Cap 45 - Melissa Alcântara

Um conto erótico de R Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 2268 palavras
Data: 29/12/2017 10:47:33

“- Jéssica, quer namorar comigo?” Muito simples. “Já estamos ficando a um tempo, o que acha de namoramos?” Muito desesperado. Nenhum frase aparentava ser boa o suficiente pra um pedido de namoro. Resolvi deixar de lado, acabamos dormindo ali mesmo até ser acordada por beijos e desejos de feliz aniversário. Jéssica estava mais empolgada com meu aniversário do que eu. Ela me deu um presente, Com um pouco de vergonha e cautela pra não acabar com a embalagem fui abrindo o embrulho.

Não podia acreditar nos meus olhos: um lindo, maravilhoso, espetacular, extraordinário Simba, do Rei leão, de pelúcia com olhos brilhantes e uma juba perfeita.

Na minha opinião o leão é um dos mais lindos animais que existem na fase da terra. Como ela sabia que eu sou amante de felinos? Sem bem que não é difícil de saber, meu Facebook só tem fotos de gatos. Foi o melhor presente que ela poderia me dar. Naquela instante só pensava em abraça-la de tanta alegria. A raiva já tinha passado, ela estava feliz, sendo, eu também estava.

Voltamos a dormir mas agora de conchinha. Pensei que iria ser um dia calmo, pensei errado. Logo pela manhã, indo pro banheiro, dou de cara com Diego só de sunga saindo do banheiro.

Nós olhamos, demos um sutil sorri na tentativa de falar bom dia e seguimos nossos caminhos. Já do lado de fora e porta pra ir tomar um banho de piscina, me deparo com minha morena já de biquíni. Cheguei por trás dela é a agarrei na cintura, já tendo visto que não havia mais ninguém ali além de Vanessa, e dei um beijo em usas costas.

- Está linda!

- Sempre fui.

- Narcisista.

- Acostuma, Melissa – Disse Nessa. – Não sei como ela ainda não casou com o espelho.

- Exagero, Piranha. Vamos logo pra piscina que vou me bronzear hoje.

Seguimos para a área da Sede onde tinha o pequeno espelho d’água feito por humanos. E lá, por mais uma vez, para minha extrema felicidade, Diego já nos aguardava com uma sunga branca que já estava molhada deixando bem marcado o que não deveria nem existir.

- Ele não tem senso de trajes de banho?- indaguei.

- Essa aí não adianta mudar a cor não, tem que ser um short bem largo mesmo.

- Aff, Vanessa, Calada você é uma poetisa.

- Qual foi? Você mesma que me disse que o Diego Júnior é beeeeeemmm proporcional fazendo jus aos seu 1,80 de altura.

- Continuo com o mesmo pensamento: Você calada é uma poetisa.

- Você... Já... Já viu o Diego sem roupa?

- Já sim, Mel. Algumas vezes.

- Mas você era virgem.

Meio que sussurrei com uma mão na frente da boca.

- Ue, meu bem. Eu era virgem, não Santa.

- Huuum...

- Deixa de bobeira e vamos aproveitar esse sol. – Jéssica e eu concordamos com Vanessa e fomos arranjar um lugar pra deitar. – Jê, cadê o protetor?

- Tá com Diego.

Com um belo e sutil berro, a garota grita para os quatro ventos um sonoro e belo “cunhado”, fazendo o rapaz olhar e sorrir. Ele veio em nossa direção com o protetor preso na lateral da sunga.

Cheio de marra, o mesmo já foi pegando o protetor e passando nas costas de Jéssica que já estava deitada, a fazendo pular com o gelado do creme em suas costas quentes.

- O que você está fazendo? – Jessy do entre os dentes para Diego que já estava com as mãos em seu corpo. – Por qual motivo está passando isso em mim?

- Para não te deixar ardida e também sou seu namorado, alias, Não posso deixar de cuidador do que é meu.

