Transformado em cadela (pelo filho Caçula da amiga)

Um conto erótico de André Martins
Categoria: Homossexual
Contém 15255 palavras
Data: 27/08/2017 04:13:43
Última revisão: 23/03/2018 01:08:59

O universo sexual é mesmo enorme e inacreditável quando a gente para pra pensar nas coisas que podem acontecer dentro dele. Como se o mundo já não fosse pequeno o suficiente, a todo instante tudo esta ocorrendo, basta que prestemos atenção nos detalhes. Como tudo acaba sendo uma questão de tempo, de quando e não de se, muitas possibilidades se tornam reais e mexem com nossa imaginação, nosso desejo sexual. Eu devia ter uns 16 anos quando conheci a Maristela no curso de turismo. De toda a galera que se formou e que entrou comigo, nós fomos uns dos poucos que continuaram amigos mesmo após a conclusão do ensino médio e da faculdade. Eu era seu melhor amigo gay e ela era como uma prima que eu não tive, tamanha nossa intimidade e consideração um pelo outro. Assim foi que ela me apresentou ao Adriano, seu primeiro namorado, cuja boa índole foi mais do que o suficiente para que eu também o transformasse num bom amigo, se mostrando um cara gente fina. A passagem do tempo e a formação acadêmica nos afastou um pouco, mas participei do casamento de ambos e ainda presenciei o nascimento dos dois filhos, Tiago e Renan. Nas voltas que o mundo dá, eu e Maristela tornamos a nos esbarrar sem querer pela vida. É a partir desse contato que nossa história nesse conto começa.

Eu sou o Diego. Branco, estatura mediana e corpinho meio franzino, acho que não tenho nada que chame atenção fisicamente, talvez por isso seja meio tímido, mesmo que já aos 40 anos. Formado em turismo, saí da faculdade e comecei a trabalhar numa empresa que até rendeu uma boa grana durante um tempo, mas que, com a crise, acabou fechando. Por conta disso, voltei a morar um tempo com minha avó na rua onde passei a maior parte da infância, pra dentro do subúrbio do Rio de Janeiro. Um lugarzinho com bastante vento e relativamente sossegado, um conjunto de grandes apartamentos ao final do quarteirão. Num desses blocos foi pra onde a Maristela se mudou, sem saber que eu tava morando por ali.

- Didi?

O apelido que ela me deu anos atrás.

- Mari?

- NÃO ACREDITO!

- NEM EU!

A gente tava na fila do caixa do mercadinho, ela com roupa de trabalho, como quem havia chegado e não se trocou, e eu fazendo compras pra minha avó.

- O que tu tá fazendo por aqui? - perguntei sorridente.

- Eu tô morando ali nos blocos, amigo!

- Há quanto tempo? Eu moro aqui na frente!

- Ué, tu voltou pra cá?

- Sim, os tempos não tão fáceis, sabe?

- Sei bem. Eu tive um monte de problema também e tive que me mudar.

Papo vai, papo vem, ela me convidou pra ir até o apartamento novo fazer uma visita depois de tanto tempo e também falar da vida, colocar os assuntos em dia. Mesmo com a distância, vez ou outra ainda falávamos pelo facebook, mas encontrar com alguém pessoalmente é completamente diferente, ainda mais quando se trata de um amigo das antigas, com quem foi compartilhado muito tempo em comum. Deixei as compras em casa e fomos para seu apê.

No curto caminho até lá, não paramos um só instante de conversar. Subimos até o segundo andar de um dos prédios do bonito conjunto e ela abriu a porta da sala. Esperei encontrar ao menos um dos filhos, mas estava vazio e tudo ainda estava dentro de caixas, desde as roupas até os utensílios domésticos.

- Você chegou tem pouco tempo mesmo, né?

- Tem nem uma semana, Didi! O divórcio nem saiu e eu já meti meu pé!

- O que!?

Não acreditei. Lembrei de como sempre imaginei aquele casalzinho envelhecendo junto, fiquei alguns segundos repensando a notícia da separação.

- Eu separei do Adriano. Muita coisa aconteceu entre a gente nesses últimos tempos e tanto eu quanto ele achamos que era melhor assim, não teve briga, não teve discussão!

- E os garotos? - foi a primeira coisa que consegui perguntar.

- Tiago virou marinheiro e tá noivo, te contei né?

- Noivo?

Pareceu que eu havia batido a cabeça e ficado anos em coma, completamente inadvertido da passagem do tempo. Enquanto isso, fomos andando pelo lugar e ela me mostrando um pouco dos cômodos grandes, bem espaçosos.

- Sim, Didi. Tiaguinho vai fazer 23 já, assim que começou a se sustentar já ralou de casa!

- Como pode!? Eu vi esse puto nascendo! Como o tempo voa!

- É verdade! Mas cê também entrou novo na faculdade, né? Me lembro disso.

Paramos no corredor entre dois quartos, um com uma cama de solteiro montada e outro com uma de casal, que deduzi ser o da Maristela. No que tava com a de solteiro, várias roupas espalhadas por cima do colchão, dentre cuecas, meias, sungas, como se ali morasse um adolescente. Uma coleção de bonés pendurados no canto de uma estante montada pela metade. Um skate no chão, junto com tênis de corrida enormes, talvez, e meiões de futebol largados ao chão. Aquele cheiro característico de homem predominando no ambiente, meu sensor de macho disparou, mesmo sendo coroa. Ali existia um machinho.

- Não repara a bagunça, Didi! O Renan nunca ajuda em nada dentro de casa!

E só aí veio a sensação de que, relembrando o passado, eu tentei a todo instante imaginar o futuro. A vida da Maristela morando ali, o relacionamento dela com o ex-marido, a rotina de trabalho, tudo. E me dei conta de que, estando ali onde estava e sentindo aquele cheiro forte de homem, o presente devia ser inimaginavelmente curioso, porque me deixou atiça só pelo cheiro, com água na boca. A última vez em que tinha visto aqueles garotos pessoalmente, eles ainda deviam ter dentes de leite na boca, de tanto tempo. E agora, diante de mim, estava o genuíno quarto bagunçado de um homem de verdade, talvez no auge da puberdade ou algo do tipo. O ambiente íntimo de um moleque capaz de já fazer outros moleques. Não sei dizer se foi o tempo longo que eu tava sem sexo ou se foi o cheiro forte que mexeu comigo, mas a mente ficou um tempo presa nestes pensamentos e custei a voltar à realidade da conversa com a Mari.

- .. então a gente conversou e achou melhor terminar mesmo.. - ela dizia - por isso eu saí de lá. E também porque o Renan não dá um tempo, só faz merda!

Apesar de mais novo, aquele ali sempre foi o que deu problemas pros pais, desde a época da escola. Rebelde, reclamão, preguiçoso, tudo quanto era recado na agenda.

- Deve estar um rapaz já, né? - pensei alto.

- Tá nada, Didi! Tá é um moleque ingrato e que não tem um pingo de educação, nem parece meu filho! Não sei o que o Adriano ensinou pra esse garoto!

Eu não tinha como saber, então só pude imaginar. E imaginei ele parecendo com o pai, porque era inegável a beleza do Adriano. O ex-marido da minha amiga tinha aquela coisa meio rústica no rosto, um formato másculo, meio quadrangular e bruto, barbudo, morenão bonito e com jeito de pagodeiro.

- Mas e você? Não tava trabalhando naquela firma.. ?

- Sim, tava sim. Mas aí deu ruim e eles tiveram que fechar, por isso que voltei pra minha avó.

- Poxa, que barra! Mas durou muito tempo, né?

- 15 anos!

- Porra, e nem assim você colocou o boi na sombra, Didi?

- Você me conhece, eu não paro quieto!

A gente riu.

- Então você tá desempregado? - ela insistiu.

- Tô sim. Tá precisando de um quebra-galho?

Ela fez cara de animada e falou como se tivesse a solução dos meus problemas e também dos dela.

- PRECISO SIM! Eu já cheguei aqui trabalhando, Didi, nunca me senti tão morta de cansada. Ainda nem tive tempo de desempacotar as coisas, pra você ter uma ideia!

Olhei ao redor e pouquíssimos objetos estavam à mostra, só aqueles essenciais mesmo.

- É, eu tô vendo..

- Eu com certeza vou precisar de alguém pra ajudar a manter essa casa organizada, ainda mais com o Renan morando comigo. Quando ele tiver com o pai, aí eu me viro. Mas com ele aqui, não tem como!

Quanto mais ela falava do filho, mais eu permanecia pensativo em relação a isso, sabendo que estava e estaria pisando num território masculino, majoritariamente rebelde e malcriado.

- Ele é bagunceiro?

- Demais, Didi! Mas fica tranquilo que eu vou te pagar, com toda a certeza!

Horas conversando e deixamos acordado que eu apareceria segundas, quartas e sextas, só pra dar um jeito no que tivesse bagunçado e também organizar a comida pro Renan, que estaria em casa pela tarde e durante as férias do curso. Até então, ainda não havíamos nos visto uma vez sequer depois de todo aquele tempo.

Mesmo com esse bico na casa da Maristela, continuei enviando currículos e me candidatando pra vagas na minha área, que era o turismo. Na primeira sexta-feira em que apareci pra fazer as tarefas no apartamento, não quis esperar o elevador e fui pelas escadas, já que era no segundo andar. Quando abri a porta pra começar a subir, ouvi um barulho forte de chinelos batendo firme no chão, indicando que alguém estava descendo com pressa. Junto disso, veio a voz grave e firme, num ritmo musical.

- Se eu pedir pra sentar, você senta!

Olhei pra cima e, em menos de um segundo, a figura cantando funk apareceu na minha frente. Era um moreno desses bronzeado de praia, com a barba cerrada descendo pelas costeletas e envolvendo o rosto bruto, alcançando até mesmo parte das finas maçãs do rosto, mas ainda assim cara de novo. Devia ter uns 18 anos no máximo. Sobrancelha riscada, boné pra trás, camiseta jogada no ombro, cordão de prata no pescoço e short da adidas com a tira da cueca aparecendo, só com essas sandálias de velcro que a molecada adora. Bíceps e trapézios marcados, um típico rato de academia. Ao me ver, ele deu uma olhada rápida de baixo à cima com o par de olhos cor de mel e me deixou visivelmente desconsertado. Só então lembrei que tinha de sair do caminho pro cara passar, que foi o que ele fez sem perder mais tempo. A cara de brabo indicou que com certeza estava estressado por qualquer razão, por isso estava de partida. Fui com a mente ainda bagunçada até a porta do apartamento da Mari. Toquei a campainha e ela me atendeu com o rosto vermelho, sem dar muita atenção e indo em direção à varanda que dava pra parte frontal do prédio. Ao chegar, apontou lá pra baixo e começou a gritar.

- ME ESCUTOU, RENAN!?

Cheguei perto da sacada e vi o mesmo moreno bronzeado e estressado que passou por mim nas escadas lá em baixo, agora parado e virado em nossa direção, com a mesma cara de poucos amigos e os braços tatuados cruzados na altura do peitoral. Mesmo naquela distância, a curva dos oblíquos descendo pra dentro da estampa da boxer estavam gritantes.

- NÃO QUERO ISSO OUTRA VEZ, EIN! - Mari berrou.

Finalizou o sermão e ele tornou e virar de costas e dar de ombros, chutando o vento de raiva e andando em passadas largas, bem pisadas. Sumiu pela esquina, como se não ligasse muito pro esporro dado pela mãe. Eu não pude acreditar que o menino malcriado se transformara naquele jovem rebelde em corpo de homem. Não daquele jeito, naquele formado, daquele tamanho todo. Desde quando era homem feito?

