Descobrindo o amor (81)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 5800 palavras
Data: 26/08/2017 21:50:43
Última revisão: 26/08/2017 21:54:51

Valtersó, Geomateus, Ze carlos, Gabilobs, Neterusso obrigado pelos comentários.

Depois de contar todas as cédulas, Marcelo foi tomar um banho. Ele já tinha planos para aquela noite e queria se esbaldar com toda aquela grana.

Entrando novamente no quarto, achou estranho ao notar que a sacola com o dinheiro estava em outro lugar. Mas susto maior foi quando olhou para uma poltrona e viu Antônio sentado.

Marcelo – Antônio!!!

Antônio – Estava esperando você terminar seu banho.

Calmamente, Antônio levantou-se e aproximou-se de Marcelo.

Antônio – Hora do nosso acerto de contas.

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Capítulo 81

Marcelo arregalou os olhos, olhando assustado para Antônio.

Marcelo – O que você quer aqui? Como me descobriu?

Ao contrário de Marcelo, Antônio estava esbanjando calma e equilíbrio, pelo menos por enquanto.

Antônio – Você realmente achou que iria se livrar de mim?

Marcelo – O que você quer aqui?

Antônio se aproximou ainda mais, ficando praticamente com o rosto colado com o de Marcelo.

Antônio – O que eu quero?

Antônio – Eu quero acabar com você, colocar você na cadeia.

Marcelo estava sério mas soltou uma gargalhada.

Marcelo – Ah Antônio, você é sempre patético não é?

Marcelo – Você acredita que pode acabar com alguém? Alias, você acabou sim com o Gustavo e eu vou ter o máximo prazer em ver você apodrecer numa cadeia.

Marcelo – Você vai pagar muito caro pelo que você fez.

Antônio – A sua arrogância e seu jeito metido a esperto faz com que você fique cego.

Antônio – Nessa tarde eu consegui provar minha inocência.

Marcelo – O que?

Antônio – Eu posso ir pra qualquer lugar, mas não para a cadeia.

Marcelo – Você matou o Gustavo, o único cara que eu realmente amei de verdade.

Marcelo gritou com Antônio, mostrando que realmente se importava com o falso Guilherme.

Antônio – Ah Marcelo, você tem ideia de quantos dias você está sendo vigiado?

Antônio – Você acha mesmo que eu continuo sendo o Antônio bobão que se apaixonou por você?

Marcelo – Do que você está falando? Eu vigiado?

Marcelo começou a ficar nervoso, olhando para os lados.

Marcelo – Você está blefando.

Antônio – Será?

Antônio – A polícia devia estar procurando você nos buracos dessa cidade, mas com uma cumplice tão forte como a sua, agora da pra entender como você conseguiu ficar sumido esse tempo todo.

Marcelo – Cumplice? Você...

Antônio que até então estava calmo alterou seu tom de voz, gritando com Marcelo, indo para cima dele até encurrala-lo na parede.

Antônio – Você e a bandida da Alice. Acabou pra vocês dois.

Marcelo – O que!!!

Prevendo que estava em perigo Marcelo empurrou Antônio e pegou a bolsa com o dinheiro, correndo para a porta.

Antônio – Se eu fosse você não sairia desse quarto, metade da polícia dessa cidade deve estar lá em baixo lhe esperando.

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Rodrigo – Como vai?

Benedita – Seu Rodrigo!!!

Rodrigo – Dona Benedita, não é?

Benedita – Sim. Desculpa, mas não sabia que o senhor viria, nem preparei a casa.

Rodrigo – Fique tranquila, só vim falar com o seu marido, não pretendo demorar.

Rodrigo – A senhora pode chama-lo?

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Alice estava na borda da piscina, olhando para a água, vendo Rafael e Arthur se debater enquanto se afogavam.

Sem mover uma palha, ficou olhando até que os garotos perderam as forças e afundaram sem vida para o fundo da piscina.

Saindo de seu transe, Alice despertou quando Chico começou a latir, correndo em direção a Rafael e Arthur.

Prestes a realmente a empurra-los, Alice recuou, antes que os garotos virassem para traz.

Valdir – O que você dois estão fazendo aqui?

Rafael – A gente esta esperando o vô, ele vai nadar com a gente.

Valdir – Cuidado hein, é perigoso entrar na piscina sem um adulto junto.

Rafael – A gente sabe.

Arthur – É Valdir, nós somos meninos bonzinhos.

Carlos apareceu com boia, brinquedos e um monte de tranqueiras.

Carlos – Pronto meninos!!

Valdir – Que falta eles fazem nessa casa né seu Carlos, nem me lembro de quando usaram essa piscina novamente.

Carlos – Pois é, tenho que fazer o que todo avô faz né Valdir, cuidar e fazer as vontades dos netos.

O motorista foi dar ração para Chico e como prometido, Carlos ficou brincando com os garotos.

Da janela de seu quarto Alice assistia o pai, o todo poderoso empresário, paparicando seus sobrinhos bastardos.

Alice – Que coisa ridícula, depois velho fazendo esse papel idiota.

Alice – Comigo nunca teve tempo nem pra ver meu boletim da escola.

Alice – Nem você Rodrigo e nem essas duas pragas vão tirar um centavo do que é meu.

