Deixa eu cuidar de você (14)

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 4370 palavras
Data: 11/06/2017 12:19:53

Insisti para que o Renato ficasse na casa do meu pai também, mas ele não quis ficar. Me despedi dele e então fui até os meus pais, estavam conversando e rindo. Aquele clima me deixava contente, com uma sensação de nostalgia sobre diversos momentos da minha infância. Enquanto oscilava os pensamentos entre possíveis sequelas que meu pai teria e o seu pedido de desculpa fui interrompido por minha mãe.

- Não está com fome? – perguntou a minha mãe.

- Pra falar a verdade, não. Estou um pouco cansado – falei – Quer que eu peça algo?

- Não, estou sem fome também – ela respondeu.

- Filho, descansa um pouco – meu pai falou com dificuldade – O seu quarto está arrumado.

- Isso filho. Descansa um pouco – ela falou – Você comentou que não irá ao trabalho amanhã, certo?

- Isso, o Valter falou para eu folgar – respondi – Vou descansar um pouco então, qualquer coisa me avisem.

- Pode deixar – minha mãe falou – Vai ficar tudo bem.

Me despedi dos meus pais e subi até o meu antigo quarto. Eu sempre tive muitas lembranças revividas através do cheiro de um lugar, perfume de alguém ou etc. Era uma sensação de reviver, não sei explicar. Assim que entrei no quarto e senti o cheiro do lugar, muitas coisas passaram na minha cabeça. Deitei na minha cama, estava gelada e com os travesseiros arrumados. Me enrolei com o edredom e passei entre as pernas, abracei o travesseiro na esperança de me sentir seguro e afastar o medo de que aquilo tudo fosse apenas um sonho. Pensei tanto que dormi e acordei no outro dia com o celular tocando, era o Renato.

- Bom dia, dorminhoco – ele falou – Já estava desistindo de ligar.

- Bom dia- respondi com voz de sono – Aconteceu algo?

- Não, só queria te desejar um ótimo dia – ele falou – Será que tem algum problema se eu for até aí falar com o seu pai? Queria acertar com ele os horários para ele poder fazer o tratamento.

- Creio que não – falei – Que horas pretende vir?

- Bem, pensei em ir aí antes do almoço e já aproveitar para te sequestrar- ele falou – Será que tem alguma chance de você almoçar comigo?

- Por mim, tudo ok – respondi – Umas 11:30 então? Daí almoçamos depois que você terminar de falar com o meu pai.

- Combinado – ele falou.

- Combinado – eu sorri sozinho.

- Felipe? – ele chamou do outro lado da ligação.

- Eu – respondi e ri.

- Eu te amo, infinitamente – ele falou.

- Eu também te amo – respondi.

Desliguei o telefone e levantei para tomar banho. Peguei uma das roupas que eu havia levado e fui para o banheiro, até que não demorei tanto tempo. Desci e encontrei meus pais na cozinha, minha mãe estava fazendo café e era estranho como parecia que nada havia acontecido.

- Bom dia, filho – disse minha mãe e meu pai quase que em um coro.

- Bom dia – eu respondi – Pai, o Renato me ligou e disse que passará aqui para acertar algumas coisas sobre o tratamento.

- Que bom – meu pai falou – Ele disse que horas viria?

- Por volta das 11:30 – eu respondi.

- Devo fazer almoço ou combinaram de almoçar fora? – minha mãe perguntou.

- Iremos almoçar fora – respondi meio desconfiado.

- Sem problemas – minha mãe respondeu sorridente.

Fiquei ali conversando com os meus pais e fui até o mercado comprar algumas coisas que minha mãe pediu, nunca vi ela reclamar tanto por “não ter nada na dispensa que não seja besteiras”. Era engraçado vê-la assumindo aquele papel de dona do lar mais uma vez. No caminho até o supermercado, liguei para o Valter.

- Valter, bom dia – eu falei – Tudo bem?

