Acasos acontecem –pt 5

Um conto erótico de Haz
Categoria: Homossexual
Contém 2131 palavras
Data: 16/06/2017 08:01:45

Depois de todo acontecido, estávamos os dois a sós no apartamento, em minha mente mil e uma possibilidades me tirava a concentração, fiquei em silencio, petrificado em devaneios com os quais todos eram com André. É claro que fui obrigado a voltar para realidade, quando o André me pergunta o porquê de estar ali.

- Pode tomar banho, o banheiro aqui é grande, enquanto isso vou pedir mais toalhas, não precisa ter pressa, depois você me leva nas lojas como combinado, pode ser?

- Me deixar usar seu banheiro, a troco de nada, não entendi de onde tirou tanta confiança em mim, mais agradeço a ajuda guri, de boa, eu te levo lá.

- Não é a troco de nada, sou bem egoísta, fiz isso pra você me mostrar a cidade. – Tentei não deixar tudo muito estranho, afinal não tinha a mínima ideia do que aconteceria se ele soubesse a atração que estava sentindo por ele.

- Vou fingir que acredito guri. Então vou indo tomar banho, mais só pra tirar a sujeira do corpo, porque não adianta muito, olha o estado dessa roupa. – Disse com tanta naturalidade, que chegou a ser irônico – Mais é o que tenho pra hoje – e finalmente entendi, era mesmo um sarcasmo, não que eu tenho achado graça.

- Ah! A propósito, tira a roupa aqui antes de entrar no banheiro, afinal olha o estado dela não é – Disso isso já saindo do quarto, indo atrás de mais toalhas, já que só eu estava passando um tempo ali não tinha toalhas o suficiente.

Não dei atenção a reação do André quando disse aquilo, ele pode ter me entendido mal, mas qualquer coisa eu explicaria depois. O serviço de quarto trouxe mais toalhas, depois de ficar um tempo atendendo a porta fui no quarto pra colocar onde o André pudesse pegar, bati na porta anunciando q ia entrar, mas nem uma resposta, então deduzi que estava no banho ainda, entrei, coloquei as toalhas na cama, e peguei as roupas esfarrapadas dele.

O estado daquelas roupas eram de lixo mesmo, não dava pra continuar a usar por mais tempo, então as joguei fora e fui separar algumas peças do meu pai, já que ele era quase que o dobro do meu tamanho as minhas não serviriam. Quando entrei de novo no quarto, a visão que tanto imaginei, André estava totalmente nu ali na minha frente, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem esconder sequer o que pra minha surpresa era realmente imenso, seu pênis mesmo flácido, era de impor respeito, fazia jus ao seu porte.

Quando ele começou a vir em minha direção, congelei, perdi a voz, só conseguia tremer e medi-lo dos pés à cabeça, agindo de forma extremamente natural, me perguntou de suas roupas.

- Eu dei fim nelas – Finalmente sai do tranze – você não podia continuar usando por muito mais tempo, e de que adiantaria um banho se fosse pra voltar a usar aquelas roupas?

- São as poucas roupas que tenho, não tenho como ficar lavando guri. Agora como vou embora? –ficou sério, como se esse fosse realmente o problema ali.

- Você parece bem confortável do jeito que está. Parece não se importar com quem está olhando. – provoquei

- Claro que não, eu não fico a vontade assim, mais quem vai me ver aqui? Não tem moca nenhum por perto... – Ficou em silencio como se estivesse pensando e continuou – Espera, tu ao curte macho né? Você é via... digo tipo... moça?

Arregalei os olhos, parecia coisa de outro mundo pra ele, não sabia se afirmava, ou se fingia dizendo q não tinha nada a ver, mais como prometido para minha falecida mãe, não me esconderia em meio a mentiras sobre o que sou.

- Não sou moça, sou homem, e como você ia dizer, viado, sim eu sou gay, isso te incomoda?

Ficou em silencio, e quase que por magica estava cobrindo suas partes e pedindo desculpas pelo acontecido, aquilo de certa forma me irritou, não o fato de ele se cobrir, mas o modo como ele agia, me pareceu que eu era alguma abominação, que não podia ver um homem sem tentar algo. Joguei as roupas na cama e deis as costas saindo.

- Aqui, use essas, meu pai não vem pra cá, não vai nem lembrar que tem essas roupas, ia acabar doando. – Meu tom de voz era sério, de poucas amizades.