- Não aguento mais esse moleque, Didi! - ela começou.

- O que aconteceu? - perguntei.

- Senta aí que eu te conto.

Tomei lugar numa poltrona e ela pegou duas cervejas pra gente. Mari não era de beber, quando bebia era por causa do estresse excessivo, então o que me contaria com certeza estava tirando sua paciência.

- Não tem nem um mês que a gente se mudou e eu já peguei duas garotas diferentes dentro desse apartamento com o Renan, Didi!

Cheguei a ficar um pouco eufórico ao escutar aquilo, quase comecei a tossir com a golada de cerva que dei. Certamente o moleque sabia que era gostoso e devia ter várias safadinhas querendo dar pra ele. Com certeza tinha puxado o pai, não perdia tempo e, em trinta dias, já tava com duas.

- A gente se mudou de lá com a mãe de uma garota berrando na porta da minha casa, dizendo que o Renan só quis comer a filha dela pra tirar a virgindade e depois terminou. Eu posso com uma coisa dessas, Didi? Fala pra mim se eu posso!

Um choque conhecer o lado sexual perverso do Renan, filho mais novo, o Caçula da minha amiga. Como se não bastasse o impacto que foi dar de frente com ele nas escadas do prédio e sentir sua presença calorosa e embrazada, raivosa, agora ouvi da boca da mãe dele o quão safado o puto poderia ser, a ponto de tirar a paz de uma vizinhança por não conseguir controlar o próprio pau, a própria vontade de comer, de submeter alguém. Mal fez 18 anos e já tava viciado em cabaço. Por alguns segundos, entendi o que os mais velhos costumam dizer sobre a geração estar perdida.

- E o que o pai dele acha disso? - perguntei por curiosidade.

- O pai dele diz que é fase, que é por conta da separação. Mas eu falei pra ele que isso só acontece quando o filho é novo, o Renan não tem mais idade pra isso, já era pra ser mais responsável! Eu tava vendo a hora que uma dessas garotas ia aparecer grávida, ia sobrar pra mim. Ele tá pensando que é bagunça, Didi!

- Nossa, não sabia que essa juventude tava assim! - falei por falar.

- Pois é, meu amigo. Tá assim e pior. Renan não quer saber de nada, só de gozar e ser feliz! Ainda bem que Tiago é responsável!

Conforme fomos conversando e bebendo, eu já fui fazendo algumas das tarefas e Maristela desempacotou umas coisas que estavam nas caixas, colocando peças de roupa dentro do armário. Conversamos bastante, passei uma vassoura no quarto dela e ainda ajudei a fazer a janta. Quando fui embora, Renan ainda não havia retornado de onde quer que tenha ido. Minha mente não conseguiu mais se livrar da imagem do molecote descendo as escadas com toda aquela ginga e jeito de homem, ainda por cima cantando funk. Foi o início de uma fagulha de curiosidade que começou a me intrigar, bem devagar.

Trabalhando naquela rotina no apê da Mari, só fui encontrar mesmo de novo com o filho dela quando ele entrou de férias no curso militar. Cheguei na segunda-feira, completamente inadvertido que o moleque ainda tava em casa, peguei a vassoura e comecei a varrer pela sala. Tirei o pó do tapete, fiz a cama dela e dobrei umas roupas. Como estava um silêncio absurdo, liguei o rádio num volume decente pra poder animar e preencher o vazio, devia ser umas 10 e pouca da manhã ainda. Não deu cinco minutos, a porta de um dos quartos abriu e a figura alta e imponente do filho Caçula da Maristela apareceu. A cara amarrotada de sono, só de samba-canção e os pelos do corpo visivelmente mexidos, como se tivesse dormido sem blusa e em contato com o colchão. O semblante de quem foi acordado pelo barulho, além de um volume torto de tesão de mijo na samba-canção. O risco na sobrancelha dando um ar de perigo, ao mesmo tempo que de safado, só que sem me dar muita confiança. De meias nos pés enormes, ele me fitou com o olhar claro e mandou na lata, sem dó.

- Abaixa essa porra, coroa! Eu tava dormindo!

Sem saber como, tentei me desculpar. Abaixei o som pelo controle remoto e fui falando.

- Caraca, foi mal, Renan! Eu não sabia que você já tava em casa, não quis te acordar!

Ele esfregou as mãos no rosto e, me ignorando completamente, deslizou aquele corpo enorme e pesado até o banheiro, todo largado, pisando firme com as meias no chão. Não precisava de me ouvir dando explicação logo naquele horário. Totalmente nem aí pra nada, morgado de sono e doido pra mijar. Fiquei um pouco preocupado porque ainda não havia limpado o banheiro, mas ele nem se importou. Mesmo com a porta fechada, pude ouvir de longe o barulho do mijo caindo pesado na água do vaso e fiquei com o coração agitado só de imaginar aquele moleque despejando meio litro de mijão logo pela manhã, afligido pelo tesão matinal. Escutei em seguida o som da descarga e voltei a me concentrar na limpeza, pra não dar palinha de que já estava enfeitiçado pelo novinho. Mas foi aí que ele mesmo me chamou.

- Aí..

A voz meio rouca de quem acordou recentemente. Olhei pra ele e não pude evitar de reparar nos pelos distribuídos no peitoral moreno, na medida certa pro cara ser o completo de gostoso. Abaixo do umbigo também. E aí não teve como também não perceber as gotinhas de mijo que ficaram marcadas na samba-canção de pano que o moleque tava vestindo. Foi muito difícil focar só no que ele disse.

- Tu já fez o almoço? Tô mortão de fome!

E alisou o tórax duro. Não era nem meio dia e o molecote em fase de crescimento tinha que comer. O responsável por alimentá-lo seria eu. Não havia planejado o almoço ainda, mas tinha que dar um jeito.

- Ainda não, mas posso fazer alguma coisa pra você.

Virou de costas e saiu andando pra dentro do quarto. Aí respondeu antes de fechar a porta.

- É uma boa!

Parei a faxina e comecei a adiantar a comida, já que o Renan tava faminto. Enquanto isso, ele foi no quarto, vestiu uma bermuda e saiu com o skate na mão, ainda sem blusa e só com o boné pra trás. Calçou os chinelos de velcro e avisou.

- Já volto aí, coroa!

Só disse isso e saiu. Até a hora deu terminar o macarrão com carne moída que fiz, ele ainda não havia retornado, então dei continuidade à faxina, varrendo o restante dos cômodos e passando pano no chão. Deixei o quarto dele por último, na tentativa dele chegar antes e eu perguntar se queria ou não que eu limpasse lá dentro, uma vez que não quis parecer invasivo. Mas como isso não aconteceu e as ordens da mãe dele era para que arrumasse todo o apartamento, entrei sem medo e comecei a limpeza. Logo de cara, aquele cheiro forte de homem jovem, que ainda tá cheio de hormônios à flor da pele, doido pra liberá-los das melhores formas possíveis, tomou conta das minhas narinas, aquecendo o cérebro. Não era um odor ruim, mas era bem diferente de qualquer outro, por isso eu soube que era mesmo característico de homem. Uma mistura do cheiro de pentelhos com roupa de cama e meias, sapatos, algo entre os pés, os pelos e a pele. Tudo isso no mesmo ambiente onde vivia aquele moreno atraente, todo barbudinho e novinho, meio parrudo no sentido de forte. Não precisei ficar ali muito tempo pra perceber a mesma samba-canção pingada de mijo que ele usou com o par de meias antes de sair. Isso significou que havia saído sem cueca, com a bengala balançando de um lado pro outro, já que fez questão de remover tudo e pôr apenas a bermuda. O tesão de descobrir esses detalhes íntimos dominou o corpo e foi mais forte do que eu, afinal de contas, estava aos poucos traçando um perfil de macho safado que seria o Renan atual, aos 18 anos. Não tinha nada a perder. Caso alguém chegasse, eu ouviria o barulho e poderia dar a desculpa de que estava ali limpando, o que, até certo ponto, era completa verdade. Ainda assim, o coração saltou no peito quando passei a ponta do dedo bem na gotinha de mijo no tecido da peça de roupa íntima. Quase veio na boca, fiquei ofegante por nada, tamanho o medo de ser pego no flagra. Tomei a samba-canção em minhas mãos e a estendi no ar, bem diante do rosto. Deixei que o odor caísse sobre mim, que foi o que aconteceu. Sem hesitar e com uma levíssima pitada de arrependimento, por se tratar do filho caçula da minha amiga de longa data, botei a língua pra fora e vim lambendo todo o tecido, de baixo à cima, até passar pela parte pingada de mijo e sentir o gostinho salgado do fluído daquele machinho abusado em formação. Senti meu cacete endurecendo e até o cuzinho piscou, pedindo pra ser domado por ele, mas quando começaria a brincar com as meias e a me masturbar, ouvi o barulho da porta da sala e me pus a varrer com a vassoura, na intenção de juntar logo alguma quantidade de poeira pra dar uma boa desculpa.

- Se eu pedir pra quicar, você quica!

A voz do Renan foi firme, porém num tom arrastado e tipicamente carioca, meio truculento, forçando o X em tudo, ainda mais cantando funk, que já tava virando sua marca registrada. Em questão de segundos, ele passou por mim dentro do próprio quarto e fez aquela cara de invocado, aí eu comecei a falar.

- Aproveitei que você saiu e vim limpar aqui, ok? A comida tá pronta lá no fogão!

Mas nem precisaria de explicar nada, ele nem tava ligando. Virou de costas, voltou na cozinha, botou um pratão de comida e foi pra sala comer. Enquanto o fez, ainda ligou o X-BOX no televisor de plasma e, sentado no sofá, ficou revezando entre comer e jogar futebol, ora com o prato na palma do mãozão, ora com o controle, que pareceu minúsculo em seu domínio. A posse talvez dê a impressão da diminuição, quem sabe? Aproveitei que já havia limpado a maior parte da casa e também parei pra almoçar, sentando sozinho na mesa que ficava atrás do sofá onde o safado estava jogando. Então da onde eu tava, podia vê-lo nitidamente naquela posição de alerta, com as pernas peludas abertas e só de bermuda e boné, sentado à vontade no sofá. Mastigando a carne, então, as mandíbulas só fizeram forçar, deixando o Caçula a cara do pai, bem másculo e rústico, a barba cada vez mais cheia. A pouca luz entrando pela varanda ainda reluziu contra a melanina em seu corpo, deixando com a cor ainda mais viva e atraente. Aos pouquíssimos 18 anos, Renan pareceu uma escultura grega de mais de dois mil anos atrás, uma obra de arte feita naturalmente pelas mãos do tempo. Eu tive muito cuidado na hora de observá-lo, porque, entre um gol e outro, o safado comemorou como se disputasse uma final do Brasileirão, levantando os braços e às vezes olhando pra mim, como quem não quer nada.

- Gol, porra!!

Eu só ri, fingi que não dava bola, como se focasse em comer e terminar meu serviço. Mas, tecnicamente, foi o que eu fiz. Mesmo que quisesse muito estar na presença daquele menino safado, nada me garantiu que algo daria certo no meio disso tudo, então terminei de almoçar, lavei todas as louças e fui embora. Ele estava no quarto e eu não quis incomodar mais. Só voltei na quarta-feira.