- Felipe, está tudo bem sim e por aí? – ele quis saber.

- Por aqui também – respondi – Liguei para saber se está tudo certo aí no trabalho.

- Por aqui está tudo tranquilo – ele falou – E seu pai, está tudo certo? Já falei que não precisa se preocupar em vir trabalhar agora, ele precisa da sua atenção.

- Está tudo bem sim – falei – Creio que amanhã mesmo já estarei de volta ao trabalho.

- Que bom que está bem. Mas, se precisar, fique com ele – o Valter falou – Combinado?

- Pode deixar, te mantenho informado – respondi.

- Espero – ele falou – Vou ter que desligar, vamos nos falando.

- Ok, até mais – falei.

- Até, deseje melhoras ao seu pai – ele falou.

- Pode deixar – respondi.

O Valter é um patrão nota dez, não apenas pela liberdade que havia me dado, mas por toda a forma que ele lida com o trabalho, clientes ou funcionários. Peguei um carrinho e fui colocando as coisas que estavam na lista de compras que minha mãe havia me entregado. Estava distraído quando ouvi uma voz chamando pelo meu nome, me virei e vi o Fábio. Foi estranho, havia muito tempo que não o via.

- E aí cara, tudo bem? – ele me cumprimentou e forçou um abraço.

- Tudo bem – respondi – E você?

- Eu estou bem, cara – ele falou – Quanto tempo! Está perdido por aqui?

- Não, vim comprar umas coisas pra minha mãe – respondi.

- Ué, mas você não estava morando em outro bairro? – ele perguntou.

Expliquei a ele o que havia acontecido e que minha mãe estava cuidando do meu pai.

- Porra, sinto muito – ele falou – Mas serião, não imaginava que você iria aparecer na casa do seu pai não.

- Nem eu – falei mais pra mim do que pra ele.

- Ele ficou fodido com aqueles lances – o Fábio falou – E na boa cara, eu não tenho nada contra. Cada um dá o que eu é seu.

- Pois é – falei desconfortável e me segurando para não perder a paciência– Mas agora está tudo certo, isso que importa.

- Ele aceitou o cara lá? – o Fábio quis saber.

- O “cara lá” é meu namorado, se chama Renato e sim o meu pai o aceitou – falei – Se me dá licença, tenho que terminar e levar isso para casa.

- Ok – ele falou.

Nos despedimos de forma estranha e eu continuei pegando as coisas que faltavam. Fui para casa pensando no quanto amigos acabam se tornando estranhos, pois nesse tempo todo, mal tive notícias do Fábio ou Matheus. Tirei as coisas do carro e ajudei a minha mãe a guardar na dispensa. Fiquei ali assistido televisão e algum tempo depois recebi uma mensagem do Renato avisando que estava lá fora. Fui até ele.

- Que cara de sono, Felipe – ele falou – Eu que te causei isso?

- Sim, você que me acordou muito cedo – falei.

- Só queria desejar um bom dia – ele sorriu desconfiado.

Dei um beijo nele e então entramos. Minha mãe o recebeu com um largo sorriso no rosto, o meu pai também. Nos sentamos e ele falou pediu algumas fichas que o médico havia entregado para minha mãe. Começou a analisar os papéis e então explicou todos os procedimentos que deveriam ser feitos. Ele viria todos os dias cuidar do meu pai por um período de 1 hora e 30 minutos. Fiquei ali acompanhando a conversa e avisei que iria tomar banho novamente para irmos almoçar. O deixei na sala com meus pais e assim o fiz. Quando voltei, estavam ainda conversando sobre o tratamento.

- Aí está o príncipe – disse minha mãe.

- Mãe – reclamei.

