O VIZINHO

Um conto erótico de jorge
Categoria: Homossexual
Contém 1910 palavras
Data: 20/12/2017 21:28:53

Foi a primeira vez que eu o vi de fato, era uma manhã quente, como todas as manhãs nessa época do ano, ele estava em pé em frente sua casa. Como acordo muito cedo para ir trabalhar me surpreendi por ver alguém acordado àquela hora. Ele é meu vizinho, tem sido meu vizinho desde que me mudei pra essa pequena casa, onde moro sozinho. Como saio cedo e volto um pouco tarde, nunca tive contato algum, sabia que alguém morava ali pelas luzes e barulho comuns a uma casa habitada. E lá estava ele, com aquelas bermudas de seda que usamos para dormir e um peito peludo que me chamou a atenção. Não era muito alto, devia ter uns 1,75M. Seu cabelo, já ralo e grisalho, contrastando com a pele morena, denunciava seus 40 e poucos anos, também perceptível pela leve barriga de cerveja que ostentava. Todo esse conjunto o concedia um ar de tranquilidade. Percebi que o estava encarando, quando seus braços descruzaram e um par de olhos castanhos, um bigode farto e um belo sorriso me desejaram um bom dia vizinho. Ele então veio em minha direção com o mesmo sorriso agradável e uma mão estendida.

-eh..., bom dia. Respondi.

- você sempre acorda tão cedo assim? não deve ser nem 6 da manhã. Me perguntou, ainda segurando minha mão.

A maciez de sua mão me chamava atenção.

-sim, eu trabalho um pouco distante, ai o carro da empresa passa cedinho por aqui. e o sr? o que faz acordado a essa hora ? Logo que acabei a pergunta me arrependi de tê-la feito. Pareceu mais inquisidora do que eu queria.

mas ele não parece ter se importado.

- ah não, costumo dormir até mais tarde, mas é que algo aconteceu com meu ar-condicionado e ele não parece estar esfriando como deveria, ai o calor me acordou e decidi dar um pulo aqui fora pra fumar um cigarro... Aceita um ?

Dei uma olhada no relógio e me dei conta que não tinha muito o que fazer a não ser esperar o carro chegar, além do mais, eu não queria sair de perto dele.

- sim, aceito.

ele então tira um maço de cigarro do bolso e me ofereceu um. pego um e espero que ele me passe o isqueiro. mas ele chega um pouco mais perto, e levanta o isqueiro fazendo sinal de que vai acender pra mim. eu coloco o cigarro na boca e agora presto mais atenção nos seus olhos, devido à proximidade, é um castanho claro, quase mel, e parecem sempre estarem sorrindo. depois de acender o meu cigarro, ele acende o dele e extende a mão mais uma vez.

- Meu nome é Gilberto, a propósito. sempre com um sorriso aberto

Respondo com meu nome, aperto sua mão e completo.

- deve ser problema no filtro, tem que tirar para dar uma limpada.

- ah, o ar-condicionado... você saberia fazer isso pra mim ? não quer entrar e dar uma olhada ? ele me propõe enquanto dá umas batidas leves no meu ombro e completa:

não quer dar uma mãozinha pro seu vizinho ?

Olhei mais uma vez para aquele homem semi nu perguntando se eu não queria entrar com ele para o seu quarto, algo me dizia que ele estava claramento com segundas intenções, então decido tirar qualquer dúvidas e pergunto:

- mas sua esposa não tá dormindo no quarto? não vamos incomoda-la ?

- moro sozinho aqui, não tenho esposa. Podemos entrar tranquilo. O piscar de olhos que ele me direcionou em seguida, tirou qualquer vestigio de duvidas que eu poderia ter.

- então posso dar uma olhada sim.

-Ótimo !

Quando estávamos nos dirigindo para a porta de sua casa, o carro da empresa aponta na esquina.

-Péssima hora para ele chegar, mas eu tenho que ir gilberto.

- Pois é, péssima hora.

O carro para na frente da gente.

- Que horas você volta ? se não for problema, você pode me dar uma ajuda quando voltar. ele pergunta e intencionalmente ou não, dá uma pegada na rola por sobre o calção fino, deixando claro que estava sem cueca.

