Cerveja

Um conto erótico de Eu
Categoria: Heterossexual
Contém 1204 palavras
Data: 17/12/2017 23:53:16

Quinta feira, 14 de dezembro. Você me convida para seu aniversário, que será comemorado no seu apartamento. Nunca fui lá, te peço as coordenadas e você me passa. Me alerta logo que o elevador não está funcionando e são quinze andares. Mas fazer o que, convite recebido, convite aceito. Eu deveria, mas não consigo te dizer não.

Quando estou próximo, te aviso, e você pede pra eu te esperar na portaria. A galera fez uma vaquinha pra comprar bebida, e você mesma resolve que quer ir comprar. Vamos a pé mesmo, tem uma distribuidora perto, e fazemos a alegria do dono, voltando com os braços carregados. Fomos e voltamos conversando, animados, falar com você sempre é tão fácil.

Chegamos, hora de começar a longa escalada. Um andar. Dois andares. Três andares. Vamos assim até o oitavo, que você chamou de “andar fantasma”. Tem esse nome porque não têm nenhum morador a quase um ano. Paramos um pouco pra tomar um fôlego, nos sentando nos degraus. Na sacola na minha mão, a cerveja tá tão gelada...

Abrimos duas cervejas, e brindamos ao seu aniversário. Você se encosta no meu ombro e bebe, charmosa. Troco a cerveja de mãos, te faço um cafuné lento, os dedos entrelaçando em seus cabelos. Até que eu paro subitamente.

-Ah droga, por que parou, tava tão bom...

-Eu percebi, você tava quase cochilando aí, ia cair escada abaixo e se machucar todinha.

-Quer dizer que você se preocupa comigo?

-Significa que não seria nada legal ter que te carregar no colo por oito andares.

-Mas você faria isso se fosse necessário?

Você perguntou isso com um olhar e um sorriso indecifráveis. Tinha ali ironia, desafio, e, sim, um pouco de luxúria também.

Retomei o cafuné, e você dá risada.

-Ué, agora tá querendo que eu caia?

-Melhor não né, vamos levantar dessa escada.

-Ainda não terminamos a cerveja.

-Eu sei, vamos entrar num apartamento desses aqui, com certeza tem alguma porta aberta.

Testo os trincos, a primeira tava fechada, mas a segunda porta se abriu, a dobradiça rangendo brevemente.

Levamos as bebidas até o balcão que divide a sala da cozinha, e ficamos recostados nele, bebendo. Eu te puxo pra perto de mim, minha mão em sua cintura, fazendo um afago.

Você olha demoradamente para minha mão e e em seguida para mim. Beberica devagar, olhar fixo no meu. Coloca a garrafa no balcão e fica circulando com o dedo no gargalo. Me olhando. Me desafiando.

Te puxo pra mim, e trocamos um beijo longo. Aprendendo um com o outro até que o encaixe fica perfeito. Agora minhas duas mãos estão em sua cintura, e você lê meus pensamentos. Morde meu lábio inferior por um momento e sorri pra mim, enquanto salta. Eu controlo firmemente seu corpo para que se sente no balcão.

Você puxa minha cabeça para que reconectemos o beijo, minhas mãos entram por baixo de sua camisa e abrem o sutiã. Faço carinho, sentindo as marcas que ele deixou em suas costas, e te arranho levemente. Você ofega enquanto controla meu rosto com suas mãos delicadas, fazendo o beijo ficar cada vez melhor.

Venho das costas de volta para a cintura, e subo para seus seios. Você mesma está prestes a tirar a camisa quando ouvimos um barulho muito próximo. Paramos, estáticos, aguardando. Os passos chegam na nossa porta, mas não se demoram, e continuam se afastando escada abaixo.

Trocamos um sorriso de alívio e agora sim, você tira a camisa, revelando pra mim seu lindo corpo. Te entrego a garrafa de cerveja, e você reprime uma gargalhada, entendendo o que quero. Goteja cerveja no seio esquerdo, de onde eu recolho-a com a língua. Você estremece a cada gota fria que toca em sua pele quente de excitação. Bebe a cerveja de uma vez e larga a garrafa, se aproveitando das mãos livres para me apertar contra seu colo. Minha fome de você redobra, troco de seio, pressiono suas costas, te trazendo cada vez mais pra mim, minha língua dando voltas em seu bico, te fazendo arranhar minha nuca. Essa marca definitivamente não vai passar despercebida.

Começo a descer por seu corpo. Minhas mãos já estão em seu short, e você me ajuda levantando as coxas. Puxo até embaixo, com a calcinha junto, e você se arrepia ao ficar nua sobre a pedra gelada. Estica as pernas em torno do meu corpo, e me puxa pra si. Olha para baixo e depois pra mim, levantando as sobrancelhas. Não que você precisasse pedir, minha boca já tem destino certo. Descendo por sua barriga, passando pelo umbigo. Baixo vente. Estou quase lá, e você ofega, me incentivando. Estendo a mão para minha cerveja, e derramo um pouco diretamente aqui, onde você está tão quente, e você reprime um gritinho, seguido de uma risada. Pego um desvio para a direita, beijando a parte interna da sua coxa. Mordo levemente, você agoniada tenta me puxar pelo cabelo diretamente para seu centro de prazer, mas eu resisto. Vou para a outra coxa, perto do joelho. Minha mão pressiona-a contra meu rosto. Sua respiração se acelera conforme vou subindo. E subindo. Falta pouco agora... Cheguei.

Derramo mais um pouco de cerveja e saboreio em seguida. Minha língua faz um movimento de baixo pra cima que deixa o clitóris completamente exposto. Vou então pelas laterais dele, te sentindo, te testando. Assopro com força, e um som estranho denuncia que você esta mordendo a própria camisa pra não gemer muito alto. Estendo a mão com dois dedos erguidos, e você chupa olhando pra mim, deixando bem babados. Entro com eles em você vagarosamente. Faço um movimento de giro, e você aperta meus dedos. Pressiono por baixo do clitóris. Sua umidade aumenta, e eu me apresso em prová-la, voltando em seguida com minha língua ao clitóris. Faço movimentos circulares, enquanto continuo pressionando por dentro, e girando. Você ofega cada vez mais, até que lhe falta o ar e você explode em minha mão, tendo espasmos. Seu corpo cai para frente, se apoiando em meu ombro. Mais uma vez, faço cafuné em seus cabelos, esperando você se recuperar, e as leves convulsões passarem. No bolso do seu short caído no chão, seu celular toca.

Você se levanta num sobressalto, e vai atender ao telefone.

-Não, não, não aconteceu nada (piscadinha pra mim) , é só que essa escada é imensa, estamos chegando. Sim sim, só paramos pra descansar um pouco. Não, não precisa, a gente dá conta. Até.

Ajudo você com o sutiã, beijando seu pescoço no processo. Juntamos as sacolas todas e você termina a minha cerveja, deixando nossas garrafas por trás do balcão, fora da visão da porta. Continuamos a nossa peregrinação até a festa, e somos recebidos com gritaria e aplausos. A galera rapidamente pega as bebidas e coloca no gelo, e percebo você trocando um olhar bastante comunicativo com sua melhor amiga. Alguns caras reparam no arranhão em meu pescoço, e fazem gracejos também, e a festa segue nesse clima descontraído.

Mais ou menos às duas da manhã, você pega uma garrafa no isopor e vem pra perto de mim. Vira metade de uma vez e me entrega a garrafa:

-Essa era a última. Acho que nós dois temos que ir comprar mais cerveja.

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