Um Playboy irresistível: Baile de Máscaras

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Homossexual
Contém 2227 palavras
Data: 19/06/2017 01:51:06

Tanto faz se sou belo ou feio. Certamente, eu me comportaria do mesmo jeito, independente do meu rosto. Toda vez que alguém fala na minha beleza, da forma como você o faz, só acaba ferindo o meu orgulho. O que sabe ao meu respeito para se sentir no direito de me classificar e julgar?! Não conhece todo o meu poder, a minha força e minha vida.

Hoje era o dia do baile, o baile era de contos de fadas, estava animado, Beto ia de cavaleiro, eu já estava indo de príncipe. O baile era a noite hoje, justo hoje meu pai estaria em casa.

- E aí Príncipe encantando. Vai com quem ao baile? Com aquele garoto que veio deixa o bilhete?

Parecia que tinha estado dentro de um freezer.

- Eu...

- Eu sei que é gay filho. - meu pai morreu um pão com salsicha.

- Como? - estava estupefato com meu Pai

Ele deu de ombros.

- Sua mãe antes de ir embora, me disse que você era diferente. Só depois de um tempo soube do que era. - Ele tomou um gole de seu café.

- Sinto falta da mamãe. Mais o que ela fez ainda machuca. - Balanço a cabeça como se a nuvem que fez na cozinha saísse.

Meu pai suspirou, falar no nome da mamãe ainda o machucava, mais ele era forte o bastante para não mostra que o machucava.

- Gostei daquele menino. - Disse meu pai me convidado a sentar.

- Quem pai? - perguntei desconfiado.

- Seu amigo Arthur. Ele veio aqui em casa e deixou o bilhete, eu vi quando chegou. O convidei para entrar.

Coloco café para mim. Aquele sábado ia me prometer muita coisa.

- Ele para um garoto de sua idade passou por muita coisa como você Daniel. Conversamos sobre muita coisa e também sobre você. - Seus olhos esgueiraram, até chegar a mim.

Estava inquieto naquela mesa, tentava desfarca pegando o pão e passando manteiga.

- Aquele garoto é bom filho, ele me disse que você fez algo para ele. Não acreditou em alguma coisa que ele falou para você.

Meu pai soltava essas coisas querendo saber na verdade o que tinha acontecido. Eu conhecia aquele cara melhor que ele mesmo. Estava investigando.

- Vamos voltar a falar de eu ser gay?

- Para quê se já sei de tudo? Se for para alguém me chamar de sogro, aceito ser aquele rapaz. Ele fez uma coisa comigo que você nunca fez na vida.

Meu coração falhou uma batida, tive medo de perguntar o que era, mas minha curiosidade me venceu.

- O que pai?

Papai se levantou e antes de sair da cozinha para entra no seu quarto ele virá.

- Me perguntou como eu estava!

Minha língua entrou dentro de meu corpo. Não tive como responder ou rebater. Nunca perguntei isso para meu pai, porque ele era fechado sobre isso. Mais agora vendo que um desconhecido fez meu pai feliz só em perguntar e passar a tarde tomando café com ele me fez pensar.

Tomei café rápido e fui troca de roupa. Tinha uma pessoa que precisava ver.

Descendo as escadas de casa, vi uma moto, sabia quem era o motoqueiro. Beto estava diferente, ele parecia assustado, como se tivesse visto algo.

- Oi amor.

Ao tentar beija-lo, ele para meu rosto. Eu recuo alguns passos.

- Eu fiz algo? - pergunto tentando chegar perto.

- Voce viu meu celular? Eu perdi, acho que perdi no colégio.

- Não. Quer que eu ligue para ele? - ia tirando meu celular.

- Não, eu já tentei ligar para ele. Sumiu. Fui roubado mesmo.

Ele pensava que estava comigo o celular?

- Veio aqui porque?

- Pensava que você estava com meu celular...

Por coincidência do destino estava levando mochila, alguma coisa começou a vibra em minha bolsa, uma música de rock pesado começou a tocar.

- Esse é o toque do meu celular...

Eu abri minha bolsa. Beto pegou ela com agressividade, puxou que quase quebrou. Revirou tudo jogando no chão.

Jogado debaixo do meu caderno, estava o A7 do garoto, preto e com uma ligação de um número bloqueado.

- Você disse que não estava, sua vadia.

- Mais não estava. Eu não sei como paro...

Beto com raiva pegou meu pescoço e tentou me enforcar. A única coisa que se faz quando tentam te enforcar, dei um chute bem no meio dos ovos dele.

- Você ia me enforcar...

A raiva rugiu em meus ouvidos e dei mais três chute nele caído ali na minha frente.

Ele se levanta, colocando seu braço em volta de sua barriga e sobe na sua moto.

- Você vai me pagar. Isso não vai ficar assim, sua vadia suja e nojenta.

Ele cuspiu, quase pegando em mim. Voltei para dentro de casa, eu iria ver uma pessoa, mais descido não arrisca a sorte em ser morto por ele ou piora mais a situação.