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Marcelo – A polícia está aqui?

Antônio – Fim da linha pra você Marcelo, você perdeu.

Antônio – A Cris viu você indo até a empresa, você deu de cara com o Rodrigo e recuou. Ela te seguiu e descobriu que você estava hospedado aqui.

Antônio – E hoje eu tive o prazer de desmascarar você e a bandida da Alice.

Percebendo que tinha perdido, Marcelo deixou de botar banca e começou a pensar numa saída, embora fosse praticamente remota, escapar daquela situação.

Antônio – Primeiro você tentou dar um golpe em mim, achando que eu era o herdeiro da família Santarém.

Antônio – Mas e agora, qual era seu plano com a Alice? Destruir o Rodrigo? Pegar todo o dinheiro do Carlos?

Antônio – Meu Deus, como eu pude um dia gostar de um cara como você?

Antônio – Você é podre, mal caráter, baixo, não gosta de ninguém.

Marcelo – Não Antônio, não sou tudo isso.

Marcelo – Eu sempre gostei de você, me apaixonei de verdade. Eu entrei no caminho errado mas claro que me arrependo de tudo que fiz.

Marcelo se aproximou de Antônio tocando seu ombro.

Marcelo – Me perdoa? Nós tivemos momentos tão bonitos.

Marcelo – Juramos tantas coisas um para o outro.

Sem que Antônio tivesse chances, Marcelo se aproximou e lhe beijou.

No mesmo instante Antônio o empurrou com toda sua força o derrubando no chão, sentindo asco.

Antônio – Tire as mãos de mim.

Antônio – Você acha que eu ainda sinto agora por você.

Vendo que seu plano não tinha dado certo, Marcelo deixou a máscara cair.

Marcelo – Viado nojento.

Marcelo – Vai recusar meus beijos? Você comia na minha mão, era apaixonado por mim.

Marcelo – Se você não tivesse me pego com outro, era capaz de até hoje estar comigo, levando um chifre atrás do outro.

Antônio – Nada que você fale ira me atingir. Por que você é um nada.

Antônio – E sabe o que é mais legal? O Gustavo, que foi o único que você disse ter amado, lhe traiu.

Antônio – Ele ia me contar tudo antes de morrer, ia entregar você.

Antônio – É impossível alguém gostar de Marcelo, até mesmo um pilantra de quinta categoria como o Gustavo.

Antônio conseguiu ferir Marcelo que espumando de raiva saiu do chão e foi pra cima dele, dando lhe um soco no rosto.

Antônio ficou zonzo mas conseguiu escapar do soco seguinte.

Marcelo voltou a ataca-lo, mas Antônio o segurou, dando lhe uma gravata, apertando seu pescoço.

Os dois caíram no chão e entraram em luta corporal. A raiva de Marcelo era enorme, mas a de Antônio era insuperável.

Deixando seu lado bonzinho de lado, Antônio deu uma surra no ex namorado.

Antônio – Vem, quer apanhar mais?

Marcelo – Eu posso até ser preso, mas antes eu vou acabar com você.

Marcelo pegou uma cadeira para jogar em Antônio, mas novamente levou outra sova.

Antônio o jogou contra a parede, estraçalhando um espelho, cortando seu rosto.

Marcelo levou a mão ao rosto, olhando desesperado o sangue em sua face.

Marcelo – Olha o que você fez!!!

Antônio – Você pensa que acabou?? Só está começando, cansei de ser bonzinho.

Antônio – Primeiro vou cuidar de você e depois será a vez da ordinária da Alice.

Enquanto isso Cris chegava toda afobada no prédio.

Cris – Cadê o Antônio?

Romeu – Esta la em cima.

Já havia vários carros da polícia na entrada do prédio.

Romeu – Ele está demorando demais lá em cima, acho que é melhor mandar a polícia subir.

Cris – Então vamos, estamos esperando o que?

Antônio pegou a sacola com o dinheiro deixando Marcelo ainda mais apavorado.

Marcelo – Largue meu dinheiro.

Marcelo tentou ir pra cima, mas Antônio pegou um pedaço de madeira pra se defender.

Antônio – Você não vai precisar de dinheiro na cadeia.

Marcelo – Largue meu dinheiro Antônio, por favor!!!

Marcelo – Eu não vou sair dessa história sem nada.

Antônio foi dando passos para trás chegando na sacada do quarto e Marcelo foi avançado lentamente.

Antônio – Esse dinheiro não é seu. É um dinheiro sujo.

Marcelo – Antônio... Por favor!!!

Antônio – Você quer??? Então vai pegar....

Antônio virou-se e num gesto rápido esticou o braço, jogando a bolsa com dinheiro no ar.

Marcelo – Não!!!!!!!!!

Marcelo arregalou os olhos e correu para o parapeito, mas já era tarde demais.

Cris e Romeu ainda estavam na rua e pararam no mesmo instante quando aquela chuva de dinheiro começou a cair do céu.

Cris – Meu Deus!!!!

Imediatamente começou uma aglomeração na rua, vários carros pararam e muitas pessoas cercaram a frente do hotel, avançando uma sobre as outras tentando pegar o dinheiro de Marcelo.

Marcelo – O que você fez??? O que você fez??

Antônio – Pula, você quer não tanto esse dinheiro?

