A História de um Hétero Apaixonado Cap.2

Um conto erótico de João Paulo Cabral
Categoria: Homossexual
Contém 1154 palavras
Data: 12/06/2017 00:18:37

Boa noite. E vamos seguindo com a história, espero que estejam gostando. Não esqueçam de ler e comentar, seu comentário é muito importante pra mim.

Hort: Que bom que gostou. Espero que continue acompanhando.

Ypii: Que bom

VALTERSÓ: Talvez você entenda depois hahaha

Nayarah: Que bom que gostou

Tiopassivo: Será ? Continue acompanhando

Kevina: Que ótimo

Martines: Que bom

TomArch: Vou continuando... Acompanhe

Morais: Que bom... Comente e vote. Abraços

Geomateus: Que bom

Cap.2

“Eu estava num quarto escuro, não enxergava nenhuma luz, nada. Não ouvia absolutamente nada, havia um silêncio quase mortal. Até que de repente ouvi uma voz, do lado direito do meu corpo.

-Isso é errado, você não deve sentir isso... Esqueça isso, excluía isso da sua vida... – eu não conseguia entender porquê ouvia aquilo, nem o que significava. Mas era amedrontador. Até que de repente uma outra voz, mais terna, falava.

-Não dê ouvidos a ele. Você não escolheu ser assim. Você não escolheu sentir-se assim. Você só precisa ser feliz !”

Acordava afoito, em meio aqueles sentimentos bons e ruins que estavam tomando conta de mim... É, não foi fácil descobrir que eu sentia atração pelos dois sexos. Eu me sentia tão atordoado, perdido, desconectado da realidade. Sentia medo. Medo de estar errando. Medo do que os outros pensariam de mim. Medo de sofrer. Mas nem o medo me fazia perder aqueles sentimentos que eu estava sentindo.

“Estava na cantina da minha escola. Mas parecia que eu não estava ali. Parecia que estava longe, envolto nos meus pensamentos.

-João ? Tá tudo bem ? – eu mal reparava na voz de Marcelo ao meu lado. Até que de repente ele colocou o dedo no meu ouvido.

-Marcelo ! – ele imediatamente começou a rir.

-Desculpa... É que você estava com uma cara de besta... Não consegui evitar hahaha

-Me deixa pensar em paz... – falava, voltando ao meu estado de quase transe.

Enquanto continuava envolto em meus pensamentos de dúvida, vi mais uma vez aquele rapaz a andar pela escola. Bem vestido como sempre. Carregando consigo toda a minha atenção como sempre. Me deixando perdido como sempre. Naquela manhã vestia uma camisa de mangas compridas, com um capuz, e estava com o capuz cobrindo parte do cabelo. Meu coração acelerava, só de vê-lo andar na minha frente. No mesmo momento em que eu o achava bonito, me sentia estranho, como se não quisesse assumir aquele sentimento. Todo aquelas sensações de medo tomavam conta de mim,e em dado momento a única coisa que eu queria era fugir. Imediatamente me levantei, e sai quase que correndo dali, sem saber nem direito para onde”

Acho que todo mundo que se descobriu atraído pelo mesmo sexo já passou por isso. Momentos de dúvidas, de intranquilidade, de tristeza, de medo. Aqueles sentimentos ruins tomavam conta de mim. E eu só queria de alguma forma escapar de tudo aquilo.

“ Caminhei para o topo do prédio da escola. Sabia que lá quase nunca dava ninguém, já que não tinha guarda corpo e a direção não gostava que os alunos fossem lá. Quando cheguei lá, gritei. Não sei porquê, talvez fosse pra extravasar um pouco daquela confusão que eu sentia e não podia compartilhar. Até que de repente tomei um susto.

-Você veio lá debaixo até aqui só pra gritar ? – num primeiro momento o susto foi pela voz, de repente. Entretanto, logo em seguida me assustei ao ver quem estava ali. Era ele. Sim, o rapaz a quem eu reparava a dias. Que havia sorrido para mim no banheiro. Que eu reparava nos corredores, na minha frente, perto.