Tentei ligar para Victor que não me atendeu e muito menos respondeu minhas mensagem. Dentro de mim quando olhei para ele vi que ele estava falando a verdade, só não estava disposto a receber essa verdade como minha.

Coloquei meu fone de ouvido e comecei a minha playlist triste e melancolia.

Born to Die - Lana del Rey.

Coisas que eu sei. - Dani Carlos.

Deixa o tempo - Fresno.

Na sua estante - Pitty

Nada se compara - Malta

Tudo outra vez - Malta

Tudo que eu falei dormindo. - Detonautas

Memória. - Malta

Lanterna dos afogados. - Paralamas do sucesso.

Hello - Adele.

Apologize - One Repúblic

Back to Black - Amy Winehouse.

My immortal - Evanescence.

Ficar sozinho era a coisa que eu não sentia a muito tempo, minha amizade com o Victor foi o que me tirou da solidão. Agora sem ele ali, estava voltando a ficar preso num mundo escuro que eu mesmo criei.

A noite chega silenciosamente, levando a vontade de ir para o Baile, tinha guardado minha coragem junto com minha fantasia. Tentou a última vez ligar para Victor. Dessa vez o celular chamou, contei até às cinco vezes que ele chamou e desligo o celular.

Não o culpava tinha o traído da pior forma possível, tinha jogado nossa amizade no chão, cuspido e esfregado na lama.

- Eu campeão. Porque está ainda aqui?

Meu pai estava apenas usando uma samba canção, ele gostava de andar na casa com tudo solto, dizia que o deixava mais livre de muita coisa. Ele não era um cara de se jogar fora, com seus quase cinquenta ainda era um cara bem cuidado, não tinha uma barriga de cerveja que ainda pegava muita garotinha.

- Não vai para o baile? Cadê o Arthur que não veio lhe buscar?

Papai realmente não sabia do que ele tinha me avisado, e acho que ele tinha prometido para meu pai alguma coisa.

- Na vou ao baile, prefiro ficar em casa, e ele não vem. - Dei de ombros por fora. Mais um caco por dentro.

- UE ele me disse que estaria aqui para lhe buscar. Ou acho que estou enganado. - Papai deu de ombros e se sentou do meu lado.

- Porque não surtiu ou me bateu?

- Primeiro porque faria isso? - meu pai coçava o queixo quando estava intrigado com algo.

- Sou gay pai, sou um anda, sou um zero a esquerda, sou seu fracasso, sou aquilo que todo pai odeia, sou um veado, uma bicha...

Meu pai me dá um tapa na cara.

- Nunca mais fale isso de você mesmo, ouviu? - O tapa fez um estalo alto, ele me olha severo e continua. - Você é meu filho, iria te amar de qualquer forma, só tenho você filho. Você foi a única coisa boa que me restou. Acha mesmo que não iria te amar só porque é gay? Em que mundo você vive?

- Vivo num mundo onde ser isso não é nor...

- Normal? - completou ele. - Eu não quero um filho normal. Quero um filho feliz, prendi tendo sua mãe a fazendo infeliz que ela foi embora com outro e me prendi tanto nessa culpa que não vi o tempo passar. Seu amigo me fez pensar e muita coisa na nossa conversa. Você deveria ter ouvido mais ele.

Meu pai se levanta. Ele prepara a mão para me bater mais uma vez. Eu fechei meus olhos e me curvei para frente para me proteger. Mais o que aconteceu foi outra coisa. Ele me puxou para perto e me abraçou, um abraço forte e quente. Um abraço de carinho que tinha esquecido a muito tempo.

- Eu te amo Daniel. Quero ver você feliz, não quero ver você como eu, como sua mãe. Se prendendo por alguma coisa inútil. Quero que você seja como é. Porque eu tenho orgulho de você.

Não resisti em ouvir aquilo, minhas lágrimas corriam pelo rosto como cachoeira. Meu pai me deu um beijo, na minha testa e saio. Eu ia para aquela festa.

Chegar de ônibus na escola foi fácil, o difícil foi porque as pessoas me encaravam vestido de pequeno príncipe.

O baile estava lindo, tinha que admitir que Arthur sabia como dá uma festa, está coberto como uma noite num palácio de contos de fadas, do lado sul tinha um labirinto de rosas, tinha comida e bebida a pista de dança era enfeitada por vários poste de luz da Europa antinga.

Descendo uma pequena rampa se dava para ver tudo, várias meninas de Princesas e outras sei lá o que.

Não vi o Beto e muito menos o Victor, procurei meu amigo por toda a parte e não sabia que ele tinha vindo. Fiquei um pouco decepcionado.

- Olá. O que o pequeno príncipe veio fazer aqui sozinho?

Eu me viro de susto. Era um cara encapuzado de vermelho. Usando uma máscara preta, ele estava de terno e gravata, da mesma cor que a máscara.

- Quem é você?

