E Do Auge Do Que Era Perfeito...

Um conto erótico de Ryan Stone
Categoria: Heterossexual
Contém 2187 palavras
Data: 29/12/2017 12:22:52
Última revisão: 08/03/2018 15:33:43

Quero aproveitar minha recente motivação para escrever e vir aqui compartilhar talvez aquele que tenha sido o momento “divisor de águas” em minha vida. Talvez todos os erros cometidos em relacionamentos, todos os desapegos e mulheres que acabaram se decepcionando comigo como parceiro, namorado, companheiro, tiveram origem nesse evento.

Os eventos desse relato se passam após o narrado em “A Cura da Perda” e antes de “A Lição Pode Ser Uma Coisa Boa”. Eu não me sentia preparado para narrar isso, mas como diz uma psicóloga minha, compartilhar e falar sobre o assunto pode ser considerado terapêutico. Enfim, vamos aos fatos.

Tudo começou quando minha mãe decidiu contratar uma pessoa para ajudá-la nos afazeres domésticos. Dada sua avançada idade e pouca resistência, não estava dando conta mais de cuidar da casa que não era nada pequena e mesmo minhas irmãs que antes a ajudavam, agora todas exerciam algum trabalho ou outro no comércio, deixando a coitada sozinha pra limpar tudo.

A diarista, uma senhora de idade também, mãe de quatro filhos (três meninas e um rapaz), não apresentou nenhuma dificuldade em lidar com as faxinas e limpezas. Rapidamente se tornou amiga da minha mãe, do tipo que mesmo não estando trabalhando aos domingos, ia pra casa pra almoçar e passar o dia. Acabaram se tornando unha e carne as duas e sendo a diarista uma pessoa de classe baixa, muitas vezes acabava levando cesta básica que eu ganhava como auxílio no meu pagamento.

Eu já morava na capital paulista nesse período e ia todos os finais de semana para o interior visitar minha família. Era uma viagem de bate e volta cansativa, mas como todos os meus amigos e família ainda eram do interior, não tinha muitos amigos na capital e muito menos namorada. Eu estava nesse momento lidando com o processo de me recuperar da perda da Julia que tinha ido embora para o Sul.

Certo final de semana fui ao interior como de costume e até aproveitei para levar a cesta básica que tinha esquecido de levar antes. No caminho, meu pai e eu fomos direto até a casa da diarista pra deixar a cesta e por ela estar obviamente trabalhando em nossa casa, quem nos atendeu foi sua filha mais velha, a quem vou chamar de Amanda. Eu particularmente fiquei paralisado ao ver aquela deusa na minha frente. No auge de seus 24 anos, cabelos pretos e longos lisos, olhos azuis profundos, lábios perfeitos, magra e uma voz sensual que te embalava em um estado hipnótico como uma sereia. Mas além de tudo isso, o que mais me atraiu nela foi o seu cheiro, seu perfume. Era tão inebriante, que me fazia quase ver unicórnios. Nunca mais eu ficaria tão atraído por outra mulher como seria pela Amanda.

O lado ruim é que seu marido também estava em casa, um homem já bem de idade, mais velho que meu pai até, soubemos depois que era bem de vida e já sabíamos que ela tinha uma filha. Enfim, deixamos a cesta, enquanto eu me perdia naquele mar azul que eram os olhos dela. Meu pai vivia dando bronca quando eu não conseguia disfarçar ao olhar para uma mulher e como ele não comentou nada no carro, presumi que ninguém percebeu como eu fiquei babando naquela mulher fora de série que tinha acabado de ver.

Chegando em casa, eu que nunca fui amigo da diarista, de repente passei a ser o melhor amigo da mulher. A chamei de Tereza apenas para ter como identifica-la nesse relato. O filho caçula dela estava na minha casa pra acompanha-la ao médico depois do trabalho para fazer alguns exames e lembro de ter puxado assunto sobre a Amanda.

Mas quando algo tem que acontecer, o universo conspira e acredito que principalmente quando desejamos muito que algo aconteça. Minhas férias estavam pra chegar e eu tinha planejado fazer uma viagem de acampamento com uns amigos. Cancelei a viagem e avisei meu pai que iria para o interior o que ele estranhou bem. Ele tinha uma viagem marcada com minha mãe para comemorarem suas bodas de prata, então só estaria lá em casa meus irmãos e a diarista e sabendo que sua filha mais velha estava passando uns dias na casa da mãe, seria interessante vê-la frequentando minha casa. Óbvio dizer que minhas intenções era estar o mais perto da Amanda possível.

