Um Cretino Irresistível: Quem ri por último, ri melhor.

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Homossexual
Contém 1483 palavras
Data: 03/06/2017 17:33:01

Uma semana estava trancado num quarto. Eu pensava que ia ser mandando direito para uma cadeia. Mais fui diagnosticado com Psicopatia, Mitomania, Bipolaridade e Trastorno de Hiper realidade. Um diagnóstico perfeito para a vaca de casaco vermelho que me colocou aqui nesse sanatório.

Eu vi o desprezo no rosto de Murilo, junto com a família Sollath, soube que Victor já tinha sido avisa na escola. Ele tinha apenas mais um mês para estudar, Murilo se apegou tanto ao garoto que ele ia tomar a guarda do menino para si.

O casaco vermelho tinha ganhado. Estava sem nada e perdido até meu irmão. O sanatório Bethelem, ficava longe da cidade, não tinha nem ao menos como ficar bom naquilo. Nós três primeiros dias, ficava gritando que não era minha culpa, fiquei sedado pelos meus gritos.

Já no sexto dia, eu fiquei calado, não falava para nada, chorava a noite ouvindo os gritos dos outros pacientes sendo torturados por alguns enfermeiros sem paciência. No sétimo dia já estava perdendo as forças de vontade de querer lutar. A primeira visita foi da pessoa que eu não queria ver.

Os enfermeiros colocaram uma camisa de força, a pedido dele. Meu quarto só tinha uma cama escorada na parede, uma janelas com barras de ferro mais grossas que meus dedos.

- Richard. Tem visita.

Olhei para porta e quando vi ele. Meu coração deu uma pirueta, abri um sorriso.

- Murilo. Você voltou.

Seu rosto estava com uma aparência acabada, mais ele insistia em manter a sua aparência.

- Não encosta em mim. - sua voz me atingiu como uma navalha afiada, cortando parte do meu corpo. - Vim aqui só é exclusivamente atrás de respostas.

Quase choro, mais não ia deixar ele ver minhas lágrimas.

- Antes de tudo, como está o Victor?

Eu ali estava preocupado com meu irmão.

- Estou tomando a guarda dele. Ele a partir de hoje será um Sollath.

O casaco vermelho não tinha ganhado tudo. Não tinha tocado no meu irmão. Chorei de felicidade. Mesmo ali eu ainda poderia vira o jogo.

- O que você quer?

Perguntei sentado na cama e olhando fixamente para ele.

- Porque você fez tudo isso na minha família? Eu amava você é tratou a mim e minha família como bonecos no seu show.

Eu ri.

- Do que está rindo?

Olhei para ele.

- Você sabe a verdade. Só não quer acredita, eu disse que não fui eu. Mais fiquei cansando demais em falar isso.

Ele ficou calado. Eu sabia que dentro dele, ele ainda não acreditava é preciso dele para vira esse jogo do casaco vermelho.

- Como está o Caleb?

- Não toque no nome de meu irmão.

- E como é sentir que ele realmente é seu irmão? - perguntei tocando em seus sentimentos.

Ele me olhou com incerteza.

- Eu te amava.

- Correção. Você me ama ainda. E ainda não acredita que eu pude ser capaz de fazer isso.

- Eu vim atrás de respostas e não de correções ou dúvidas.

Murilo estava tentando manter a ideia de eu ser realmente o louco psicopata que me diagnosticaram. Mais seu eu quisesse sair daqui e prova minha inocência. Precisava para de ser bonzinho e jogar da mesma forma que jogaram comigo.

- Murilo o que realmente está atrás? Porque até agora não foi bem específico.

Murilo olhou para a porta, estava trancada e não tinha ninguém lá fora.

- Eu queria ver você. Matar a esperança que tenho de você voltar a ser aquele garoto que amei. - Murilo começou a lágrima.

- Eu ainda sou ele.

- Eu ia te dar tudo. Eu prometi fazer você feliz e aí da por cima um lugar seguro.

- Eu tentei contar a você. - Disse tentando não chora para ele.

- Porque não contou?

- Você ia acredita de eu contasse? A primeira coisa se eu contasse a pessoa ia Passat com um carro em cima de você e poderia matar meu irmão. O que ele fez com Caleb poderia fazer com você e com qualquer um.

- Então preferiu correr o risco, do que me contar? - Perguntou Murilo.

Fiquei em silêncio.

- Anda fala comigo. Se me der uma resposta eu posso...

Estava ficando tonto o efeito do remédio começou a se acelera. Não posso perder o controle, estou quase conseguindo ficar colocar ele ao meu favorMe fala. Por favor.

Dois... Meus olhos viam tudo girando. Olhei para a porta e lá está o casaco vermelho, me olhando e rindo.