Minha garota o olhava sobre o ombro sem questionar nada. Senti que o loiro se aproveitava da situação. Acho que mais que isso, ele me provocava com isso.

O que mais me deixou com raiva foi Jéssica não questionar e deixar ele continuar o que fazia. “Aff!” Levantei e fui mergulhar. O que eu poderia fazer? Infelizmente aceitei tal situação e agora tenho que arcar com as consequências que chegaram a cavalo em um maravilhoso galope.

O tempo foi passando e eu só de longe observando o Casal 20 rindo e brincando na minha frente. Esta me sentindo uma leoa a espreita de uma oportunidade para atacar, na primeira oportunidade que tive, vi minha garota indo pro banheiro e a segui. Quando ela foi fechado a porta a empurrei pra dentro, tranquei a porta e a joguei na parede beijando sua boca gostosa. Ela retribuiu com um beijo quente. A explosão de hormônios foi eminente. Ajoelhei e coloquei seja calcinha de lado, não queria saber se alguém ia bater ou não na porta. Só queria lembrar a Jéssica que ela era minha, mesmo não sendo. Em nenhum momento fui contestada ou solicitada a parar o que estava fazendo. Por contrario, ela segurou a calcinha do biquíni pra mim e com a outra mão empurrava minha cabeça na tentativa de me fazer aumentar a intensidade de minhas lambidas e chupões. Sentia seu mel escorrendo pra mim. Minha língua brincava com seu grelinho já bastante duro e só ali fiquei. Não precisei de muito mais que aquilo pra fazê-la gozar. Seu corpo foi arqueando pra frente, sua penas abriram um pouco mais e agachou um pouquinho... Ouvi seu gemido abafado entre os dentes.

- Nossa, Bebê!

Levantei beijando seu corpo até chegar em sua orelha.

- Isso é pra te lembrar que você, Senhorita Albuquerque, é minha!

Dei um tapa em sua bunda e sai do banheiro. Pouco tempo depois Jê sai com um sorriso de ponta a ponta de orelha e sentou do meu lado.

- Não faço ideia o que te deu, mas gostei.

- Não fiz da missa um terço do que quero fazer.

Ficamos papeando sobre coisas aleatórias até o sol ficar a pino e minha barriga começar a roncar de fome.

- Dengo, vamos comer?

Ela já estava deitada com seu óculos de sol nos olhos. Tampou a frente da vista com a mão e me olhou.

- Pra onde vai tanta comida assim? Cabelo? Peito? Porque pra barriga não tá indo. – Levantou, pegou a canga que estava na cadeira e pôs na cintura. – Vamos então.

Mal tinha acabado de falar e Diego a agarrou por trás dando um beijo no pescoço dela que deu um grito e se soltou dele já passando as mãos na coxa na tentativa de abaixar os pelos arrepiados.

- Que susto, Moleque! Quer me enfartar?

- Desculpa, amor. Só queria te sentir.

“Ain, que ódio.”

- Não faça mais isso. Coração chegou a bater aqui.

Única hora que o namorado de mentirinha e eu nos entreolhamos com as mesmas feições no rosto: De dúvida.

- E por algum acaso seu coração estava parado?

- Deixa de ser idiota que entendeu.

Albuquerque seguiu para o restaurante e eu a segui. É pra minha felicidade eu também fui seguida.

Já estava até sem fome com Ele babando ovo pra Jéssica. Sabia que aquilo não ia dar certo. Pior é saber que ela não me defendia, ao menos também não o defendia. O papo foi rolando, foi chegando mais gente ao redor da mesa e o assunto chegou sobre temperatura.

- Mas tá muito quente hoje. – Comentou Vanessa enquanto sofria pra abrir a lata de refrigerante com sua unha grande.

- Queria morar no Igor. – Diego falou enquanto pegava a lata da mão dela e abria com facilidade.