Era engraçado e terapêutico ficar observando a rotina do Renan nas férias. Digo isso porque, enquanto eu arrumava a casa, tinha um molecote enorme daqueles, com os pelos aflorados e um físico natural, jogando video game sentado no sofá da sala e comendo biscoito, às vezes só de cueca boxer, o boné na cabeça, cordão no pescoço e o relógio no pulso. Taludão, todo grande no sofá, tudo simplesmente conseguia parecer pequeno ao seu alcance, ao toque de suas mãos maliciosas. Sua figura brincava muito com minha imaginação. Um homenzarrão por fora, um menino safado por dentro. Um sol de rachar, muita gente na praia, mas ele ali, sem nada pra fazer, as pernas abertas e um volume tentador na cueca, porém muito provavelmente inadvertido das minhas intenções e olhadas propositais sobre seu corpo atraente. Vez ou outra, enquanto eu colocava as roupas na máquina de lavar, ele saía pra jogar treinar sozinho na quadra abaixo do condomínio, bem de frente pra sacada. No começo, eu o vi apenas chutando a bola contra o muro, como se estivesse descontando as frustrações e estresses com os pais naqueles chutes secos em direção aos tijolos. Depois de um tempo, cansado de ensaiar movimentos com o skate, passou a jogar futebol com uns outros caras da área, todos aparentemente na mesma faixa etária. Calção próprio de jogador, chuteira, blusa e caía pra quadra. Do apartamento, eu o vi correr de um lado pro outro, dominar a bola e marcar com vários passes. Quando saiu um gol, até eu vibrei, mesmo que na minha pra não chamar a atenção, já que devia estar trabalhando. Depois que voltou, ainda trouxe um amigo pra tomar água aqui.

- Arranja uma água aí pra gente!

- É pra já!

Eu corri na geladeira e vim até à porta encontrá-los, trazendo um copo e a jarra d'água. Eles, por sua vez, vieram com os corpos pegando fogo por conta do esporte, o suor escorrendo por entre o peitoral e a respiração ofegante, ambos desfrutando daquele prazer liberado pela atividade física. Algumas peças de roupa a menos, além do fato do gostoso sempre estar cantando um funk, normalmente tocando no smartphone.

- Então vem rebolando, novinha safada, por cima da minha pica!

O amigo dele era um outro moreno, um pouco mais magro e baixo, porém também atraente, apesar de Renan estar num outro nível, talvez por eu conhecê-lo a mais tempo e estar com todo aquele brilho nos olhos em relação ao garoto, ainda por descobrir que era o maior safado. Não sei dizer qual a razão específica.

- Valeu! - o amigo agradeceu.

Eu esperei terminarem de beber e, disfarçando, fui captando os detalhes do pós-futebol. Com as chuteiras 44 amarradas e presas no ombro, Renan estava sem blusa e com o calção da adidas, descalço com os pés no chão do corredor do segundo andar. Por conta do exercício físico, seus músculos do abdome pareceram rígidos, além das veias das mãos estarem marcadas e visíveis até, pelo menos, todo o antebraço do moleque. Ele tava com tanta sede que virou o copo cheio d'água e ainda exibiu o sovacão peludo sem dó na minha direção, entre o tórax e o muque de macho. Seu cheiro tava tão bom e a temperatura do corpo tão quente que pude sentir de longe o odor do suor escorrendo por entre os pelos. Se me concentrasse bastante, chegaria até a sentir o gosto do cheiro. Pareceu magia, mas foi só muito tesão. Tudo na admiração, porque eles beberam água e se despediram, daí eu entrei e o Caçula veio em seguida, passando direto pro quarto. Depois saiu e ficou jogando deitado no sofá. Mantendo essa rotina quase que diariamente, numa das raríssimas exceções em que ele não foi pro quarto e nem jogou, eu testemunhei o gostoso chegando todo suado do futebol e, sem blusa, parando na varanda, como se esperasse por algo. E esperou. Não entendi bem o que aconteceria, até a corrente de vento passar e lamber todo o seu corpo, fixando de vez o suor na pele, dando-lhe gosto e tirando a umidade aparente do físico acalentado do Renan. Agora ele estava morno, mais tranquilo. Todos o chamavam de rebelde, mas diante de mim estava quase que um moleque fazendo terapia, brincando de tomar banho de brisa na sacada do apartamento, aproveitando seu tempo livre, coisa e tal. Nesse dia, ele olhou pra mim com os olhos castanhos claríssimos de luz do sol, me deixando até sem graça pela fixação com a qual admirei o vento mexendo e relaxando seus músculos quentes e jovens, cheios de fogo pelas entranhas. Eu fui embora no fim da tarde, depois de deixar a janta pronta, mas ainda fiquei um tempo observando ele cochilar no sofá. O peitoral enchendo de ar e o ronco vindo junto, desfazendo-se logo em seguida com a corrente saindo dos enormes pulmões de homem adulto. Aquela poltrona mal acomodando metade do tamanho do meninão, suas pernas pro lado, além do braço do sofá, de tão enormes. E, por falar em enorme, poderia ficar ali o resto da noite admirando o curioso pacote entre elas. Se ele dormisse com as mãos sob a cabeça, ainda passaria a madrugada admirando as axilas peludas, se pudesse. Mas precisei de sair, não teve jeito. Sem provas, sem perca de tempo da minha parte, só desejo e apreciação. Só.

A primeira vez que o Renan citou meu nome foi numa situação completamente incomum. Eu lembro bem de quando optei por tomar banho no apartamento antes de ir pra casa, ao final do expediente. Estava um pouco cansado e queria só chegar e dormir, então já fui pronto pra isso. Na hora que o chamei no quarto pra trancar a porta depois que saí, não tive como não notar que a respiração estava meio ofegante, como se tivesse feito esforço físico recentemente. O peitoral suado e meio avermelhado, ligeiramente marcado por alguns arranhões. Na samba-canção de pano, a umidade manchada e um cheiro certeiro de sexo exalando do corpo, além daquele comportamento atento, de quem tenta disfarçar algo, mesmo não precisando. Fiquei tão nervoso ao desconfiar que aquele era seu modo "safado" em ação, mandando ver, que, ao me aproximar dele, quase caí e o safado me segurou firme com o mãozão na parte de cima do braço.

- Se ajeita, coroa!

- Eita! Foi mal!

Fiquei de pé tentando me concentrar, ainda impactado pelo contato físico repentino e também pelo fato dele não ter reagido de uma forma ruim.

- Já vai ralar?

- Vou. Você fecha ali pra mim, por favor?

Contra a vontade, ele me levou até à porta e a trancou. Fiquei vermelho e mais sem graça que tudo pelo mico de quase ter caído e dele ter me segurado com aquela energia de pós-foda. Falando nisso, tive certeza que o garoto tava com alguém e isso se confirmou na vez seguinte em que fui até o apartamento. Logo pela manhã, antes de entrar, escutei a voz de brava da Maristela dando outro daqueles esporros no filho. Parei na porta e esperei, bem atento, sem fazer qualquer barulho pra não saberem que estava ali escutando, afinal de contas, não poderia interromper aquele momento.

- Que merda é essa aqui, Renan? Eu já não falei pra você que não quero NENHUMA PIRANHA socada dentro desse apartamento!?

Pausa. Ele respondeu alguma coisa que não consegui entender e ela não deixou barato.

- Ah, não? Então de quem é essa calcinha, Renan? É minha e eu sou maluca, né!? Você tá me chamando de maluca, é isso, seu pirralho!!?

Eu sabia que ele tava com alguém e pelo visto essa pessoa deixou a peça de roupa ali, dando um vacilo bobo da mãe dele pegar.

- Anda, me diz!! De qual piranha é essa calcinha de renda?

E aí, o que escutei fez meu corpo pegar fogo, porque até então, nunca imaginei que o filho dela fosse capaz de ser tão descarado até aquele ponto. Eu vi sua fama de malandro imprestável, de macho safado e oportunista, mas ignorei.

- Quer que eu te fale de qual piranha é? Pergunta praquele teu amigo, pô!

Ela riu sem acreditar. Eu também não. Ele tava falando de mim, que a peça de roupa era minha. Que puto!

- Renan, você tá me dizendo que essa calcinha é do Didi? Essa calcinha que eu tô segurando é do Diego, do meu amigo?

- Só pode, porra! Eu não uso calcinha, mal uso cueca! Só pode ter sido teu amigo! Ele num curte rola?

Ela riu outra vez, como se custasse a acreditar naquela invenção dele.

- Essa calcinha? Do Diego, Renan?

- É do Diego, papo reto!

Pensei um pouco e saí dali, na intenção de esperar e depois retornar. Voltei até o térreo, mas aí me arrependi e achei melhor entrar, até porque, não tinha nada a temer, apenas tarefas a fazer. Quando me aproximei da porta do apartamento, ela abriu e o Renan apareceu. Como sempre, só de bermuda, camiseta jogada no ombro e boné pra trás, os pés nos chinelos de velcro, cordão e relógio. Algumas novas tatuagens nos braços e no peitoral, que também pareceu maior.

- Tu vai fazer um bagulho pra mim, olha novinha o que eu tô te pedindo!

Cantando como se nem tivesse acabado de mentir pra se safar. Ou então só pra ignorar o que a mãe disse e deixá-la ainda mais irritada. No fundo, ainda ouvi Maristela dar o último berro.

- NÃO QUERO VOCÊ TRAZENDO MAIS NENHUMA DESSAS PIRANHAS PRA CÁ, TÁ OUVINDO!?

Mas ele ignorou e, ao me ver, sorriu descaradamente e deixou a porta aberta pra eu passar, acompanhando minha entrada e esperando pra fechá-la em seguida. Sim, o puto fez questão de parar e me ver entrando, ciente de que, a partir do meu conhecimento daquela ousadia, as coisas poderiam mudar. Ao fazer isso, riu pra mim e pra mãe dele e saiu todo pomposo, bem marrentinho. Era o jogo do molecote. Eu aceitei. Ia jogar e ver até onde chegaríamos.

- Oi, Didi!

- Bom dia, Mari! Tudo bem? Você parece nervosa.

- Ah, sempre esse garoto! Vou acabar mandando ele de volta pro pai. Eu sinto cheiro de piranha nesse apartamento, Didi, eu sei que ele tá mentindo pra mim!

Só senti cheiro gostoso de macho, como sempre.

- Como assim? - perguntei.

Ela me mostrou uma calcinha bem pequena, de rendinha, quase fio dental e vermelha, que, por ironia do destino, devia caber certinho no meu corpo.

- Isso aqui é..

Antes dela dar início àquela explicação, fiz cara de assustado, botei a mão na boca e a interrompi.

- Nossa, que vergonha, Mari! Não sei nem o que dizer! Eu tomei banho quando fui embora e dei a mancada de deixar secando no banheiro. Mil desculpas!

Incrédula, ela me fitou séria, como se esperasse eu dizer que era mentira, querendo que eu risse pra entregar a brincadeira. Como isso não aconteceu, fiquei com um pouco de medo da reação e veio aquela sensação de arrependimento pelo que falei. Mas aí ela começou a rir, completamente mais aliviada e com outro humor, nem pareceu que havia se estressado 8h da manhã.

- Porra, Didi! HAHAHHA QUE SAFADO, VOCÊ!

- Ah, você sabe.. A gente tá velha, mas não tá morta. - brinquei.

- Só você, cara! Que saudades disso! Pior que agora vou ter que me desculpar com o Renan, aquele pivete! Não acredito que ele tava certo!

Essa foi minha deixa para dar uma de inocente e, no controle da situação, ter certeza do que escutei.

- Ele acertou, como assim?

- Ele disse que você tinha esquecido essa calcinha aqui, só que como eu tô sempre farejando piranha, não levei a sério!

Sim, Renan deu aquele passo adiante, ele teve a ousadia de que todos tanto falavam até então. Moleque petulante da porra, totalmente sem essas ideias de respeito ou cuidado.