Meu pai e o Renato riram. O Renato reforçou que viria no dia seguinte e então nos despedimos. Ficamos discutindo o que iriamos almoçar, pois, o Renato queria massa e que queria alguma outra coisa que não fosse massa. Até que então decidimos ir em uma churrascaria bem legal que serviam rodizio e também havia uma massa maravilhosa com molho rústico que o Renato sempre comentou. Estacionamos e pegamos lugar em uma mesa que ficava próxima a janela. O Renato logo se adiantou em pedir a massa que ele tanto comentava e eu fui me servir no buffet que havia no restaurante. O Renato me acompanhava em todo o canto que eu ia, mas só pegou um pouco de salada de maionese.

- Vai comer só o macarrão e a salada de maionese? – perguntei.

- Lógico que não, vou primeiro matar a lombriga e depois mato a fome – ele falou.

Eu ri do que ele falou. Nos sentamos e logo começaram a nos servir, sei que saí de lá estourando de tanto que comi e pelo que percebi, o Renato também. Ficamos conversando um pouco ali no restaurante e o Renato comentou que deveria voltar ao trabalho. Me deixou em casa e antes dele sair, ficamos nos beijando ali no carro mesmo. Entrei e meus pais estavam assistindo um filme de guerra, fiquei ali sentado no sofá e terminei de assistir o filme com eles e algum tempo depois avisei que voltaria para o apartamento, pois eu não havia trazido roupa para ir trabalhar. Minha mãe pediu para eu trazer mais um pouco de roupa, não queria deixar o meu pai sozinho e eu falei que traria no dia seguinte.

Não havia trânsito aquele horário, nem parecia que era realmente São Paulo, embora fosse por volta das 21:00. Liguei para o Renato e logo a voz dele ecoou pelo alto falante do carro. Ele perguntou se havia acontecido alguma coisa e eu falei que liguei apenas porque estava indo para casa e queria ir conversando com ele.

- Quer que eu vá dormir com você? – ele perguntou.

- Pensei que já estivesse deitado – falei – Não quero incomodar você não.

- Ué, é só eu vestir uma roupa e vou pro seu apartamento – ele falou – E você não me incomoda NUNCA. – ele deu ênfase.

- Bem, então vem – falei – Não quero dormir sozinho não.

- Eu vou me trocar e daqui a pouco estou aí – ele falou.

- Combinado – eu falei – Vou ficar te esperando na portaria.

- Tudo bem – ele falou – Não vou demorar.

Desliguei a chamada e continuei o trajeto até em casa. Estacionei o carro e voltei até a portaria para esperar o Renato, fiquei conversando com o pessoal que estava fazendo aquele horário e logo vi o carro do Renato chegando. Ele estacionou na parte de visitantes e logo liberaram a entrada dele. Ele estava com o cabelo bagunçado e trazia uma mochila com ele.

- Boa noite – ele cumprimentou o pessoal da portaria.

- Boa noite – eles responderam.

- Boa noite, meu amor – ele me cumprimentou e me beijou.

Eu respondi e logo subimos para o apartamento. No elevador ele ficou me abraçando e me beijando, apertou minha bunda e eu briguei com ele.

- Aqui tem câmera – eu falei – Esqueceu?

- Não fiz nada de mais – ele falou com um sorriso.

O apartamento não estava bagunçado, mesmo assim pedi para que ele não reparasse. Ele jogou a mochila no canto do sofá e logo me abraçou, cheirando o meu pescoço e me apertando contra o seu corpo.

- Estava com medo de ficar sozinho? – ele perguntou.

- Não, eu estava com saudade de você – falei.

- Hum... Que bom saber – ele falou – Porque eu estava morrendo de saudade de te sentir também, sabia? Quase te ataquei naquele restaurante hoje.

- Bobo – falei – Estou com um pouco de fome. Você jantou?

- Não – ele respondeu – Quer pedir alguma coisa?

- Primeiro preciso tomar banho – falei.

- Eu tomei banho um pouco antes de você me ligar, por isso não vou com você. Mas, toma banho rapidinho e eu vou escolher um filme para assistirmos. Aproveito e peço algo para comermos – ele falou.

- Pede algo para comermos e nada de filme – falei.

