LIBERDADE - PARTE II

Um conto erótico de Grey
Categoria: Homossexual
Contém 2186 palavras
Data: 10/06/2017 18:30:58

Cheguei a Pinheiro nove horas da noite. No hotel às nove horas e vinte minutos. Com toda certeza Mateus estava escumando de raiva. Á despeito disto, meu corpo estava relaxado, tranqüilo. O horror das 24 horas parecia que tinham sido enterradas, pois já não dominava meus pensamentos, já não faziam minha cabeça doer.

Mas, principalmente, estava relaxado e tranqüilo, porque dei pela madrugada, uma boa trepada. Amanheci fodendo.

Liguei para Mateus na intenção de avisá-lo da minha chegada.

- Mateus, eu já cheguei. – Avisei assim que ele atendeu ao celular.

Não sou de rodeios. Sou direto.

- Não estava mais te esperando. – Mateus falou secamente. Não fez nenhum trabalho em disfarçar o desapontamento.

Vir por um objetivo, e o teu casório não se encaixa neste objetivo, meu amigo. Então, não se afobe, porque não estou nem aí pro teu casamento.

- Não iria perder a tua despedida de solteiro. – Ressaltei não deixando me levar por seu desapontamento.

- perdeu a viagem das nove horas da manhã. – Afirmou em tom de censura.

Perdir? Nove horas da manhã eu estava gozando na boca da morena de lábios carnudos.

- sim, eu perdi. Dormir muito, mas importa é que eu vim... - e brinquei. – antes tarde do que nunca.

- antes tarde do que nunca. – Ele repetiu minhas palavras ditas por derradeiras como se fosse o fim de uma sina de preocupação, de fato era.

Percebendo isso pedir desculpas:

- desculpas, brother. – Era no mínimo o certo a fazer.

Ele não respondeu que me aceitava minhas desculpas. Em vez disto, disse:

- O quarto é 408. A chave eu deixei na recepção para entregar pra ti. Basta te identificar. Vou deixar o endereço do clube de strippers no teu whatsapp.

- perfeito.

Não importa se ignorou minhas desculpas. Importa é que vou me deliciar no teu pau. Importante é que vou gritar e fazê-lo gritar na pica. Deixa estar.

Ele sabia que eu viria. A prova é que deixou a chave do quarto na recepção a minha espera. Hoje tu não me escapas.

O hotel era aconchegante, embora já tenha me hospedado em melhores. Devo pontuar que tinha seu encantamento, seu requinte. Um grande salão com sofás de couro, onde poucas pessoas conversavam lendo jornal. Dirigir-me a recepção, onde fui atendido por uma moça de lábios pequenos, cabelo em coque, uniformizada, muito educada. Involuntariamente enquanto me atendia não pude deixar de pensar em como seria gratificante tê-la de quatro a espera do meu pau. Muito gratificante.

- Evan Garcia?

- Sim. – Confirmei.

- Aqui estar. – entregou-me a chave.

Fui para o elevador. No quarto tomei uma ducha. Troquei de roupa e fui direto para o clube de strippers, onde ocorreria à despedida de solteiro. Entrei no clube, o clima de zueira e descontração reinavam em absoluto. Havia pouca luz no ambiente repleto de mulheres dançando, esfregando-se no colo dos amigos de Mateus que iam a delírio enquanto bebiam vodca.

Todos os caras usavam a mesmo modelito: fraque de formatura. A idéia partiu do próprio Mateus, aliás, era um requisito indispensável para entrar na despedida de solteiro.

Gostei da idéia, porque a imagem de homem sério me caia bem, além do que realçava minha bunda. É verdade que escondia meu corpo malhado, os músculos do meu o peitoral não ficava desenhado tal qual ficava numa camiseta básica. Mesmo assim, eu me sentia na minha zona de conforto enquanto advogado.

Mateus veio ao meu encontro tão logo me viu.

- Saudades, pô. – E me deu um abraço forte.

Retribuir.

Nossa conversa era no pé do ouvido devido á música alta.

- Também estava com saudades.

De fato, eu estava com saudades do meu amigo.

Fez sinal com a mão para um jovem de uns 20, 21 anos de idade. Ele entendeu que Mateus o chamava e veio.

- Evan, este é Diogo, meu irmão mais novo.

Rapaz alto, forte, malhado. Rosto meio inocente, não tinha cara de macho tal qual o Mateus, mas era um cara bonito. Isso é fato. Também não tinha costume de usar fraque, detalhe que estava estampado não somente em sua fisionomia como também no seu modo em se mover. Sem jeito.

Gostosinho, o moleque.

- Prazer, Diogo. – Estendi a mão em cumprimento e segurei a mão dele apertando. – se é irmão do meu melhor amigo, é meu amigo também. – Asseverei olhando nos olhos de Diogo a fim de passar segurança no que falava.

Falava quase gritando a fim de ele escutar. A música estava um pouco alta.

- obrigado, Evan. Meu irmão fala muito em você.