- Ah, sim! - comecei a rir. - Acontece, amiga! Desculpa, tá? E olha, pelo menos nos dias em que eu estive por aqui, ainda não vi ninguém não.

Maristela não acreditou, até me olhou espantada.

- Jura, Didi?

- Pelos menos nos dias em que eu tava aqui, não sei nos outros. Pra não dizer ninguém, o máximo que eu vi foi um colega que ele trouxe pra beber água depois do futebol, mas não passou da porta. Tirando isso..

- Ah, menos mal, né? Só de saber que isso aqui não é de nenhuma piranha do Renan já dá um alívio! Ele não pode nunca pensar que concordo com essa vida de safadeza que ele quer ter!

Investigando mais um pouco, joguei qualquer verde.

- Eu jurei que ele namorava, que era sossegado..

- Sossegado? Didi, com 16 anos aquele piranho encheu o computador de vírus, de tanto pornô que baixou! Eu quase perdi meses de trabalho por causa dele, você acredita nisso?

Tentei, mas não consegui ficar sério, por pior que fosse. Ela me deu um beslicão de brincadeira, pedindo que não concordasse.

- Não ri, não, Didi! É muito sério, ele é um desequilibrado! Ainda bem que eu tenho o Tiago, é o único responsável. Talvez eu devesse mandar o Renan pra lá um tempo, sabe? Pra ver se ele aprende um coisa ou outra com o irmão mais velho!

- Você tem razão! - menti. - Ainda mais que ele é militar, né?

- Tiaguinho é marinheiro, um exemplo de responsabilidade! Com certeza ia ensinar boas maneiras pro Renan.

Ficamos um tempo rindo daquela situação e ela me deu a calcinha, acreditando que a devolvera a seu verdadeiro dono. Mal sabia que eu, quarentão coroa, tava era doido pra ser a verdadeira piranha do filho mais novo dela, o Renan. Maristela tomou café rápido e saiu pro trabalho. Eu comecei a faxina e guardei a peça no bolso da bermuda, esperando o momento em que o moleque apareceria, só pra ver como reagiria depois daquela situação. E, pro meu espanto, ele veio na hora do almoço e com a cara mais deslavada o possível, completamente ciente do que fez. Parou perto de mim, cruzou os braços e ficou me olhando antes de começar a rir, no maior de todos os cinismos masculinos, com o ego visível entre nós.

- Tem que ser mais cuidadoso, garoto. - falei num tom amigável. - Dessa vez eu te ajudei, mas só dessa vez.

- Ah, até tu? Tá que nem a coroa? Tá fechando com os errados, ein! - e riu mostrando os dentes.

- Até eu? Viu o que eu fiz pra te salvar?

- Tamo junto, Didi! Tu é meu fechamento! Valeu pela moral!

Senti-me lisonjeado, mas me mantive humilde. Aí, pra completar os elogios, o puto passou o bração pelo meus ombros e deu-me um meio abraço nesse estilo "parceiro hétero", mas sincero, do tipo que não esperei. Um rebelde, mimado, mentiroso e, pra fechar o pacote, cheio das amizades, das intimidades. Mentiu na minha cara, me caluniou pra não ouvir esporro e tava ali, bem do meu lado, agradecendo e, como sempre, virando as costas pra ir fazer algo mais importante. Aproveitar melhor o tempo livre de moleque.

- Que nada, Renan. Mas não dá desses moles, não vai ter como te salvar sempre.

- Tá suave!

Saiu rindo, batendo de ombros, como se fosse capaz de parar por um só dia as orgias que devia organizar com aquelas amiguinhas safadas e prontas pra aguentar seus desejos. Isso porque eu só aparecia em três dias da semana, imagina quando eu não tava lá, a safadeza que devia rolar. Meu contato mais próximo com esse contexto era pôr as roupas de cama pra bater. Aí sentia de leve o cheiro de suor impregnado no lençol, além do odor parecido com água sanitária que o esperma tempo. A imaginação em chamas!

Num fim de semana específico em que precisou viajar a trabalho, a Maristela me pediu pra ficar de olho no Renan e deixou uma cópia da chave do apartamento comigo, além da missão de preparar a comida, já que o moleque ficaria em casa e seguiria as regras de acordo com o que a mãe conversara e pedira antes de partir pro aeroporto. É óbvio que não foi isso que aconteceu, estamos falando do Renan Caçula. Logo na sexta-feira mesmo, depois que ela saiu, ele passou no mercado e comprou um monte de bebida, dentre vodka, vinho, cerveja, skol beats e catuaba. Fiquei surpreso quando cheguei no apê e a mesa da cozinha tava tomada de garrafas e engradados de latão, com certeza havia mais de cem reais ali só em álcool.

- Vai tacar fogo na casa, rapaz? - perguntei.

Ele riu e não respondeu. Passou a maior parte do dia dentro do quarto e só apareceu pra pegar o almoço. Fiquei bastante curioso, mas na minha. No finalzinho da tarde, o safado passou pro banho e, só de cueca, veio me pedir um favor.

- Dá uma batida nessas paradas pra mim, Didi?

- Só se for agora!

Entregou-me uma calça jeans clara e uma espécie de blusão sem mangas, que com certeza deixaria os brações de fora. Liguei o ferro e esperei esquentar. Enquanto ele tomou banho, eu caprichei ao máximo pra deixar a roupa bem passada. Assim, quando aquele gostoso vestisse, ficaria melhor ainda, se é que possível. Não demorou muito e veio só de cueca pra pegar o resto da roupa, a mala marcada. Depois voltou pra dentro do quarto. Só tornei a vê-lo na hora de sair, já arrumado. Sapatos enormes, que na verdade pareceram botinas de couro falso, dando a impressão de que os pés eram ainda maiores do que o normal. A calça e o blusão que passei, combinados com o cordãozão de prata, o relógio enorme no pulso tatuado e o boné pra trás. A mesma cara de mau, o risco na sobrancelha e a barba cerrada descendo pelas costeletas e contornando todo o rosto. Jogou um perfume e me encarou com aquele par de olhos claros. Deu um sorriso e forçou os músculos dos braços, se exibindo pra mim com os dentes à mostra.

- E aí, Didi? Fala tu!

Vi aquilo e fiquei sem graça, mas não consegui parar de olhar e ele sabia disso.

- Tô ou não tô gostoso, pode mandar a real?

Não soube o que responder, então demorei.

- Vai dizer que tu não queria um sobrinho desse?

Fui ficando cada vez mais sem graça com tamanha exposição e intimidade tomada a força, porém adorando a envolvência à qual Renan acreditou ter comigo. Aí ele se aproximou e botou o ombro perto de mim, pra sentir seu cheiro, o odor do perfume. Eu enlouqueci.

- Sente o cheiro da carcaça! - todo marrento, tirado a valente. - Tô ou não tô pica?

Quis muito dizer a verdade do que estava pensando, mas não pude passar dos limites com o filho da minha amiga, por mais que minha vontade de tê-lo fosse tremenda.

- Tá! - fui rápido.

Tão depressa e cheio de medo que saiu mais engraçado e constrangedor do que era pra ter saído, tudo por conta da pressa. Foi melhor até não ter falado do que quase cuspido as palavras. Mas ele escutou e ficou rindo, não sei se da minha timidez ridícula ou se do meu elogio. Não ligou tanto, no entanto.

- Porra, é hoje!

Foi aí que lembrei que ele tava arrumado para sair.

- Onde você vai, rapaz? Sua mãe sabe?

- Vou brotar num bar com uns parceiro. Tô ligado que a coroa mandou tu ficar de olho em mim, Didi!

- Pois é, não vá me colocar na rabuda outra vez! - eu ri.

Ele também.

- Mas tá suave, pô! Não broto tarde, pode ficar tega!

- Tega? - perguntei.

- "Tega na mantega!" - respondeu.

Moleques e suas gírias.

- Tudo bem, garoto. Só toma cuidado que a rua tá perigosa esses dias!

Cruzou os braços na altura do peitoral, fez pose e me encarou, virando o rosto de lado pra me olhar.

- O perigo sou eu, Didi!

Aquela carcaça enorme tinha muita marra por dentro. No menor sinal dos amigos, eles carregaram as bebidas e saíram, todos juntos, um grupo de mais ou menos oito caras e três garotas. A noite pelo visto seria longa. E eu, como sempre, passaria a mão na cabeça do moleque pra mãe dele não acabar ficando ainda mais estressada, principalmente àquela distância. Mesmo ela tendo pedido que ficasse de olho nele, quem era eu pra dizer a um machinho que já descobriu o gosto da liberdade que ele não pode sair com o grupo de amigos em plena sexta-feira à noite? Fiz o que faria de melhor, fiquei no sofá vendo filme até cochilar e pegar no sono. Só fui acordar 5 e pouca da manhã, com o barulho da campainha tocando copiosamente, sem qualquer interrupção. Zonzo, imaginei toscamente as piores situações, como se algo tivesse acontecido e alguém estivesse ali desesperado por ajuda.

Num só pulo, levantei e fui até a porta. Olhei pelo olho mágico e não vi ninguém. Meio assustado e tonto ainda pelo despertar repentino, com o corpo esquentando na marra pela descarga de adrenalina, abri a porta e dei de cara com o Renan meio que caído no chão, escorado. A cara toda amarrotada, os olhos vermelhos e perdidos, visivelmente bêbado, com o ar de álcool ao redor.

- RENAN!?

Ele nem respondeu, só deu o meio sorrisinho e encostou na parede. Eu abaixei e passei seu braço por trás do meu ombro, na intenção de levantá-lo, mesmo ele sendo maior e mais pesado que eu.

- Segura firme, moleque!

Ele apertou minha blusa e eu nos ergui com muita dificuldade, quase não nos aguentando em pé. Cambaleante e evitando parar, nos conduzi devagar e direto ao banheiro e, de cara, o garoto já foi abaixando no vaso e botando tudo pra fora.

- Eita! Segura firme aí!

Deixei ele apoiado e fui rápido à gaveta dos remédios. Peguei um que ajudava nessas horas, junto com uma garrafa d'água na cozinha e voltei. Esperei ele vomitar bastante e só depois dei o medicamento, pra não acontecer dele botar pra fora. Ele ingeriu sem dificuldade e parou com o refluxo momentaneamente, mas ainda permaneceu zonzo e apático, meio gelado no chão.

- Você precisa de um banho, Renan. Consegue ficar de pé?

Sem resposta. Devagar, comecei a tirar sua blusa e ele foi me ajudando como pôde, sem muito esforço pra levantar os brações e se livrar da peça de roupa. Ficou até um pouco de pé, apoiado na parede, enquanto eu tirei as botinas e as meias. Imediatamente, o odor veio direto nas narinas, fazendo a cabeça tontear no meio de toda aquela preocupação do momento. O calor daquele pé enorme em contato com minhas mãos, indo do couro falso até à pele quente, passando pelas curtas meias cobrindo membros daquele tamanho. Mantive o foco e tirei sua calça, deixando-o só de cueca boxer. Liguei o chuveiro e, quando preparei o dedo na tira da cueca pra poder removê-la, Renan segurou minha mão com a sua, quase duas vezes maior. Olhei pra ele e, entre nós, uma mão repreendendo a outra no ar. O riso dele veio alcoólico e debochado.

- Tu vai me dar banho, tá maluco, Didi? Eu barbudo desse jeito!

