O castigo - parte 1

Um conto erótico de S. Costa
Categoria: Heterossexual
Contém 691 palavras
Data: 12/08/2017 22:15:26

Esse relato tem mais ou menos uns 6 anos, não me recordo muito bem. Me chamo Sávio, sou branco, magro, tenho 42 anos e trabalho como advogado em uma construtora (não posso revelar a cidade por motivos óbvios).<br>

Tudo começou quando morreu o vice-presidente da companhia. Quando me formei na faculdade, trabalhei por muito tempo em um escritório com uns colegas que se formaram comigo, minha área era direito empresarial e foi quando tive o primeiro contato com a empresa para resolver uma bronca na qual estavam inseridos. Modestia à parte, sou esforçado no que faço e dei uma boa impressão para os diretores, que me propuseram largar o escritório e vir trabalhar como diretor do departamento jurídico que eles criariam somente caso eu viesse. A oferta era tentadora, ganharia um salário (muito generoso) fixo por mês e um adicional caso tivesse que viajar ou representar a companhia em alguma audiência. Conversei com a minha esposa e ela prontamente aceitou.<br>

Depois de mais ou menos um ano trabalhando (vou frisar, sou péssimo com datas e por isso não tenho certeza se foi isso exatamente) ocorreu o fatídico dia do querido senhor Vicente. Ele era membro do conselho de administradores desde os primórdios e há 5 anos ocupava a vice-presidência, nós que o conhecíamos tivemos 7 dias de luto e s demais funcionários trabalharam em turnos reduzidos.<br>

Quando retornei às atividades cotidianas, bateu na minha porta um rapaz chamado Ricardo, perguntando se eu poderia atendê-lo.<br>

- Claro garoto, pode entrar.<br>

Ele aparentava ser novo, mas acabei me surpreendendo com o que ouvi:<br>

- Olá doutor Sávio, sou Ricardo Allegrinni, o novo vice-presidente da nossa companhia.<br>

Fiquei chocado, um garoto novo daqueles assumindo a vice-presidencia era algo realmente inusitado. Eu parabenizei-o por receber um cargo de tamanha confiança, e recebi uns documentos para arquivar, os quais imediatamente repassei ao meu estagiário e fui dar uma volta até o departamento de registros para saber mais sobre o meu novo chefe.<br>

Ricardo era um cara alto, branco, tinha sombrancelhas grossas e olhos verdes. Seu corpo é do tipo atlético só que um pouco mais musculoso do que o de um jogador de futebol, era um cara que tinha um sotaque meio italiano (desconfio que é devido a sua família, mas não posso afirmar isto com certeza) e muito gente fina, rapidamente nos tornamos amigos.<br>

Tempos depois eu estava conversando com o diretor de RH da empresa que era muito meu amigo, o Alex. Ele é um cara meio baixinho, tem hoje 55 anos, gordo e com cabelos apenas na lateral da cabeça, grisalho, geralmente usa uma barba bem aparada mas naquele dia ele havia passado aquele prestobarba maroto. O Alex é flamenguista fanático, e naquela noite ia ter um jogo contra o Vasco que já estava animando os bastidores da companhia há uma semana. Nós marcamos de ir assistir o jogo, e convidamos o Ricardo que nos avisou logo para não ficarmos nervosos durante o jogo (ele era vascaíno) porque ele não queria ter trabalho com a gente no bar.<br>

Eu não torço para time algum, mandei mensagem para a minha esposa que ia assistir o jogo com a turma e ela falou que ia passar a noite na casa da mãe dela, o que foi uma ótima coincidência. Os dois sentaram lá e eu fui jogar uma sinuca, já que não tinha nenhum interesse no placar da partida. Quando voltei, vi o Ricardo todo sorridente contrastando com o Alex vermelho fumando um cigarro na janela. Ao ver aquilo pensei "Putz, o Vasco ganhou. O Alex é tão fanático que até a pressão dele se altera quando o Flamengo perde pro Vasco" mas cheguei lá e me fiz de desentendido.<br>

- Que foi meu tigelinha (chamava o Alex assim por causa da careca dele) você está meio jogado aí pelos cantos, quanto ficou o jogo? Perguntei.<br>

- Ficou 3x2, culpa daquele buceta do Deivid que perdeu um gol sem goleiro. Viadão burro do caralho. Tem que vazar do mengão aquele gala seca. Disse o Alex esbravejando pelo bar arrancando gargalhadas de mim e do Ricardo.

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