algo?

— Você faz muitas perguntas.

— Desculpe.

— Eu vim aqui porque eu cansei de lutar para ficar longe de você, eu não ligo para o que você fez no passado ou com quem você esteve,eu só quero seu presente,o seu agora. — Ele me abraçou, eu me senti tão bem,era algo que eu implorava a tempos,que alguém me desse um abraço bem apertado!

— Eu pensei que você nunca ia voltar atrás.

— Eu também não,eu não costumo mudar de ideia,mas como hoje é seu aniversário eu vim te ver.

— Você se lembra. — Ele estava vermelho.

— E como eu ia esquecer, você só falava do dia do seu aniversário. — Ele sorriu. — E o que você pretende fazer?

— Eu ainda não sei,a noite meus pais vão dar uma festa na casa deles.

— Ah.

— Você vai ir comigo não é?

— Eu não sei se quero ver sua mãe. — Falei sério.

— Vamos Ewerton, eu prometo que vai ser legal.

— Não sei,mas eu só preciso ficar com você.

Ele sorriu mostrando seus dentes perfeitamentes brancos,o sorriso que eu lutava para ver outra vez,são as pequenas coisas que me fazem querer ficar com ele.

— Então, somos namorados de novo?

— Hmm não sei se você merece. — Claro que eu estava brincando, que bom que meu lado comico nunca sai de moda.

— Não seja mal,por favor.

— Você fica tão fofo implorando assim. — Apertei a buchecha dele e sorri.

— Eu senti tanta falta sua Ewerton.

— Não mais que eu,eu achei que ia morrer, e de fato eu ia morrer. — Ele me abraçou me fazendo desequilibrar e cair no sofá, ele olhou no fundo dos meus olhos me fazendo me perder na imensidão azul dos seus olhos. Eu puxei e o beijei,e em minutos eu já estava tirando sua camisa,meu corpo trabalha com algum botão automático que quando Felipe me beija,ele desperta.

— Eu te amo.

— Eu te amo muito mais,preciso tanto de você agora. — Eu lutava com a vontade de querer chorar, mas agora eu teria alguém para secar as minhas lágrimas. Felipe segurou meu rosto e beijou minha testa,eu fiquei tonto,ele saiu de cima de mim. — Você quer sair? — Perguntei.

— Para a onde?

— Que tal para o inferno? — Eu me joguei em cima dele,ele caiu no chão,nós rimos.

**

A casa dos pais de Felipe era enorme,uma palácio,na verdade parecia mais um castelo antigo com torres,eu fiquei deslumbrado com o lugar, é a casa que você só vê em filmes. Eu estava vestido com um terno,claro roupa classica,a mãe de Felipe é uma perua da alta sociedade que organiza festas chatas,com pessoas esnobes.

— Você está muito lindo. — Falou Felipe no meu ouvido eu me arrepiei todo. Ele estava usando um terno verde impecavelmente alinhado,eu tinha a sensação de que estava na festa de algum nobre,e me perguntava se eu estava bem apresentável.

Entramos por uma enorme porta de carvalho escuro,ela tinha o formato de uma enorme folha,Felipe teve que me puxar pra mim parar de admirar cada detalhe que eu via na casa.

Um música tocava,e me deixou feliz saber que eu conhecia a melodia, A World Alone da Lorde. Entramos em um enorme salão onde havia mulheres com vestidos que se arrastavam no chão, eu me senti em uma festa medieval. As mulheres usavam jóias brilhantes e sorriam para seus parceiros de dança.

— Uau que festa. — Falei olhando boquiaberto para tudo. Felipe fechou minha boca e sorriu.

— Nada como um dia normal para a minha mãe.

— Falando nela a onde ela esta?

— Bem ali. — Felipe apontou para a enorme escada de mármore. Uma mulher com um vestido comprido todo vermelho, que usava um enorme colar de pedras azuis no pescoço,descia alegremente a escada, A mãe de Felipe era sim uma mulher muito bela, mas eu tinha pena dela,toda essa pose,ela deve ter uma vida de fachada todo o dinheiro dela não pode comprar a felicidade que ela finge ter. Ela veio ao nosso encontro,quando me viu seu rosto mudou,seus lábios viraram uma linha fina,ela estava irritada,mas logo voltou a sorrir com algum pensamento que ela teve.

— Filho, você veio,eu passei o dia organizando tudo,espero que estava do seu agrado. — Ela abraçou Felipe.

— Obrigado mãe.

— Olá senhora. — Eu sorri para ela.

— Você aqui,que surpresa. — Ela me examinou de cima a baixo. — Bom,pelo menos meu filho deve a decência de te vestir para a ocasião. — Felipe segurou meu pulso,ele sabia que eu ia atacar ela. Ela saiu sorrindo.

— Eu não suporto ela. —Falei irritado.

— Calma amor,ela só quer ver você perder a calma.

— Ela não vai me tirar do sério, não hoje. — Sorri e limpei o batom que ficou na buchecha dele por causa do beijo da mãe dele.

A festa seguiu calma,eu já estava farto de ver pessoas levando Felipe para longe de mim,as vezes os garotos ficavam secando ele oque me irritava muito.

— Está sozinho?

— Ah oi Ivan,tudo bem?

— Não é educado responder uma pergunta com outra pergunta, só os idiotas fazem isso.

— Não quando você fez uma pergunta que você já sabia a resposta. — Ivan sorriu debochado.

