Coração Ferido - Capítulo IX

Um conto erótico de William27
Categoria: Homossexual
Contém 1660 palavras
Data: 13/11/2017 01:03:36

Boa noite pessoal, segue mais um capítulo ou melhor um pedacinho já que esse é o menor capítulo que fiz da história justamente por estar sem tempo, o trabalho tem me cobrado muito, mas não abandonei vocês. A todo boa noite de domingo e boa leitura.

Resposta aos comentários.

Alex curte peludo: Como vai meu amigo, demorei a postar, mas está ai mais um pedacinho.

nayarah: Sim, diz muito, aliás, nesse capítulo ficou explícito.

Xcellinho: Eu fico grato pelos elogios, eles me motivam muito a continuar. Vamos entrar em uma parte da história com mais ação. Em relação ao loirinho eu passei meu gosto para o Fabrício, particularmente não gosto, tenho descendência alemã, sou de uma terra onde praticamente todos são brancos e isso acaba enjoando. Luciano é um caso...italianos são quentes meu amigo. Boa leitura.

VALTERSÓ: Gostei do seu comentário, Fabrício tem que começar a viver o presente e futuro e deixar o passado para trás. Ele está confuso, transou com o amigo, está envergonhado e descobrindo que pode ter um sentimento muito diferente do que ele achava pelo Luciano. Ele é um babaca sim, mas está se ajeitando como pode. Boa leitura.

Talles de Lima: Ai rapaz, você e sua linguagem superculta. Fabrício não vai ceder, eles vão ter cada um o seu tempo, talvez nem acabem juntos e o que você diria se eu dissesse que João não é o vilão? Aguarde os próximos capítulos e boas provas. Boa leitura.

Plutão: Você verá nesse capítulo, mas nem tudo são flores. Em relação a Leonardo Boff eu nem me dei conta disso, usei esse nome por ser muito comum na minha cidade lá em Santa Catarina, tenho alguns amigos de lá com esse sobrenome. Boa leitura.

Chria: E ai mineirinha, como vai? Desculpa, eu tenho mania de acabar na maior parte, mas esse capítulo matara sua vontade, abraços e boa leitura.

Geomateus: Obrigado, continue acompanhando.

Atheno: Quanto ódio nesse coração rsrsrs. Fabrício é da paz, ele não quer ser Madre Tereza, nem católico é para isso. Quanto a todo drama eu acho que ele tem todo direito de não querer se reaproximar do Fabrício, o sexo aconteceu, mas a várias questões e serem resolvidas. Uma observação, Fabrício não é bicha, é gay, assim como eu e você, não use de um termo tão pejorativo, fica estranho. Boa leitura rapaz.

Coração Ferido – Capítulo X

Luciano quando usava seus óculos de grau ficava mais bonito, quando sério então, era capaz de atrair vários olhares, mas esse pensamento logo foi embora quando lembrei que ele estava sentado no sofá ao lado para me pedir desculpas.

- Fabrício, é difícil o que eu vou falar...quer dizer, pelo menos para mim... – ele estralou os dedos, estava mais nervoso do que eu.

- Fale – disse indiferente.

- Eu quero te pedi desculpas, as mais sinceras desculpas...eu nunca quis que tudo chegasse onde chegou, por favor... – seus olhos em nenhum momento desviaram dos meus.

- Por quê? – me fiz de desentendido.

- Nas últimas semanas eu não tenho sido um bom amigo para você, eu te deixei de lado, ouvi quem não devia e me deixei influenciar por pensamentos ridículos... – ele me olhou, sua expressão sofrida me deixava em dúvida, será que ele falava a verdade.

- Realmente... – disse baixo.

- Eu vim para Caxias do Sul justamente para me desculpar, ou melhor te pedir perdão, talvez eu não seja merecedor, mas eu preciso que você me entenda, entenda todos os motivos que me fizeram ser aquele babaca contigo nas últimas semanas, eu não sou daquele jeito... – fiquei sem graça.

- Então me explique... – cruzei os braços e fitei ele.

- Minha cabeça está confusa...sentimentos, mágoas e angustias... – ele me olhou consternado.

