Me apaixonei por um cara,Puta merda (Parte 40)

Um conto erótico de Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 4725 palavras
Data: 06/10/2017 17:47:28

Gente, eu quero pedir muitas desculpas pelo tempo que passei longe, eu sinto muito mas aconteceram muitas coisas na minha vida e uma delas foi a ida pra Boston, passei um bom tempo lá, tranquei a faculdade e fui e agora que voltei to tentando re-estabilizar minha vida e me readaptar. Algumas pessoas me perguntam pela parte 31, eu pedi pra Eriika fazer uma conta e postar aqui, foi no tempo que deu um problema com algumas contas do CDC mas tudo se resolveu e aqui está o link: *https://www.casadosconto*s.com.br/texto/2015*091218* ( tirem os “*” pra acessar o link).

Quero agradecer a todo que mandaram e-mail pra mim, sei que aqui é um lugar pra escrever contos curtos e não pra expor minha vida como uma pessoa me disse pelo e-mail, mas aqui foi a única forma que encontrei de começar a desabafar sobre minha vida, então desculpa pra quem no gostou e quer saber só das partes que tenham sexo, quando tiver eu vou colocar na tag. E eu queria dizer que eu sinto muita falta dos meus leitores: Martines, FASPAN, MalucoApaixonado2, Danny, Jocker, Bru_Almeida, prireis, titi 13, Lovatic. Sinto falta de todos que comentavam eu amava ler os comentários de vocês, e boas vindas a quem tá conhecendo agora, eu leio todos os comentários, obrigado a todos vocês.

Pedrolfm, Math1, Filh@ Do Sol, Bruno.bt. Obrigado por acompanharem e sejam bem vindos.

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Segunda 17 de Junho de 2013

Acordei e fui me higienizar como de costume e desci pra tomar café, a Clara me disse que procurou por todo canto meu diário e não achou, o Daddy que tava tomando café junto com a gente ouviu e disse que depois comprava outro, e eu disse a ela que tinha sido a Dani que tinha me dado aquele, e ele disse que depois pedia pra ela me dar outro, e disse que ia nos deixar na escola, que ele ia passar no banco, fomos pra escola e quando chegamos eu perguntei a Eriika se ela não tinha visto lá pela casa do Nicolas ou no carro do Natan, e ela disse que não viu, eu perguntei ao Nicolas e ele disse que não tinha visto mas que ia procurar, fomos nos trocar pra aula de Educação física e o professor pediu pra eu ir pra natação que era uma coisa mais individual, mas eu disse a ele que desde o acontecido eu não me sentia bem em ficar com poucas roupas em público, ele me colocou no Vôlei mas as pessoas não queriam jogar comigo, então fui pra quadra ficar sentado enquanto todos faziam algo. A Esté chegou e sentou perto de mim e ficou olhando pros meninos jogando, como não dei ousadia pra ela, a mesma falou:

- Esté: Perdeu alguma coisa recentemente?

- Eu: Cachorra, me devolve. (O Cachorra foi involuntário, só saiu na hora)

- Esté: Devolver o que? O seu diário?

- Eu: Eu não acredito que você o pegou, me devolva logo.

- Esté: Quando eu terminar eu devolvo, ainda estou na parte que você e a Ana transaram.

- Eu: Não acredito que você foi tão baixa a esse nível. – Falei muito alterado e empurrando ela.

- Professor: O que é isso aqui? Pra direção, os dois.

Todos ficaram nos olhando, a Eriika veio perguntar o que foi e eu disse “Ela tá com o meu diário” e fui conduzido a direção, o diretor perguntou o que aconteceu e eu expliquei e ela disse que era mentira que eu tinha a agredido verbalmente e a empurrado, eu já tava sem paciência, ele ia me suspender mas o professor interveio e só levei uma advertência.

- Esté: Ele me agride e só leva uma advertência?

- Professor: Eu te conheço também Esté, e você não é flor que se cheire.

- Diretor: Por favor, deixe que eu resolvo.