- Espero que seja bem.

- Quanto a isso não se preocupa.

- Ótimo, então.

Analisei-o melhor. Voz firme não era rouca como de Mateus, mas era vozeirão. Cabelo cortado na um, a expressão é era fechada, meio inocente. A mão era senhora mão. O fraque escondia o corpo que, a meu sentir, era trabalhado na academia. Cabelos de mel, na hipótese em que os deixassem o crescer, eu pensei assim, porque combinaria com os olhos grandes e amendoados. O nariz era um órgão sexual a parte de grande e afilado. Porra de narigão.

Se o cacete for do tamanho do nariz é um senhor cacete. Fiz ar de riso.

- Tem mulher pra porra aqui, doidinha por pau.

Tarado. Ótimo. O cara é dos meus.

- Fartura. – comemorei.

- O Diogo tá indo estudar em São Luis. Adivinha qual o curso?

- Direito?!

Foi fácil adivinhar. Mateus só era grande. Era obvio que era direito, do contrario, não pediria para eu adivinhar. Todo ogro. Agora, tinha uma coisa que ele mandava bem pra caralho: foder. O cara sabia usar o instrumento que tinha entre as pernas.

Com eu sei deste fato? Sou testemunha ocular.

- Ele passou no Enem – revelou todo orgulhoso. – ganhou meia bolsa. – E arrematou sem delongas. - Vou ajudar o meu irmão.

Mateus não vinha de família abastada. Tudo que havia conquistado era resultado de muito suor, de muita luta.

- Parabéns, cara. – parabenizei o Diogo, afinal se passou é porque tinha meta. Admiro conquistadores, no mesmo passo, tenho aversão por covardes.

- Obrigado, Evan.

Tinha pegada forte, pois segurou minha mão e forte apertou cordialmente em função dos meus parabéns.

Ainda dei um tapinha nas costas do rapaz com cara de lutador. Mateus praticava, muito bem, diga-se de passagem, semelhantemente deveria incorrer no mesmo amor pelo esporte.

Curioso, perguntei.

- Ele luta? – quis saber.

- Sim. MMA. – Mateus respondeu convencidinho.

Na cara ficou desenhado o quanto Mateus amava Diogo.

- Perfeito, pô.

- Vamos sentar, depois conversamos mais. – sugeriu Mateus querendo aproveitar da sacanagem que o ambiente nos proporcionaria.

- Mais uma vez prazer, cara. – Dei outro tapinha nas costas de Diogo.

Impressão minha ou um volume de ordem elevada estava formado na calça de Diogo? Sim, estava estufado. O cara estava muito tarado, meu Deus. Sinal claro que não praticava muito, por isso as strip o deixaram com a calça estufadas.

Interessante.

- De boa.

- Vamos. – Convidou-me Mateus.

Levou-me para sentar ao seu lado no sofá vermelho de frente para o palco onde se daria o strip-tease principal. Enquanto não ocorria, às meninas dançavam no colo dos amigos de Mateus. Uns eu conhecia, outros, especificamente os de da cidade de Pinheiro, não.

Não conseguir me concentrar. Estava muito apreensivo, afinal de contas, era a última oportunidade que eu teria de tê-lo, pois no dia subseqüente se casaria, ou seja, não poderia perder essa oportunidade, porque na altura do campeonato procrastinar por hesitação seria a mesma coisa que deixar a oportunidade escapar por entre minhas mãos. Não permitiria. Já havia começado o ataque, agora, portanto, iria até o final antes que fosse tarde demais.

Arrumei coragem, como ele estava ao meu lado, toquei no ombro dele, ele me encarou sorrindo e me perguntou:

- O que foi Evan?

Sem hesitar o encarei também. Fitei-o e soltei:

- Eu quero chupar teu pau. Não posso te deixar casar sem que antes tenha teu pau na minha boca. – Disse a meia voz tendo a certeza que só ele ouviria.

Diogo estava envolvido com uma strip que dançava no seu colo. O cara era pura alegria.

-O que? – ele disse espantado.

Considerei que ele não havia escutado devido o som alto do ambiente. Depois dissipei a possibilidade justamente porque estávamos cara a cara, ou seja, facilmente detectaria o que acabei de dizer através da leitura lábial.

- Que-ro-chu-par. Teu. Pau.

A fim de dirimir quaisquer dúvidas repetir pausadamente.

Ele respondeu:

- o efeito da droga ainda não passou? Essa droga ou estava estragada ou era muito forte.

E saiu de perto de mim. Fiquei sem chão, mas não me dei por vencido. Não deixei transparecer meu abatimento.

Levantei direto para o banheiro. Lavei o rosto. Fumei um cigarro. Tratei de esfriar a cabeça, a noite apenas estava começando, argumentei comigo mesmo.

Devido meu abatimento não prestei atenção ao ruído vindo de umas da cabine. Eram sinais que alguém ali trepava. Danadinhos.

Com a cabeça mais fria decidi retornar.