- Hum, o filme era só uma desculpa – ele falou com um sorriso no rosto.

- Não vou demorar – falei.

- Ok – ele deu um tapa na minha bunda e quase me empurrou para o banheiro.

Peguei uma cueca e fui para o banheiro. Realmente não demorei no banho, aproveitei para aparar um pouco a barba. Me enxuguei e fui até a sala falar com o Renato, perguntar o que ele havia pedido.

- Re, o que você pediu? – perguntei.

- Pizza – ele falou enquanto me admirava com aquela toalha enrolada na cintura– Queria outra coisa?

- Não, pode ser – falei.

Ele se aproximou de mim e puxou a toalha, me deixando apenas de cueca e com um pouco de frio devido ao vento que vinha da janela.

- Está frio – reclamei.

Ele não respondeu, apenas me abraçou e jogou a toalha em cima do móvel. Minha mãe vendo aquilo, enfartaria na certa.

- Você me provoca – ele falou – Olha como já estou.

Ele pressionou o volume dele no meu corpo, meu pau já reagia ao seu contato. Ele esfregava o pau duro em mim e mordia minha orelha de leve. Meu pau começou a latejar de tão duro que foi ficando. Abri sua bermuda e a tirei junto com a cueca, liberando o pau do Renato que também pulsava de tão duro que estava.

- Só eu vou ficar pelado? – ele perguntou.

- É, alguém tem que receber a pizza – falei.

- Assim não vale – ele reclamou – E a pizza vai demorar por volta de uma hora.

- Uma hora? – eu questionei.

- Sim, foi o que a moça falou – ele me respondeu e me mordeu.

- Vou ficar de cueca – falei.

Ele sentou no sofá e me puxou, sentei em cima dele e o beijei afoitamente. Sentia sua língua percorrer a minha boca e eu fazia o mesmo com a dele. Ele passeava com os dedos nas minhas costas, bem devagar, e isso me enlouquecia cada vez mais. Meu pau babando e a cueca já tinha uma do pré-gozo. Sentia o seu pau pressionando a minha bunda e logo ele agarrou com força, me fazendo rebolar em cima do seu pau.

- Você está me deixando louco – ele falou – Eu sou bonzinho com você e você judia de mim.

Eu não respondi. Levantei o meu corpo na medida que eu consegui puxar a minha cueca e o Renato ajudou a tira-la. Voltei a sentar sobre o seu corpo e senti o seu pau encostando na minha bunda. O Renato abria minha bunda com suas mãos e eu sentia o seu pau quente babando. Estava difícil de controlar o tesão, minha vontade era de sentir aquele pau grosso me invadindo logo, mas fiquei preocupado com o interfone e o cara da pizza. Mas o tesão estava tanto, que quando o Renato passou um pouco de cuspe e pressionou o seu pau para entrar no meu cú, foi difícil não deixar o Renato enfiar o pau inteiro no meu cuzinho que também queria senti-lo.

- Ai, caralho – gemi de tesão quando o pau entrou.

- Desculpa, não consegui me controlar – ele fechou os olhos enquanto fazia uma expressão de puro tesão.

- Você é esperto – falei com um sorriso – Agora não tem como voltar, me fode forte.

O que falei despertou o Renato tarado, ele abria minha bunda e socava forte no meu cú. Eu não sentia dor, eu sentia tesão. Tanto tesão que já estava quase gozando e tive que pedir para ele parar um pouco. Foi a deixa para ele pedir que eu ficasse de quatro ali no sofá mesmo, eu o obedeci. Senti o pau grosso do Renato entrando devagar no meu cú, encostei minha cabeça no sofá e logo o Renato começou a meter mais forte.

- Felipe, eu quero te foder a noite toda – ele falou – Pra não ficar sentindo tanta saudade.

- Então me fode – falei.