- Eu chego por volta das 8 da noite. Respondo, ainda manjando ele.

- Combinado então, até mais tarde.

- até

nos cumprimentamos, entro no carro e saio odiando ainda mais meu trabalho.

Meu vizinho fica na calçada observando o carro se distanciar enquanto fuma seu cigarro.

Passei a manhã no trabalho revivendo os poucos minutos que eu passei com Gilberto, e torcendo para o tempo passar o mais rápido possível. Na hora do almoço decido acessar o facebook pra dar uma relaxada e me deparo com uma solicitação de amizade, clico na notificação para ver de quem se trata e me surpreendo ao ver os mesmos olhos castanho que não saiam dos meus pensamentos. na foto do perfil, ele estava de terno, segurando uma taça e com um sorriso um pouco contido no rosto. aceitei no ato e quando ia começar a investigar sobre a vida dele, recebo uma mensagem:

- Oi vizinho, te achei por aqui rsrsrs

- Pois é. Belo terno na foto. Respondi, sendo bem sincero, o terno tinha lhe caído muito bem.

- haha, obrigado. foi no casamento do meu filho. Mas não gosto muito de usar terno, lembro que nesse dia tava doido pra tirar logo. me sinto preso com tanta roupa.

Não sei se eu que tava viajando, mas sempre achava que ele tinha segunda intenções nas suas falas. Fiquei curioso sobre ele ter filhos, mas decidi não tocar no assunto e focar no nosso "encontro" a noite.

- hum... e ai, tudo certo pra hoje a noite né ? se depender de mim você não acorda amanha de vido ao calor. Respondi

- Ah eh, por falar nisso. depois que você disse que o problema talvez fosse o filtro, dei uma busca na internet e consegui remover e lava-lo. aparentemente ele tá funcionando normal agora. Obrigado pela ajuda rsrsrs

-Ah, então você não precisa mais de mim ? Não consegui esconder minha decepção.

- Não para consertar meu Ar-condicionado. Mas assim, hoje é sexta feira, não quer tomar umas cervejas com seu vizinho ?

- Quero sim, posso comprar algumas quando tiver voltando do trabalho. Respondi, voltando a ficar animado com nossa noite.

- Não precisa, já comprei umas pra gente. Tinha certeza que você não diria não pra mim ;). Ele completou

- Acertou. Então fica marcado pro mesmo horário, né ?

- Combinado, agora vou parar de te atrapalhar no teu trabalho.

- Você não atrapalha. rsrs mas até mais tarde. Finalizei a conversa.

Ele responde com uma foto dele sem camisa, na frente da geladeira aberta mostrando umas cervejas. seguida da mensagem:

- já gelando pra mais tarde.

- Bela foto. Respondi

- Que bom que gostou. até mais. Ele me respondeu e ficou offline.

Continuei durante um tempo olhando para foto, cada vez mais me animado para mais tarde.

Ao chegar em casa, me certifiquei que as luzes da casa do Gilberto estavam acessas e fui em casa tomar um banho. acabei chegando cedo do trabalho, era por volta das 19, então poderia tomar um banho e me arrumar tranquilo. Demorei um tempinho a mais no banheiro, me certificando que tudo estaria impecável caso as coisas ficassem mais animadas mais tarde com o Gilberto. Acabei ficando pronto por volta das 19:40, decidi mandar uma mensagem no facebook avisando que já ia, mas ele não tava online. Decidi ir assim mesmo, passei na geladeira para pegar uma tabua de frios que tinha comprado para a ocasião e sai de casa. Toquei a campainha uma vez e aguardei. Não obtive resposta então decidi tocar novamente quando ouço a voz de gilberto falando lá de dentro.

-Só um segundo.

Espero um pouco e ele abre a porta com uma toalha azul enrolada na cintura e os cabelos e o peito ainda molhados, denunciando que estava no banho.

-Desculpa meu amigo, estava no banheiro. Entra ai

Ele abre passagem para minha entrada e me cumprimenta.