- Esté: Ele só tá falando isso porque ele tá tendo relações com o Henrique, por isso que ele o defende e o deixa ficar só na arquibancada esperando a aula acabar? Isso é justo? Eu fui ali sentar também porque eu quero que todos os alunos tenham direitos iguais , mas o Henrique surtou e me empurrou só por causa disso.

- Diretor: Isso é uma acusação muito séria.

- Professor: Isso é uma mentira.

- Eu: Você sabe muito bem sua sinica porque eu não faço nada na aula dele.

- Esté: Lógico que sei do caso de vocês dois, pode perguntar a qualquer aluno diretor como o professor é mais atencioso com o Henrique e com os outros alunos ele é durão.

- Professor: Os outros alunos não foram estuprados e nem caluniados como ele foi.

- Esté: Mas isso não da a ele direito de ter um tratamento especial.

- Eu: Já chega né garota, você já tá passando dos limites.

- Esté: Eu só estou falando a verdade, com licença diretor – falou saindo da sala.

- Diretor: Você tá liberado, mas na próxima você vai ser é expulso. Toma sua advertência.

Eu sai da sala dele morrendo de raiva e voltei pra quadra, os meus amigos começaram a me perguntar o que aconteceu e a maioria do Ensino médio inteiro foi procurar a Esté pra saber. Depois que acabou a aula matinal voltamos pra casa e eu estava morrendo de dor de cabeça e não queria ir na escola a tarde, o Lucas foi lá em casa pra conversar comigo e me explicou novamente que ele tinha comprado drogas mas não tinha pago, e que só tinha até a quinta pra pagar senão “os caras” como ele disse, iam matar ele, e eu disse que eu tinha um dinheiro que ia usar pra comprar meu celular, e tinha mais um pouco da pensão que eu recebia, mas que o máximo que eu ia ter era 3 mil, que não passaria disso. E ele disse que ia ver quanto tinha na conta dele e deixou mil e 500 comigo e pediu pra eu guardar até ele arranjar o resto pra ele não gastar, e eu disse que quando ele fosse pagar eu ia junto, ele relutou bastante mas eu decretei e ele teve que aceitar. Quando fomos pra escola a tarde, algumas pessoas ainda me olhavam meio estranho, um garoto veio na maior cara de pau me perguntar se era verdade que eu “estava dando pro professor de educação física”, e eu disse que não era e ele disse que a escola toda já estava sabendo, uns garotos passavam me encarando e fui barrado por alguns alunos de entrar no refeitório, a Eriika foi tentar entrar comigo, me puxando e foi empurrada e a Ana deu um soco no garoto que a empurrou, tudo isso por causa da Esté, eu já não tava aguentando mas também não queria confusão com os meninos por serem mais fortes que eu, e o Gustavo comprou lanche e levou até a mim e disse pra eu ficar bem, e pediu ao Alan pra ficar ali comigo e as meninas e que não deixasse ninguém mexer comigo, e voltou pra terminar um trabalho que tinha que entregar na 4° aula. O Alan foi ao banheiro e eu, o Lukas e as garotas ficamos conversando, uns garotos do 3° ano veio implicar com a gente.

- Garoto n°1: E ai meninas, vocês tem AIDS também ou são só os viados?

- Ana: Ninguém aqui tem AIDS, agora você, bem fácil ter, seu broxa.

- Garoto n°1: Broxa é o seu pai sua filha da puta.

- Ana: Tenho certeza que meu coroa ainda da no coro, agora você... minha prima do 2° ano já me disse que saiu contigo e que você broxou e ainda botou desculpas na maconha.

- Garoto n°2: Vai deixar ela falar assim contigo?

- Garoto n°3: Vale nem a pena triscar neles, vai que pega AIDS.

- Lucas: Eles tão incomodando vocês?

- Garoto n°2: Vai defender eles Lucas? Os caras do futebol vão pensar que tu tem AIDS também.

- Lucas: Velho, na boa. Vocês são chatos, sabem que eles não tem nada e ficam implicando pra que?

- Eu: É que eles querem provar que são “Machos”.

- Garoto n°3: Somos sim,, seu viado do caralho, garanto que somos mais machos que os caras que te comeram.

- Eu: Garanto que não! Eles souberam me satisfazer e não broxaram.

