SAGA- UM GAROTO COM ALMA DE LORD #5

Um conto erótico de SORS ET SALUT
Categoria: Homossexual
Contém 2204 palavras
Data: 14/11/2017 21:02:10
Assuntos: Gay, Homossexual

Passaram-se 10 min até que uma mensagem em seu celular tirasse Tom de seus pensamentos despudorados, era a sua operadora que lhe ofertava um plano em que poderia lhe assaltar mais 39,99 com o Plus de uma revista online. Porém aquilo fora o suficiente para que ele se notasse e enxergasse sua postura para com seu amigo. Decido a não parecer inconveniente ele mudou-se para fora do quarto, afastou-se uns seis passos da porta que havia fechado e caminhou novamente em sua direção fazendo questão de fingir falar alto ao telefone, intentando acordar seu amigo e que não fosse novamente pego naquela posição ludibriante.

Chegou frente à porta, e bateu exclamando o nome de Dinho.

—DINHO!

—Oi- respondeu como se sua voz estivesse presa na garganta.

—Posso entrar?

—Pode ué, a casa é sua. Literalmente.

—Tenho uma ótima notícia. -Falou enquanto abria a porta e direcionava o olhar diretamente ao prisioneiro já amolecido.

—Diz, o que foi?

—Amanhã é seu aniversário. – Na verdade essa frase foi a que seu cérebro conseguiu compor em automático, pois seu pensamento estava na verdade, na decepção de ele já ter vestido a bermuda e não mais aparentar aquele instrumento.

— E, hoje é segunda-feira. Sua vez!

Com essa resposta Tom, voltou seu pensamento ao p0resente e indagou:

— O que??

— Ué, não estamos brincando de falar coisas obvias e já sabidas? Agora é sua vez. Risos...

—Ridículo. O que eu quis dizer é que amanhã é uma data fantástica e não podemos desperdiçar.

—Ora Tom, você perdeu metade de teus neurônios desde a última vez que falamos, há meia hora atrás? Já te falei que queria muito, e igualmente expliquei o porquê de eu não o comemorar.

—Ora Sr. Dinho, porque insistes em subestimar minhas palavras ao invés de forçar mais seu cérebro a acompanhar-me? Ou esqueceu que sou tão, quiçá mais inteligente que sua excelência?

—E a que causa, não faz de seu raciocínio palavras, e espera que de meias palavras, eu forme um livro? Use sua cabeça, que não ganharia da minha nem se estivessem comendo minha massa cinzenta de colher. Rsrsrsrsrsr

—VOU FAZER UMA FESTA PARA TU!!!!!!!!!

Dinho, numa cena quase que programada, como se num conto estivesse, cuspiu a agua que tomava, e arregalando os olhos fazia como se aquilo estivesse sendo de fato um sonho.

—Acredite em mim!

—Mas como, o que você fez?

—Exatamente uma ligação, e quinze anos de bom comportamento foram usados para isso.

—Ah, não acredito, você pediu ao seu avô? Ele vai achar que eu estou usando você, não quero isso.

—Quando pedi para não me subestimar, o fiz pensando em mim, o que farei será pensando em você: não o subestime, ele não está onde está à toa, ele sabe distinguir as cores desse mundo daltônico.

—Cara, não sei como te agradecer, tipo, te daria um beijo agora, faria SEXO contigo. -Falou Dinho enquanto sua mente formava com fulgência sua futura e real festa.

¬—Meu caro, advirto-lhe que as propostas vinculam, se a fez terá de cumprir. Retrucou Tom com um sorriso de um benfeitor.

—Então amanhã já virei depilado, ao vosso gosto meu amo. Disse as gargalhadas Dinho.

—OK. Mas, agora Denise o aguarda, Maciel os levará para irem as compras, e preciso que as pessoas que você convidar confirmem presença até quatro horas antes da festa.

—Tom, que exagero, só vou chamar uns amigos, e familiares. Não creio que precise de chamada de segurança na entrada, não sou nenhuma grande personalidade.

— Risos… meu avô acha que minha casa necessita dessa segurança para uma festa. Mas pelo que me disse posso deixar apenas um, afinal, meu avô previu uma festa grande e fez o orçamento para tal. Contudo, é seu aniversário e se for assim que deseja, assim o será.

—ESPERE… aqui na sua casa, desculpa, aqui na sua mansão?

—Vá logo fazer as compras e seus convidados, avisem-nos da necessidade de confirmação.

Dinho, de imediato saiu, indo ao encontro de Denise que o aguardava com um sorriso reluzente e honesto.