Marcelo olhava apavorado todas aquelas pessoas la em baixo se matando para pegar a grana que era sua.

Ele ignorou Antônio completamente e desceu para o hall. Antônio foi logo atrás e a essas alturas já havia uma confusão generalizada.

A polícia cercou Marcelo, mas seu desespero era tanto que ele começou a se debater, não para fugir, mas para pegar algumas notas.

Cris – Como você está? Ele te machucou?

Antônio – Cadê ele? A polícia o pegou?

Uma multidão se formou na rua e outra invadiu o hotel. Com toda aquela confusão Marcelo conseguiu escapar.

Para controlar a confusão um policial deu tiros para o alto, iniciando uma correria.

Em segundos o local se esvaziou, sem nenhuma cédula de dinheiro para contar história.

Cris – Tonio você arrasou.

Antônio – Eu arrasei foi com a cara dele.

Romeu – Mas foi perigoso, ele poderia estar armado.

Cris – Essa chuva de dinheiro.

Cris – Consegui pegar um 300zentinho, vou comprar até um vestidinho novo.

Antônio deu um sorriso.

Antônio – Só você mesmo pra me fazer rir numa hora dessas.

Romeu – Mas seu gesto ajudou ele a fugir.

Antônio – Romeu, o Marcelo não me interessa mais.

Antônio – Eu estou seco é pra pegar a Alice. Ela sim é a culpada de tudo que está acontecendo.

Antônio – Inclusive deve ser culpada por coisas que nem imaginamos.

Cris – Disso eu não tenho a menor dúvidas.

Antônio – Eu preciso contar tudo isso ao Rodrigo.

Cris – Impossível, passei na sua casa e sua mãe diz que ele viajou.

Antônio – Viajou pra onde?

Cris contou sobre os planos de Rodrigo e Antônio ficou ainda mais preocupado.

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Benedita – Meu marido foi até a cidade vizinha comprar umas coisas pro sitio e quando é assim ele demora.

Rodrigo – Tudo bem, eu vou espera-lo.

A caseira ficou surpresa com a visita e foi para a casa principal preparar um café.

Rodrigo ficou na sacada da área externa olhando as montanhas ao redor. Tirando um papel amassado do bolso ele abriu e ficou lendo aquela frase: SEU MARIDO TEM UMA AMANTE.

Fazendo um esforço tentou recordar-se do dia do acidente.

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Elisa – Rodrigo!!! O que você esta fazendo aqui?

Rodrigo – Precisamos conversar, eu não tenho amante nenhuma.

Elisa – Você esta completamente bêbado.

Rodrigo – Me escuta!!!

Elisa – Precisamos conversar sim, eu preciso te contar...

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Rodrigo – Não consigo me lembrar de nada daquele dia.

Rodrigo – Mas não tem problema, hoje eu tiro essa história a limpo.

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Maria estava nervosa e ficou andando atrás de Antônio.

Maria – Seu rosto está machucado, sua mãe cortada.

Antônio – Não foi nada mãe.

Maria – Você correu riscos.

Maria – Não va filho, espere seu irmão chegar.

Antônio – Eu tenho que ir mãe. Eu vou atrás do Rodrigo.

Antônio – Ele foi até o sitio e ele vai acabar descobrindo tudo sobre a Alice.

Antônio – Por mais que ele esteja desconfiado ainda assim vai ser um baque pra ele quando começar a descobrir tudo que ela fez.

Maria – Eu sei, mas.. realmente não sei o que fazer.

Cris – Calma Maria, o Antônio vai conseguir ajudar o Rodrigo.

Maria – O Rodrigo é imprevisível, tenho medo que ele faça algo no calor da emoção.

Cris – Seus filhos são igualzinho, porque hoje o Tonio literalmente lacrou.

Romeu – Vai tranquilo Antônio, eu e a Cris ficamos aqui com sua mãe.

Cris – O Romeu está certo, vai com meu carro e qualquer coisa ligue.

Antes de sair, Maria deu um beijo no filho.

Maria – Vai com Deus filho e cuide do seu irmão.

Antônio a abraçou e saiu em seguida, pegando a estrada.

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Stela – Brincaram muito?

Rafael – Vó, eu dei um mergulho e afundei a cabeça.

Arthur – Eu também, e não afoguei.

Carlos – Esta parecendo dois peixes. Nunca vi gostarem tanto assim de água.

Stela – Então, quando vocês quiserem nadar, fala pro papai trazer vocês dois aqui.

Carlos – Tudo bem eu dormir aqui com eles essa noite de novo?

Stela – Claro Carlos, até porque estou atarefada, não para de chegar coisas pra festa de amanhã.

Carlos – Festa da minha empresa, que eu nem fui convidado.

Stela – Por favor, não vai começar, a Alice já está uma pilha de nervos organizando tudo.

Carlos – Eu tenho que resolver algumas coisas na rua, volto para o jantar.

Alice ficou em seu quarto pendurada no celular, falando com a empresa responsável pelo bufet.

Era um entra e sai na mansão e no final do dia montaram a decoração externa.

Alice – Está saindo tudo como planejei.

Alice – Amanhã será meu dia de glória.

Alice abriu um lindo vestido sobre sua cama, o que iria usar na festa.

Rafael e Arthur meteram a mão na porta e invadiram o quarto da tia.