-pode ficar a vontade, vou só vestir uma roupa, coisa rápida.

Sem conseguir tirar os olhos daquele corpo troncudo moreno, balbucio qualquer coisa parecido com um tudo bem.

Aparentemente ele ficou satisfeito com a resposta porque me deixou no sofá e seguiu em direção, ao que parece ser o quarto dele, enquanto agora tenho uma visão de suas costas naturalmente fortes enquanto ele sai da sala.

Me encontro no sofá com a tabua de frios na mão e me dou conta de que é melhor coloca-la na geladeira.

-Gilberto, trouxe uns petiscos para gente comer, posso colocar na geladeira ?

Nisso, ele sai do quarto de cueca box branca e a toalha pendurada sobre um ombro e fala.

-lógico que sim, meu caro. a geladeira é ali, apontando pra czinha.

Mas já não estava conseguindo pensar direito, estava tendo a visão do paraíso. A cueca estava fartamente preenchida, marcando o que parecia ser um pau bem grosso apoiado para direta sobe um pesado volume de seu saco, suas coxas eram grossas e peludas.

Percebi que ele tinha falado comigo, porque continuava lá em pé sorrindo e apontando pra cozinha. me dei conta que precisava fazer algo e me levantei indo pra geladeira.

Ele se deu por satisfeito e voltou pro quarto enquanto falava.

-Não repara na bagunça, a moça da limpeza não veio essa semana.

- rsrsrs, não se preocupa. minha casa não é nenhum exemplo de organização. retruquei enquanto tentava achar um lugar pra colocar meus petiscos na geladeira abarrotada de cerveja. depois de um tempo continuo:

- tem bastante cerveja aqui, gilberto. está esperado mais alguém ? continuei, conseguindo finalmente acomodar os queijos.

- não, só nós dois. ele respondeu já atrás de mim. vestia uma bermuda azul escura e uma camisa polo branca - os botões da gola abertos deixavam escapar alguns pelos. Estava parado atrás de mim, como que observando minha batalha com os queijos, deu o seu sorriso já característico com os olhos e completou:

-Talvez minha intenção seja te embriagar. completou dando uma boa risada.

-então eu deveria me preocupar ? respondi me sentindo meio que encurralado entre ele e a geladeira ainda aberta as minhas costas.

- sim, vc deveria.

Responde gilberto, enquanto se aproxima sempre me olhando nos olhos. Minha respiração de repente acelera junto com meus batimentos cardíacos, o sorriso dos seus olhos já não está lá, mas continuo preso àqueles olhos cor de mel. Na medida que ele se aproxima ainda mais, tão próximo quanto poderia estar, ele levanta seu braço direto e com as costas da mão toca levemente no meu ombro direito, pedindo acesso à geladeira atrás de mim. Percebo que estava prendendo a respiração quando me afasto um pouco para o lado e me dirijo ao sofá. Ao passar pelo seu quarto vejo de relance o calção de seda que ele usa para dormir, o mesmo que usava hoje pela manhã, pendurado na cabeceira de sua cama de casal. Decido voltar para o sofá e esperar por Gilberto, que não demora e vem trazendo duas cervejas para gente. Me oferece uma, e senta ao meu lado, puxando a bermuda azul para acima de seus joelhos de modo a ficar mais confortável, me deixando mais uma vez hipnotizado com suas coxas, agora bem próximas de mim. Perco algumas segundas admirando essa visão. Quando volto os olhos para o seu rosto, me deparo com sua cerveja estendida em minha direção aguardando por um brinde.

- vamos brindar ao que ? Pergunto

- pode ser a essa noite, que algo me diz que vai ser bem agradavel. Ele responde, enquanto toca sua cerveja na minha e toma quase metade de sua long neck de uma vez.

CONTINUA...

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Comentários

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Conto maravilhoso! Continue , adorei a escrita e interação entre os personagens , todos os detalhes .

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História maravilhosa , amei os detalhes e a interação entre os personagens , continue assim ^^ está ótimo

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Porra ótimo mas tô puto pq achei q ia ser um conto único aaaaaa cadê o resto

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