As férias chegaram, fui para o interior e passei a vê-la quase todos os dias, ao ponto de passarmos a conversar bastante até iniciar aí uma amizade, o marido dela trabalhava viajando (era representante comercial de uma empresa multinacional) e mãe dela não via um garoto de 16 anos como “ameaça” para a filha casada de quase 25 anos. Se em casa soubessem da Cibele e da Julia, talvez a história teria sido bem diferente.

Duas pessoas passaram a observar minha amizade e clima com a Amanda: minha irmã caçula e o irmão caçula da Amanda. Entretanto, ambos eram discretos e não se metiam nessas coisas, minha irmã aliás até me apoiou, pedindo à Amanda que me ensinasse a dançar forró que eu como roqueiro era todo travado e já que eu estava planejando ir em baladas no interior, era bom estar preparado. E foi aí que tudo desandou.

O meu quarto na casa do interior era bem espaçoso e passamos uns três dias trancados dentro desse quarto, a Amanda, minha irmã e eu, dançando durante o dia para me “ensinar a dançar”. Meu melhor amigo na época volta e meia se juntava a nós e como ele era apaixonado pela minha irmã, aproveitou a oportunidade para “aprender a dançar também”, o coitado, porém, sempre seria visto como amigo dela e jamais passaria disso.

Uma noite, a Amanda resolveu dormir na minha casa, sua mãe já estava dormindo para ajudar a cuidar da casa na ausência da minha mãe que estava viajando e como o marido da Amanda também estava fora a trabalho, não queria ficar na casa da Tereza sozinha. Lembro que nunca agradeci aos céus tanto pela dádiva.

Eu e Amanda passamos a conversar à noite e quando percebemos, todos estavam já dormindo e nós ali sozinhos, até que ela me olhou nos olhos e me disse algo que eu jamais esqueceria: ela confessou estar apaixonada por mim. Naquele momento, minha cabeça virou um turbilhão e até senti uma tontura, porque eu a via como um objeto de desejo, uma mulher casada que queria me relacionar e matar o tesão, mas no instante em que ela se declarou, eu percebi que também estava perdidamente apaixonado por ela. Segurei suas mãos com as minhas e beijei delicadamente. Agora não havia mais volta. Perdido naqueles olhos azuis profundos, a beijei com suavidade, sentindo os choques de calor me invadindo, sentindo aquele cheiro de seu perfume invadindo minhas narinas e anestesiando minha razão. Eu a queria mais que tudo nesse mundo, enquanto nossas bocas se exploravam sem pressa, eu compreendia naquele instante o que era amor de verdade, o calor do seu corpo me fazia ter a sensação de que eu estava completo, havia encontrado minha alma gêmea e eu sentia que jamais sentiria aquilo por outra mulher. Eu não queria outra mulher.

Certificando-se que todos estavam dormindo, era por volta de duas da manhã, checamos sua filha pequena, que dormia profundamente ao lado da minha irmã caçula, pegamos a chave da casa de sua mãe, que não ficava mais do que algumas quadras de distância da minha e fomos pra lá. Mal fechamos a porta de casa e nos atracamos novamente em um beijo profundo, eu ali sem acreditar que novamente uma deusa maravilhosa, casada, estava com um simples garoto de 16 anos. Eu já tinha tido experiências com mulheres mais velhas, como narrado nos contos anteriores, mas aquilo era diferente. O nível da Amanda era muito alto, mesmo para alguém já experiente como eu e entre tantos homens que a desejavam e que ela sabia, eu era o escolhido. Nunca me senti tão feliz e poderoso como naquele momento.

Nossas roupas foram sendo despidas ao ocaso, meus lábios exploravam não apenas sua boca, mas agora seu pescoço e minhas mãos exploravam seu corpo com a mesma intensidade que a Cibele havia me ensinado. Era hora de mostrar que eu não era nenhum santo e nenhum novato naquele assunto. No entanto, não me deixou chupá-la, disse que teríamos tempo mais tarde, tudo o que ela queria era me ter dentro dela. Camisinha naquele momento eu nem sequer cogitei, quando percebi, estávamos em sua cama com ela de pernas abertas me esperando e então percebi a razão dela não querer ser chupada, ela ainda não estava depilada, não esperava que faria sexo tão cedo com o marido fora a trabalho.