Alice – O que vocês querem aqui? Ninguém deu educação pra vocês não?

Rafael – Tia Alice, vem brincar com a gente.

Alice – Saiam daqui, estou cheia de coisas pra fazer. Só mesmo o meu pai pra ter a infeliz ideia de trazer vocês dois aqui.

Os meninos estavam chupando sorvete, se lambuzando todo. Arthur subiu na cama e no mesmo instante derrubou o sorvete sobre o vestido de Alice que surtou.

Alice – O que você fez seu idiota.

Alice segurou o garoto pelo braço, arrancando de cima de sua cama, o sacudindo.

Rafael – Larga o meu irmão, não gosto que grita com ele.

Arthur começou a fazer cara de choro e Rafael enfrentou a tia.

Alice – Saiam da minha casa seus dois delinquentes, dois merdinhas.

Alice – Eu vou dar uma surra em vocês dois.

Rafael cerrou os olhos e igual ao seu pai, inflou o peito e encarou a megera.

Sem pensar duas vezes o garoto pegou o sorvete que segurava e atirou sobre Alice, a lambuzando toda.

Alice – Sua peste.

Alice segurou os sobrinhos pelos braço e o arrastou para fora do quarto. Arthur começou a gritar enquanto Rafael tentava se libertar.

Chico começou a latir e com a confusão Stela apareceu, ficando chocada com a cena.

Stela – Largue eles Alice.

Alice – Eu não quero mais esses dois aqui, olha o que eles fizeram na minha roupa.

Stela – Se controla Alice, o que está acontecendo com você?

Stela – Logo agora que o Rodrigo deixou eles virem aqui, está se reaproximando...

Alice – Pois eu quero que o Rodrigo vá para o inferno.

Stela tentou contornar a situação mas ficou muito preocupada com as explosões da filha.

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Já estava anoitecendo e Rodrigo já começava a ficar impaciente.

Rodrigo – Ele sempre demora assim?

Benedita – Às vezes sim e aqui o celular é meio difícil de pegar ainda mais com essa chuva que está vindo ai.

Um carro parou na entrada da casa e Rodrigo ficou surpreso ao ver o irmão.

Rodrigo – O que você está fazendo aqui?

Antônio – A mãe disse que você veio pra ca pra descobrir alguma coisa sobre a Simone, sobre o dia do acidente.

Rodrigo – Você não precisava ter vindo.

Antônio – Não sei o que você vai descobrir aqui, mas quero estar ao seu lado, te apoiar.

Antônio – Depois de toda força que você me deu, eu quero retribuir.

Rodrigo de início não gostou mas depois ficou contente do irmão estar ali com ele.

Antônio preferiu não contar a verdade sobre Alice e Marcelo, ele preferiu esperar que Rodrigo descobrisse sozinho.

O tempo foi passando e Rodrigo já estava cansado de esperar e resolver ir embora, mas a chuva que já havia sido anunciada veio com tudo e um forte temporal se formou no lugar.

Benedita – Eu preparei os quartos, meu marido ligou disse que só vai vir amanhã.

Rodrigo – Então amanhã a gente volta.

Benedita – Não vai ser possível, caiu uma barreira na estrada, ela está interditada. Vai ser impossível vocês saírem daqui.

Rodrigo ficou nervoso, pois estava tudo dando errado e para piorar teria que passar a noite naquele lugar.

Antônio ficou mais tranquilo pois sabia que Cris e Romeu estavam tomando conta de sua mãe.

A empregada se retirou e Rodrigo e Antônio ficaram sozinhos na casa.

Antônio – Que lugar bonito, casa bonita. Você vinha sempre aqui.

Rodrigo – Vim pouquíssimas vezes. Depois que a Elisa morreu acho que nem o Sidney e a Telma voltaram aqui, não entendo porque ele não vendeu.

Rodrigo – Esta com fome?

Antônio – Estou sim, sai correndo.

Rodrigo – Veio só pra me dar força?

Antônio – Você acha pouco?

Rodrigo notou um machucado no rosto de Antônio, mas ele conseguiu disfarçar, inventando uma história qualquer.

Os dois comeram algo e depois cada um foi tomar banho em um banheiro diferente.

Antônio apareceu no quarto com os cachos molhados e ficou observando o irmão.

Rodrigo estava na janela do quarto, olhando as montanhas.

Antônio – A chuva não da trégua né?

Rodrigo – Será que está chovendo em São Paulo? O Rafa e o Arthur morrem de medo de relâmpago.

Antônio – Eles tiveram a quem puxar.

Rodrigo olhou para Antônio, como se quisesse saber mais.

Rodrigo – Eu com medo?

Antônio – Uma das poucas lembranças que tenho de você, da nossa infância era essa.

Antônio – Sempre que chovia, dava aqueles clarões, você vinha até minha cama, dizendo que estava com medo.

Rodrigo – É? E?

Antônio – Dai eu pegava minha caixa de sapatos cheio de carrinhos quebrados, que você quebrava, eu íamos pro chão brincar, pra você se distrair.

Rodrigo deu um sorriso discreto.

Rodrigo – E você não tinha medo?

Antônio – Muito medo, mas eu tinha que cuidar de você, fazer você não sentir medo.