- Garoto n°1: Vamos embora pessoal, não vou ficar discutindo com viado não.

Eles saíram e eu dei amém porque pense num caras chatos, e o Alan nada de voltar, voltamos pra aula e assim que acabou eu tava saindo da escola apressado pra ir pra casa e esbarrei sem querer numa garota que tava conversando com a Esté e pedi desculpas, a guria fez uma cara feia pra mim e espirrou aqueles sucos de caixinha na minha farda, eu olhei ri e pedi desculpas novamente e fui até a Clara, ficamos esperando o Heitor e o Gustavo ficou junto com a gente, ele disse que também ia pra casa com a gente, o Ítalo pagou sorvete pra gente por enquanto que esperávamos e depois foi embora. Assim que o Heitor chegou fomos pra casa e fui tomar banho e disse que ele podia deitar na minha me esperando, e assim foi. Eu tomei banho, vesti a roupa e quando sai do de cara com o Lucas e o Gustavo discutindo, pedi pro Lucas me esperar fora do quarto que eu iria falar com o Gustavo primeiro, ele tava me perguntando no que eu ia ajudar o Lucas, e porque ele tava ali. Ai eu pedi pra ele tomar um banho e usar uma roupa minha que quando ele terminasse eu explicava tudo a ele. Ele foi pro banheiro e eu chamei o Lucas, ele disse que conseguiu o restante do dinheiro, me disse que ele queria ir logo pagar a dívida que o cara tava só ligando, que ameaçaram a irmã dele, ele tava bem nervoso, pedi pra ele se acalmar e que íamos a tarde e que depois daquilo não era pra ele me procurar nunca mais. Ele ia falar algo mas o Gustavo saiu do banheiro e ele deu tchau e agradeceu, o Gustavo tava só de cueca enrolado na toalha, eu dei a ele um moletom que eu não usava por que ficava muito grande cobria meus pés e fui pedir uma camisa ao Heitor emprestada e ele emprestou uma regata vermelha. O Gustavo me emparedou e disse que tinha escutado algumas coisas da minha conversa com o Lucas e que dívida era e fez um monte de perguntas e eu tive que contar a ele, e o mesmo ficou super zangado por eu estar ajudando o Lucas, me perguntou até o que eu ao dizer a minha mãe quando ela perguntasse porque eu não tinha comprado o celular.

- Gustavo: Você vai desistir disso, vai lá, devolve o dinheiro dele e diga que não vai ajudar.

- Eu: Calma, se eu fizer isso podem até matar ele.

- Gustavo: E podem matar você se você ajudar, esses caras não tem pena não.

- Eu: Mas não é só assim, não posso deixar ele na mão.

- Gustavo: Então quer dizer que ele você não pode deixar mas eu você pode?

- Eu: Gustavo eu não to te deixando na mão, você começa a namorar e me esquece, ai termina e volta como se nada tivesse acontecido.

- Gustavo: Não foi bem assim Henrique.

- Eu: Então não queira mudar como estar, estamos tão bem. – Falei abraçando ele.

- Gustavo: Vai ficar melhor quando você deixar isso de lado.

- Eu: Não me faça escolher.

- Gustavo: Você que sabe, mas ou você deixa isso pra lá, ou eu te deixo de vez.

- Eu: Vamos descer que eu to com fome.

Eu desci com um nó na garganta, não estava entendendo porque ele tava fazendo aquilo, ele não podia dizer o que deve ou não fazer. Jantamos e voltamos pro quarto, ficamos conversando sobre coisas aleatórias e fazendo carinho um no outro até que a namorada dele liga pra ele e o mesmo atende e vai pro banheiro, depois diz que já vai e me diz pra pensar no que ele disse e sai, assim do nada, fiquei puto e fui escrever, depois eu fui dormir.