- Quem é Igor? – Jesse perguntou.

- Aquelas casinhas.

- Que casinhas?

- As de índios do gelo.

- iglu?

- Isso ai.

Comecei a ter uma crise de riso com essa conversa. Já não aguentava segurar minhas risadas, ainda mais percebendo o quão sem jeito ele ficou com a situação.

Porém minha risada começou a contagiar todos da mesa, até o próprio rapaz.

Os dias passaram entre conseguir beijar Jéssica e alfinetar Diego, rir com Vanessa e um bom papo com Jujuba.

Ela era uma ótima pessoa, me deu muitos conselhos e até trocamos o número.

No dia de ir embora, estava colocando as malas no carro.

- Amor, Viu Vanessa?

- Não. Pensei que tava com você.

- E eu pensei que estava contigo.

Demos de ombro e continuamos a arrumação das bolsas. Até Nessa chegar com um sorriso de ponta a ponta de orelha.

- Estava onde?

- Ali.

- Deu, né, danada?

- Ah, tanquinho Ok, papo zero. Aproveitei e fui lavar roupa.

- Não vale o pau que chupa.

- Eca. – Reagi ao comentário fazendo as duas rirem.

Diferente de quando viemos não voltamos em grupo. O rapaz na moto foi nos seguindo. No meio da descida da serra eu apaguei no banco do carona acordando após uma brusca freada do carro.

- FILHA DA PUTA. – Me olhou. -Então é com susto que acorda os mortos?

- Onde estamos?

- Dorme e desliga o GPS mental? Estamos no Rio já.

- Isso eu sei. Queria um GPS com melhor precisão.

- Acabamos de deixa Vanessa em casa.

- Ah tá, deixa eu ligar pra minha irmãzinha.

Liguei para Larissa que me informou não estar em casa e me chamou pra encontrar com ela no shopping.

-Ela disse que tá no shopping com uma vizinha. Acho que vou pra lá.

- Te levo.

- Vou te agradecer.

O Shopping não era distante dali. Logo chegamos, dei um beijo nela e desci. Liguei para Lari.

- Oi, mana.

- Estão onde?

- Experimentando umas roupas numa loja. Me espera em frente ao cinema que em alguns minutos tô aí.

E eu fui burra em cair no conto do vigário de uma mulher que está experimentando roupa falando que vai chegar rápido.

Depois de criar raiz de tanto esperar, Lari chegou com a vizinha e sua filha.

- Boa tarde, Dona Benvinda.

- Boa tarde, Mel. Como você está bronzeada. – Disse a senhora de cabelo grisalho e seu forte sotaque de Portugal.

- Tô sofrendo as consequências do bronzeamento.

- Já estamos indo, vão ficar?

- Sim, ainda não comi.

Num breve despedida mãe e filha foram rumo ao estacionamento. Olhei para minha irmã que, em apenas duas semanas já estava quase do meu tamanho. Seu corpo já estavam ficando mais de mulher. Linda. A abracei tão forte. A saudade parecia que ia quebrar meu peito.

Minha irmã é meu bebezinho. Não sei o que faria sem ela na minha vida. Comecei a beijar seu rosto e mexer no seu cabelo que caia nos nossos rostos.

- Eu ainda estou com fome.

- Bora pra praça de alimentação. Estou ficando com fome de novo também.

Segurei em sua mão e seguimos para a área de alimentação. Estava tudo ótimo até sentir alguns cortes no braço fazendo arder ao ser puxada pra trás.

- SUA IDIOTA! VOCÊ NEM ME ESPEROU VIRAR AS COSTAS E JÁ ESTÁ COM OUTRA?

Jéssica surgiu das profundezas de não-sei-da-onde e começou a me bater.

- Jéssica, você tá louca? Para!

- Louca pra te encher sua cara de tapa, sua I-DI-O-TA! – Ela me batia e eu me defendia – Você não presta! Disse que irá ver sua “irmãzinha” e tá com outra. Que ódio!