- Não estou entendendo você Luciano – estava tentando me manter firme, mas ver ele sofrer estava me deixando tenso – afinal, por que você se importa comigo, você deixou claro que não queria que ficássemos próximos um do outro – eu estava ferido. Ele sentou de frente para mim.

- Quando eu comecei a perceber que as pessoas nos apontavam na rua, ou comentavam que poderíamos ser um casal eu não me importei, eu realmente não ligava, mas passei a me importar quando boatos começaram a surgir no escritório, nos escritórios próximos e até no jogo de futebol quando um dos integrantes do time rival, o Caio, aquele advogado que trabalha no 23° andar começou a perguntar de você para mim e quando eu apelei ele disse que não tinha motivo para ficar estressado, que eu poderia compartilhar o meu veadinho com ele... – interrompi ele.

- Por acaso aquela briga que você se meteu teve algo a ver com isso... – ele assentiu.

- Eu arranquei dois dentes daquela boca suja dele, eu tenho certeza que nunca mais ele irá mexer comigo ou contigo... – Luciano dizia com raiva.

- Então por que você fez um inferno na minha vida nas últimas semanas? – eu estava com raiva dele, muita raiva – por que deixou a Mônica me ofender, por que você fez tudo aquilo comigo? – alterei a voz.

- Por que... – ele baixou a cabeça – eu não queria que achassem que eu gostava de um veado... – as palavras dele foram que nem facadas em meu peito.

- Era o que eu imaginava... – balancei a cabeça em negação, ri triste.

- Calma! – ele viu que tinha feito mais uma besteira.

- Luciano...você me agrediu, você me humilhou na frente da Monica, na frente dos seus pais, me propôs que nos afastássemos por que você tinha medo de ser taxado de gay, você me bateu Luciano! No veado como você acabou de falar – exclamei, ele baixou a cabeça envergonhado, eu queria que ele sofresse – você já pensou o que teria acontecido se o seu pai não tivesse intervindo? Hoje eu estaria aonde, morto, seria mais um na estatística ou estaria me recuperando de várias fraturas causadas por você! – apontei o dedo, a primeira lágrima escorreu.

- Eu estava bêbado Fabrício, com raiva de você, com raiva de tudo e todos... – interrompi ele.

- Não é motivo e nem justificativa! – estava com raiva, tentava conter o tom da minha voz.

- Por favor Fabrício...não faz assim... – pediu com a voz embragada.

- Não faz o que? – Perguntei com raiva, com frustração – dizer como me sinto, a verdade, eu estou me afastando de você, cansei de ser o babaca que ficava com as migalhas de atenção sua... – ele me encarou com raiva, logo estava de pé e segurava meus pulsos.

- Como é que é? – ele vociferou essas palavras muito próximo do meu rosto, ele estava

- Me solta, não sou sua nega... – ele então me soltou e se distanciou um pouco – muito menos seu veado, entendeu... – Ele engoliu em seco.

- Não faz assim Fabrício... – ele estava com a voz embargada.

- Eu já vinha notando a um tempo que você se afastou, eu tentava insistir, eu lembro daquela vez que te convidei para ir comigo num bar na Savassi mas você disse que estava ocupado no escritório – ele pareceu lembrar a baixou a cabeça – qual não foi a minha surpresa ao te ver no mesmo bar que eu mas com o pessoal do escritório ao lado...você não fez nem um esforço para demonstrar surpresa Luciano, você não quis sair comigo por vergonha – baixei os olhos.

- Eu estava chateado contigo aquele dia... – ele respondeu.

- Por favor...não inverta a situação... teve aquela vez no congresso que você não sentou perto de mim por que seus amigos da faculdade estavam lá e como me conheciam você não quis passar vergonha Luciano....e sabe o que é pior, eu nunca fui o problema...você sempre foi o problema, não eu – peguei passado.

- Eu nunca pensei... – interrompi ele.

- Nunca pensou o que? Como eu me sentia? Se eu ia achar ruim? Acontece que eu sempre fui o bom amigo, o que te esperou na portaria do presídio...o que não se importaria em ser deixado de lado não é mesmo? O gay né...o coitadinho – ele se virou para mim.

- Não fala assim, eu nunca te vi assim... – Ele começou a chorar.

