Confissões de Uma Casada 3 -Inesperado Encontro com o Ex Marido

Um conto erótico de André
Categoria: Heterossexual
Contém 1489 palavras
Data: 07/07/2017 12:19:59

Eu só não sabia que por trás daquele porte gentil, havia um homem possessivo e agressivo.

apesar de ele sempre me levar para casa, nunca o convidava para subir.

Certa noite, pensei que ele havia tomado coragem e subido sem ser convidado. Quando abri a porta, me segurei para não arrebentar o nariz do intrometido do Ricardo.

-O que faz aqui?

-Vim falar com você.-Ele olhou em volta.-Posso entrar?

-Não. Fala da porta.

-É particular. Daqui, algum dos vizinhos pode escutar.

-Sobre o que é?

-A casa foi assaltada.-Ele me olhou sério nos olhos.-E o assaltante deixou um recado pra você.

Gelei nesse momento. Será que ele sabia? Se soubesse, poderia usar aquilo contra mim. O deixei passar e ele sentou em frente à mesa de vidro, colocando uma pasta encima dela.

-Seu apartamento é legal. Moderno. Diferente da nossa casa rústica.

-Sua casa foi decorada por você e aquele decorador gay amigo seu.

-Certo.-Ele continuava a me observar.-Não me oferece nada pra beber?

-Não. Seja breve, preciso descansar.

-Por que nunca me disse que invadiram a casa?

-Não levaram nada. Não achei que fosse necessário.-Me sentei em frente a ele, enquanto ele tirava um tablet da maleta e passava alguns arquivos, pra me mostrar algo.-Levaram algo dessa vez? Jóias não foram, eu não tinha nenhuma.

-A televisão de plasma, o aparelho de som e alguns outros aparelhos eletrônicos. Nada que não dê pra comprar de novo.-Ele virou a tela pra mim.-Eu previa isso, mandei instalar câmeras por toda casa uma semana antes.

Rever a cena me deixou com o estômago embrulhado. Era como se pudesse ouvi-lo falando aquelas coisas em meu ouvido. Apesar de não ter áudio. Senti meu rosto arder, a garganta fechou. Meu corpo inteirou ficou tenso. Ele parou o vídeo quando o homem me jogou na cama, colocou a touca e foi embora.

-Por que trouxe isso?-Eu estava acabada. Lembrar o quão carente fui aquela noite e saber que ele usaria aquilo contra mim no tribunal, me deixou enjoada.

-Ele deixou um bilhete.-Ele me passou um pedaço de papel amarelo rasgado.-Procurei os vídeos, me surpreendi quando o vi invadir a casa a primeira vez.

“Dessa vez tive tempo de achar algo valioso. Você é uma distração e tanto”.

Joguei o papel na mesa com as mãos tremendo, não conseguia segurar as lágrimas. Soluçava quando Ricardo se levantou, sentou do meu lado e me abraçou. Estranhei, se ele estava disposto a me ferrar, por que me consolava?

-Devia ter me dito.-Ele acariciou meus cabelos de uma forma que me deixou mais relaxada. Era como estar em casa, um lugar que eu nem lembrava que existia.-Eu não imaginei que aquela sua compulsão por sair de casa era uma tentativa de fugir de outro estupro. Ah querida, você devia ter me dito. Eu teria posto as mãos naquele vagabundo e ele pagaria pelo que lhe fez.

Chorei ainda mais. Dessa vez de raiva, de frustração. Claro que ele não fez nada. Estava ocupado na cama com outra mulher!

-Me solta.-Me afastei dele e levantei.- O que raios você veio fazer aqui?

-Ju, isso não está certo. Eu sei que errei. Errei muito feio com você. Mas eu não queria te machucar.-Ele levantou e me puxou pro abraço.-Me perdoa Julia. Eu te amo, me perdoa.

-Vai embora Ricardo.-Meu corpo gostava daquela sensação. Apesar de minha mente mandar eu me afastar. Deus, eu odiava aquele homem. E o amava também. Como era possível? Eu estava com raiva de mim mesma por isso.-Ricardo, por favor, me deixa em paz.

-Não.-Ele segurou meu rosto.-Não enquanto eu não reparar o mal que te fiz. Eu preciso ter a chance de me redimir.

-Não há chances aqui.-Falei me afastando dele.-Você está melhor acompanhado por aquela mulher vulgar. É bem o seu estilo.

-Julia, o que eu preciso fazer pra você esquecer aquilo?

-Sumir da minha vida.-Dei um passo atrás, tentando sair de perto dele.-Vai embora de uma vez.

-Está certo eu vou.-Ele me olhou de um jeito doce. Sabia que eu me compadecia de homens que choram, aquele pilantra.-Mas antes, me dá um último beijo?

-Vá beijar aquela loura oxigenada que estava ganhando jóias de você e jantando em lugares caros no meu lugar.