— Sabia que eu combino mais com você do que meu primo,olhe pra ele,olhe como ele se da bem com essas pessoas da alta sociedade,já eu e você odiamos tudo isso.

— Ivan somos praticamentes adolescentes,e nós odiamos tudo mesmo. — Ele pegou no meu rosto, eu afastei a mão dele. Felipe me olhou e seu sorriso sumiu. Eu sabia que ele estava com cíumes,como se eu tivesse alguma culpa,por mim eu socaria a cara de Ivan até ela se partir em dois. Claro que não ia ser nada educado o namorado do aniversáriante quebrar a cara de um convidado assim,mas vontade não me faltava.

— Eu sei que meu primo me odeia. — Falou ele.

— Ele não te odeia,mas você tem que se colocar no seu lugar. — Ele se virou e me deixou falando sozinho. — Depois reclama de educação,não é educado deixar as pessoas falando sozinhas. — Falei rindo.

Ele atravessou o salão e olhou de cima a baixo Felipe.

Começou a tocar Video Games da Lana Del Rey,fui até Felipe que estava sozinho.

— Sera que você não gostaria de dançar comigo? — Perguntei sorrindo.

— Claro, não faria essa desfeita. — Ele colocou a mão dele na minha cintura e começou a me conduzir,ele tinha passos elegantes,mas eu era muito desengonçado,mas acabei pegando o jeito rápido. — Então o que Ivan queria?

— Me irritar,acho que é hora dele voltar para a Europa.

— Sim é hora. — Olhei em volta e todos estavam nos olhando, eu tropecei claro com vergonha,mas Felipe sabia como reverter isso.

— Quando você vai parar de se importar com eles? — Perguntou Felipe no meu ouvido.

— Não sei,é muito descorcertante você ser fuzilado por todos esses olhares. — Felipe apenas sorriu.

A mãe de Felipe estava distante mas nós olhava,com um ódio tão grande que poderia ferrir só de olhar,eu sorri a desafiando. Ivan estava do lado dela e também estava com a cara fechada.

— Com certeza eles me odeiam. — Felipe viu que eu estava olhando para sua mãe e Ivan. — Devem achar que eu te roubei.

— Eles podem viver com isso. — Felipe me girou e eu sorri.

— Espero que eles não queiram me matar.

— Se eles fizerem isso,teram que me matar também.

— Onde está seu pai?

— Com os sócios dele,nem mesmo no meu aniversário ele para de trabalhar. — Felipe estava triste eu senti isso,seu pai não era muito presente,talvez esse o motivo por ele ser um garoto que gostava de chamar atenção na escola.

— Ele não é um homem tão presente.

— Ele nunca foi,e acha que isso se paga com dinheiro sabe. — Eu sorri e Felipe também.

Eu olhei de novo para os convidados,e lá estava Gustavo, ele estava bebendo com os colegas dele, devem achar que Felipe está louco. Mas nenhum deles fazia outra coisa além de me olhar dançando como todo mundo.

— Eles sim te odeiam,não perdoam eu ter deixado eles por você.

— Bem,eles vão viver com isso. — Falei sorrindo.

— É eles vão. — Felipe me beijou.

A música acabou e todos aplaudiram,meu rosto estava vermelho. Eu inventei a desculpa de que precisava ir ao banheiro. Encontrei uma mulher,ela era uma senhora de idade muito amavél deu vontade de apertar ela.

— Por favor, poderia me falar onde fica o escritório?

— Sim meu jovem,siga esse corredor e vire a direita,não tem erro.

— Obrigado. — Sorri para ela.

Não foi difícil mesmo encontrar o escritório, eu bati na porta!

— Pois não. — Falou um homem alto de cabelos grisalhos.

— Eu quero falar com o senhor Geraldo.

— Ele não vai atender ninguém agora. — Oque me deixou irado foi a forma de superioridade que esse homem falou.

— Ah tá. — Empurrei a porta,me assustei ao ver varios homens sentados em uma enorme e comprida mesa.

— Pois não meu jovem. — Geraldo veio até mim.

— Oi senhor Geraldo,será que eu posso falar com o senhor?

— Eu estou um pouco ocupado agora, e me livrar desses senhores é bem difícil. — Ele falou baixo e riu.

— Senhores peço a atenção de vocês,lá embaixo está tento a maior festa que vocês vão ver,no ano, vão perder tudo isso para ficar presos a uma sala? Eu sei que não,e as strippers vão chegar em segundos. — Pisquei para eles,claro que eu estava mentindo mas eu precisava me livrar deles,todos ficaram animados e sairam quase correndo da sala. Homens.

— Você é bom de lábia meu rapaz. — Geraldo sorria,ele tinha o mesmo sorriso que Felipe. Olhei para ele que não tirou os olhos de uns papéis.

— Eu acho que precisamos conversar.

— Eu adoraria bater papo mas…

— Mas nada,o senhor vai me ouvir. — Bati minhas mãos na mesa dele. Ele tirou os óculos e me olhou. — Você e eu temos que ter uma conversa. Falei com autoridade.

Continua...

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Comentários

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JESUS COMO FELIPE É BABACA. NÃO TE PROCUROU. FOI VC QUE TEVE QUE CORRER ATRÁS DELE. ELE É MUITO SEM INICIATIVA. CREIO QUE VOCÊ VAI DAR UMA LIÇÃO DE MORAL NO PAI DE FELIPE, JUSTO NO DIA DO ANIVERSÁRIO DELE. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS ISSO VAI SER BOM.

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