Rodrigo voltou a sorrir, ele embora nunca perguntava, mas tinha curiosidade de saber mais se sua história, de sua origem.

Rodrigo – O que mais?

Antônio ficou falando de tudo que lembrava ocultando as partes ruins, tudo que envolvia a violência de seu pai.

Ao ver o irmão encolhido no sofá, Rodrigo levantou-se e pegou uma mantar, colocando em seu ombro e em seguida mudou de lugar, sentando-se ao lado de Antônio.

Rodrigo abriu uma garrafa de vinho e ficou ao lado de Antônio, olhando a chuva caindo na varanda, conversando coisas agradáveis.

Rodrigo – Obrigado por ter vindo.

Rodrigo – Não tinha a intenção de passar a noite aqui e seu eu tivesse sozinho ia demorar ainda mais para o tempo passar.

Rodrigo – Não atrapalhei nada com seu namorado?

Antônio – Que namorado? Não tenho namorado.

Rodrigo – E o Lucas?

Antônio – Eu e o Lucas nunca fomos namorados. Ele é um rapaz maravilhoso, mas eu acho que nunca iria dar tudo que ele merece e poderia uma dia faze-lo sofrer.

Rodrigo – Mas você disse que você e ele eram...

Antônio – Pois é, mas era mentira, sei a porque disse aquilo.

Rodrigo não questionou mas por dentro sentiu uma felicidade, um alivio.

Antônio – Olha que vista bonita!!!

Os dois apreciavam a paisagem, que era linda apesar da chuva.

Rodrigo – Vou tirar uma foto.

Rodrigo – Ué, está dizendo que a memória está cheia.

Antônio – Só excluir uma música, ou foto.

Rodrigo – Mas não tenho nada dessas coisas no celular.

Ao abrir os arquivos, Rodrigo ficou chocado com o que viu.

Rodrigo – Mas o que que é isso?

Tinha mais de umas 300 fotos de Rafael e Arthur. Os dois fazendo selfie.

Rodrigo – A tripas!!!

Tinha foto para todos os gostos, os dois sorrindo, fazendo careta, abraçados, mostrando a língua, junto com Chico, Deitados, correndo, eram fotos que não tinham fim.

Rodrigo – Ah quando eu pegar esses dois...

Antônio – Ah, olha essa como eles estão lindinhos.

Antônio – Olha essa outra.

Rodrigo estava furioso mas tinha que concordar com Antônio.

Antônio – Guarde algumas, olha o sorriso lindo deles.

Rodrigo – Sorriso de quem esta aprontando.

Rodrigo também ficou passando as fotos e quando viu já estava babando por suas crias.

Rodrigo – Vou ter que colocar um cadeado no meu celular, tripas sem vergonha.

Os dois perderam a noção do tempo e foram para o quarto, cada um em quarto diferente.

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No dia seguinte no café da manhã Stela enquadrou Alice, mas quando Carlos apareceu as duas mudaram de assunto.

Alice – Cadê os anjinhos?

Carlos – Estão dormindo ainda.

Carlos – Vou resolver umas coisas na rua e na hora do almoço levo eles embora.

Stela – Deixe o Rodrigo vir pega-los.

Carlos – Liguei pra Maria e ela disse que ele e o Antônio estão viajando.

Alice – Lua de mel?

Carlos – Não teve a menor graça esse seu comentário.

Alice – Desculpa, mas se vocês insistem em colocar uma venda nos olhos...

Carlos – Vou sair, cuidado com as crianças Stela, esse monte de gente trabalhando no jardim pra montar esse circo, eles podem se machucar.

Alice foi dar algumas instruções para os empregados, sua cabeça estava a mil.

Rafael e Arthur ficaram brincando com Chico e ao verem a tia mostraram a língua para ela e depois caíram na risada.

Alice estava se corroendo de ódio pela atenção e cuidado que o pais estava dando aos garotos.

Andando pelo jardim ela viu Chico comendo ração sozinho e vendo que os garotos não estava por perto se ajoelhou e ficou passando a mão nos pelos do animal.

Alice – Pulguentinho.

Alice – Você deveria estar num canil, não vou querer que os meus convidados pisem em coco de cachorro.

Chico ficou lambendo sua mão e embora com nojo Alice ficou agradando o animal.

Alice – Vamos dar uma voltinha com a tia Alice?

Alice pegou o animal e foi até a porta de entrada da mansão.

Alice – Isso, vem, vamos dar uma voltinha na rua.

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Rodrigo – Bom dia.

Antônio – Acho que dormi demais.

Rodrigo – A Dona Benedita disse que o marido já esta vindo pra ca.

Rodrigo – Vou tirar essa história a limpo e depois vãos embora.

Antônio – Tudo bem, não tem pressa.

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Rafael e Arthur estavam brincando dentro da mansão e ao irem para o jardim começaram a procurar por Chico.

Rafael – Chico!!!

Arthur – Cadê você???

Rafael – Vó, você viu o Chico?

Stela – Não vi, vai la perguntar para o Valdir.

Os garotos ficaram rodando por toda mansão. Havia várias pessoas trabalhando para a montagem da festa e ninguém havia visto o cãozinho.

Rafael – Valdir, você viu o Chico?

Valdir – Ele não estava com sua tia?