- O que foi? Vai me fazer de palhaço como fez na praia, como fez nessas semanas?

Três...

Eu pulo da cama. E começo a gritar.

- Você não está vendo? Lá está ele o casaco vermelho. Está lá na porta.

- Onde?

Ele olhou para a porta e não viu nada.

- Ele está aí. Tá aí ele. Murilo, está aí ele. Essa vaca que me deixou assim.

Eu via o casaco vermelho olhando para mim e consegui ver seu sorriso, sua risada soltava um ar de deboche. De que Ele ganhou.

- Eu vou vira esse jogo. Sua vaca, você me pôs aqui mais vou sai.

Olhei para o Murilo encredulo de que ele não via o casaco vermelho.

- Senhor Sollath, peço que saia. - disse o enfermeiro.

Fui controlado e antes de ser sedado, o casaco vermelho me deu uma pista.

- O casaco vermelho me disse que você sabe muito bem quem ele é. Você é Caleb o colocaram na forca.

Murilo foi jogado do quarto e eu apaguei.

Duas semanas se passaram e eu ainda está preso naquele lugar. A noite era embalada por gritos dos pacientes. Eu já estava acreditando que era culpado daquilo tudo. Que por minha causa eu tinha desencadeado a minha própria ruína.

O hospício era um local de tortura e não de reabilitação. Eu passava a maior parte do tempo sedado e a outra não sabendo a diferença entre minhas duas mãos.

Depois de Murilo lembro que recebi apenas duas visitas. Uma era o Lay, não lembro muito bem o que conversamos. Mais ele ficou ali por um tempo. É acho que recebi um beijo dele.

A outra visita foi três dias antes de eu sair. Lá estava eu, sentado perdido em meu mundo que os remédios me forçaram a entra.

A porta se abre e o enfermeiro da um aviso

- Ele esta sedado é acho que não vai conversa com você direito ou lembra de você.

A única coisa que conseguia fazer era ficar sentado, ouvindo e olhando para um ponto cego do quarto.

- Muito obrigado. Não vou demora.

Era a voz de um homem. Tentei focar no rosto dele, mais via tudo embaraçado.

- Olha o que eu acho aqui. Richard Vicente Drummond. Acho que não pode falar não é?

Estava fazendo força para ver quem estava lá. Meu corpo não correspondia o comando.

- Você fez tudo o que pedi. Não seria mais fácil ter falado para o Murilo, o que estava acontecendo?

Tentava balbuciar alguma coisa.

- Está tentando se comunicar comigo? Que fofo. Esse é nosso o que? 7 encontro?

- Já... nós... vimos.. antes? - falei pausadamente.

- Sim. Você já me viu uma vez, só não lembra de mim. É pelo visto como está dopado. Não vai lembra mesmo.

- Vou sair daqui sim.

- Sério? - ele estava sentado perto da porta.

Não conseguia ver seu rosto direito, mais consegui ver seus olhos, eram azuis.

- Não consegue nem ao menos me ver direito, quanto mais sair daqui. Mais para falar a verdade. Eu gostei de está aqui com você. Nosso jogo foi tão interessante, pena você não ter sido mais esperto que eu.

Ele fez uma pausa. Sua voz era familiar. Eu sabia que já tinha ouvido. Aquele jeito esnobe de falar me lembrava alguém.

- Esta vendo aquela porta? Sim. Eu vou sair daqui e você jamais vai sair. Você facilitou tanto a minha entrada para família Sollath. Tenho que agradecer a você.

Tinham esquecido uma colher de pau no meu quarto, eu tinha quebrado ela é escondido debaixo do meu travesseiro. Enquanto ele falava eu consegui pegar a colher.

- O que realmente eu fiz a você.? - perguntei já tomando conta do meu corpo.

Precisava dele destruído para poder acabar com aquilo.

- Você silenciou Caleb, ele ainda está na UTI. Por pouco tempo, quebrou a confiança do Senhor Magno com sua esposa e ainda por cima fez o Murilo fica frágil, ele frágil posso realmente tê-lo para mim.

Ele colocou o capuz vermelho novamente.

- Obrigado garoto. Há, vou cuidar bem de seu irmão. Mando um convite do funeral dele.

Um choque momentâneo de adrenalina passou por meu corpo. Consegui me mover e com a colher, consigo feri o braço do meu Algoz. Por uns estantes consigo ver o rosto dele.

- Vou sair daqui e te pegar vaca. Vamos ver quem vai ri por último.

Os enfermeiros me injetaram sedativos. Eu consegui finalmente ver quem era meu capuz vermelho. É conseguir​ finalmente ver o rosto daquele vagabundo. Consegui olhar para aqueles olhos azuis e ver que dessa vez eu tinha posto medo nele. Não ao contrário.

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