O Renato continuou metendo forte no meu cú. Senti que ele diminuiu e jogou o corpo sobre mim, ele gozou dentro de mim e mesmo assim ficou com o pau dentro do meu cú. Tirou aos poucos e um pouco de porra escorreu, ele havia gozado muito, pois logo o restante escorreu pelas minhas pernas.

- Vai ter que tomar banho de novo – ele falou – E eu vou junto dessa vez.

- Não podemos demorar – falei.

- Não vamos – ele me puxou.

Fomos até o banheiro e logo ele começou a me ensaboar, me lavando e massageando meu corpo com suas mãos.

- Você ainda não gozou – ele falou e segurou meu pau que já estava mole.

- Relaxa – falei – Eu aproveitei.

- Nada disso – ele falou.

O Renato ajoelhou e abocanhou o meu pau. Começou a chupar o meu pau mole e que não demorou a ficar duro. Estava gostoso e eu quase gozando, mas ele levantou e vi que seu pau estava duro de novo.

- Quero que você goze enquanto eu te fodo – ele falou.

Me virou de costas e logo encaixou o pau duro no meu cú novamente, me punhetava e metia. Ele ficou metendo até que eu gozei muito e com a pressão que o cú fez no pau dele, ele gozou de novo.

- Você me deixa tarado – ele falou – Eu não quero sair de perto de você nunca.

- Tarado – eu provoquei.

- Por você – ele falou – Só porque quero você.

Terminamos de tomar banho e nada da pizza chegar. Ele ligou a TV e eu aproveitei para limpar o pouco de porra que havia escorrido no chão. Logo o interfone tocou e o Renato foi pegar a pizza. Eu o segui para ajudá-lo a trazer pelo menos o refrigerante. Ele não me deixou pagar e eu mais uma vez reclamei com ele, ele já estava voltando com o mesmo costume de antes. Ele me beijou e falou que a próxima vez me deixaria pagar. Peguei pratos, talheres e copos e arrumei na mesa.

- Eu vou “comer com a mão” – ele falou – É mais gostoso.

- Vou guardar então, vou fazer o mesmo – eu ri.

E assim foi, comemos pizza e ficamos conversando até o sono começar a chegar. Escovei os dentes e fui buscar um edredom limpo. O Renato que também já tinha escovado os dentes e estava me perturbando lá no quarto me seguia onde eu fosse, parecia até que eu iria fugir. Arrumei a cama e deixei a mochila do Renato no meu quarto. Quando ele viu a mochila, lembrou que tinha que passar a camisa que iria usar no dia seguinte. Fui pegar o ferro e a tábua de passar roupa, liguei o ferro e regulei para que ele não queimasse a camisa. Ele ria da minha preocupação. O Renato me pediu um cabide e então eu peguei um pra que ele colocasse a camisa e não voltasse a amassar.

- Não está esquecendo de nada mais? – perguntei.

- Não, agora está tudo certo – ele falou e riu.

Ele tirou a roupa e ficou só de cueca, fiz o mesmo. Nos deitamos e logo ele me abraçou, puxando o meu corpo contra o dele.

- Eu te amo, Fe – ele falou.

- Eu também te amo – falei.

- O quanto você me ama? – ele perguntou.

- Muito, não tenho como medir. – respondi

- Eu também – ele me beijou na testa – Vamos dormir, você precisa descansar.

Ficamos ali abraçados e logo ele dormiu. Fiquei pensando em ter ele ali comigo, como me faz bem e como eu quero tê-lo para o resto da vida. Ele acordou mais cedo do que eu, embora eu tentei ficar enrolando mais um pouco na cama.

- Você vai perder hora – ele falou – Vamos, levanta.

- Já estou levantando – resmunguei.

- Então levanta, vou tomar banho com você – ele falou.

Eu levantei com sono, cara amassada e mesmo assim ele foi lá me beijar e me abraçar. Peguei a roupa que iria usar no trabalho e deixei em cima da cama, fomos para o banheiro e transamos mais uma vez. Isso é o que acontece quando fica acumulando tesão. Nos vestimos e passamos na padaria para tomar café, o Renato foi para o trabalho dele e eu fui para o meu.