Valdir tinha visto Alice sair com o cachorro mas até então não tinha notado nada de anormal.

Rafael e Arthur foram a até a tia que o tratou de maneira educada, mas sendo totalmente irônica.

Arthur – Ele sumiu.

Alice – Ahhhhhh

Alice – Vai ver ele foi dar uma volta, foi ao shopping, ou tomar um sorvete.

Alice começou a rir e deixou os garotos falando sozinho.

Os meninos sentaram em um banco e ficaram de braços cruzados, começando a ficar tristes.

Valdir – Ei, porque vocês dois estão quietinhos ai, não vão brincar?

Rafael – A gente ta triste Valdir, o Chico sumiu.

Valdir – Eu vou ajudar vocês a procurarem ele.

O motorista começou a andar pelo jardim e parou na porta da mansão quando bateram.

Uma pessoa aflita começava a falar e Rafael e Arthur correram até ele, indo pra rua.

- Ele estava rondando aqui na frente da casa faz um tempão.

- Ele entrou na frente de um carro e foi atropelado.

Valdir viu o cãozinho deitado do outro lado da rua e segurou Rafael e Arthur que começaram a chorar.

Alice – O que que está acontecendo aqui?

Valdir – Atropelaram o cãozinho deles.

Alice – Morreu?

Valdir – Calma meninos, eu vou levar ele até o veterinário.

Alice – Não Valdir, você vai me levar ao cabelereiro.

Valdir – Mas Dona Alice, o cãozinho está machucado, os meninos estão chorando.

Alice – Esta contrariando minha ordem?

Alice – Tenho uma festa hoje e preciso arrasar. Se acontecer alguma coisa depois o Rodrigo compra outro cachorro pra eles.

Valdir olhou para a patroa e para o cão deitado do outro lado da rua enquanto segurava Rafael e Arthur.

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Rodrigo e Antônio correram para a porta da casa quando escutaram o carro do caseiro estacionando.

Januário – Como vai seu Rodrigo?

Januário – Minha esposa disse que o senhor queria falar comigo. A estrada estava interditada.

Rodrigo não fez rodeios e foi direto com o caseiro.

Rodrigo – Eu estivesse aqui a alguns meses atrás querendo saber sobre o dia do acidente da Elisa.

Januário – Eu disse tudo que sabia.

A Dona Elisa chegou de carro, depois o senhor chegou, o senhor estava muito embriagado.

Antônio – E depois?

Januário – Depois chegou a amiga dela que sempre vinha aqui, a Dona Simone.

Antônio – Você conseguiria reconhecer a Dona Simone?

Januário – Claro, ele veio aqui várias vezes.

Rodrigo olhou para Antônio e depois pegou o celular, colocando uma foto de Simone.

Rodrigo – Essa aqui é a Simone?

O caseiro olhou e fez um gesto negativo.

Januário – Não, nunca vi essa mulher na vida.

Rodrigo – Essa é a Simone.

Januário – Não pode ser, nunca vi essa mulher na vida.

Rodrigo ficou nervoso e olhou para Antônio que tocou seu ombro, como quem lhe desse forças.

Rodrigo pegou o celular e colocou uma foto de Alice e exibiu para o caseiro.

Rodrigo – E essa mulher você conhece?

O homem olhou e foi taxativo, dando um sorriso.

Januário – É essa, essa é a Dona Simone.

Januário – Ela que esteve aqui no dia do acidente.

Rodrigo sentiu o sangue ferver, tremendo as mãos. Embora não fosse surpresa, Antônio também ficou chocado.

Antônio – Calma Rodrigo.

Rodrigo – Você tem certeza?

O caseiro contou novamente tudo que aconteceu naquela tarde e a cada palavra Rodrigo ia ficando cada vez mais nervoso.

Januário – A Dona Elisa saiu com o carro e ele saiu logo em seguida.

Antônio – Porque você nunca disse isso a ninguém?

Januário – Nunca ninguém me perguntou nada e depois o Seu Sidney também nem apareceu mais aqui, só mandava um empregado dele vir e fazer alguns pagamentos.

Rodrigo voltou pra dentro da casa e tirou o papel do bolso.

Rodrigo – A Alice Antônio, era ela que mandava essas cartas para a Elisa. Ela que estava aqui no dia do acidente e não a Simone.

Rodrigo – Meu Deus, a Alice é um monstro.

Antônio – Calma Rodrigo, você precisa ser forte, eu não vi aqui só pra lhe apoiar.

Antônio – No fundo eu tinha uma pequena esperança, por mais remota que fosse, de tudo isso ser um mal entendido.

Antônio contou sobre a briga com Marcelo, sobre o dinheiro, sobre tudo que descobriu.

Antônio – Eu e o Romeu a flagramos dando dinheiro ao Marcelo.

Antônio mostrou a foto ao Rodrigo.

Antônio – Ela que contou ao Sidney que eu e você estava tendo um caso, provavelmente ela que também contou ao seu pai lá atrás.

Antônio – Ela armou tudo de um jeito que se apertasse pra ela a Simone levaria toda a culpa. Foi ela também que deve ter entregado o dossiê que o Marcio tinha contra você, para seu pai, por isso ela namorou ele.

Antônio – Ela está por trás de tudo de ruim que aconteceu com você e comigo.