- Sou o Lobo mal, versão Século 21. - Ele me fez rir com aquele comentário. - Entao, porque está aqui, Sozinho?

- Olha. Eu sou um grande idiota. Perdi meu melhor amigo por acredita num cara que estava ficando, e deixei um outro cara sair da minha vida por leseira minha.

Não sabia ao certo porque estava contando aqui para o lobo mal, acho que contar as coisas para alguém que não conhecemos é bem mais fácil.

Sua voz me era família, mais eu não lembrava de onde tinha ouvido.

- Você quer dançar? - ele faz uma reverência.

- Sim. - Respondo com outra reverência.

Estávamos dançando uma musica lenta. Ele me guiava com maestria, sabendo bem o que estava fazendo.

- Então. Posso saber quem é o lobo mal?

- Vai saber. Na hora certa. Me conte mais de você.

Naquela pista de dança parecia que estava apenas nos dois, eu e ele, enquanto dança e girava, eu contava um pouco sobre mim, enquanto ele contava algumas coisas dele.

Por frações de segundo, vi Beto e seus amigos subindo as escadas para irem a algum lugar.

Nós dois dançávamos como se estivéssemos treinados para aqui, uma conversa simples, virou uma conversa de interesses. Dançávamos ao som de Moonligth do EXO. Ele sorriu para mim, foi quando tive a certeza de quem era.

- Arthur? E você né.

Ele tira a máscara, estava com o lábio cortado, um arranhão na sobrancelha.

- O que aconteceu com você? - perguntei assutado enquanto ele me girava.

- Eu fui resolver algumas coisas. - Me girou novamente.

- Como sabia que o pequeno príncipe era eu? - dessa vez quem girou foi ele.

A música tocando e dançávamos como antigamente, uns dias antes do baile do.os forçados a aprender a dançar daquela forma.

- Seu pai me avisou como você vinha. Eu gostei muito dele.

Não ia contar sobre o que papai disse para ele, ainda não.

- Então admitiu que estava errado? - perguntou Arthur aplaudindo a musica e passando para outra musica lenta.

- Sim. E esta tarde para aceitar um pedido de desculpas?

Antes que ele me respondesse, a voz de Beto sai no alto falante. Ele estando em cima do palco do lado do DJ parando a música.

- Senhoras e senhores do conto de fadas, e com ilustre prazer que eu seu narrador, vai passar algo bem bonito no telão para vocês verem como temos pessoas de baixo nível nessa escola.

A voz era de Beto, o que ele iria aprontar? Uma foto foi crescendo no telão, ela estava apliada e melhorada. Era eu e ele trazendo na janela de casa, está crescendo devagar.

- Tenho que agora aquilo. - Disse para Arthur.

- Calma. Eu já tenho tudo sobre controle. - Disse Arthur calmo. - Eu sabia que ele poderia fazer isso então vim preparado, essa é minha festa e ninguém vai fazer isso com você.

Antes de mostra meu rosto nu dando para o Beto a foto é apagada e um vídeo passa. Era o Beto e seus amigos no vestiário do colégio. Eles estava fumando maconha e cheirando um pó, o vídeo se estendeu para alguns dos alunos comprando.

- Como isso foi para aí? - perguntou Beto quase gritando no microfone.

O diretor que estava vestido de Wall-e o tirou de cena arrancando ele e seus amigos.

- Como?

- Como não. Quem? - Disse uma voz atrás de mim, era Victor com uma fantasia de Aladim. - A ideia foi de Arthur, mais eu executei ela bem. E eu ouvi também o que você disse. Eu te perdoo.

Quase choro de emoção quando ouvi aquilo de Victor, ele me abraça forte.

- Agora o seu herói está aqui. - Disse Victor pegando minha mão e colocando em volta de Arthur.

- Como posso lhe agradeçer?

- Assim.

Ele me beijou. Um beijo de verdade, só que dessa vez eu beijei não um Playboy e sim um cara de verdade.

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Comentários

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Onde era esse colégio? Aleixo?

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Amigo eu acho que sim. Mas também não posso dá o nome dele, posso ser processado kkkkk

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Daniel aprenda a dá valor a amizade que victor tem por você, por mais apaixonado que você esteja um amigo merece sempre ser ouvido muito embora que você discorde mas vale a pena ficar com a pulga atrás da orelha

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A vida é muitp curta para manter um orgulho besta, Daniel tinha que procurar eles e pedir perdão mesmo, continua.

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Eu não perdoaria assim tão rápido! Agora tá explicado o motivo do Beto ter sido tão grosseiro ao procurar ok celular, mas ainda acho que ele vai se arrepender!

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Nossa o q o pai disse doeu até em mim "Algo que você nunca fez ! Me perguntou como eu estava"

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LAMENTÁVEL. SEU SOFRIMENTO FOI POUCO PERTO DO QUE ARTHUR SOFREU. JAMAIS PERDOAREI O ARTUR POR ISSO. E VC NEM DEPOIS DE MORTO.

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