Os primos do interior. IV

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1963 palavras
Data: 21/05/2017 17:22:48
Última revisão: 21/05/2017 17:43:54

João olhou para Mateus, e sua voz não saiu.

Mateus, ainda, sem entender, deu uma coçada nos ovos e foi em direção a João.

- que tu tem? - disse ficando de frente para o primo.

- eu vou descer primo. Que bom que ta tudo certo entre a gente. - disse João suando frio.

João virou-se para sair do quarto, mas Mateus tocou em seu ombro.

- espera primo. - disse Mateus. - senta aí que eu quero levar um papo contigo.

João tentava desviar sua visão. Não queria ser flagrado olhando para o órgão do primo. Ainda suando muito, João sentou em um sofá que ficava ao lado da cama. Mateus, completamente nu, abriu uma mala e tirou um antitranspirante de dentro.

- o que era que tu queria falar primo? - perguntou João completamente embaraçado.

- eu andei conversando com a tia, sabe? - disse o rapaz, passando do antitranspirante e colocando uma cueca. - e daí eu decidi que...

João imaginava mil coisas ao ver o primo despido em sua frente. Seu corpo branco, 1,85 de altura, pele dourada do sol que fazia no interior, seus músculos bem definidos devido ao trabalho na roça, sua rola balançando entre as pernas, seu sorriso sincero e inocente, seus cabelos castanhos, sua barba ruiva que preenchia o rosto. João lambia os lábios ao pensar no primo.

- e aí, você me ajuda? - concluiu Mateus.

- hã? - disse João um tanto desnorteado.

- ara primo. Ocê num entendeu nada do que eu falei né mermo? - Mateus sorriu.

João nem reparou que o primo já estava vestido. Ao vê-lo de roupa, tentou apagar os pensamentos pecaminosos que passavam em sua cabeça oca.

- desculpa primo. - disse João envergonhado. - Você pode repetir?

- claro. - Mateus fechou a mala, e sentou no sofá ao lado de João.

João sentiu o corpo arrepia. Nunca tinha visto o primo antes, mas sentia o estomago revirar ao estar perto dele. - O que ta acontecendo? - pensava João.

- seguinte primo. Falei com a tia Carla, e ela me disse de uns cursos ''bão'' que tem aqui na cidade. Disse também que você poderia me inscrever em alguns.

- mas que cursos são esses? - perguntou João já totalmente consciente.

- eu não sei não. - disse Mateus coçando a cabeça. - ela falou em mecânica, marcenaria, apicultura, eletricista, jardinagem. - disse o simples rapaz.

- e o que tu tem vontade de fazer?

- ah, eu tenho vontade de mexer com gado.

João sorriu.

- aí é um pouco mais difícil primo. Eu não sei se tem curso pra ser fazendeiro não.

- e o que tu me indica?

- que tal eletricista? Ganha bem.

Mateus ficou pensativo.

- pode ser. - sorriu Mateus. - você me inscreve?

- claro que sim. Segunda, nós podemos ir fazer tua inscrição.

- agradecido primo. - disse Mateus.

- disponha. - falou João levantando do sofá. - bora tomar café? - convidou o dono da casa.

- bora sim. - falou Mateus levantando.

Mateus e João chegaram na cozinha, e não viram mais ninguém da família.

- Uai. Cadê todo mundo? - questionou Mateus.

- não faço ideia. - respondeu João sentando à mesa. - Gosta de que?

- tenho frescura com nada não primo. O que vier eu como.

- quer que eu faça um misto pra ti?

- aceito. - respondeu Mateus.

- tem bolo aqui também óh. - disse João abrindo a boleira. - tem torrada, geleia, queijo, presunto, frutas.

- é muita fartura primo. Pode comer de tudo? - perguntou Mateus.

- ''ara'' - João imitou o primo. - Claro que pode primo. Minha casa é sua casa. - disse João.

- ta bão então.

Mateus se acabou de tanto comer. João sentia-se estranho próximo ao primo. Mateus era totalmente diferente do perfil playboy que João gostava. Sua personalidade caipira nunca daria certo com João. Em outros tempos, Mateus seria apenas um empregado para João, mas agora não. Depois de ver Mateus pelado, João passou a vê-lo com outros olhos, mas não sabia dizer ao certo se era apenas atração física. João fez questão de servir Mateus, era o mínimo que podia fazer depois de ter sido tão grosso com o primo.

Após o café, Mateus e João encontraram o restante da família na piscina, organizando tudo para o aniversário da avó.

- sua benção minha tia. - disse Mateus.

- Deus o abençoe meu filho. - respondeu Carla.

- bença tio.

- Deus lhe der saúde. - disse Abdias cumprimentando o sobrinho.

Mateus nunca tinha ido à casa do João antes. O menino de vinte e três anos, nunca tinha visto os tios, e como estava tão familiarizado daquela forma? Era isso que pensava João.