Fiquei sem maior reação. Só pude me defender dos tapas alucinados que recebia até Larissa ter a atitude de parar a maníaca dos tapas.

- Para de bater nela.

- E você cale a boca! Quem pensa que é?

- Larissa, a irmã dela.

E foi ali que toda a marra e valentia da leonina acabou. Seu rosto ficou petrificado e emudeceu perante a situação.

Sua expressão de perplexa chegou a ser cômico. De um lado Jéssica calada com a boca aberta, do outro Larissa com o rosto enfurecido. Os curiosos a nossa volto foram se dispersando pouco a pouco. Eu comecei a rir, não sei se foi de vergonha, medo, ou pela cara de ambas.

- Irmã? Mas você é uma mulher!

- Sim, tanto que se eu fosse homem seria irmão.

- Não é disso que tô falando. Melissa sempre se refere a você como irmãzinha. Imaginei uma criança. Sei lá, de no máximo 10 anos. E você tem quanto? 15?

- Sim.

- Desculpa por isso, Larissa. Desculpa pela péssima primeira impressão que você teve de mim.

Que surpresa! A Patricinha pedindo desculpas. Uau! Isso me surpreendeu em demasia. De veres o surto foi bem grande, deve ter queimado a placa do orgulho.

Com algumas estaladas de dedo na frente do meu rosto voltei do transe.

- Mana, tá doendo?

- O que?

- O corte.

- hã, não. Só ardendo.

- Mel, desculpa. - Jess me abraçou com força. Senti a vergonha que ela estava sentindo. Não fiquei com raiva, na verdade até achei graça. - Eu não tinha se quer um gota de ciúmes, mas agora estou quase me afogando.

- Ei, calma. Não precisa ficar assim, porém vamos controlar esse ciúmes aí.

Com o rosto no meu pescoço ela balançou a cabeça positivamente. Percebi que ela estava chorando. Muitas pessoas no meu lugar iriam ficar furiosas, talvez até piorar a situação mas prefiro colocar tudo o que foi vivido na balança pra saber o que vale a pena fazer. Talvez no lugar dela eu faria a mesma coisa. Quem sabe? Já disse que nunca faria uma coisa e fiz. A vida é uma caixinha de surpresas, tanto que aprendi a escrever meu futuro a lápis pois fica mais fácil de apagar caso ocorra um imprevisto no meio do caminho.

- Que tal irmos comer? – Lari nos chamou. – Ainda estou com fome.

- Real, você é irmã da Melissa. É podemos nos apresentar formalmente, não acha?

- É numa boa ideia.

Agradeço aos céus todos os dias pela minha irmã e sua mente aberta. Estava desejando que as duas se desse bem. Não sei meu futuro com a Jessica, mas que por enquanto quero harmonia entre todos da minha família com ela.

Comemos, rimos, conversamos.... Foi muito bom ver as duas juntas. Andamos mais um pouco pelo shopping depois Jess nos levou em casa.

“Enfim, lar doce lar.”

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Comentários

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Kkkkkkkkkkkkkk creio q sou meio detalhista,sem contar q já li e reli seu conto várias vzs meu anjo ::)

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E aí, amores.Obg pelos comentários.

Eu tô tentando escrever mas tô meio sem cabeça pra isso.

Pandinhaaaaa, vc realmente tocou num ponto que não tinha pensado antes, vlw! Kkk

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Jéssica com ciúmes eh hilário,surta geral MSM!!! Esse namoro de mentira com Diego vai trazer problemas!!! Medo do preconceito q Jess tem ainda ira afastar Mel

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Amei esse conto. Li todos hoje não sei como não vi antes. Ansiosa pela continuação. Perfeito

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Presentinho de virada de ano Pitta haha amei até o ano que vem rsrsrs conto perfeito não me canso de reler para relembrar cada fase delas *.*

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