Terça 18 de Junho de 2013

Acordei já um pouco atrasado e não deu tempo de tomar café, peguei a caixinha onde eu tinha colocado o dinheiro e coloquei na minha bolsa e peguei o cartão pra tirar o dinheiro no banco e fui pra escola, chegando lá fui falar diretamente com ele e o mesmo me disse que íamos a tarde no banco que ele ia passar o cartão pra pegar o restante do dinheiro também. Esquematizamos como ia ser e ficou assim: a Karol prima dele ia nos pegar na porta da escola no horário da tarde junto com o namorado dela, ia nos levar até perto do local que ele marcou com quem ia pegar o dinheiro e depois voltariamos até a escola e ficaríamos esperando até dar a hora de sair, mas ninguém poderia saber e se alguém perguntasse, tínhamos faltado aula pra ir transar. Eu quase não concordei com essa última parte mas eu tava nervoso que poderia acontecer alguma coisa, e acabei concordando. Quando a aula matinal acabou eu quase não falei com ninguém, pensaram até que eu tava triste por causa que estava sendo alvo de bullying e por isso ficou. Fui pra casa, tomei banho, almocei e cochilei um pouco, depois a Clara me acordou pra irmos e me arrumei e fui; fiquei esperando o Lucas numa lanchonete a duas quadras da escola, eu disse a Clara que eu ia passar na lanchonete porque a coxinha de lá era melhor que a da escola e eu tava com muita vontade que ela podia ir entrando. Fiquei uns 15 minutos esperando ele até eles chegarem, assim que chegaram cumprimentei a Karol e o namorado, entrei no carro e fomos pra um caixa 24hrs e sacamos o dinheiro e ele deixou comigo, coloquei na latinha de sonho de valsa e ele ligou pra cara pra dizer que tava com o dinheiro e o cara disse que éramos pra ir pra fora da cidade que ia nos encontrar numa fazenda. Lembrei que tinha algumas fazendas perto da chácara do Daddy e já fiquei com medo de alguém me ver por ali e contar a ele, chegamos ao local já era quase 3 horas e ele pediu pra eu ficar no carro, mas eu não fiquei, fui com ele até lá pra ter certeza que tudo ia ocorrer bem.

- Lucas: Fica quieto que ele é aquele ali que abriu a porteira.

- Eu: Não pode ser, ele parece um fazendeiro normal.

- Lucas: Fica calado que eu me resolvo, ok?

Fiquei calado e o cara veio até a gente e mandou agente prosseguir e estacionar perto da curral, que segundo ele, era lá que ele tratava de negócios, fiquei já com medo, tava pensando que eu ia morrer ali mesmo, tava rezando pra todo tipo que é santo já. Até que ele mandou só o Lucas sair do carro, e eu sai também e ele mandou eu voltar e eu disse que não ia. O cara parecia um fazendeiro comum, era magro, alto, não tinha nenhuma tatuagem visível, tava de chapéu e eu pensei até que era alguém funcionário ou morador da Fazenda, pincipalmente pela bota de plástico.

- Fazendeiro Drogado: Quem é esse ai Lucas?

- Lucas: É meu namorado, ele quem me ajudou a conseguir o resto do dinheiro.

- Fazendeiro Drogado: Quer dizer que tu tá namorando com esse ai em troca de grana? Luquinhas que isso não é legal.

- Eu: Tá aqui moço o dinheiro, tem como a gente ir? Temos que tá em um lugar antes das 5:40 – falei entregando o dinheiro a ele.

- Fazendeiro Drogado: Luquinhas, tu deu sorte que eu to de bom humor hoje e já tem tempo que deveria ter me pagado, agora, você só vai poder comprar droga comigo se for a vista, você trouxe muitos clientes pra mim e não quero precisar apagar você.

- Lucas: Tá legal, eu nunca mais vou atrasar.

- Eu: Você nunca mais vai comprar, ou usar drogas Lucas.

- Fazendeiro Drogado: Vêm cá baixainho, vamos ali na casa comigo.

- Eu: Fazer o que? Eu não quero.

- Fazendeiro Drogado: Se acalme, eu to é mandando – Falou tirando uma arma da cintura.

- Eu: Lucas, por favor...

- Fazendeiro Drogado: Luquinhas fique ai e me espere, não venha atrás.