Na esportiva, tirei a mão e me preparei pra sair dali, já sentindo o rosto formigando de vergonha e nem querendo olhá-lo novamente, mesmo percebendo que o cara tava era muito ruim e nem lembraria disso depois. Não esperei mais, saí do banheiro e fui pra cozinha fazer algo leve pro Renan comer. Em quinze minutos, improvisei uma canja de galinha com arroz e levei no quarto dele. Dei duas batidas na porta, mas ninguém respondeu. Entrei mesmo assim e acendi a luz. Ele tava só de toalha, completamente jogado na cama e de olhos entreabertos. Com o barulho, foi voltando a si.

- Que é? - perguntou.

- Você precisa comer alguma coisa. Acabou de vomitar só bebida, porque provavelmente não tinha nada no estômago. Come essa canja, ó!

Achei que o moleque fosse criar caso, mas ele não pareceu acreditar no que eu havia feito. Sem dois tempos, sentou que nem criança faminta na cama, ainda que zonzo, e com cuidado pra não deixar o nó da toalha se desfazer. Pôs o prato entre as pernas peludas sobre a cama e comeu feliz. Fiquei uns minutos observando e não esperei muito, virei e comecei a voltar pra sala.

- Didi.. - ele começou.

Tornei a olhá-lo e ele mastigou cansado, os olhos caídos, mas animados, e esperando engolir pra continuar.

- Tu tá sempre me dando uma moral.. - disse. - ..Tamo junto!

- Que nada, garoto! - respondi. - É como você diz: tamo junto!

Antes que pudesse ficar animado pelo agradecimento, ele voltou a falar.

- Eu já tô melhor. Pode ir pra tua casa descansar.

Pensei que, de repente, poderia não ter gostado do meu abuso durante o banho, talvez achando que minha intenção fosse vê-lo nu ou mexer em seu corpo, então por isso achou melhor mandar eu ir.

- Tem certeza, cara? Você tava malzão quando te encontrei lá na porta!

Continuei andando pra fora, mas ele insistiu.

- Pode ir, tô tranquilão. Qualquer coisa que tu precisar..

Parei pra ouvir. Ele esperou que eu virasse pra terminar. Não estava mastigando, só preferiu mesmo levar o tempo ideal pra me dar certeza daquela afirmação. Aí levantou uma sobrancelha e finalizou a frase.

- É só.. - pareceu ensaiado. - me avisar.. - os lábios mexeram de forma impecável.

Outra pausa.

- Se ligou, Didi? - terminou baixinho.

O molecote quis saber que eu havia entendido. Eu, mais velho, mais experiente que ele, mais entendedor do meu tempo do que ele, sendo perguntado se estava de acordo com aquela sentença. "Qualquer coisa que tu precisar, é só me avisar. Se ligou, Didi?". O abuso no laço entre um coroa e um novinho. Conduzido por alguém com 18 anos. Só fiz que sim com a cabeça e ele riu, então eu saí. Achei melhor seguir de acordo com o desejo dele e ir pra casa, já que podia contar com o moleque pra qualquer coisa que precisasse.

Dormi leve. Acordei na tarde de sábado com uma mensagem no celular de um número desconhecido. Abri o whatsapp e lá estava, sem foto, sem status, sem nada.

- "Qual foi?"

- Quem é? - respondi.

- Renan, pô.

Fiquei um pouco animado pelo fato do garoto ter pego meu número com a mãe, mas mais ainda pelo que veio depois.

- Tem uma pizza aqui, brota!

Num pulo, levantei, tomei banho e fui pro apartamento lembrando do que aconteceu no dia anterior, com o moleque bêbado e eu quase dando banho nele, limitando-me só a cuidar de seu bem estar. Estava quase um servente completo do filho mais novo da minha amiga. Cheguei e, pro meu total desprazer, o Renan tava acompanhado por uma garota com a idade parecida com a dele. Uma morena peituda e da cinturinha fina, com uma bunda sinuosa, bem do jeito que homem brasileiro adora. Usava um topzinho pequeno e a bermuda bem curtinha, com as polpas da bunda de fora, como se soubesse que ninguém ali reclamaria e que estava bem à vontade, numa excelente condição fornecida pelo Caçula. Pra completar, a pizza ainda tinha que ser feita, só a massa tava pronta, o molho era à parte, feito em casa. O Renan não disse isso pelo telefone, então fiquei um pouco puto, mas logo lembrei que estava ali a pedido da minha amiga e que também estava recebendo por aquilo, então não teria sentido reclamar.

- Tu vai fazer um bagulho pra mim, Dedé!

- O que?

- Tem um molho de pizza que eu me amarro..

Começou a explicar como queria e fui entendendo pra poder fazer. Do sofá, ele explicou passo a passo e eu só o observei, ora olhando pra ele, ora pra garota, que por sua vez riu de tudo que ele falou.

- .. aí fica que nem barbecue, tá ligado?

- Sei como é, mas não é barbecue o nome. Só parece.

- Tu consegue desenrolar aí?

- Acho que dá sim!

- Porra, quero ver então!

Preparei a receita do molho que conhecia e, por sorte, todos os ingredientes estavam ali. Enquanto fiz tudo, não consegui parar de prestar atenção no barulho dos beijos e dos amassos que os dois deram no sofá. Teve hora que eu olhei e vi perna pra um lado, mão pro outro, mas ambos ainda de roupa. Quando finalmente terminei de bater os temperos na panela, aproximei-me da poltrona na intenção de mostrar se era aquilo que ele tinha em mente. Aí vi o safado brincando de dedar a bocetinha da amiga por cima da bermudinha jeans, bem entre as pernas mesmo. Ela me viu e ficou sem graça, se encolhendo toda e dando uns tapinhas na mão dele, mas não sem cessar a sacanagem.

- Vê se é assim. - falei.

Ele ainda permaneceu um tempo insistindo em dedá-la e ela fingindo que resistia, até que parou e olhou pro meu preparo. Eu tava um pouco nervoso por estar presenciando o lado puto do filho da minha amiga nu e cru, mas me mantive firme.

- Isso mesmo, Didi! Agora só botar pra assar!

Voltei pra cozinha e preparei as pizzas em dois tabuleiros. Pré-aqueci o forno e coloquei lá dentro. Nesse momento, Renan levantou do sofá com a piroca visivelmente dura na samba-canção de pano e puxou a garota pelo braço, entrando ambos em seu quarto. Fechou a porta e ficou por isso. Sentei no sofá onde há poucos minutos eles se pegaram, ainda senti a quentura proveniente de seus corpos, mas só pude imaginar o que aconteceria lá dentro. Em questão de minutos, comecei a escutar ruídos da cama e outros barulhinhos pequenos, quase morrendo de inveja pela menina, que devia estar toda suada, sustentando dentro de si a vontade do garanhãozinho que era o Renan. Imaginei ela toda aberta, completamente à disposição do que ele queria, assim como eu fazia no dia a dia e queria fazer além. Só que ela tinha a sorte de ter uma bocetinha, que, nesse instante, era o que ele se empenhava em abrir e invadir com o cacetão. E que cacetão devia ter. Tava tão concentrado em pensar em tudo que o cuzinho começou a piscar. Quando ia começar a bater a punheta ali mesmo, a porta do quarto abriu e o Renan saiu. Visivelmente ofegante, suado e meio vermelho, disfarçou um pouco e veio pra perto de mim. Com aquele jeito de puto cínico, bem malandro que sabe que eu não vou contar nada pra mãe, sentou do meu lado e encostou o braço molhado e quente no meu. Aí olhei pra ele e o piranho riu.

- Já tá pronta?

Com a proximidade, senti o cheiro de sexo exalar de seu corpo, junto com a quentura do esforço na cama. Uma delícia, quase um coito interrompido que eu presenciei daquele macho faminto, tanto de boceta quanto de putaria.

- Ainda não. - respondi.

E foi aí que, pra minha total surpresa e constatação da falta de pudores e limites do moleque, vejo a porta do quarto abrindo outra vez. Mas quem saiu não foi a mesma morena que entrou, porque essa agora era ruiva e não tinha tanto peito, era mais bunduda.

- Ôô Renaan..

Com a voz manhosa e os seios de fora, ela sorriu tímida pra mim e veio atrás dele. A única explicação possível era que a garota já tava lá dentro antes deu chegar. Que cara mais safado era o filho caçula da minha amiga! Toda sorridente, ela o puxou de volta pro quarto e a porta fechou outra vez. Que fome! Não estavam nem aí pra nada, nem ele e nem as que não moravam ali. Imagina se Maristela chegasse naquele instante? Fiquei mais alguns minutos perdido em pensamentos e aí o cheiro da pizza começou a espalhar pelo apartamento. O Renan saiu de novo e veio com a mesma pergunta.

- E agora?

Pareceu um menininho pidão, perguntando se já chegou no destino.

- Ainda não, mas falta pouco.

- Porra, tô cheio de fome!

E passou a mão pelos pentelhos úmidos abaixo do umbigo.

- Tô vendo! - respondi e sorri.

Só que esse foi um passo maldoso, um pensamento alto que saiu sem querer. O Caçula não perdoou. Me olhou com um ar diferente, de puto abusado mesmo, de cima pra baixo. E fez a seguinte pergunta.

- Tá mesmo?

Não devia tê-lo respondido. Aquele olhar começou a ficar malicioso demais pra mim, me senti entrando num território totalmente desconhecido, mas que finalmente daria início ao desbravamento.

- Acho que já tá boa pra comer. - falei.

Essa foi a minha deixa. Levantei e fui até o forno. Tudo certinho. No ponto. Tirei as pizzas e pus sobre a mesa. Ele nem esperou a temperatura diminuir, foi logo tirando vários pedaços, colocando num prato e se mandando de volta pro quarto, onde ficou o resto do tempo em que fiquei ali no apartamento. Tirei dois pedaços pra mim e fui pra casa, sabia que não passaria dali naquele momento.

No domingo, pelo final da tarde, apareci no apê pra organizar o jantar. O Renan tava só com a loira do dia anterior, ambos sentados no sofá da sala, esperando o jogo do Flamengo começar e bebendo cerveja. Assim que cheguei, ele já veio me oferecendo uma e eu recusei por educação, pois queria deixar as tarefas feitas antes de qualquer coisa.

- Para de graça, pega logo!

Acabei cedendo, nada de mais. Assim que o jogo começou, ele sentou todo aberto no sofá e só prestou atenção na tela do televisor, atento em cada lance que aconteceu em campo. Enquanto isso, eu fui fazendo a comida e a garota só mexendo no celular, às vezes fazendo pose pra tirar foto, às vezes tentando fazer selfie junto do Renan, mas ele só focado no jogo. Em duas vezes específicas, ele inclusive recusou os beijos dela e a afastou na hora exata de xingar o juiz.

- AAAH, OLHA ISSO! QUE ROUBALHEIRA DO CARALHO!

Quanto mais o tempo rolou, mais tenso e bêbado ele foi ficando e mais entediada e puta a menina pareceu, por não ter a atenção que talvez tivesse planejado. Toda hora o Renan dava uma pegada na rola, como se tivesse apertado pra ir ao banheiro, mas tendo que esperar. Num dado momento, ele até acendeu um cigarro e começou a fumar de nervoso, na sala mesmo do apartamento. A mina não aguentou mais, olhou pra ele e mandou a real.

- Vai me dar atenção ou tu prefere esse jogo idiota?

Ele ouviu isso bem no meio da tragada que tava dando no fumo. Relaxou bem à vontade no sofá e jogou os braços pra trás, por cima da cabeça. Olhou pra ela e ainda sorriu, permitindo que a fumaça saísse pelos dentes e enaltecesse aquele semblante de macho mal encarado. Por alguns segundos, pensei que viria algo de educado dele, mas logo a falsa doçura se desfez, até mesmo a garota deve ter pensado a mesma coisa. Ela já ia beijá-lo, quando o puto soprou o restante da fumaça em seu rosto e respondeu a pergunta que ela fez.