Antes mesmo que eu pudesse sair do quarto, senti aquela mão forte segurar meu braço, e me puxar pra traz, pensei comigo mesmo, “é agora que eu levo uma surra, mais que idiota entrando sem bater, fazendo afronta pra um cara duas vezes maior que eu, como sou idiota” e me virei com cara de medo esperando alguma agressão.

- Ei guri, não fica bravo, eu nem imaginei que você fosse moça, eu já me cobri, desculpa mesmo cara. – Quando viu minha cara de medo, me perguntou sério. – Você acha que vou te bater por isso? Isso é por medo de mim?

- Olha o seu tamanho comparado ao meu, você faria o que bem intendesse sem o mínimo esforço.

- Eu já havia dito, jamais.

- O que?

- Não deixaria que te fizessem mau, você me ajudou sem me julgar, pelas roupas que eu vestia, por ser morador de rua, me deu comida quando a quatro dias não comia, você acha mesmo que seria maus agradecido a esse ponto?

Fiquei sério, me senti culpado, não sabia o que responder. Ele soltou meu braço e ajeitou a camisa, que por sinal aquelas roupas justas em seu corpo, ficaram divinas, não conseguia parar de olhar. Se voltou serio pra mim e continuou.

- Te mostro onde fica, você vai as suas compras, vou embora colocar minhas roupas e te trago de volta essas. Não precisa andar comigo, não se eu te causo medo

Agora sim, fiquei realmente com um elefante de culpa sobre mim, mais não podia deixar assim, não queria perder de vista alguém que dei um duro pra conquistar sua amizade, o homem que me causou tantos sentimentos assim, alguém sem ganancia, um pouco ignorante nos seus modos, porém, quase tão inocente quanto uma criança.

- Não, não quero elas de volta, não quero que você me deixe sozinho lá, não quis te ofender, eu achei que você teria se incomodado de eu ter olhando tanto pra você no estado em que estava sem você saber o que eu sou.

Ele riu, senti um peso saindo das minhas costas, mais não entendi o porquê do riso.

- E eu aqui preocupado que tivesse te ofendido, olhar não tira pedaços guri, você foi até respeitoso me fazendo cobrir.

- Me ofender? Você ficou sério porque achou que eu tivesse ofendido?

- É, você não ofende alguém que faz tanto por ti não é? O caso aqui é o mesmo.

Rimos juntos, como se tudo quilo fosse uma piada, um tentando não ofender a moral do outro, acabamos em uma confusão sem tamanho.

- Então guri, entendeu agora que não tem porque ter medo de mim não é?

- Sim senhor – Continuei rindo

- Sério agora, tenho mesmo que trocar as roupas, se eu estrago uma dessas não tenho como pagar.

- Pagar o que? Quando a roupa é sua você não tem o que pagar. É um presente de amigos, pode ser?

- Tá louco, isso é caro demais.

- Então vamos comprar umas mais baratas.

- Não guri, não sou moça pra depender de tu.

- Ainda bem, não gosto de moça. – Ele ficou todo corado sem jeito, eu só ria da situação – você não vai depender de mim, é um bico de “segurança” que vou pagar.

- Você não tem jeito moleque. Mais não vai exagerar, vamos antes que estrague essa roupa.

Fomos a caminho das lojas da cidade, quando André saiu do elevador, a recepcionista e o porteiro ficaram de boca abeta, aquele moreno auto, forte, perfumado e com roupas recém saídas do guarda-roupas, chamava mais atenção do que o garoto que morava na rua e andava todo esfarrapado.

A recepcionista veio a seu encontro, toda fogosa, o que de certa forma me deixou um pouco irritado. Quando me dei conta estava eu bravo, enciumado por um cara que possivelmente era hétero, e estava papeando com uma garota que acabou de conhecer, me senti totalmente infantil e mimado, como aquelas crianças que não dividem seus pertences, porem levei em conta que nada ali era meu.

Não prestei atenção na conversa, mais quando estava pra acabar, vi que a recepcionista deu o cartão com seu número pro André, que de imediato falou que tinha celular, me intrometi na conversa.

- Ele está sem telefone no momento, mais pode deixar que ele retorna

Saímos do hotel, e sem entender a minha reação fiquei pensando o total idiota que eu fui, entregando assim de bandeja o alvo do meu desejo, eu só podia estar doente. Já na rua André me parou pra conversar.

- Por que você fez aquilo?

- Tanto tempo na rua, achei que você não dispensaria uma chance dessa, ela é bonita, e sei que você tem suas necessidades, todos temos.