Ele tava com a arma na mão e eu já tava chorando pensando que ia ser estuprado de novo, passou tanta coisa pela minha cabeça na hora, e ele me levou pra dentro da casa e mandou eu sentar no sofá, eu pensava em correr quando ele foi na cozinha da casa, e voltou com um isqueiro, pegou dois cigarros de maconha, um prato com pó e um negócio parecido um quebra cabeça, e me pediu pra escolher um deles, eu não ia escolher o pó claro. E eu não sabia o que era o quebra cabeça, então eu escolhi o cigarro, e ele sorriu e botou um na minha boca e acendeu e fez o mesmo pra ele, e eu tava me engasgado com aquilo, babando tudo e ele foi me ensinar, ai me disse que eu tinha garra e eu só sabia rir, ele me devolveu ao Lucas e eu fui sorrindo até ele e dizendo “Eu pensei que ia ser Estuprado de novo”, o cara riu e me abraçou e disse pra eu ficar tranquilho e chegou mais 3 caras e ele pediu pra eles acompanharem o carro da gente até a porteira, eu deitei no banco de trás, comecei a achar tudo engraçado, olhava pro teto do carro rindo porque tava tudo muito lento, eu dizia que eu era o Flash e do nada comecei a chorar dizendo que minha mãe ia me matar, que eu não acredito que eu fiz aquilo, que eu ia matar o Lucas, comecei a rir de novo, e depois comecei a dizer que tava com fome e acabei dormindo no carro. Acordei já estava na frente do Colégio, eles ficaram comigo até dar a hora das pessoas saírem, passei um perfume que a Karol tinha na bolsa dela e fui, assim que cheguei de frente ao colégio o Gustavo foi o primeiro a sair, e passou por mim, me olhou balançou a cabeça que não e disse que tava decepcionado comigo e saiu, logo após isso as garotas vieram até mim cheias de perguntas e eu disse que tava com o Lucas, elas pensaram que eu tava transando, mas não estava. O Heitor veio buscar a gente e levou pra casa, eu tava morto, só queria tomar banho, e deitar. Assim fiz, eu tomei banho e fui deitar, fiquei pensando em algumas coisas e depois desci pra jantar e voltei pro meu quarto, escrevi no meu caderno sobre o meu dia e fiquei pensando no meu diário, em tudo. Acabei dormindo.

Quarta 19 de Junho de 2013

Acordei bem desanimado pra nada, me higienizei e fui pra escola, chegando lá o Gustavo não tava falando comigo, mas meninas tavam curiosas pra saber do porque, a Esté tava insuportável mas eu não tava nem ligando, o Lucas toda hora ficava no meu pé e eu já tava entediado logo de manhã, e eu nem tinha percebido que o Nicolas não tava indo a escola, as meninas que tavam comentando, e eu tava tão de um jeito que eu também não me interessei muito no assunto. Fui beber água e o Lucas veio atrás e disse que o Fazendeiro Drogado queria falar comigo, e eu já fiquei morrendo de medo, ele pediu pra encontrar comigo ou eu ligar pra ele, ai eu disse que não tinha celular e o Lucas disse “tome o meu, já tô ligando pra vocês se falarem”.

- Fazendeiro Drogado: Fala Luquinhas...

- Eu: Não é o Lucas, é o garoto de ontem.

- Fazendeiro Drogado: Eu queria falar contigo mesmo, depois que a lombra passou eu vim pensar naquele negócio do estupro que você falou. Se quiser apagar o cara, a gente tá junto.

- Eu: como tu ia poder fazer algo se nem a polícia não achou ele ainda.

- Fazendeiro Drogado: Só passar as características dele pra gente que a gente procura, a gente vai onde a polícia não vai.

- Eu: Tô muito tentado mas eu não posso aceitar, e eu to em aula.

- Fazendeiro Drogado: Tranquilo, mas me passa teu número pra gente combinar isso, vai que tu muda de ideia.

- Eu: Eu não tenho celular, o dinheiro que eu ia comprar, tá com vocês

- Fazendeiro Drogado: Esse Luquinhas é vacilão, sai dele rapaz. Ele ne homem pra tu não.