Cheguei no trabalho e havia bastante coisa para comprar, alguns pedidos não foram feitos e eu fiquei ligando para os fornecedores. O Valter me chamou logo que chegou no posto e quis saber sobre o meu pai, falei que estava tudo certo e mais uma vez ele ofereceu ajuda no que fosse necessário. Trabalhei bastante aquele dia, serviços que só eu fazia ali ficaram acumulados e eu tentei colocar o máximo em dia. Estava com a energia renovada e a saudade do Renato aumentava, embora nos víamos quase todos os dias.

O tempo foi passando e minha mãe acabou “voltando” para a casa do meu pai, ela gostava de cuidar dele e nitidamente percebia que ela gostava dele também. Ele estava fazendo o tratamento com o Renato e já havia melhorado bastante, alguns movimentos não estavam 100%, mas já havia melhorado a fala e a coordenação motora. Os dois acabaram pegando uma amizade bacana e graças a Deus o meu pai realmente o aceitava, embora evitávamos de ter contato físico perto do meu pai, eu mesmo não achava uma boa ideia e tinha medo dele demonstrar alguma aversão. Eu estava contente com tudo aquilo, continuei no apartamento e o Renato estava indo dormir comigo quase todos os dias, minha mãe sabia e não reclamou, achava melhor do que eu ficar sozinho lá.

Era uma sexta-feira de muita correria no trabalho, tive que sair várias vezes para ir no escritório de contabilidade e ao banco pagar algumas guias. Na pausa para o almoço, vi que tinha umas 12 ligações perdidas do Renato e então retornei.

- Oi, Re – eu falei assim que ele atendeu – Desculpa não ter atendido, o celular está no silencioso e eu estou numa correria no trabalho.

- Sem problemas – ele falou calmo – Quero te fazer um convite e ver se você acha uma boa ideia.

- Que convite? – perguntei.

- Preciso ir visitar o meu irmão, é aniversário dele – ele falou – Lembra que comentei contigo sobre um restaurante que tem lá?

- Lembro sim – falei.

- Então, pensei em irmos jantar com ele hoje à noite – ele falou – Já fiz reserva, mas se não quiser, posso desmarcar.

- Por mim sem problemas – eu falei.

- Vamos sair umas 18:00 – ele falou.

- Por mim tudo bem – falei – Vou sair as 16:00 hoje.

- Eu também – ele falou – E o que eu ia te perguntar se achava uma boa ideia é o seguinte: pensei em chamar os seu pais, o que acha?

Eu fiquei processando o que ele perguntou.

- Felipe? – ele me chamou.

- Estou aqui – falei – Bem, não sei. Acha que eles iriam? Digo por ser em outra cidade.

- Por isso estou te perguntando, cabeça – ele riu – Faz o seguinte, vou ligar para sua mãe e daí te mando uma mensagem avisando se eles aceitaram ou não.

- Tudo bem – eu falei – Aguardo então.

- Combinado – ele falou – Te amo, até mais tarde.

- Até – eu falei – Te amo também.

Ele desligou e eu fiquei ali pensando. Embora ele havia conquistado uma amizade com o meu pai também, não sei se ele aceitaria ir a outra cidade e não sei como seria jantarmos todos juntos, fiquei pensando se teria que me comportar diferente e isso me incomodou. Logo ele enviou uma mensagem avisando que meus pais aceitaram ir, daí fiquei sofrendo por antecipação. Quando deu o horário de ir para casa, me despedi do Valter e do pessoal que continuaria trabalhando.