Tom, via-se só e seu inconsciente o deixava irradiante, talvez pela benfeitoria que fizera, talvez pela solidão que se encontrava e lhe fizera tanta falta. Preferiu concentrar-se em sua solidão, seu pensamento ficava eufórico com ela, seu corpo implorava para aproveitá-la, e ele agora faria uma benfeitoria ao seu corpo continuando a leitura que lhe era tão cara. Armava-se, e municiava seu ambiente de modo a alcançar o que sua mente via como sendo o que Aristóteles definia como eudaimonia, vibrava com isso, porém agora frente à sua estante de livros, se via pego pela indecisão, e montou uma conversa consigo mesmo:

—Ora, demos uma chance aos novos, Frank Sinatra cantando “Fly me to the moon”, ou um breve replay de Elvis ou, quem sabe a voz onipresente do Louis...

—Seu traidor, Bach lhe fora tão companheiro, como ousa traí-lo? Mozart e Vivaldi, o que diremos a eles que novamente vamos, só mais uma vez, ignorá-los?

Foi quando ao ver-se perdido e perdendo tempo, notou um já um pouco empoeirado disco no fim da última prateleira, e a título de curiosidade o puxou de lá. Era um especial de Beethoven, sua mente teve então um clareamento do acaso e viu-se, inadvertido, murmurando Moonlight Sonata -Piano sonata nº14, de longe a melhor em sua concepção, e como um quem lembra do sabor antigo de um sorvete, decidiu mais uma vez apreciar o mais pop dos clássicos. (BREVE PITACO, escutem-na agora enquanto leem).

Reclinou-se à poltrona, pôs-se nela e abriu aquele novo universo inexplorado, sua menta já aquecida, lia incessantemente cada palavra, tentando desvendá-la em seu verdadeiro significado, achando um lugar em seu conhecimento para cada nova informação adquirida, quando em menos de uma hora, viu um livro a menos em suas possibilidades de inéditos. Com certo desespero, ele decidiu fazer algo diferente, e pegou um dos livros que ganhou do tio, andando com ele sob seu braço, foi a vitrola desligando-a, desbloqueou o celular e conectando o bluetooth ao som de seu quarto, decidiu por uma música aleatória, sem sequer desembrulha-lo, voltou a poltrona e abriu, nossa que balde de agua fria, era um romance, moderno, começou a tocar Pray-Sam Smith (BREVE PITACO: ponham-na e ouçam AGORA.) e sem querer com certa decepção já podia prever o enredo de jovens que tem suas vidas baseadas em filmes hollywoodianos, que buscam o amor, encontram paixões, nas paixões joviais, nos fracassos inerentes às paixões joviais, àqueles que mesmo sabendo que esses sentimentos findam em tragédia insistem em ser os que por último vão errar, pensa em si, e em Caio, e naquele pecado moreno, e naquele provável monstro que ele escondia, e como seria uma possível colisão dele com sua boca, com o fim dele sendo ou não aparados, e como seria olhar para cima e ver seus olhos fixos para baixo até que ao passar da língua no local exato, ele contorcesse o pescoço e quiçá virasse seus olhos e não mais olhasse para baixo, ou se fosse ele agressivo e com labaredas nos olhos empurrasse até o fundo da garganta para que em um olho escorresse a lagrima que denunciasse o objetivo cumprido, e que ao tirar por dois segundos para que nesse tempo o ar saísse e entrasse, desse um tapa que seria tão prazeroso que não poderia ser chamado de tapa, nas mãos deles, nos lábios dele, naquele peito estufado e musculoso, naquela quentura e talvez gota de suor que escorre por entre os peitos, desse por entre os gominhos do abdômen incrivelmente delineados e brilhosos, e ele jogando contra a parede o beijasse forte, amassasse toda sua carne, usurpasse todo seu folego num só beijo, na sensação indescritível da rigidez tocando sua barriga e forçando, como se procurasse um lugar para entrar, na volúpia e no olhar intenso, na mordida no lábio que talvez prefira arrancar ao invés de acabar, nele puxando o cabelo para trás e percorrendo com sua língua por todo pescoço, nas mordidas úmidas e quentes na orelha, no sussurrar de um leão dizendo o quão que seu pau está implorando por sua vez de atuar, no arrepio na nuca que faria estremecer toda a terra, no leve sopro na orelha úmida que faz seu corpo pedir para sofrer... Nas mãos que num ato brusco vira-lhe contra a parede e força seu corpo com o dele, na respiração que ferve sua nuca e arrepia toda sua espinha, no abraço de urso que faz o corpo jovem desfalecer, naquele corpo sarado que força-lhe e o esmaga de um jeito único, ah... que sensação aquele dedo rodeando e fazendo movimentos circulares no ponto exato, naquele leve sopro frio que deixa-lhe bamba a perna, na sua língua encostada tal qual uma lamina cortando um véu, corta o silencio com um inconsciente e involuntário gemido, que por sua vez serve de combustível para força-la para dentro o fazendo borbulhar, no suor que lhes escorria desafiando o condicionador de ar que já operava no máximo. Breve fora o olhar cruzado, e de imediato a língua parou, de imediato entendeu que aquele olhar era de desejo, de ser adentrado, aprofundado, enterrado, embrenhado, afundado com algo maior, BEM maior. Tirando a língua, com o cotovelo no meio da coluna e a mão no pescoço, sendo jogado novamente contra a parede, seus olhos arregalando-se ao sentir que a cabeça está rodeando e pedindo passagem, a essas alturas o teu corpo estava anestesiado de tesão, do mais puro tesão, aquela vontade, aquela sensação ecoou-se numa breve ordem: VAI. Foi forte, foi única, foi com maestria, foi até o fim. Seus pensamentos se anularam, o corpo vibrava, mas as pernas ficavam sem força, e num outro ato foi levantado, foi levado à poltrona e sem sequer tirar de dentro foi posto sentado e viu que era a sua vez de brilhar... e enquanto se movia e se contorcia tanto quanto ele, viu ele querendo falar-lhe no ouvido, reclinou-se um pouco e ouviu:

—TOM... TOM... acorde...

—HAM? QUEM?

—Desculpa te acordar, é que te trouxe a lista dos meus convidados, eles ficaram de mandar mensagem para confirmar, amanhã está tudo certo, não é?

—Ah meu Deus, nem lembrava de ter dormido... Claro, quantas pessoas mais ou menos?

— E pelo jeito tivestes um ótimo sonho, sonhou comigo?

Falou Dinho num ar risonho e olhando para a visível excitação de Tom e da mancha do liquido que se formou na sua bermuda. Como reação Tom cruzou as pernas e tentou esconder o nítido volume.

— Não seja ridículo, foi uma reação ao frio que faz aqui.

—Hum, sei. Mas, voltando ao assunto são mais ou menosexagerei né?

—Não se preocupe, acredito que a casa comporte bem, afinal, são 50 a mais que as festas do meu pai e nelas, sempre a casa continua vazia. Falou Tom sem por nessa frase qualquer intenção além da informação.

—Meu DEUS, as vezes acho que a ideia de humildade lhe passa despercebido, ou será ingenuidade? Ah, e minha mãe pediu para te agradecer do fundo do coração, ela disse que realmente não teria condições de me dar uma festa dessa.

—Já te disse, não comungo da ideia popular que o dinheiro e posses define qualquer característica humana, pode até potencializar, modificar acho difícil... quiçá impossível. Por isso também, recuso os agradecimentos da sua mãe pelo dinheiro, vou considerar esse agradecimento pelo ato.

—Como o aniversário é meu queria propor uns temas, mas a casa é sua, o que acha?

—A resposta está num pedaço dessa tua frase, o aniversário é teu. Fique à vontade.

Mas também queria te agradar, e já que o sexo ainda está em dúvida, estou pensando em festa de gala, e aos que amanhecerem, mudaríamos a festa para a piscina... – e depois de dita, Dinho notara certa duplicidade no sentido...

—Estou de acordo. Mas agora já é tarde, vou dormi, se quiser pode dormi aqui, e nesse caso vou para o quarto dos meus pais.

— Vou aceitar tua oferta, assim, logo cedo começo a ajudar na arrumação. Posso pegar sua roupa?

—Ah meu pai, tu já não o fizestes dezenas de vezes?

—Não posso me acostumar, sei do rigor de educação de tua família, e não quero fazer feio.

—Deixe de besteira, pegue logo. Vou só terminar um trabalho aqui e daqui a pouco saio.

—Ok, vou banhar-me.

Tom ligou o seu Mac e começou a digitar, ao som de Nuvole Bianche – Ludivico Einaudi, nem percebera que Dinho já saia do banho, e sem intenção alguma olhou para a porta, e novamente entrou em choque com a visão daquela escultura grega que se movia majestosamente, só de toalha e corpo ainda molhado, secando o cabelo com uma toalha de rosto, e notoriamente excitado. Seus olhos, após percorrer cada milímetro daquele corpo, fincou naquele mastro enorme, e novamente ficou desatento, de tal forma que dessa vez não deu tempo de acordar por si só.

—Pela minha festa!

Dinho falou, e derrubou a toalha e liberou aquele instrumento enorme, moreno e sem nenhum defeito, pelos habilmente aparados, saco caído e em riste...

— O que é isso?

— Não posso deixar meu melhor amigo na seca, fiquei com dó da tua situação, vou aplaca-la. Falou Dinho enquanto segurava aquele cilindro enorme e caminhava em direção à Tom.

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