Ele me beijou. Eu o esmurrei com força. Coloquei toda minha raiva pra fora enquanto socava o peito dele e o empurrava com os joelhos. Mas ele me prensou contra uma parede e os lábios dele prenderam os meus.

Amoleci em questão de segundos. A sensação de lar encontrado voltou. Eram beijos que eu conhecia, abraços que eu conhecia. Mas que me faziam mal. Tentei me afastar e acabamos caindo no sofá. Ricardo por cima de mim, aprofundou o beijo enquanto me soltava devagar, para se aconchegar comigo ao abraço.

Nosso lábios não desgrudaram mais. Senti o laço do roupão que usava folgar e a calcinha que usava ficou a vista. Ele beijou meu pescoço, eu ainda tentei tira-lo de cima de mim, enfiei as unhas nos braços dele, mas foi em vão. Ele era bem maior que eu. Me beijou o corpo inteiro e quando menos esperava, meus seios estavam sendo sugados por ele, enquanto ele abria o zíper da calça. Já estava com o dorso nu. Me abracei a ele sentindo o cheiro bom de homem limpo. Minha cabeça mandava mensagens para o corpo. Eu queria gozar. Ele beliscava meus mamilos de uma forma que me deixava zonza.

Sem tirar minha calcinha ele me penetrou. Entrou devagar, procurando deslizar suavemente, do jeito que eu gostava, com carinho.

Um gemido cortou minha garganta. Ele voltou a me beijar, enquanto se afundava entre minhas pernas. O abracei com força, envolvi sua cintura com minhas pernas e ele entrou ainda mais fundo. Começou a estocar em um ritmo lento e firme. Conforme ele penetrava eu gemia.

Ele parou um instante. Quando abri os olhos, pensei em correr, ou gritar. Ele me pegou no colo, ainda encaixada a ele e me levou para o quarto. Me deitou sobre a cama de ferro e continuou com os beijos e as carícias. Abrindo bem minhas pernas, ele puxou minha calcinha até rasgá-la.

Se livrou do resto das roupas devagar, sem parar de se mover dentro de mim, me deixando ainda mais molhada. Eu comecei a rebolar contra ele e gemi mais alto, conforme sentia ele ficar mais duro e grosso dentro de mim. Ricardo me segurou pela cintura e começou a me puxar de encontro ao seu pau. Arremetendo um pouco mais rápido, gemendo junto comigo. Gozamos juntos.

Ele se aninhou junto a mim, me abraçou com força. Eu queria aquilo. Queria mesmo ser amparada daquela forma até me sentir forte o suficiente para matá-lo a pancadas. E ele estava conseguindo o que queria, até abrir a boca.

-Eu te amo Julia.

-E só percebeu isso agora?-Eu puxei o lençol e em enfiei embaixo dele, dando as costas para Ricardo.-Por favor, vai embora.

-Julia, meu amor...

-Não me chama de amor!-Eu estava com uma raiva fora do controle.-Você nunca me amou, se acomodou ao meu lado.

-Não é verdade, eu sempre te amei.

-Mas eu não fui suficiente pra você!-Sentei na cama para ter mais força na voz.-Você não pôde se contentar comigo. Queria outras. E por Deus, o que ainda faz aqui?!

-Ju se acalma e me escuta.

-Não quero me acalmar e muito menos te escutar.-Me levantei enrolada no lençol e fui pro telefone.-Se não sair daqui agora, chamo a polícia e digo que me estuprou.

-Você não faria...

-Não vou deixar passar a chance de colocar um canalha atrás das grades. Não liguei quando o assaltante invadiu a casa porque tive medo. Mas isso não ser aplica a você! Não tenho medo de você! Vai embora!

-Tudo bem.-Ele começou a se vestir rápido.-Eu vou porque você está transtornada de mais. Não quero te fazer mal.-Ele colocou as calças e se aproximou de mim.-Olha pra mim.

-Sai logo daqui Ricardo.-Virei o rosto quando ele segurou meu queixo.

-Hei.-Ele Virou meu rosto e a raiva me fizeram derramar mais lágrimas.-Eu nunca mais vou machucá-la. Seca essas lágrimas. Eu já estou indo.

Ele me beijou uma última vez e saiu. Escorreguei até o chão com o telefone na mão dando sinal de linha. Ouvi o barulho da porta minutos depois. E me obriguei a me levantar e parar de chorar.

Devagar fui até a cozinha me certificar de que ele havia ido mesmo embora. Encima da mesa estava uma caixa. Peguei ela com as mãos trêmulas. Quando abri, havia um colar. Milhares de pedrinhas brilhantes reluziram para mim.

-Agora é tarde para presentes.-Atirei a caixinha longe e tranquei a porta.-Nunca mais vou deixar você se aproximar de mim.

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