- Tu vai ficar putinha se eu responder ou prefere que eu minta?

Deu um sorrisão descarado e nem esperou a reação dela. O juiz apitou nesse instante o fim do primeiro tempo e ele levantou e despreguiçou-se, dando pouquíssimas fodas a respeito do que falou pra garota. Na bermuda, a mala toda acumulada, toda amarrotada e visível, completamente marcada pra direita. Aquela com certeza era uma ereção pela vontade de mijar, mas só agora o intervalo do jogo. Não deu outra, o moleque se meteu pro banheiro, meio que tonto por ter despertado do transe da partida e por ter bebido o tempo todo sentado. Nesse meio tempo, a mina, visivelmente irritada por ter sido esnobada, só reuniu algumas roupas no quarto, pegou a mochila, algumas coisas de comer que tavam na mesa e saiu porta à fora, sem dar qualquer pio ou explicação, nos deixando ali sozinhos.

Ele voltou do banheiro, pegou mais cerveja na geladeira, acendeu outro cigarro e sentou à vontade no sofá, desfazendo-se de um dos chinelos pra ficar todo aberto na poltrona, mexendo no celular. Mais alguns minutos e a partida retomou. Da mesma forma que no primeiro tempo, a cada lance o Renan ficou mais tenso e preocupado, toda hora levando as mãos à cabeça e esfregando a cara com as decisões que o juiz tomou.

- PORRA, OLHA ISSO! IMPEDIDO!

Foi esse impasse até os últimos minutos, no quais o Flamengo marcou o único gol da partida e foi definido campeão, por conta da pontuação atingida até então. Na hora do apito do juiz, o moleque foi só felicidade, pulando e xingando de um lado pro outro, gritando como se fosse final de uma copa do mundo.

- MENGÃO, PORRA! AQUI É FLAMENGO, CARALHOOOOO!

Da varanda, não parou de bater no peito e tremer, dando vários urros, quase como gritos de guerra. Quando me viu no sofá da sala, veio e pulou por cima de mim, nem aí pra vara na bermuda sem cueca chicoteando pela minha perna.

- Bora pro bar, Didi! Bora encontrar meus amigos e encher a cara!

Passou a mão na chave do carro da mãe, me pôs dentro e fomos pra rua, que por sinal estava movimentada e em festa pela vitória do time. Não posso deixar de comentar que a ideia de ter Renan na direção após ter bebido foi péssima. Eu sei disso. Mas até que o safado dirigiu legal, mesmo com álcool na corrente sanguínea. Pra ajudar, o bar era apenas a três esquinas do apê, então nem teve muito perigo. Chegamos em menos de 10 minutos e já fomos pra mesa dos amigos do Renan, que estava lotada.

- MENGOO! MENGOO!

Animado, ele não perdeu tempo em zoar. Seu colega de sempre, o mesmo moreno que apareceu pra beber água algumas vezes depois do jogo de futebol na quadra do condomínio, tava com a blusa do Vasco, time rival ao do Flamengo, e com a cara fechada pela derrota. Provavelmente assistiu ao jogo ali, cercado de flamenguistas. O Renan viu isso e ficou ainda mais tentado a implicar com ele, sentando do lado do cara. O único espaço restante foi o que estava à frente desse amigo dele. Apresentei-me brevemente e em pouco tempo estávamos todos rindo e bebendo, sendo que cada vez mais o filho da minha amiga seguiu enchendo a cara, sendo que ainda teria que nos levar pra casa.

- Cuidado ein, garoto!

- Cuidado o que? - respondeu ríspido.

Parte do pessoal estava na parte externa do bar fumando, a poucos metros, então não perceberam nosso papo.

- Você quem vai dirigir, não pode entornar assim! Vai ficar que nem naquele dia lá, lembra?

- Ih, vai dar uma de Maristela agora?

Com aquele tom alcoólico, apontou-me o dedo na cara e riu.

- Me deixa beber que hoje o meu time ganhou, ein porra! Né não, menó?

E abraçou o amigo vascaíno pela cintura com força. Incomodado com aquilo, o colega dele foi se desvencilhando e o enxotando, como se soubesse que era tudo brincadeira de bêbado, porém não cedendo à energia animada pela vitória do Flamengo.

- Para de caô, moleque! - ele insistiu.

- Tá maluco me chamar de moleque? Me respeita! - exigiu o moreno.

- Ele tá brincando contigo, Renan! - tentei apaziguar. - É só brincadeira!

- É, ele não percebeu!

Aí ele parou e olhou pra gente, a cara de desconfiança e muita dúvida no olhar. Fez questão de me ver e de ver bem o próprio colega.

- É só brincadeira, cara! Ou só tu pode brincar? - completou o amigo.

O Caçula levantou e foi na direção do banheiro com aquela cara de bunda que eu já conhecia.

- Acontece direto, liga não! Não aceita zoação!

O cara falou.

- É, eu sei..

- Faz parte já.

Rimos e ficamos um tempo conversando arbitrariedades, até que o Renan voltou do banheiro e sentou um pouco afastado, mas não parou de olhar pra gente com aquele mesmo semblante de irritação, chegou a mexer a perna insistentemente pra se controlar e não falou nada. Enquanto isso, a gente num papo mega aleatório, rindo das pessoas bêbadas ao redor e de como se comportavam. O Vasco havia perdido, então era óbvio que aquele cara não queria falar de futebol, eu só entendi isso. Ficamos nessa uns 10 minutos, o tempo necessário até Renan não aguentar mais aquele ambiente e me chamar pra ir embora, todo torto de álcool.

- Olha como você tá, garoto! Melhor não arriscar dirigir! - falei.

- Qual foi? Tu tá duvidando de mim, Didi? Logo tu?

Pareceu meio carente naquele efeito da bebida.

- Sabe como o trânsito é perigoso, Renan. Tem que ser responsável. Imagina bater com o carro da Maristela?

- Ah, vai começar!

Sem me dar chances, ele pagou nossa conta e saiu sem se despedir do resto do grupo, puxando-me pelo pulso em direção ao carro. Não sei se alguém percebeu aquele comportamento exigente e dominador de bêbado, mas não me importei tanto com isso. Abriu a porta, praticamente me jogou no banco do carona e entrou no lado do motorista. Antes de ligar o motor, me olhou no escuro interior do veículo e, até ali, na ausência da luz, seus olhos conseguiram ser claros o suficiente pra me fazer gelar o corpo.

- Que foi, Renan? - perguntei com medo do que poderia acontecer.

- Tu tava flertando, num tava?

O tom sério e bucólico, mais arrastado que o normal por conta do álcool. Não acreditei que escutei aquilo. De tudo que pensei que ouviria, minha maior vontade foi rir de alívio.

- Eu o que!?

- Tu tava flertando com meu parceiro ali na mesa do bar. Eu vi!

Não perguntou, agora afirmou. E aí sim virou a chave na ignição pra dar partida no carro. Como se fosse um profissional, manobrou o veículo sem o menor problema na ruela com pouco espaço, mesmo muito bêbado. E completamente calmo, falou sobre o que queria falar sem qualquer empecilho.

- Eu não flertei. - respondi.

- Claro que flertou, Didi. Eu tava lá, porra!

Pareceu mais disperso do que o normal.

- Claro que não! Ele tava puto porque o time dele perdeu, eu compreendi isso, então não falei sobre futebol. Tem coisa mais óbvia?

- Ele tava bolado porque eu gastei ele, Didi. Aí tu foi lá e ficou com pena do cara, virou chaveiro dele!

- Pena? Do que você tá falando, garoto?

Nunca imaginei que eu, aos 40 anos de idade, seria questionado e colocado contra a parede por um garoto que tinha idade pra ser meu filho. Mais que isso, alguém por quem eu era atraído, mas que não parecia dar muita bola nesse sentido. Por que a preocupação?

- Não mente pra mim, Didi!

Chegamos tranquilos no apartamento e o Renan ainda conseguiu estacionar. Ainda assim, ele continuou fazendo aquelas perguntas sem pé nem cabeça, no maior papo de quem tá bêbaço, até então sem parecer uma discussão. Jogou-se no sofá da sala e ficou me olhando.

- Por que tu flertou logo com ele? Tu é viado que eu sei, Didi. Mas aí já é vacilo teu, pô!

- Você tá viajando, moleque. Não tem nada a ver as coisas que você tá dizendo aí. Eu nem tenho intimidade com seus amigos pra ter essas confianças de flertar com eles, você sabe disso. Tá querendo me ver irritado?

- Por que? Tô conseguindo!?

- Tá sim. - respondi.

Num só pulo, ele levantou e ficou de pé na minha frente, olhando pra baixo pra poder me encarar nos olhos. Um semblante de quem não queria ser mais contrariado. Um verdadeiro molecote mandão, mimado, cheio de vontades, vindo contra o peitoral na minha cara, me fazendo recuar devagar.

- E o que tu vai fazer, Didi?

Seu tom foi tranquilo, por mais ameaçador que a frase tenha parecido. Eu sabia que ele não me faria nada de ruim, mas não quis arriscar abusar e acabar tirando de vez a pouca paciência que tinha.

- Você sabe que eu não vou fazer nada! - declarei.

Um olhando no meio da fuça do outro. Ele deu um sorrisinho e começou a tirar a blusa devagar, sem parar de me olhar. Passou um braço por baixo, depois o outro. Suspendeu o tecido e me deixou cara a cara com as axilas deliciosas de menino macho. Ele sabia do que eu gostava e tava brincando com isso bem na minha cara, só de sacanagem. Eu podia apenas observar, sem tocar.

- Então por que tu tá ficando irritadinho? Tá devendo alguma coisa, meu parceiro?

Antes de me deixar responder, tirou os chinelos e abriu o zíper da bermuda. Em poucos segundos, tava só de cueca na minha frente. Tão perto, mas tão perto, que pude sentir seu hálito carregado de álcool quando falou.

- É que não tô entendendo você me questionando. - respondi.

- Tu é o viado amigo da minha mãe, Didi. Tu trabalha pra gente, na nossa casa. Se ligou?

Comecei a me sentir mais puto do que já tava, pronto pra discutir de verdade, por mais nervoso que estivesse.

- E daí? E se eu tivesse flertando? A gente é amigo, então cada um com a sua vida, Renan!

Ele riu. E com uma só mão, segurou meu rosto pelo queixo e apertou as bochechas com os dedos largos, quase que agarrando minha cara. A próxima frase veio no pé do ouvido.

- E daí que se tu quer tanto liberar o cuzinho, tem que ser pra mim, né não?

Deu uma pegada firme no volume enorme de caralho que se acumulava dentro da cueca e roçou tudo na minha barriga, bem violento, que foi pra eu sentir a potência do calibre grosso de moleque arrogante. Ali, diante de mim, estava o homem que mais desejei ao longo das últimas semanas, completamente ao meu dispor. Ou seria o inverso? O de menos a se pensar. Meio nervoso, senti a ereção mexendo e passando pelo meu corpo, me despertando sensações novas e dando a sensação de que teria trabalho pela frente. O safado me abraçou e tacou um beijo bem piranho na minha boca, lambendo meu rosto, mordiscando minha cara e babando tudo, no maior estilo cafajeste, que gosta de deixar vestígios e de invadir de sacanagem. Ao mesmo tempo em que me segurou e fez isso, não parou um só instante de sarrar o pirocão enorme em mim. Aí foi me descendo pelos ombros, até o ponto onde fiquei de joelhos na altura de sua virilha, com aquela massa de pica diante do rosto. Com todo cuidado, ele suspendeu o elástico da cueca e liberou a maior vara que já vi até então, mais preta que sua pele normal e com parte da cabeça arroxeada de fora. Ele não era circuncidado, era do tipo que o pau duro ficava com a glande exposta, porém apenas quando excitado. Além disso, o saco era enorme, bem enrugadinho e pesado, pareceu que o moleque tinha o corpo completo de um adulto já feito, por mais que ainda fosse um jovem novinho. Tomei aquela estaca numa só mão e ela pulsou pra saudar meu toque quente e apertado. Não consegui fechar os dedos em volta dela por completa, de tão grossa e veiuda que era, além de bem quente e cheirosa. Renan me olhou, suspendeu uma sobrancelha e riu, olhando de cima pro que finalmente tinha aos seus pés.