Sentei-me. Só o tempo de me sentar, uma moça de uns 22 anos, gostosa pra Caralho subiu no meu colo.

- oi bonitão. – Disse a jovem rebolando no meu colo.

- Oi. – assenti.

- posso né? – Ela quis saber depois de já estar rebolando.

- Claro. – dei permissão, pois não era nem doido dizer o contrario. Dei permissão enquanto encarava Mateus.

Na feita que eu voltei não mais sentei ao lado de Mateus. Optei por sentar do outro lado ao passo que ficamos de frente. Essa posição não foi calculada, uma vez que foi resultado do acaso já que quando retornei o meu lugar já havia sido ocupado. Confesso que não reclamei.

Ele me olhou sem jeito. Não sabia como lidar com isso. E essa falta de tato em lidar com isso o deixou ainda mais bonito, bem como aguçou ainda mais o meu desejo.

Ele olhou nos meus olhos. Procurou entender o porquê do meu comportamento, procurou respostas, mas não encontrou nada. Não sorriu e não fez nada, só perscrutou dentro dos meus olhos.

- Tá gostando?

A moça de 22 anos se esmerava para chamar a atenção.

- Eu tô gostando. – afirmei sem olhar nos olhos dela.

E não tinha como ser de outra forma. Mateus me deixava hipnotizado. Eu queria aquele o Mateus, eu queria muito. Havia a possibilidade de perder a amizade dele, mas se era o preço a pagar, tudo bem, desde que chupasse o pau dele. Para tudo há um preço, não é verdade? Se esse era o preço, eu pagaria.

No propósito de arrumar mais coragem sequei uma garrafa de uísque. Como eu era acostumado não fiquei bêbado, para tanto precisava demais, muito mais, mas não era o objetivo. O fim era apenas arrumar mais coragem para prosseguir minhas investidas.

Percebi que ele me evitava.

Porra será que á noite vai acabar e não terei êxito? Frustrado, tratei de me livrar da moça de aparência de 22 anos. Decidi que voltaria para o hotel. Ora, não vir de são Luis para ser evitado em Pinheiro.

Puto da vida foi até Mateus e disse no ouvido dele.

- Tô indo embora.

- Pra onde? São Luis? – Ele quis saber temendo minha partida.

- Te acalma. Vou pro hotel. – acalmei o coração dele.

- fiquei preocupado. O casamento é daqui algumas horas. – olhou no relógio de pulso e constatou que eram duas horas da manhã. A essa altura a show da estrip oficial da noite já havia acontecido. – são duas horas da manhã.

Diogo não estava mais lá. Desapareceu.

Não prestei atenção nas suas últimas palavras.

- Não vir de são Luis para ser evitado por você, por isso vou pro hotel. – pressionei Mateus calculadamente.

Eu queria aquele homem na minha cama mesmo que por uma noite, eu queria aquele homem.

Disse o que disse dei meia volta e sair.

Entrei no meu carro e sair cantando peneu crente que ele não tinha mordido a isca já que não veio atrás de mim.

Quando entrei no elevador, já no hotel, ouço a voz de Mateus.

- Cara segura o elevador pra mim. – tremir.

Ele mordeu a isca. Vibrei.

No elevador o silêncio reinou em absoluto. Até pensei em tentar roubar um beijo, mas desistir. Ele poderia responder com agressividade.

Seguimos para o quarto.

Saímos do elevador. O silêncio prevalecia.

Entramos no hall. Tentei quebrar o silêncio.

- reservou o quarto para nós dois.

Ele não respondeu.

Abrir a porta do quarto que estávamos hospedados. Ele entrou e foi direto para o banheiro.

De fato, com esse cara não vai rolar. O bom jogador sabe na hora de parar a jogo. Mateus não cederia, pensei sentado na minha cama. Servir-me uma dose de uísque, analisei a possibilidade de encerrar o jogo. Era o certo há fazer, refletir.

Depois de dez minutos retornou.

- Boa noite. – disse já de calça moletom. Pronto para dormir.

A calça moletom o deixou muito sexy e sensual. O peitoral desnudo, as curvas salientes, a divisão rente ao cós da calça, a cintura, a barriga trincada, dura. Ufa, pirei, mordi o lábio inferior. Que homem pai do céu.

- Boa noite. – disse entre os dentes.

Mateus apagou a luz do abaju ao lado de sua cama.

É rapaz, parece que desta vez tua jogada não marcou gol. Não tendo mais o que fazer somente me restava ir dormir, mas antes mudei de roupa. Vestir um short fino que era a única indumentária que utilizava para dormir.

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Comentários

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PELA SUA NARRATIVA, VEJO MUITA ARROGÂNCIA. DE REPENTE VC É O PEGADOR DE TODOS E DE TODAS. VAI SE DAR MAL. SE VC É MÁQUINA DE SEXO NEM TODO MUNDO É ASSIM.

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Bora pro próximo urgentemente, please!!!

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