Ele falou aquilo e desligou, e eu fiquei puto da vida com o Lucas, porque o traficante tava querendo ter intimidade comigo e era tudo culpa dele, eu ficava pensando que minha mãe ia saber, que eu tinha entrado pro mundo do crime, que eu ia viciar depois de ter fumado, era cada coisa que eu pensava que tava pra explodir. Quando saímos da escola e chegamos em casa, a Ana veio junto e disse que ia ficar por ai porque tava com preguiça de ir pra casa dela e que ao pegar uma farda emprestada com a Clara, eu fiquei conversando com ela sobre o acontecido no aniversário dela, eu tinha visto ela vomitado naquela manhã ai já bateu a neurose e falei pra ela pra fazermos o teste, ai lá vai a gente ir numa farmácia comprar o teste e a moço da farmácia ficou só olhando pra gente e aconselhou ela fazer o teste com a primeira urina do dia, a cara dele olhando pra gente era a melhor, mas fomos pra casa, comemos, assistimos, nos higienizamos e fomos pra escola, chegamos lá e o Ítalo me chamou pra ir no shopping depois da escola, eu aceitei e fomos assistir as aulas, tinham varias pessoas cochichando e falando algo sobre o professor de educação fisica estar afastado por minha causa, eu fiquei tão mal com aquilo, e no segundo horário, nos mandaram ir pra quadra que ia ter uma palestra sobre DST, fomos e algumas pessoas já estavam olhando pra mim e eu não tava nem ai. Despois da palestrante falar, ela deu a voz aos alunos fazerem as perguntas. E começaram a fazer as perguntas sobre AIDS e a olharem pra mim, até que um aluno vai e fala “temos um aluno do 2° ano que tem AIDs, seria possível pegarmos com o contato a pele?” a palestrante já olhou meio assim e eu fui até ela, peguei o microfone e falei:

- Eu: Vão tomar no cú todos vocês, vão infernizar a vida dos pais de vocês, eu não tenho AIDS, e as eu tivesse o problema era meu, nenhum de vocês teriam a ver com isso, pra pegar vocês teriam que me comer ou dar pra mim, é assim que pega AIDs, fazendo sexo, vão tranzar bando de virgens. Ah... e Esté, eu quero meu diário de volta.

Eu não sei nem de onde saiu a coragem e a disposição pra dizer aquilo, eu estava cheio de tuso e todos, principalmente da Esté, eu só peguei o Ítalo pela mão e puxei, cheguei no guarde e disse “o 2° ano inteiro foi liberado depois dessa palestra” e ele só abriu o portão e saímos, fomos pro shopping e assistirmos Star Trek que estava em cartaz e depois fomos lanchar e fomos lá pra casa, depois de tomar um banho eu dormi. Acordei depois ele já tinha ido e eu fui escrever no caderno e depois dormir.

Quinta 20 de Junho de 2013

Acordei, me higienizei, desci tomei café e fui pra escola, chegando lá ainda tava tudo na mesma e o diretor me chamou na sala dele e ficamos conversando e minha mãe foi chamada ao colégio, eu só entraria a tarde se fosse acompanhado dela e eles mesmo ligaram pra ela, voltei pra aula matinal morrendo de raiva e já estava lascado mesmo, confrontei a Esté pelo meu diário e ela se fez de sonsa e saiu, a Ana veio me dizer que mijou no teste e me mostrou o resultado e era negativo, mas alguém viu ela me mostrando e foi espalhar na escola rapidamente que a Ana tava gravida e eu era o pai, assim que terminou as aulas fomos pra casa e mãe já estava lá me esperando, ela nem conversou comigo direito, ficou já emburrada e quando deu o horário fomos pra escola e ela me acompanhou, chegando lá, o diretor disse que eu já tinha ido várias vezes a sala dele,, que eu tinha mudado meu comportamento, que eu tinha acabado com a palestra do dia anterior. Falou tanta coisa que eu fiquei sem ter como me defender.

- Mãe: Agora eu quero ouvir o que meu filho tem a dizer, a versão dele, porque se ele fez isso ele teve o motivo dele.

- Diretor: Fale a verdade rapaz, lembre que mentir é feio.

- Eu: Mãe, eu ainda não falei nada a senhora porque achei que ia conseguir resolver só.

- Mãe: E o que foi meu filho?