- em que posso ajudar, tia? - perguntou Mateus.

- eu não acharia ruim não, se tu e o João fossem pegar as bebidas na distribuidora. - Carla sorriu.

- bora lá primo? - disse Mateus virando-se para João.

- bora. - foi só o que João conseguiu dizer.

Diogo estava, um pouco mais distante, fazendo o fogo na churrasqueira.

Após tirar a caminhonete da garagem, João e Mateus foram ate a tal distribuidora.

- é longe? - perguntou Mateus.

- nada. Cinco minutos de carro. - respondeu João.

- posso ligar o som? - disse Mateus.

- porra primo. Precisa nem perguntar cara.

Mateus mexeu no carro, e sintonizou em uma rádio sertaneja.

- gosta né!? - João sorriu.

- nasci ouvindo isso primo. - respondeu, Mateus.

- como é la primo? - João pareceu interessado.

- lá onde?

- na sua terra!

Mateus suspirou.

- lá é onde nasce o sol. O céu mais azul. Cedinho, os pássaros estão nos acordando na janela.

- deve ser muito bonito né!?

- isso é sim. Não tem vontade de conhecer, primo? - perguntou Mateus.

- pra ser sincero, não. Eu gosto de cidade grande, primo. Arranha céus, cinema, bares, shopping, praia.

- uai primo. Isso aí é coisa insignificante. No dia que você tomar água da fonte, dentro da tua bota sete léguas, você vai mudar de ideia.

João riu alto.

- isso é serio primo? Vocês tomam água na bota?

- quando íamos pescar, sim. - Confirmou Mateus.

O celular do João tocou, e ele pediu licença ao primo.

****

- Oi Alex. - disse João atendendo a ligação, enquanto guiava o carro.

- e aí João. Ta tudo bem?

- ta sim cara, e tu?

- to morgado de sono. Cheguei do aniversário agora pela manhã.

- porra. Então foi bom hen!?

- foi sim João. Teve ate um carinha dando em cima de mim.

- eita! Se fartou hen meu amigo.

- nada. Sabe que eu tenho medo dessas coisas.

- tem que perder esse medo cara. Quando tu tiver velho, ninguém vai mais te querer não. - João riu ao celular.

- acho que nem velho eu vou ficar com alguém. - disse Alex suspirando. - enfim irmão, queria saber como você tava.

- to bem, to ótimo. - João mentiu. Por dentro, ele ainda estava um caco.

- tem certeza?

- tenho. - disse João estacionando o carro.

- sabe que se precisar de alguma coisa pode contar comigo né!?

- sei sim mano. Obrigado! Vai fazer o que agora de manhã?

- to ajudando minha mãe a arrumar a casa.

- programão hen!? Quer ir almoçar la em casa?

- quando?

- hoje pô.

- o que vai ter la?

- almoço de aniversário da minha vó.

- ah mano, então é reservado pra família né!?

- é po, mas pode ir agregados também. - disse João sorrindo.

- vou ajudar a mãe aqui com a casa, e mais tarde eu chego por aí.

- vou te esperar. Agora vou ter que desligar aqui, que vou pegar umas bebidas na distribuidora.

- ta bom mano. Ate mais tarde.

- ate mano.

****

João desligou o celular, e ficou maravilhado com a imagem que viu ao seu lado: Mateus havia tirado a camiseta, colocados os pés para fora do carro, e dormia levemente. Com receio de acordar o primo, João saiu do carro lentamente e foi solicitar as bebidas.

- bom dia. - disse ele para o atendente.

- e aí João. - disse Bernar, filho do dono da distribuidora.

- beleza Bernar? - perguntou João.

- tranquilo, e tu?

- to sossegado. Eu vim pegar umas bebidas e uns gelos que minha mãe encomendou.

- ta separado já. É pra embarcar no carro? - perguntou Bernar.

- é sim. Da uma forcinha lá?

- na hora. - respondeu o filho do dono do estabelecimento.

Bernar e João embarcaram todas as bebidas e também os gelos na traseira da caminhonete: Mateus continuava dormindo.

- assina aqui a requisição João. - disse Bernar entregando uma nota para João.

- beleza. - disse João assinando o documento. - aparece la por casa mais tarde, vai rolar um churrasco pra minha vó.

- dona Mariana né!?

- isso. - respondeu João.

- se o meu irmão chegar aqui pra me substituir, eu apareço por lá pra fazer uns drinques pra vocês.

- opa! beleza então.

João despediu-se de Bernar, e entrou no carro. Seus olhos não desgrudavam do primo, que ainda dormia tranquilamente. Fazendo o mínimo de barulho possível, João colocou as pernas do primo para dentro do automóvel, subiu os vidros, e ligou o ar. João se permitiu ficar um tempo ali analisando o primo distante que agora estava tão próximo. Sua mão tremeu próximo a barriga do primo. Sentiu o calor humano, e por pouco, muito pouco não alisou a pele áspera de Mateus.