-Você ?! – ele olhou para mim, tirou o capuz, e eu pude ver de pertinho o seu olhar. E não acreditava em tamanha beleza ali na minha frente... Ele era um rapaz de beleza rara. Branco, loiro, olhos castanhos, corpo atlético, sabia se vestir... Era difícil não ao menos reparar... Será se eu só me sentia atraído por ele ?

-Eu... – falou ele, sorrindo. Eu não conseguia deixar de olhar para aquele sorriso dele, que sempre sugava toda a minha atenção.

-Porquê você veio até aqui ? Quase ninguém vem aqui... – falei, tentando disfarçar o quanto aquele garoto estava me deixando nervoso.

-Eu venho aqui... Quase sempre – falou... Mesmo de costas pra ele, eu não conseguia parar de pensar nele um segundo – é quieto, eu consigo estudar. Além disso consigo pegar um vento no rosto, e tem uma ótima vista do por do sol – virei e o olhei novamente.

-É, eu penso a mesma coisa – falei, o olhando de novo.

-Além disso, eu vi você vindo pra cá quase correndo... Decidi ver se não ia fazer nenhuma besteira... – falou ele, sentando-se num banco que tinha lá.

-Mas porquê você imaginou que eu poderia fazer uma besteira ?

-Porquê aqui não tem um guarda corpo. E vi você vir quase correndo pra cá...

-Mas você nem me conhece direito...

-E só se preocupa com quem se conhece ? – ele me deixou sem palavras novamente. Continuei olhando para o horizonte. Fingindo que não estava me preocupando pra nada. Logo tive a ideia de descobrir qual era o nome dele... Caminhei lentamente, e me sentei ao lado dele naquele banco da escola. Um silêncio reinou por alguns instantes. Logo o perfume dele adentrou o meu nariz, era bom. Me fazia até perder o ar, e o pensamento embaralhar. Eu só consegui falar uma coisa.

-Qual é o teu nome ?

- Lucas... – falou ele, cruzando o olhar dele com o meu – Lucas Gabriel... – falou, com um olhar sereno e alegre”

Foi assim que eu o conheci... Não sabia naquela época, mas esse nome me perseguiria eternamente... Em todos os sentidos.

“ A conversa no início era tímida. Mas ele era um rapaz que gostava de conversar. E gostava de assuntos parecidos com os meus.

- Eu gosto muito de vídeo game... Pena que não tenho tanto tempo pra jogar – ele dizia, sorrindo – também adoro ler, mas ultimamente não tenho tido muitos livros novos pra ler – ele dizia, sorrindo

- Eu tenho alguns ótimos, tenho certeza que você vai adorar...

-Então traz pra mim, e a gente pode discutir sobre eles. Pronto, está resolvido – falou ele, sorrindo.

-Resolvido o quê ?

-A gente vem pra cá todo dia depois da aula pra ler – falou ele, sorrindo.

-Por mim tudo bem... – falei, sorrindo.

-Agora eu preciso ir... Não posso chegar muito tarde em casa... Foi bom te conhecer João, espero que sejamos grandes amigos – falou ele, estendendo a mão para me cumprimentar. Eu fiz o mesmo. No exato momento em que as nossas mãos se tocaram, senti como se uma energia nos envolvesse. Energia essa que nunca, em nenhum momento da minha vida inteira, eu consegui me desfazer.

-Até mais, Lucas...”

Não parava de pensar nele um segundo que fosse. Naquela altura eu não entendia, mas aquilo era um princípio de uma paixão... Uma paixão que tomou conta de mim por inteiro... E que guiou a minha vida.

Continua

Espero que estejam gostando. E que comentem e votem. Espero por vocês

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TB CHEGUEI A PENSAR QUE TU IRIA FAZER BESTEIRA. MAS É SEMPRE BOM A GENTE TER UM LOCAL, UM REFÚGIO PRA NAS HORAS DE TRISTEZA PARAR E REFLETIR. E É SEMPRE BOM TER UMA BOA COMPANHIA NESSES MOMENTOS. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

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