- Tá esperando o que, Didi?

Fez um carinho na minha cabeça e pediu que parasse de namorar seu pau. Brincou de passar a glande nos lábios e foi me seduzindo até eu abrir a boca um pouquinho. Quando conseguiu a menor passagem necessária, foi entrando com o caralho preto até chegar na minha garganta, devagar mas de primeira, sem recuar num só momento. Ao fazer isso, de pé no meio da sala, senti seus pelos das pernas arrepiando e o puto suspendeu os braços como se despreguiçasse. Aí a jeba ficou ainda maior no meu crânio, ocupando espaço apertado da língua, da boca e até das amídalas.

- Sssss! Que boquinha quente do caralho, ein Didi! Porra!

Pra trás e pra frente com a cintura, não quis esperar muito e foi brincando de foder minha boca aos pouquinhos, com o freio da caceta deslizando na parte áspera da minha língua, abaixo. A ponte pro saco esfregando meus lábios.. Às vezes, só às vezes, ele tirava tudo e batia com ele na minha cara. Ou então deixava a caralha e os ovos repousando sobre meu rosto, como se este fosse um porta-caralho, feito pra seu uso exclusivo. No meio disso tudo, ainda acendeu um cigarrinho pra ficar melhor, bem mais à vontade. Ainda tapou meu nariz algumas vezes, só pra eu engasgar e ir até o talo da verdura que era aquela piroca. Eu só senti o cheiro de pentelhos, porque o Renan era daqueles novinhos que acha que pelos são sinônimos de virilidade e testosterona, então deixa crescer pra se sentir mais homem, mais macho, mais dono de si e do próprio quadril insistente batendo na minha cara, arrancando prazer, gemido, tempo, esforço físico e baba de mim.

- Vai mamando, vai? Issuu!

Eu só obedeci, sem usar as mãos e recebendo os lentos impulsos do quadril nervoso do Renan. Era um mulato fodedor nato, tanto é que, se deixasse, o moleque já estaria metendo na minha cara, fodendo minha garganta como mero objeto de seu prazer, uso e servidão. Fiz tudo aquilo gostando, mas com o pensamento de que a qualquer momento teria que freá-lo e lembrá-lo de que eu também era gente, tamanha volúpia e fome de saciedade.

- Hmmmmm! Puta que pariu, viado!

Quando ele começou a rebolar, aí não teve jeito. Se controlou ao máximo que pode, mas não resistiu e logo estava ensaiando estocadas disfarçadas pela minha traquéia. Devagarzinho, me pôs deitado na quina da poltrona, com a cabeça virada e ainda comendo o boquete que eu lhe dava. De pé, colocou o saco sobre meu nariz e só subiu e desceu o corpo, terminando de me atolar em piru.

- Sente esse cheiro de macho, sente? Tu gosta, né?

Foi maravilhosa a maneira como ele me conduziu a fazer algo que eu nem sabia que conseguia, mas que quando vi, já tava fazendo e ainda por cima dando prazer pro putão .

- Porra, imagina quando eu comer esse teu cuzinho?

Quando tive a oportunidade de falar, mostrei que estava surpreso pelo desejo dele.

- Você quer me comer? - indaguei.

Ele riu.

- Eu não quero, eu vô! Ou tu acha que uma mamada vai me satisfazer? Já passei dessa fase, Didi!

Esse linguajar de malandro que o filho mais novo da minha amiga usou comigo, como se eu fosse uma simples cadela daquelas que ele costumava comer na rua, no quarto, na sala, tomou meu corpo. Afinal de contas, era um molecote abusado. Queria mesmo brincar no meu rabo, não era mera zoação. O moleque era decidido na putaria, um verdadeiro sacana. E queria me mostrar que não era tão novinho ou ingênuo assim, por isso me atravessou em piroca na goela, brincou de me foder a cara e suar de nervoso pra não engasgar, dominando as partes físicas internas do meu rosto.

Do seu jeitinho cuidadoso e ainda assim faminto, ele me pôs de quatro e empinou minha bunda pra trás. Abriu bem meu rego e posicionou a cabeça da piroca na porta da rabiola, cutucando de leve a entrada e me deixando arrepiado pelo contato extremo entre nossas peles.

- Ssss!

- Relaxa a rabeta que vai ficar gostosinho!

Eu tentei, mas, à cada cutucada, uma retraída que dificultou. O máximo que aconteceu foi a cabeça brincar de entrar e sair, passando pelo anel e me deixando cada vez mais larguinho e preparado pra curra.

- Passa um creme, Renan! - pedi.

- Mané creme, Didi!

E puxou um cuspe lá do fundo. Abriu bem a bunda com a cabeça fincada nas pregas e cuspiu exatamente nessa conexão, dando a lubrificação mais que necessária pra penetração acontecer. Agora, o cacete ereto do filho mais novo da minha amiga estava fazendo sua passagem completa por todo meu reto, todo meu interior. As paredes internas foram empurradas, arrastadas pela baba daquele macho, juntamente com todo seu falo enorme pra dentro de mim. Totalmente agarrado, como se fosse morrer caso soltasse, ele fincou firme e chegou com a boca no pé do ouvido.

- Sssss! Cuzinho apertado do caralho, Didi! Como que pode?

Escutei o gemido baixinho e fiquei ainda mais excitado, o que me fez piscar ainda mais e relaxar preso até o talo ao caralho dele. Como se o cu falasse de boca cheia, meio mal educado.

- Que delícia, PORRA! SSS! É muito apertadinho, tô todinho agasalhado, Didi!

- Ahnn! E tá gostando? - perguntei.

- Porra, se tô curtindo torar teu cuzinho?

Perguntou e estocou mais fundo, me arrancando um gemidinho, engrossando a vara de propósito contras as pregas. Quando viu que era só fazer isso que eu gemia, aí deu de foder com o talo do caralho arregaçando a passagem do anel do cu, pra dar uma noção do quão profundo o brincalhão do moleque estava, quase nos virando de cambalhota de tanta pressão que fez com os pés pra meter. E ainda rebolou pros lados, querendo ter certeza de que sua vara seria aquela que alargaria um coroa de 40 anos de idade, que já dava a bunda quando ele nasceu. Uma ousadia que só a nova geração de machos possui. No meio disso tudo, senti a fartura de pentelhos cobrindo minhas nádegas, porque o safado era um puto de um pentelhudão dos bons, por isso tudo seu cheirava a pentelho. Meu cu contraiu e relaxou sem parar, completamente descontrolado com os impulsos de seu corpo em mim. A gente suou um por cima do outro e se embrenhou ainda mais na poltrona, chegando ao ponto de confundirmos nossas partes do corpo de tão bagunçados. Senti a vara engrossando uma vez e aí ele nos colocou de ladinho, segurando meus pés no alto e às vezes dando tapas firmes na carne da minha bunda. Quando batia, segurava e apertava firme, querendo tirar o máximo de proveito de todo meu corpo e do que eu poderia oferecer ali.

- Sssss!

Com a boca, foi mordiscando minha nuca e orelha por trás, sem parar um só segundo de meter. Outra vez a piroca tomou muito espaço e pareceu que ia me rasgar em dois.

- Hmmm!

Ele começou a rebolar e se esticou todo, fodendo com toda a velocidade que tinha naquela posição e arrancando de mim ainda mais gemidos.

- SSS! FFFF

No ponto máximo, senti o suor frio escorrer de nervoso pelo cu aberto, mas a vara se rendeu e ficou toda dura, bem rígida, atravessada no meio do cu e cabeceando afoita a próstata. Aí parou. Atolou mais e tremeu.

- ARRGhhh! Orhhhh! Sss

Foram vários jatos consecutivos de leite quente sendo jogados diretamente no meu interior, via pica de macho novinho, diretamente da fonte. E foi socado lá no fundo, a ponto de chegar a empapar um pouco de esperma. Além disso, todo o suor da situação escorrendo à roupa de cama. Ele me controlando, eu pegando fogo e o cu embrazado, ainda no atrito de pós-foda dum moleque que não cansou ainda.

- Hhhm! Hmmmmm! Safado!

- Isso, caralho!!

Tentei segurá-lo por trás, mas o esforço físico me deixou muito cansado, então só desabei na cama. Ele leitou meu rabo e permaneceu lá dentro, nos colocando de conchinha e ainda ficando encaixado comigo.

- Vou dormir aqui dentro hoje, tá?

- Tá. - ri.

Mas o malandro falou sério, pegou no sono suado daquele jeito e dormiu dentro de mim, com a vara ainda meia bomba e quase escapando de dentro. Cansado, também pequei no sono. Acordei pela manhã com o cu pegando fogo e ainda úmido pela porra do Renan lá dentro. Abraçado na minha cintura como se eu fosse fugir de madrugada, o filho mais novo da minha amiga, que me fodeu na noite anterior e que dormiu dentro de mim. A vara não tava mais lá, mas o tesão matinal não demorou a aparecer. Ainda despertando e com a cara toda amarrotada, esperei por alguns segundos que o puto talvez demorasse a lembrar do ocorrido, mas quem ficou pra trás fui eu. O bom dia dele já foi a mão me descendo pela nuca e mandando cumprimentar e ser educado com aquela rola.

- Dá bom dia pra ela, dá?

Comecei o dia ali, mamando na tora favorita e mais que desejada nas últimas semanas. Completamente tomado e feliz, logo tava quicando nela, de manhã cedo. Não era mais nenhuma piranha dando pro Renan, era eu. Ou melhor, era uma piranha sim, mas a dele, que ele selecionou pra servi-lo, inclusive na cama.

- Quica pra eu jogar meu leite lá no teu estômago, vai!

Ele gostava muito da coisa. Tomei tapa na cara e fui instigado a querer cavalgar ainda mais, com tabefes nas coxas e puxões de cabelo bem cavalados. Ele me deu a impressão de que era um moleque que, se bobear, nem havia passado pela punheta, de tão viciado e disposto que pareceu em foder, acordando já com o café da manhã preferido: boquete de viado com cuzinho mexido.

- Sssss!

As pernas peludas esticaram e a porra foi lá dentro. Caí pro lado na cama e ele me puxou pra dar um beijo safado e demorado, que logo evoluiu pra brincar de morder meu lábio. Em questão de minutos, o piranho do Renan tava caindo de boca nos meus peitos, lambendo e massageando a todo custo meus mamilos entumecidos, me deixando aberto que nem uma passiva indefesa, cercada pelo novinho comilão. E aí a verga dele já tava de pé, sarrando na minha coxa e faminta pelo segundo round.

- Eu preciso arrumar a casa! Sua mãe volta hoje!

- Ah, arruma mais tarde. Vamo foder gostosinho, tem coisa melhor? Hoje tu não sai desse quarto!

Pensei um pouco.

- Não tem, mas e se ela chegar e eu não tiver feito nada?

- Tu prefere ir lá fazer ou ficar aqui metendo comigo, sentindo meu cheiro de macho, tomando meu leite no cu? Fala pra mim!