- Não, mas você acabou de dizer... – agora eu chorava – eu nunca pensei que você pudesse ter uma visão assim de mim, mas deixa eu te falar, eu não tenho vergonha nenhuma de ser gay, eu não me arrependo de nada...não vai ser um babaca homofóbico que nem você que vai me pôr para baixo, eu passei por muita coisa, aceitei desaforo, uma arma apontada na cara pelo meu pai, mas eu não vou aceitar sua vergonha e muito menos seu desprezo... – escondi o rosto com as mãos.

- Cala boca! – ele berrou me jogando no sofá.

- Vai me bater também Luciano...quer dizer, de novo... – Luciano negou, ele se aproximou e encostou sua cabeça na minha.

- Você não sabe como tem sido difícil ficar sem você...sem sua amizade... – ele me olhou triste – eu me desculpo por tudo que te fiz, as agressões verbais, físicas, todos os constrangimentos e imaturidade, mas acima de tudo se em algum momento eu lhe deixei desamparado, te deixei de lado, eu nunca quis te machucar Fabrício... – eu interrompi ele.

- Por que transou comigo? – Perguntei com toda a vontade do mundo.

- É... – Ele se atrapalhou e se ajeitou.

- Você por acaso achou que podia conseguir meu perdão transando comigo? – perguntei vendo sua reação – ou transou comigo por que eu estava bêbado e era um gay que podia ser usado para diversão, hein? – apertei ele.

- Não! – ele exclamou – eu nunca faria isso – seus olhos desviaram dos meus.

- Por que você transou comigo Luciano? – Berrei.

-POR QUE EU TE AMO PORRA! – ele não alterou a voz, ele berrou me deixando constrangido e surpreso e mais ainda quando notei que meu irmão nos observava do vão que dava para o corredor de boca aberta – Por que eu te amo e não sei como viver sem você, aliás, eu não quero mais viver sem você, por que há 10 longos anos eu guardo isso dentro de mim – ele sentou novamente no sofá enquanto eu fiquei estático com tudo que ouvi.

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Comentários

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Huuum, a verdade arrancada a boticão. Deve ter doído muito assumir isso para si mesmo. Mas, até que enfim! Espero que Fabrício aceite bem isso e possa ter maturidade para ajudar Luciano. Um abraço carinhoso,Plutão

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É muito Engraçado a vida não é ? É muito fácil pessoa assumir um amor e quanto mais por outro homem e esse homem ser o seu melhor amigo cara o Luciano sofreu tanto velho tomare que o Fabrício dê uma chance para ele

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Cara eu vou dizer uma coisa a pessoa assumir que ama outro homem e ele não ser gay é muito difícil , mais olha o que o Luciano sofreu

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A por favor, na minha opinião amor não faz o outro sofrer. O Luciano ama tanto o Fabrício q se afastou dele com medo d ser chamado de viado, vai tomar no cu....se fosse o Fabrício mandava todo mundo tomar naquele lugar, o pai dele é o Luciano principalmente. Mas, como sabemos o Fabrício vai perdoar o Luciano.

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Situação complicada esta.

Eu no lugar de Fabrício não saberia o que fazer esta declaração de Luciano é uma paulada ama mas mautratou e humilhou a quem diz amar.

É difícil acreditar em quem diz ama lo mas o mautratou tanto

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Adoro seus contos. Capítulo 10 como sempre. Ansiosa pelo próximo. Bjs.

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Eu acompanho seu conto, não lembro exatamente se já comentei, mas amo ler esse conto... ele me transporta pra esse mundinho super aconchegante, sério, é como se fizéssemos parte da história. Capitulo excelente e surpreendente heim, você vai focar algum momento da história pra falar sobre o João? Ele parece ter uma história interessante, acho eu hahahaha

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A, realmente um capítulo pequeno, mas intenso. Adoro sua narrativa. O uso das palavras, da forma de colocar sentimentos, muito interessante. Fabrício não deve perdoar o Luciano. Nada justifica o que ele fez. Continue, meu amigo. No aguardo de mais um capítulo.

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Até que o Luciano demorou para poder se declarar nesses 10 anos.........

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Gente To de boca aberta agora. Melhor parte. Pista com mais frequencia

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