- Valeu guri, mas não tenho nada a oferecer, nem lugar pra ficar tenho direito. Não tem como eu ficar com ela.

- Não estou dizendo pra casar, vocês podem se curtir e ficar por isso mesmo.

- Guri safado, mas não tenho onde levar ela, não é assim, conversou e vai pra cama, eu to bem assim, quando melhorar a situação eu invisto nisso.

- Por que você não me chama pelo nome?

- não sei, parece muito sério.

- minha avó me chamava de niko, é mais infantil, mas melhor do que guri

- Tá, niko. Mais você não se incomodou de me ver falar com aquela moça? É que eu to assim porque você me emprestou seu apartamento, ela nunca teria me olhado antes.

- É de fato, mas você não é meu, não tenho controle sobre isso

- E se eu fosse – sorriu depois de falar isso – Me prenderia em uma corrente

Não soube interpretar o porquê disso tão der repente, fiquei na esperança de que poderia ter algo com ele, aliás, é o meu maior desejo no momento. Resolvi levar na brincadeira.

- Se fosse meu te faria o impossível pra que não saísse do meu lado. – Forcei um riso pra parecer que era gozação, mas no fim das contas era a mais pura verdade.

Jogando conversa fora pelo trajeto, que, sem ao menos nos dar conta, já estávamos no shopping, por onde passava André tirava suspiros das mulheres, eu de certa forma irritado fiquei um pouco pra traz só pra não estragar seu brilho do momento.

- Você pode comprar uma roupa mais simples pra eu trocar?

- Por que? Você está perfeito assim

- Como?

Sem pensar falei o que não devia, restava agora tentar disfarçar o que eu disse.

- Quer dizer, todas estão te admirando, você devia estar orgulhoso.

- Do que? Elas só estão vendo as aparências, acham que eu tenho todo esse seu dinheiro

- Não de bola pra elas, elas não sabem de sua intimidade.

- Claro q não niko. Só você me viu na intimidade guri

- Não é disso que eu estou falando, enfim se você quer assim, eu pediria pra ficar vestido assim, mas você não me ouviria não é?

- Tá – Bufou como se tivesse que fazer a contra gosto. – já que você pediu, mais depois eu vou me vestir normal.

Me surpreendeu ver que ele fazia o que eu pedia, mesmo a contra gosto.

Fomos de loja em loja, compramos coisas aleatória, algumas roupas conversamos, e no fim de tudo comemos. Quando saímos do shopping, era quase noite, ficamos muito tempo lá, foi ótimo estar acompanhado, e parecia ter divertido um pouco o André, mais tudo uma hora acaba.

- Te ajudo a levar as sacolas pro hotel, troco de roupas e pego meu rumo, obrigado Nicolas, foi bom ser tratado igual gente por um tempo.

- Para. – me revoltei em lembrar como o porteiro foi rude com ele outro dia. – você é mais valioso que muita gente mesquinha e interesseira por ai, eu te valorizo mais, espero que leve em conta.

Pela primeira vez desde que o conheci ele me tocou de forma carinhos, me abraçou, me senti tão seguro, como se ali fosse meu lugar, minha casa, onde eu queria viver pra sempre. Larguei as sacolas no chão e por impulso segurei em seu rosto e o beijei.

(Haz Obs:

Oi galera, espero que gostem desse conto, não sou autor, porém sou um leitor nato, já que quer escreve mora comigo rsrs meu namorado, trabalhamos muito e o pouco tempo que sobra lemos e tentamos nos acostumar com letras quanto como com exatas rsrs, agradeço o feedback, e a proposito, o conto já tem vários capítulos pra postar então desculpe se não estiver atendendo a pedidos. Quanto a críticas de escrita, o autor leva todas em conta, mas posso dizer, ele é melhor com números haha)

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Comentários

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AH. VC TINHA QUE ESTRAGAR TUDO COM ESSE BEIJO? RSSSSSSSSSSSSSSSSSSS DEVERIA TER AGARRADO ELE PELADO NO SEU QUARTO. CORRE O RISCO DE PERDER A AMIZADE. DE CONFUNDIR A CABEÇA DELE. SEM CONTAR Q VC DISSE Q ELE É HETERO.

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Nossa qual foi a reação dele depois do beijo......

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Ah mas um viciado . Até que em fim um conto para ler

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Ainda quero o André narrando. O mendigo não deveria ser peludo kkk

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Ta fofo demais esse conto. Torcendo por eles

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Aaa o conto todo eu fico com um sorriso no rosto, continua está muito bom mesmo.

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