Antônio – Ela usou o Gustavo e o Marcelo para poder nos infernizar e para conseguir atingir o grande objetivo dela, ser sozinha a dona da empresa da sua família.

Rodrigo deu um murro na mesa soltando um grito em seguida.

Rodrigo – Desgraçada.

Rodrigo pegou as chaves do carro e saiu correndo. Antônio foi logo atrás, tentando alcança-lo.

Já era fim de noite e o jardim da mansão Santarém já estava todo iluminado e os garçons a postos para servir os convidados que começavam a chegar.

Carlos – Quero falar com você.

Alice – O que foi pai.

Carlos – Quero que você devolva as ações do Rodrigo e sobre a empresa eu quero...

Alice – Pai, hoje é a festa de 50 anos da empresa, você escolheu o pior momento pra querer conversar.

Alice já estava toda arrumada, impecável, usando um vestido e joias caríssimos.

Para sua surpresa seu celular começou a tocar, não acreditando quem era.

Alice – Marcelo!!!

Alice – O que essa bicha ainda quer?

Marcelo – Atende Alice, você precisa me ajudar.

Marcelo tentou várias vezes mas Alice ignorou o rapaz.

Sem ter pra onde correr Marcelo resolveu ir até a mansão.

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Rodrigo estava na estrada quando recebeu uma ligação da mãe. Sua intenção era confrontar a irmã mas ao chegar em São Paulo foi direto para a casa.

Antônio vinha o seguindo e chegou logo atrás.

Rodrigo – O que foi?

Ao ver o pai Rafael correu chorando para seus braços.

Arthur fez o mesmo com Antônio.

Antônio – O que está acontecendo?

Rafael – Papai, o Chico vai morrer?

Maria – O Chico foi atropelado.

Cris – Eu e o Romeu acabamos de chegar da clínica veterinária.

Rodrigo – Atropelado como? Aquela casa é uma fortaleza.

Rodrigo – Como foi isso Valdir?

Valdir – Não sei seu Rodrigo.

Antônio – Alguém saiu com ele, ou deixou o portão aberto?

Cris deu um sorriso sarcástico.

Cris – Logico que foi isso né Tonio, e nós sabemos muito bem quem foi.

Rodrigo segurava o filho no colo, que não parava de chorar.

Rodrigo encarou o motorista que começou a contar tudo.

Valdir – Eu vi a Dona Alice saindo com ele, mas achei normal. Depois vi os meninos procurando ele e um vizinho bateu la dizendo que ele tinha sido atropelado.

Valdir - Depois ela não quis que eu levasse o cãozinho para o veterinário, mas não obedeci as ordens dela, acho que estou até sem emprego agora.

Romeu – Seu pai estava la com a gente no veterinário.

Romeu – Eles estão tentando mas se não der vão ter que sacrifica-lo.

Antônio - Sacrificar?

Rafael – Papai, o Chico vai morrer?

Rodrigo passou o dedos nos olhos do filho, limpando suas lagrimas.

Rodrigo – Não vai não filho, o papai promete.

Rafael – Então porque a gente não pega ele?

Arthur – Eu estou triste.

Maria – Eu não sei mais o que eu faço, eles estão muito emocionados.

Rodrigo e Antônio levaram os filhos para o quarto e Maria ficou cuidando deles.

A raiva de Rodrigo e Antônio já estava na estratosfera, tamanha a maldade de Alice e principalmente por verem os meninos tristes daquela maneira.

Rodrigo – Cuida deles mãe!!

Maria – Rodrigo, não va fazer nenhuma besteira.

Rodrigo – Eu fiz besteira a vida inteira, mas a que eu vou fazer hoje eu não vou me arrepender.

Rodrigo e Antônio saíram da casa.

Cris – Eu que não vou perder essa.

Cris e Romeu saíram e foram atrás dos dois.

A festa na mansão começava a bombar recebendo inclusive convidados indesejados.

Alice – Você? Quem te chamou?

Simone – Olá querida, você achou mesmo que eu ia perder uma oportunidade como essa? De lhe prestigiar.

Alice – Vou chamar os seguranças.

Simone – Chame e eu começo um escândalo sem precedentes.

Alice olhou com raiva e deixou Simone para trás, em sua cabeça ela era apenas uma penetra.

Alice – Quer ficar, então fique, aproveite que o champanhe é de graça.

Quem também entrou de penetra foi Marcelo, mas ao contrário de Simone que se exibia pra tudo e pra todos, ele ficou escondido, esperando a chance de contar para Alice que Antônio já sabia de tudo.

Simone – Vai biscatinha, você nem imagina o que te espera hoje.

Alice queria circular pela festa, se exibir, mas seus pais não estavam dispostos a colaborar.

Telma e Sidney deram as costas, indo para dentro da mansão.

Márcio – Quais os seus planos para hoje?

Alice – Gente, tem uma festa la em baixo, eu não vou continuar com esse assunto.

Stela – Escuta seu pai Alice.

Alice – Você vai perdoa-lo, depois de toda traição que ele fez com você?

Carlos – Me respeita Alice.

Carlos – Eu não lhe reconheço mais. Olha as pessoas que você colocou dentro da nossa casa?

Carlos – Seu avô e eu construímos essa empresa de maneira honesta e agora você vai fechar parceria com esses empresários bandidos?

