Histórias da Minha Vida - Parte 186

Um conto erótico de Phabiano
Categoria: Homossexual
Contém 1332 palavras
Data: 02/07/2017 23:14:10

Enfim chegou o dia tão esperado, era o aniversário do Ricardo, e naquele final de semana teríamos a casa cheia de amigos novamente, para comemorar aquele dia tão especial do Rick.

Seria um dia ainda mais especial para meu magrelo, pois, naquele dia, o pai também faria uma visita para tentar resgatar um pouco do tempo e do amor que ambos não puderam oferecer um ao outro. Apesar de ver a alegria estampada no rosto do William, eu não aceitava que ele pudesse criar laço ou alguma especie de vinculo com o homem que o abandonou por causa de bebidas e mulheres. Ele não merecia um pingo de respeito ou atenção, pelo menos não da minha parte!

A Laura passou grande parte daqueles 15 dias se lamuriando baixinho pelos cantos, as vezes chorava e na grande maioria apenas se fechava e se isolava em sua casa, isso me preocupava muito, mas o filho que queria saber de conhecer o pai, e nem dava atenção para minhas broncas. O William só queria saber de ver o pai, saber se tinha traços físicos parecidos ao do progenitor, se o pai era bonito, se ele tinha herdado a piroca grande do pai, se o pai também era galanteador.(O igor já com 6 anos, tinha mais maturidade que o William).

Tanto tre - le - le, que me irritava, eu sabia que a senvergonhisse ele havia puxado do pai.

Minha mãe pedia paciência, que era um direito dele de conhecer o pai, e que, ele mesmo que julgasse se certo ou errado, a nossa obrigação era apenas apoiar o William e ficar ao lado dele (até parecia que minha mãe era a esposa e eu a bruxa malvada da história).

Enfim que naquela manhã a Laura ligou chorando pra mim, dizendo que não queria perder o único filho para um homem que tirou tudo dela, a única coisa boa que havia lhe deixado era o magrelo.

Eu tentei conversar com o William, para que ele entendesse o lado da Laura e que não doasse tanto amor, carinho e atenção para um homem que sempre soube onde o filho estava, mas que nunca o procurou, ou se quer enviou uma carta ou bilhete para o filho. E que também não esperasse muita coisa, não criasse expectativas de fantasias com um homem que se quer sabia ou imaginava que o filho era casado com outro homem.

- Binho! Você e minha mãe paressem que não querem me ver feliz, até parece que estão rogando praga em mim, eu não preciso da opinião de vocês dois!

Depois de ouvir essas palavras escorrendo da boca do William, eu explodi com ele e aquela discussão, seria a primeira de muitas e o início do nosso fim. Ele estava muito feliz sem a presença do pai!

Eu não podia perder o meu foco, eu estava correndo com os preparativos do aniversário do Rick, o Iago estava me ajudando, a Vick estava empenhada em fazer uma decoração super baladeira e além disso se eu ocupasse meu tempo e pensamento, eu não lembrava que precisava esganar o William e o pai dele: Sim! Eu já tinha um ódio do homem, antes mesmo de o conhecê lo pessoalmente.

Minha mãe, vendo a situação da Laura, a convidou para irem passar o final de semana na praia com o Igor, Laurinha e a Helena assim a pouparia de ficar em situação constrangedora com o ex marido ladrão.

Me lembro que a única vez que sai no braço com o William, ele foi embora e esqueceu o violão em casa e eu fui entregar pra mãe dele. Naquele dia eu vi nos olhos dela, que ela tinha aceitado qur o filho era gay, naquele dia ela me aceitou como a um filho e me adotou como tal, ela é minha segunda mãe, meio que assumiu um pouco o lugar da tia Lu, a Laura terá lugar em meu coração eternamente.

Naquele mesmo dia, nós abrimos nossos corações, ela explicou um pouco sobre o motivo de ter separado do pai do William, sobre as traições, das bebedeiras, das agressões que sofria dentro da própria casa, do marido que saia para farrear e só voltava para casa, quando não tinha mais dinheiro para gastar com as putas e os amigos de bar.

Nosso maior medo era que o William desviasse do caminho certo, e se transformasse no pai. Era um pesadelo que ambos estavamos tendo e nossas mãos estavam atadas, o único que poderia escolher o melhor caminho, era o próprio William!

A pelo menos uns dois anos ou mais que eu não via a turma toda reunida.

Meus velhos, bons e grandes amigos todos em casa novamente.