- Eu: A Esté, ela pegou meu diário, ela leu ele pras pessoas do colégio e saiu espalhando que estou com AIDS, por causa do estupro.

- Mãe: E a escola não tomou nenhuma providência?

- Eu: Eles afastaram o Professor que me ajudou quando soube, eu vim parar nessas sala várias vezes, acusado de ter tido relação sexual com o professor, por as pessoas não me quererem por perto e quererem me bater por achar que tenho AIDS, tudo porque a Esté tá com meu diário, até sobre a Ana ela falou. A escola pensa agora que ela tá grávida de mim e eu não to suportando mais, eu to me estourando com essas histórias inventadas.

- Mãe: Quando a gente chegar em casa vamos conversar melhor, e o senhor diretor, não tomou nenhuma atitude? Saiba que eu vou contratar um advogado e vou processar essa aluna e vou ver se algo pode ser feito contra a escola também.

- Diretor: Calma minha senhora, não é bem assim, você tem que se acalmar.

- Mãe: Mas eu to calma, eu to super calma.

- Diretor: Vamos conversar direito minha senhora.

- Mãe: Já conversamos, eu venho aqui amanhã com meu advogado.

Saímos da sala dele, ela estava furiosa, o diretor veio atrás tentando remediar as coisas mas ela só pediu a ele pra chamar a Clara que já íamos embora, nem assistimos a aula da tarde, fomos pro carro e fomos direto a um escritório de advocacia e ela foi conversar com o cara depois me chamou até a sala e me fez algumas perguntas, me perguntou se eu tinha alguma testemunha ou provas e eu disse que sim. Ele me disse que o processo ia ser por: Injúria, difamação e apropriação de bem alheio (já que ela tava com meu diário) e ia entrar com um pedido de danos morais. Fiquem atentos pra quem quiser processar alguém, vamos lá: tivemos que ir a uma delegacia fazer um B.O e eu narrei o acontecido, tudo detalhado e depois o delegado disse que ia analisar o caso e contatar os dois lados pra depor e passar por uma reconciliação, se caso não acontecesse, teríamos que ir pro tribunal de justiça, mas o advogado já ia cuidar dessa parte, a parte do B.O era só pra mostrar no tribunal de justiça que foi tentado uma reconciliação, eu poderia ir direto no tribunal mas eu queria ganhar a causa. Como eu tinha alguns dados da Esté, eu dei na delegacia pra poder mandar a intimação. O advogado disse que o processo poderia demorar, mas que não éramos pra desistirmos; depois de tudo fomos pra casa e pedimos pizza, mãe reclamou comigo e com a Clara, que não éramos pra esconder mais nada dela, que qualquer coisa que acontecesse era pra falarmos. Depois de comermos fiquei no mexendo no notebook e tinham várias mensagens de pessoas aleatórias conhecidas e uma mensagem do Lucas agradecendo pelo que eu tinha feito e outra do Ítalo me chamando pra sair de novo, aceitei e marcamos de sair no final de semana, depois fui escrever e dormir.

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Comentários

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Comentando agora: achei algumas de suas atitudes bem ridículas, tipo a que vc ajudou o Lucas com o seu dinheiro, ele poderia ser seu irmão de sangue, mas vc não deveria ter ajudado, assim toda vez que ele se meter em encrenca, quem vai ter que ajudar é vc, que não tem nada haver com a história. Acho que adolescente é fraco e vc não foi ou não é diferente, foi ridículo esconder de seus pais, bullying é crime, mata os agredidos, vc foi muito humilhado, pisoteado e nada fez, espero que tenha se tornado uma pessoa melhor hoje em dia. Nada mais justo do que processar aquela vagaba de quinta e o ignorante do diretor, ele deveria ser demitido, homem imprestável. Aguardo a continuação logo, longos peridos sem postagens nos afetam a memória e quando vamos ler, lembramos muito pouco dos capítulos passados. Abraço e espero que agora tudo esteja nos eixos.

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ISSO AI. PROCESSO NOS CALUNIADORES. ASSIM ELES APRENDEM. VAMOS VER SE MEXENDO NO BOLSO DELES ELES PARAM.

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