Alice – Mas que saco, esse assunto de novo?

Alice – Pai seu tempo passou, sua administração retrograda não funciona mais.

Carlos iniciou uma discussão com a filha sendo apoiado por Stela.

Telma e Sidney chegaram e se irritaram ao ver Simone.

Telma – O que você esta fazendo aqui, sua assassina.

Sidney – É muita cara de pau de sua parte.

Simone – Eu dei os melhores anos da minha vida para essa empresa.

Simone – E vocês ainda irão me pedir perdão por todas essas ofensas.

Telma – E ainda tem a ousadia de nos enfrentar.

O casal saiu e Marcio se aproximou da amiga.

Márcio – Quais os planos para hoje?

Simone – Acabar com a Alice.

Simone foi até a mesa de som e falou com a equipe que iria transmitir o vídeo institucional da empresa.

Ao virar-se deu de cara com Bruno.

Simone – Bruno!!!

Bruno – Eu quero meu pen drive de volta!!!

A festa bombava, algumas pessoas dançavam no jardim, outras conversavam na sala, a comida e bebida eram servidas sem parar. Tudo estava dando certo até que....

Rodrigo entrou na mansão quase derrubando o portão. Desceu do carro no meio do jardim e pisando forte foi para dentro da casa, com Antônio atrás.

Sentindo o sangue nos olhos, Rodrigo esbarrou num garçom que derrubou tudo no chão, chamando a atenção dos convidados.

Antônio vinha logo atrás e viu Simone mas sua preocupação com Rodrigo era maior do que o pen drive que lhe pertencia.

Rodrigo subiu as escadas indo direto para o quarto de Alice.

Stela – Ouça seu pai, eu li sobre essa gente, são verdadeiros bandidos.

Alice – Eu sei o que estou fazendo mãe.

Carlos – Eu não vou deixar você destruir tudo que eu construí.

Alice – Eu sou a presidente do grupo Santarém, ninguém pode nada contra mim.

Rodrigo empurrou a porta entrando feito um caminhão desgovernado.

Alice – Era só o que me faltava!! Se você veio aqui pra...

Alice nem teve tempo de terminar a frase.

Rodrigo fechou a mão e com toda sua força acertou um soco no rosto de Alice.

Stela – Meu Deus!!!

Carlos – Rodrigo!!!!

Alice voou para tras, caindo sobre uma mesa derrubando um monte de coisas sobre seu corpo.

Sentindo o gosto de sangue na boca ela não teve tempo de agir.

Como um touro, Rodrigo montou sobre seu corpo, segurando na alça do seu vestido.

Rodrigo – Enquanto você estava se metendo comigo tudo bem...

Rodrigo – Mas agora que você ousou a se meter com os meus filhos eu vou fazer você se arrepender do dia que nasceu.

Rodrigo – Eu vou acabar com você!!!

Continua...

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Comentários

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acho q vc ficou louco antes da data prevista... atualisa cara quero saber o fim da historia uma perola aki desse site nao pode ficar assim inacabada volta logo abraço

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Pessoal estou muito ocupado por conta do término da facul, mas mês que vem, la pelo dia 15/11 ou antes volto pra concluir a história, isso se eu não ficar louco antes, rsrs

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Estou com urticária para ler a continuação. Por favor, não demore a postar! Um abraço carinhoso para ti,

Plutão

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Hora hora desistiu do conto, logo logo fara dois meses e nada.

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Vou postar o quanto antes é que estou atolado com coisas da faculdade.

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Cadê a continuação, tá demorando muito e seu conto é excelente.

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Nota 10000000 não sei oq falar só sentir, volta logo por favor rs

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Meu Deus!!!! 1º q já faz quase 2 meses q o cara volta e eu fico sabendo agora, depois vejo já milhões de capítulos do melhor conto do mundo e ainda por cima cada capítulo melhor q o outro!!!!! Q saudade eu estava de vc Dr. Romântico, já quero muitos capítulos , até pensei q vc tivesses desistido.

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Estou gostando muito da queda de Alice. Espero que o Bruno não impeça a Simone de passar o vídeo. Vai ser a cereja do bolo. Um abraço carinhoso para ti.

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Que tudo. Que raiva dessa Vacalice. Espero que ela tenha um final pessimamente péssimo.

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gente a casa caiu... hora dessa desgraçada paga por tudo q ela fes... acho q se eu tivesse nessa festa ate eu tiraria uma casquinha e a esmurrava... kkkkkkkk (semprefui maldosa... mas a alice tiroukuita gente do serio... incluindo... eu...k)

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MARAVILHA. ACREDITO QUE TODO MUNDO NESSA FESTA TEM UM MOTIVO PRA ODIAR ALICE. VEREMOS.

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Aff é muita emoção, pra aguentar até a próxima semana.. é agora que a pura da Alice vai ter o que merece, cadela safada...

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Se o autor não bolar uma morte macabra pra essa Putalice, eu não sei o que eu faço. A partir do momento que alguém mata um cachorrinho inocente na história, eu quero a cabeça dela rolando pelo chão. Não quero prisão, sanatório ou seja lá o que for, QUERO MORTE, QUERO SANGUE, QUERO TORTURAS ANTES DA MORTE. Desgraçada!

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