Renan, Renato, Luiz, Carlos, Raul, Estela e o Maurício, Lili, Vick, Iago, até a Karen veio pra festa com a minha afilhada linda Sofya (detalhe é que a Karen e o Renato estão separados oficialmente), o Jorge estava botando ovo de tão preocupado com a festa do esposo rs, só faltou a Mara que ainda mora com os avós no norte.

Estava previsto para o sogro chegar as 15 horas, mas, 15:30, 15:45, 16:00, 16:45 e nada do homem aparecer.

Os amigos do Rick chegando, os amigos do Jorge chegando e a festa começou com muita conversa, som alto e muitas risadas.

Era exatamente assim que eu gostava de ter a casa, eu circulava pra todo lado, o Rick sendo um grande anfitrião dando atenção a cada amigo presente.

Renan e Renato na churrasqueira, Raul e Iago nas bebidas, isso nunca muda e eu amo esses meninos.

O William não descia pra comprimentar as pessoas e por isso resolvi subir pra chamar.

Ele estava sentado aos pés da cama, com a cabeça baixa e com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto.

Eu bati na porta:

- Tudo bem amor?

Ele me olhou com raiva e retrucou:

- Não sei, está tudo bem Fabiano? Você está adorando isso né? Você e a minha mãe são egoístas, não querem me ver feliz e por isso meu pai não vem hoje, disse que não pode vir, que se sente mal por vocês não gostarem dele. Agora você pode descer e comemorar com seus amiguinhos.

Eu já estava com raiva das birrinhas dele com a mãe, mas me colocar no meio, me rotular, me agredir com palavras porque o pai está fazendo charminho? Ele estava indo longe demais, e a minha paciência estava no limite.

Eu não revidei, não discuti, não resmunguei, não disse uma única palavra, apenas virei as costas e voltei pra festa.

A Vick e a Lili sentiram de longe que eu estava bravo e vieram me socorrer.

- Migo, oque foi?

- Nada não gente, depois eu conto, vamos tomar uma caipirinha com os meninos que hoje eu quero comemorar.

Uma parte de mim, queria subir até nosso quarto e degolar o magrelo, mas outra parte só queria chorar.

Bebi muito com um sorriso forçado o tempo todo, minha mãe me ligou e eu expliquei o acontecido a ela, eu estava com muita raiva daquele velho que eu nem conhecia ainda "demônio".

Em uma semana, já era a segunda discussão por causa daquele homem hipócrita. Naquela noite festejamos o aniversário, festejamos o encontro da turma, festejamos nosso crescimento e amadurecimento, festejamos tudo, e aos poucos a casa ia esvaziando. Quando sobrou apenas nós 3 (Eu, Jorge e Rick), aí limpamos uma boa parte da bagunça e subimos dormir, o Rick quis dormir em casa aquela noite.

Eu fui pro banheiro tomar banho, e logo sinto as mãos do William me alisando por trás.

- Quer uma massagem baixinho?

Eu não respondi, me lavei meio rápido e sai do banheiro, deitei na cama e me enrolei de uma maneira que o William não conseguisse encostar em meu corpo.

Ele deitou- se ao meu lado e me deu um beijo na nuca, me procurou, mas eu recusei, nunca havia recusado, mas estava chateado com ele.

Apaguei a luz do abajur, fechei meus olhos e demorei a dormi.

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Comentários

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Ai gente, não acredito que mais um casal perfeito do "mundo" gay vai se desfazer. Ultimamente só assisto filmes, séries ou leio livros que os casais que pareciam tão harmoniosos terminarem. Não estou sabendo levar.

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Ai meu Deus, vim até o seu perfil sem pretensão alguma e quando vejo que você atualizou, me subiu uma alegria enorme. Acredita que alguns meses atrás eu reli todos os capítulos para matar a saudade? Acho que o seu livro ou conto deveria ser tombado como patrimônio LGBT HAHAHAHA. Mas é sério, é muito importante para nós. Foi muito bom rever todos os personagens da história, foi uma nostalgia muito boa revê-los, e meu coração apertou ao ver o nome IGOR e lembrar de um dos mais queridos personagens que infelizmente faleceu. Ah, não gostei de uma parte que você deu a entender que o seu relacionamento com o "magrelo" iria chegar ao FIM, por favor, que isso não seja realmente o fim, vocês podem até ter se separado, mas reataram em seguida. Não estou preparado para que isso aconteça depois de tantos troncos e barrancos que vocês passaram. NÃO ESTOU MESMO!

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Acompanho tua história, apesar do grande hiato entre o penúltimo capítulo e este.O que significa a expressão:" início do nosso fim"? Espero que não seja o que estou pensando. Um abraço carinhoso,

Plutão

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(seria a primeira de muitas e o início do nosso fim), QUE BOBEIRA É ESSA

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