João ligou o motor do carro, e retornou para casa.

Mateus foi despertando aos poucos, e percebeu que eles voltavam pelo mesmo trajeto que haviam passado minutos antes.

- já? - perguntou ele se espreguiçando.

- já. - João sorriu pro primo.

- e as bebidas?

- tão aí atras.

- por que não me chamou?

- você tava dormindo.

- achei que tu fosse demorar ao telefone, e resolvi tirar um cochilo. - disse Mateus vestindo a camiseta. - Era pra ter me acordado.

- precisava não primo. Rapidão embarcamos tudo.

- eu desembarco sozinho, pra compensar meu vacilo. Beleza? - ofereceu-se Mateus.

João sorriu.

- ta doido primo? Nada a ver cara. Eu te ajudo. - disse o rapaz.

Mateus e João foram conversando o trajeto todo. Na casa de João, já estava rolando som, e os parentes começavam a chegar.

João subiu para tomar um banho, e Mateus foi ficar ao lado do Diogo. Entrando no banho, João não conseguiu segurar a vontade de tocar uma punheta em homenagem ao primo. O moleque desceu sua cueca, e ficando pelado, passou a mão no pau. Fechou os olhos, e tentou lembrar da cena que havia visto na manhã daquele domingo ensolarado.

Terminando o banho, João colocou uma roupa e desceu para a área da piscina. De longe, avistou os primos acenando em uma mesa no fundo do jardim. Enquanto se deslocava ao encontro dos primos, cumprimentou os parentes que encontrava no caminho.

- tarde. - disse João cumprimentando os primos na mesa redonda. O jovem abraçou cada primo e depois sentou ao lado de Ananda.

Seus olhos deram uma visualizada na festa, e ele notou Mateus assando carne na churrasqueira.

- vou pegar uma bebida. Vocês querem algo?

- eu quero um suco primo. - Ananda fez beicinho.

- quer suco ''nenesinho''? - João brincou com a prima. - todos da mesa riram. - Beleza, eu pego pra você. - disse João se retirando da mesa. O menino mudou o caminho, e foi bater na churrasqueira.

- Mateus? - disse João.

- fala primo. O que cê vai querer? Tem fraldinha, picanha, cupim...

- eu não quero comer agora não. O que tu ta fazendo aí cara?

- to dando uma força primo.

- tu é convidado aqui cara. Vai se divertir.

Mateus sorriu.

- eu gosto de trabalhar primo. Consigo ficar parado igual vocês não.

- ta me chamando de preguiçoso primo? - dessa vez foi João quem riu.

Mateus ficou sem jeito.

- ara primo. Não quis te ofender não, só...

- to brincando Mateus, não precisa você se justificar não. Você quer ajuda aí?

- não, não primo. Aqui eu dou conta. Não quer provar da carne? Essa aqui acabei de passar! - disse ele já cortando o filé.

- eu quero essa parte com banha. - João apontou.

- Oi João. - João sentiu a presença de alguém falando quase em sua nuca.

- Fabinho? - disse João queimando a boca com a carne.

- vim só deixar uma lembrancinha pra tua vó. - disse ele com uma embalagem nas mãos.

Fabinho estava com o olho inchado, e algumas escoriações no pescoço.

- ela não chegou ainda. - joão respondeu calmo.

- você entrega pra ela? - disse Fabinho passando o embrulho.

- claro. - respondeu João.

- eu posso ficar pro almoço? Não almocei nada ainda. - perguntou Fabinho.

Continua...

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Comentários

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Aff FDP o Fabinho. Quero ver se joão vai dar espaço, e se matheus vai ficar quieto

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Esse Fabio deveria tomar um "simancol". Como ele ainda tem coragem de aparecer na festa da avó do João? Esse mau caráter de uma figa.

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É muita cara de pau do Fabinho aparecer por lá depois da surra que levou....

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AFF. MUITO CARA DE PAU O FABINHO SE OFERECENDO PRA FICAR NA FESTA. MAS COMO JOÃO CONVIDOU OUTROS AGREGADOS NÉ, SERIA JUSTO DEIXAR FABINHO TB. MAS Q FABINHO É UM EMPATA FODA ISSO É. TEM Q TOMAR UMAS LIÇÕES NA VIDA PRA APRENDER. JOÃO NÃO PDE VER MACHO QUE FICA EXCITADO. JESUS ME ABANA.

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preconceito junto com falta de amor da nisso. paixão doida pelo idiota do Fábio

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Tomara que o Matheus dê outra surra nesse Fabio, e esse palerma do João é um trouxa, Fabio tem que sofreeeeeeeeeerrrrrrrrr.....

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O título é os primos do interior, ele vai dá pros dois.

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Nojento esse Fábio, tomara que o Mateus meta ele na churrasqueira e toste ele todinho.

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