Disse isso e deitou-se sobre mim, com o corpo suado dominando o meu. Seu odor era incrível, ainda mais naquela quentura. Eu nem liguei de suar e de estar no calor, tudo isso tinha lados maravilhosos agora, dadas as circunstâncias. Mas só de pensar na Maristela chegando e nos flagrando, tudo pareceu mais real, e aí me motivei a levantar e cumprir logo o que tinha de cumprir.

- Preciso mesmo levantar, Renan!

- Ah, é?

Juntou minhas roupas na mão e guardou dentro do próprio armário.

- Já é, pô. Vai lá então. Mas vai assim!

Ele me soltou e, contra minha própria vontade, saí da cama pelado. Ele, por sua vez, só levantou pra mijar e fumar um cigarro, voltando a deitar em seguida. Se era assim que ele queria, era assim que eu trabalharia, completamente nu. Com o cu pegando fogo e sem qualquer roupa, preparei a comida com certa dificuldade, porque o safado do Renan não aguentou ficar no quarto sozinho e veio também pelado perturbar meu juízo.

- Pega o socador pra mim, por favor. - pedi.

Mas ele não tava nem aí, veio com a piroca dura na minha direção e riu.

- Tá aqui o socador, ó! Sente só!

Inadvertidamente, segurei a vara e só então me liguei no que fiz. Ele começou a rir mais ainda e botou minhas mãos pra trás, com o corpo peludo e troncudo curvado pra frente e esperando que eu continuasse a punheta. Vendo aquilo, não tive como parar, pareceu até uma brincadeira. Soquei aflito pra acabar logo e em questão de minutos foi muito leite sujando minha cara e caindo na minha boca. Um gosto deliciosamente salgadinho.

- SSSSS! Tô gostando de ver, Didi!! Dedicado mermo!

Finalmente me deixou sozinho e sumiu. Terminei de cozinhar em paz e comecei a varrer e passar pano na casa.

Segui tranquilamente o resto da rotina de tarefas, exceto no final. Quando tava finalizando o chão do banheiro, me encontrava de quatro e completamente nu, empinado e esfregando as manchas dos azulejos, na reta final pra voltar pra cama do Renan. Mas ele não conseguiu resistir à visão de me ver ali, todo aberto pra ele, com o cuzinho recém-comido pro alto. Foi só ver que o safado veio brincar de enfiar o espanador lá dentro, cada vez mais fundo, me perguntando se tava bom, se aguentava mais ou se preferia o caralho dele.

- Óbvio que prefiro essa piroca, que pergunta!

- E se eu enfiasse os dois, tu aguentaria? Tem que aguentar, se for viado mermo! - me atiçou.

Mas não sei porque perguntou, quando já foi tentando a proeza antes mesmo de finalizar a frase. De brincadeira, o moleque improvisou uma dupla penetração no meu cu. De um lado, sua vara preta e adulta. Do outro, o espanador de plástico grosso que eu usava pra tirar pó. Socou tão lá no fundo que pareceu que o rabo já estava até acostumado com as sessões de curra que começaram no dia anterior. Quando aconteceu da tora morena sair sem querer, voltou pra dentro sem ele precisar de usar as mãos, de tão bem servida tava no meu rego.

- SSSSSSS!

Me possuindo no chão, encheu outra vez o cu de leite quente e se mandou pro quarto, pra mais uma pausa até o tesão juvenil e insaciável bater de novo e ele vir se aliviar em mim, numa rotina sexual paralela à minha no apartamento com a limpeza. Naquele dia, precisei ir embora antes da Mari voltar de viagem, mas deixei tudo perfeito. Na hora de sair, o puto ainda me lembrou do básico.

- Ó..

Apontou-me o dedo na cara e falou bem nitidamente.

- Minha mãe não pode ficar sabendo de nada que eu fiz aqui, ein! Se liga!

- Eu sei, relaxa. Tô sempre te salvando, lembra?

- Isso aí, Didi! Tamo junto!

Com a volta da minha amiga, a rotina retornou ao normal, mas não foi por isso que deixamos de foder quase que diariamente. Até quando não era dia de ir pro apartamento fazer a limpeza, o Renan me chamava com alguma desculpa que sempre terminava em eu de quatro, com a bunda pro alto, no meio da cama dele, e uma pica abusada, grossa, me abrindo e chegando com a cabeça intrusa cada vez mais lá no fundo. Era tanta safadeza que fazíamos que poderíamos escrever um conto erótico sobre isso. Ele me usava desde os serviços de limpeza de seus pés após os jogos de futebol, o que eu fazia com muito bom gosto com a boca, até mesmo às transas que terminavam com a gente dormindo, ele dentro de mim por horas de sono. Às vezes o puto amarrava um cadarço em volta do pau e do saco e fazia de anel peniano, ficando ainda maior e mais grosso.

- Olha essa piroca, viado! Olha pra ela e deseja ela, com vontade, vai!

Eu a encarei e engoli por inteira. Naquela fissura de ter que foder que nem bicho, já aconteceu até de passarmos uma madrugada inteira transando na varanda, sob o risco de sermos pegos e dedurados por qualquer vizinho próximo. Só nós, a noite fria e a brisa que transou junto com a gente, num jogo gostoso de carícias. Beijo, tapa, mordida, cuspida e lambida em todas as partes do corpo. Eu saí com todos os fluídos corporais do Renan em mim, começando pelo suor, passando pela saliva e indo até à porra. Pra não falar das vezes em que fodemos no banheiro e o puto mijou em mim sem perguntar se podia, só porque tava afim. Pareceu um cachorro marcando sua propriedade, sua cadela. Afinal de contas, era o que eu era, a cachorra do filho rebelde da amiga.

-Tô todinho dentro de tu, Didi! Todo, até minha caceta! Se tu abrir mais um pouquinho, consigo colocar até os ovos, quer tentar? Deixa eu guardar meus filhos aí dentro, deixa? Quem tá pedindo sou eu!

Escutei cada coisa na beira do ouvido, só faltei enlouquecer, perdido em tesão pelo Renan. Ele puxou meu rosto, me agarrou pela pele, mexeu na minha carne e sacudiu as entranhas. Aquilo era a brincadeira favorita dele.

- Ssssss! Viado apertado do caralho, empina essa bunda, vai!

- SSS! Isso, Renan! É assim que tu gosta, né? Então pode foder!

- Tá gostando, tá? Pede pra eu arregaçar essa bunda, pede? Pede pra eu cruzar esse rabo de pica até tu não sentar mais, seu viado do caralho!

- ME FODE, RENAN! Soca lá no fundo, pode socar!

As mãos agarrando sua pele, riscando, arranhando, marcando. Tudo pela entrega. Ficamos agarrados trocando suor e nos beijando, a verga sem sair do cu porque ele não permitia. E assim que começava a escorregar pra fora, fazia questão de botar pra dentro de novo, mesmo meia bomba e com o leite escorrendo pelas pernas, caindo sobre o saco remexido. Por mais que fosse um moleque cheio de tesão e libido, fodemos tanto em pouco tempo que até mesmo ele com a energia da juventude ficou meio cansado. Mas nada disso diminuiu nosso ritmo, só nos deixou mais preguiçosos, ainda assim fodendo bastante. A notícia que chegou pra modificar toda a nossa rotina sexual, foi a que nenhum de nós esperou, muito menos eu. Depois de vários meses naquela relação, fui chamado pra trabalhar em outra cidade. Era uma empresa grande e uma vaga que tinha total compatibilidade com minha formação, então não teria como recusar, mesmo sabendo que teria que abrir mão de tudo aquilo que mais quis até então. Eu e Renan nos despedimos com uma transa bem intensa e carnal, com a troca de sempre de carícias e muita putaria envolvida. Na hora de ir embora, não quis me alongar muito pra não acabar chorando pela saudade, até porque não o veria sempre e ele sabia disso também. E aí eu comecei a reparar no quão engraçadas as coisas eram, porque o moleque era bem mais novo que eu e não pareceu se importar tanto. Ou, de repente, na mente dele, as coisas agora voltariam pro que eram antes do nosso envolvimento começar, por isso não reagiu tanto. Saí do apartamento e deixei a cópia da chave que a Mari tinha deixado comigo, assim como o endereço do lugar onde estaria, caso quisessem me visitar. Já tinha descido e passado pelo térreo. Quando tava virando pra sair, o Renan apareceu lá no alto da varanda e começou a cantar.

- Mas quem sou eu se quiser vir pra cá, vou me contradizer e não aguentar.

Não entendi a letra, até ouvir o que veio depois.

- Fiz essa letra pra te incentivar, mas se você mudar, vai fazer falta.

Não acreditei naquilo, mas não pude mais olhar pra trás. O peito encheu de ar quente, os olhos marejaram e só tive forças pra sair dali, ciente de que era mais do que o essencial. A partir daí, meu contato com o Renan passou a ser só por facebook, sendo que a gente não voltou mais a se encontrar. Foi excelente enquanto durou.

Quase um ano passou desde então. Meu trabalho como guia numa pousada em outra cidade rendeu bons lucros, eu consegui ajudar minha avó mesmo de longe e ainda fui fazendo meu próprio apartamento num novo lugar. Trabalho duro, dedicação, descanso, entrei num ritmo muito simples e meio vazio no sentido social. Sem muitos amigos e conhecidos, às vezes fiquei com saudades de tudo que vivi, das sensações, das tensões, e principalmente do sexo e da conexão com o abusado do Renan. Eu tava essa semana mesmo arrumando umas coisas na gaveta, até encontrar, no meio das minhas roupas, uma calcinha vermelha dentro do bolso de uma bermuda. Automaticamente, o pensamento foi transportado ao dia em que menti pra minha amiga pra poder acobertar o moleque, dando início a tudo que se desenrolou depois disso. Outra vez, a mente foi tomada de memórias e quase me permiti ficar um tempão ali pensando em tudo que poderia ter sido, mas o tempo passou tão depressa que não quis mais pensar nas mesmas coisas. No fim das contas, eu aceitei mesmo ser transformado em cadela pelo filho Caçula da amiga, mas foi só isso.

______________________________________________________

Esse conto é um TESTE.

Tenho uma ideia diferente para as próximas histórias, mas preciso da ajuda de vocês.

Se quiser contribuir, basta comentar uma palavra que achar esteticamente bonita, diferente ou interessante. Não precisa ter um significado bonito, mas sim a escrita ou a pronúncia. Qualquer palavra, qualquer letra, mas só em português. Pode mandar no e-mail também, se preferir. Agradeço desde já!

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Comentários

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Lindo seu conto, adoro seu estilo de escritor - personagens convincentes, reais, histórias bem escritas, saborosas, instigantes ! Parabéns!

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Em tempo: gosto dos temas, inusitados, corajosos e bem descritos no preâmbulo (gosto mais dos finalmente) mas é o teu estilo e deve ser respeitado. São raros os bons autores por aqui como você, o Kherr e o Thiago. E também por não dividir em capítulos, estressantes e na maioria das vezes decepcionantes. Parabéns.

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Excelente! Bem escrito! Gosto de todos os teus contos e da linguagem desbocada, mas apurada. Abs.

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Eu amo esses tipo de romance com putaria nota millllll

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ótimo, otimo, o melhor que ja teve aqui desde muito tempo.

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Muito bom esse conto como qualquer outro que você escrever você tem um dom maravilhoso parabéns

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Olha muito, MUITO, M U I T O bom mesmo teu conto! Adoraria estar no lugar do Didi. Ainda bem que você não transformou esta estoria deliciosa em chatíssimos capítulos. Parabens, continue assim! Perfeito em tudo.

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