Quando a penetrei pela primeira vez e senti as ondas de prazer invadindo meu corpo, tive que me segurar para não gozar rapidamente e passei os movimentos de vai e vem lentamente, estudando as reações de seu corpo e quando de olhos fechados eu percebi um sorriso e uma lágrima descer pelo olho direito, entendi que estava fazendo tudo certo, principalmente quando senti suas unhas arranharem minhas costas. Eu não queria mais sair dali, poderia morrer feliz.

Ela quis tomar o controle da situação e vir por cima, sentado na cama e com ela por cima, rebolando, olhava em seus olhos admirando e apreciando aquele momento. E não poderia ser mais perfeito quando eu percebi e senti sua buceta comprimir meu pênis em um orgasmo que a deixou tão quente e tão frenética, que eu não aguentei e gozei junto, sentindo nossos corpos suados respirarem no mesmo compasso. E foi após esse orgasmo incrível que dissemos pela primeira vez que nos amávamos.

Ela se levantou a mandou eu esperar na cama. Não levou mais do que alguns instantes para ouvir o som da gilete batendo na parede. Quando terminou, me chamou para tomar banho com ela e pude apreciar aquela bucetinha perfeita depilada. Minha ereção foi instantânea, nos banhamos, nos secamos e voltamos para cama, não dando tempo dela dizer nada, já caindo de boca naquilo que queria ter feito desde o início.

Seu sabor era diferente de tudo o que já provara. Era diferente porque para mim era perfeito, seu cheiro, sua pele, seus gemidos, tudo nela me atraía. E foi incrível ver seu primeiro orgasmo em minha boca. Eu fiquei ali até ela gozar pela quarta vez e ela dizer que estava esgotada, o que foi uma vitória ainda maior. Quando percebemos o dia amanhecendo, tomamos um outro banho rápido, nos vestimos e voltamos correndo para minha casa. Mas fui dormir com um sorriso bobo no rosto, de ter conquistado o mundo, havia aos 16 anos encontrado a mulher da minha vida..

Os dias que se seguiram foram incríveis e uma das melhores férias da minha vida, passava o dia ao lado da Amanda e à noite, quando todos ia dormir, íamos para a casa de sua mãe transar feito loucos, embora a maioria das transas iniciasse de forma romântica, terminava quase sempre de forma selvagem. Minha irmã caçula já havia sacado de primeira o lance, bem como seu irmão caçula, mas para nossa surpresa, ambos nos apoiaram, embora seu irmão fosse mais sensato, dizendo que a vida era nossa e que fizéssemos aquilo que achávamos ser certo.

Minhas férias, no entanto, acabaram e a Amanda tomou sua decisão. Terminou o casamento, o que foi simples já que eram apenas “juntados”. Agora ela era só minha e nunca me senti mais feliz. Me surpreendi quando percebi que meus pais e a Tereza, agora minha sogra não apoiavam nosso relacionamento. Eu não conseguia entender a razão de serem contra, afinal, até a filha da Amanda eu tratava como se fosse minha própria filha. Mas não quis dar bola para isso e saí atrás de comprar terreno no interior para construir uma casa, depois de 5 meses de relacionamento com a Amanda, eu já estava planejando me casar. Meu pai me ajudou a comprar o terreno, por causa da documentação e pelo fato de eu ser menor de idade. E não tendo noção nenhuma de obviedade, fui até comprando móveis antes de ter a casa sequer construída.

A Amanda vinha para São Paulo me visitar quando eu não podia ir para o interior, éramos um casal bonito como todos afirmavam, mas achava estranho meu pai virar o rosto de desgosto quando nos via. Minha irmã do meio um dia veio me dizer que ela não era o que eu pensava e fiquei sem falar com ela depois disso. Tudo o que me importava era Amanda e nada me faria triste tendo a mulher dos meus sonhos ao meu lado. Meu lado racional, que tanto me orgulhava antes não existiu nesse período, apenas minha paixão cega por uma linda mulher que eu considerava perfeita. Havia de fato encontrado a mulher da minha vidaou assim eu pensavaContinua!

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O relato já está muito grande, então para não ficar mais cansativo ainda, vou parar por aqui e continuará no próximo (... À Queda Como Dia de Caça).

Espero que gostem.

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Ryan!

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Comentários

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Viuvinha, isso ocorreu a mais de 15 anos atrás, na verdade e sobre duas dúvidas, sobre a "pulga atrás da orelha", leia o conto a seguir "... À Queda Como Dia de Caça", é a continuação desse.Obrigado por ler e comentar, tenho lido já alguns dos seus contos e já sou fã.

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