O combinado é que iríamos apenas no carro do Renato e por isso fiquei esperando ele passar para me pegar. Ele me avisou que estava chegando e então desci para aguardar na portaria, não demorou muito e ele chegou. Entrei no carro e fomos pegar os meus pais, a mãe do Renato já estava na casa do irmão dele. Pegamos os meus pais e seguimos viagem, ouvindo música e conversando sobre diversos assuntos aos quais meus pais se inteiraram também. O Renato estava muito lindo, vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta baby look preta também, sua pele ficava ainda mais clara e realçava com sua barba. A viagem até que não foi demorada, realmente não era tão longe e fomos direto para o restaurante. Chegando lá, vi a mãe do Renato assim que entramos, ela estava com o irmão do Renato e eu admirei a semelhança entre os dois, a diferença estava em não ter barba e o corpo do Renato ser forte, enquanto o outro era magro.

- Boa noite – eu cumprimentei os dois.

Fiz as apresentações e parabenizei o irmão do Renato, que apenas sorriu tímido. Eu sentei ao lado do Renato, os demais se assentaram e logo um garçom veio nos atender. Ele apresentou as especialidades do lugar e os diferentes pratos que serviam, carta de vinho e tantas outras opções que estava difícil entrar em um consenso. Optamos por uma das especialidades do restaurante: Carne de Cordeiro. Trouxeram as entradas e ficamos ali conversando e não demoraram muito para trazer o prato principal também. Estava muito cheiroso e muito saboroso também, eu comi umas duas vezes e o Renato também. Ele levantou para ir ao banheiro.

- Gostou? – o Renato me perguntou.

- Sim, está uma delícia – falei – Valeu a pena vir comemorar o aniversário do seu irmão aqui.

O Renato riu e eu não entendi. Ele pediu licença a todos, que ficaram quietos para ouvi-lo.

- Boa noite, mais uma vez – ele riu e percebi que era nervoso – Primeiramente quero agradecer a todos que estão aqui, estou muito feliz por ter vocês ao meu lado. Segundo quero pedir desculpas ao Felipe – eu o encarei assustado – Por ter mentido pela primeira vez para você, hoje não é aniversário do meu irmão, foi só uma desculpa para que você não desconfiasse de nada.

- Desconfiasse do que? – eu o interrompi.

Todos na mesa riram, mas logo voltaram a atenção ao Renato.

- Eu os convidei para que presenciassem esse momento importante. Combinei com os seus pais e com minha família que te traria aqui, já que meu irmão não poderia ir a São Paulo, para te perguntar: Felipe, você quer casar comigo?

Eu fiquei sem reação nenhuma. Todos me olharam esperando uma resposta e eu só me perguntava se aquilo era uma brincadeira, uma pegadinha ou algo do tipo. Era sério o que o Renato estava falando?

- Perdeu a voz, Felipe? – o meu pai me perguntou enquanto ria.

Então vi que não era brincadeira, era realmente verdade. O Renato havia armado aquilo tudo para me pedir em casamento, junto da minha família e da sua família também. Tanta coisa passou na minha cabeça, mas eu precisava responder.

- Sim, é claro que eu aceito me casar com você – eu respondi.

Mal respondi e o barulho de palmas foi tomando o lugar, as demais mesas talvez nem sabiam do que se tratava, mas mesmo assim acompanharam com palmas. A mãe do Renato entregou uma caixinha vermelha pra ele, ele abriu e vi duas alianças. Eu já estava ficando emocionado, não conseguia segurar as lágrimas mais.

- Eu te amo – ele falou e pegou a minha mão, colocando a aliança no meu dedo.

- Eu também te amo – respondi e coloquei a aliança no seu dedo também.

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Comentários

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Não consegui segurar as lágrimas com esse pedido de casamento. A história de vocês é linda demais. Se Renato for um taurino pode ter certeza que o amor dele é o mais puro e sincero que existe.

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Oi Lipe e Renato. Que linda história de amor.. Encantado com cada linha desse amor. Continuem se fortalecendo e se amando cada vez mais.

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Ameii, que lindoo a surpresa que o renato fez ..

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Que lindos <3 Que tenha sido apenas o começo de muitas felicidades!!!

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Que bom que tudo está dando certo p esse casal

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